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TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO

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Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR 
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO 
INTRODUÇÃO 
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) está incluído, desde a 5 a edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos 
Mentais (DSM), na categoria de Transtorno Obsessivo-compulsivo e Transtornos Relacionados, e é caracterizado pela presença 
de obsessões e/ou compulsões, definidas no Quadro 5.1. 
 
Os sintomas podem ter impacto relevante na autoestima e na vida acadêmica, ocupacional e social. O TOC costuma ser 
subdiagnosticado e subtratado, pois os pacientes frequentemente ocultam seus sintomas pela vergonha da irracionalidade dos 
seus pensamentos e comportamentos 
EPIDEMIOLOGIA 
Prevalência ao longo da vida na população em geral: 2 a 3% 
Nos adultos, há uma proporção semelhante entre homens e mulheres. Nos meninos, a idade de início costuma ser mais 
precoce, o que possivelmente contribui para a preponderância desse sexo nas amostras de TOC na infância e na adolescência. 
Isso faz com que o TOC seja o 4º diagnóstico mais comum, vindo apenas depois da fobia, de transtornos relacionados a 
substâncias e do transtorno depressivo maior. 
Normalmente, homens e mulheres adultos são afetados igualmente, em adolescentes a prevalência é em meninos. A idade 
média de início é perto dos 20 anos e é mais comum que homens apresentem inicialmente por volta dos 19 anos, já as mulheres 
aos 22 anos (aproximadamente). Mas também pode-se iniciar durante a infância (já houveram casos aos 2 anos de idade) e 
adolescência. Em menos de 15% dos afetados os sintomas se iniciam após os 35 anos. 
A maioria dos afetados costumam ser solteiros, o que pode refletir a dificuldade de pessoas com TOC manterem um 
relacionamento. Ocorre com menor frequência em negros, mas essa variação talvez seja explicada pelo acesso à assistência 
médica e não a diferenças de prevalência. 
ETIOLOGIA 
O TOC pode ser explicado a partir de aspectos psicodinâmicos, genético-ambientais, neurobiológicos, neuroquímicos e 
cognitivo-comportamentais, ou ainda, mais comumente, pela interação entre esses diversos aspectos. Nesse transtorno, 
suspeita-se que haja uma disfunção orbitofrontal-límbica-gânglios basais, e o tratamento com inibidores seletivos da 
recaptação de serotonina (ISRS) ou terapia cognitivo-comportamental (TCC) promove alterações estruturais e funcionais no 
cérebro dos pacientes. 
A fisiopatologia do TOC ainda não é muito elucidada, mas algumas teorias tentam explicar a etiologia desse transtorno com 
fatores biológicos, comportamentais e psicossociais. 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR 
FATORES BIOLÓGICOS 
• Sistema serotonérgico: Dados mostram que fármacos serotonérgicos são mais eficazes no tratamento do TOC que 
fármacos destinados a outros neurotransmissores e muitos ensaios clínicos apontam que a desregulação da 
serotonina influencia a formação dos sintomas obsessivos e compulsivos, mas ainda não é confirmado. 
• Sistema noradrenérgico: Não há muitas evidências sobre a disfunção do sistema noradrenérgico no TOC, mas há 
dados informais que mostram melhoras em sintomas do TOC com o uso de fármacos que reduzem a quantidade de 
norepinefrina liberada dos terminais nervosos pré-sinápticos. 
• Neuroimunologia: A infecção estreptocócica do grupo α-β hemolítico pode causar febre reumática e com isso,10-30% 
dos pacientes desenvolvem coreia de Sydenham e mostram sintomas obsessivos-compulsivos. 
• Estudos de tomografia cerebral: Estudos de tomografia por emissão de pósitrons mostraram atividade aumentada 
(ex. metabolismo e fluxo sanguíneo) nos lobos frontais, nos gânglios da base (especialmente caudados) e no cíngulo 
de pacientes com TOC. Já os estudos de tomografia computadorizada e os de ressonância magnética mostraram 
caudados bilateralmente menores em pacientes com o transtorno. 
• Genética: Os dados genéticos disponíveis sobre o TOC mostram que o transtorno tem um componente genético 
significativo, mas ainda não é possível distinguir os fatores herdáveis da influência dos efeitos culturais e 
comportamentais. Em ensaios, familiares de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo mostraram possuir 
maiores chances (3 a 5 vezes) de apresentarem características do TOC se comparados à familiares de um grupo 
controle. 
FATORES COMPORTAMENTAIS 
• Teóricos de aprendizagem afirmam que obsessões são estímulos, que anteriormente eram neutros, e se associaram 
com o medo ou a ansiedade. Já compulsões são ações (estratégias ativas de evitação) que reduzem a ansiedade 
associada a um pensamento obsessivo, ou seja, uma forma de controle. Essas ações trazem a ideia de eficiência e com 
isso se fixam como padrões – os comportamentos compulsivos 
FATORES PSICOSSOCIAIS 
• Fatores de personalidade: A maioria das pessoas com TOC não têm sintomas compulsivos pré-morbidos (que são 
encontrados no transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva) e os mesmos não são necessários e nem 
suficientes para o desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo. Apenas 15-30% dos pacientes com TOC 
possuem esses traços obsessivos pré-mórbidos. 
• Fatores psicodinâmicos: Os sintomas do TOC podem ser biologicamente motivados, mas também alguns sinais 
psicodinâmicos podem estar associados. Pacientes podem se sentir motivados a manter a sintomatologia em razão 
dos ganhos secundários (mais atenção e cuidado, por exemplo). Com relação às dimensões interpessoais, o 
pensamento psicodinâmico reconhece precipitadores que iniciam ou exacerbam os sintomas – as dificuldades 
interpessoais e estressores ambientais podem aumentar a ansiedade do paciente e com isso, sua sintomatologia 
QUADRO CLÍNICO 
O TOC geralmente surge na adolescência ou início da idade adulta, de maneira insidiosa, com evolução crônica e progressiva. 
Na maioria dos casos, não há fator precipitante do início dos sintomas. 
Há diversas apresentações de sintomas, que podem, inclusive, sobrepor-se ou desenvolver-se em sequência. O uso da Yale-
Brown Obsessive Compulsive Scale (YBOCS) ou ainda o CY-BOCS (para crianças) auxilia na avaliação do tipo e da gravidade dos 
sintomas, além do tempo consumido com obsessões e compulsões. 
Há alguns padrões sintomáticos principais: 
• Contaminação: Obsessão de contaminação seguida de lavagens ou esquiva compulsiva do “objeto contaminado”; 
✓ O objeto em questão costuma ser difícil de evitar (ex. fezes, urina, pó ou germes). A resposta emocional mais 
comum é a ansiedade, mas vergonha e nojo obsessivos (pelo objeto) também são evidentes e os indivíduos 
costumam acreditar que a contaminação é espalhada objeto/objeto ou pessoa/pessoa com mínimo contato. 
• Obsessão de dúvida seguida de compulsão de verificação; 
✓ Os indivíduos sempre se sentem culpados – acreditam que esqueceram ou cometeram algo – e duvidam 
obsessivamente de si mesmos. 
 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR 
• Pensamentos obsessivos sem compulsão; 
✓ Pensamentos intrusivos, existem pensamentos intrusivos sem uma compulsão acompanhada. Essas obsessões 
tendem a ser pensamentos repetitivos de atos agressivos ou sexuais, que são repreensíveis pelo indivíduo. 
Ideias suicidas também podem ser obsessivas e por isso uma avaliação cuidadosa sobre os riscos de suicídio 
deve sempre ser feita. 
• Necessidade de simetria e precisão com alentecimento; 
✓ Simetria é a necessidade de simetria ou precisão, o que pode acarretar uma compulsão de lentidão. Os 
indivíduos podem demorar horas para realizarem atos por conta dessa necessidade (ex. fazer a barba) 
• Acumulação 
• Obsessões de conteúdo agressivo, sexual ou religioso 
• Compulsões de repetição ou contagem 
• Existem outros padrões de sintomas compulsivos: puxar o cabelo, roer as unhas, obsessões religiosas, acúmulo, 
masturbação, etc. 
DIAGNÓSTICO 
O TOC geralmente surge na adolescência ou início da idade adulta, de maneira insidiosa, com evolução crônica e progressiva. 
Na maioria dos casos, não há fator precipitante do início dos sintomas. Há diversas apresentaçõesde sintomas, que podem, 
inclusive, sobrepor-se ou desenvolver-se em sequência. O uso da Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (YBOCS) ou ainda o 
CY-BOCS (para crianças) auxilia na avaliação do tipo e da gravidade dos sintomas, além do tempo consumido com obsessões e 
compulsões. Há alguns padrões sintomáticos principais: obsessão de contaminação seguida de lavagens ou esquiva compulsiva 
do “objeto contaminado”; obsessão de dúvida seguida de compulsão de verificação; pensamentos obsessivos sem compulsão; 
necessidade de simetria e precisão com alentecimento; acumulação. Outros: obsessões de conteúdo agressivo, sexual ou 
religioso, compulsões de repetição ou contagem etc. O Quadro 5.2 destaca pontos fundamentais da avaliação psiquiátrica no 
TOC. 
 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR 
O Quadro 5.2 destaca pontos fundamentais da avaliação psiquiátrica no TOC: 
 
 
 
 
CURSO 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Esquizofrenia 
Depressão 
Hipocondria 
Transtorno de estresse pós-traumático 
(TEPT) 
Transtornos fóbicos e ansiosos 
Depressão pós-parto 
Ruminações obsessivas da depressão 
Síndrome de Tourette 
Transtorno alimentares 
Transtorno dismórfico corporal 
Transtorno de personalidade 
COMORBIDADES 
 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 
Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR 
DOSES

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