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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS 
Centro de Linguagem e Comunicação 
Faculdade de Letras 
 
 
 
A INFLUÊNCIA DO LATIM SOBRE A LÍNGUA INGLESA: 
UMA POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO NO ENSINO A 
LUSÓFONOS 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
Área: Ensino de Língua Estrangeira 
 
 
 
 
 
 
 
Cláudio Roberto Avallone Sgroi Corrêa 
RA 11109329 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas, SP 
 
Novembro de 2014 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
 
 
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS 
Centro de Linguagem e Comunicação 
Faculdade de Letras 
 
 
 
 
 
A INFLUÊNCIA DO LATIM SOBRE A LÍNGUA INGLESA: 
UMA POSSIBILIDADE DE DIÁLOGO NO ENSINO A 
LUSÓFONOS 
 
 
 
 
 
 
Cláudio Roberto Avallone Sgroi Corrêa 
RA 11109329 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada como exigência do 
Trabalho de Conclusão do Curso de Licenciatura 
em Letras: Português-Inglês, da Faculdade de 
Letras, do Centro de Linguagem e Comunicação, 
da PUC-Campinas, sob a orientação da Profª. Drª. 
Maria de Fátima Silva Amarante 
 
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SUMÁRIO 
 
Introdução .............................................................................................................................. 3 
Capítulo 1 - A influência do latim sobre o inglês 
1.1 - História da língua inglesa com foco nas influências latinas .......................... 5 
1.2 - Características da influência latina: qual variedade do latim e em que área 
do inglês ? .......................................................................................................... 12 
1.3 - A relação entre as influências latinas no inglês e o nível de formalidade ... 18 
Capítulo 2 - Um possível diálogo no ensino a lusófonos 
2.1 - Análise de materiais .................................................................................. 39 
2.2 - O uso das influências latinas sobre o inglês na realidade do contexto de 
ensino-aprendizagem ........................................................................................ 41 
Conclusão ............................................................................................................................ 48 
Bibliografia ........................................................................................................................... 51 
Anexos ................................................................................................................................. 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 
 
INTRODUÇÃO 
 
 O ensino de inglês é tão diverso quanto o próprio idioma. Existem, literalmente, 
milhares de professores, escolas, métodos/materiais didáticos, cursos, palestras, livros e 
sites que têm por objetivo ensinar a língua inglesa, cada um com sua abordagem didático-
pedagógica. Entretanto, não é preciso procurar muito para se chegar à conclusão de que 
poucos se preocupam em ensinar questões lingüísticas que aproximem o inglês da língua 
nativa do aluno. Dessa falta de preocupação com tal aspecto, surgem idéias equivocadas 
que não só não contribuem como atrapalham a aprendizagem da língua inglesa. No Brasil, é 
razoavelmente comum ouvir três asserções errôneas: "o inglês e o português são línguas 
bem diferentes", "o inglês vem do alemão" e "quem sabe inglês tem facilidade em aprender 
alemão". A terceira afirmação não tem relação com este trabalho, mas convém mencionar 
que inglês e alemão são línguas consideravelmente diferentes, talvez mais diferentes que 
português e francês, por exemplo. Por outro lado, a negação da primeira e da segunda 
afirmações constitui parte do escopo deste trabalho: o esclarecimento sobre as raízes e o 
desenvolvimento histórico do inglês pode vir a aprimorar o aprendizado desse idioma. 
 Dizer "o inglês vem do alemão" equivale a dizer "o ser humano vem do macaco" no 
sentido de que, apesar de ambos serem parentes, não descendem um do outro, mas sim 
têm um ancestral comum. Acabar com a idéia precipitada de que inglês e português são 
línguas muito diferentes, contudo, não significa dar margem à idéia de que o inglês é fácil, 
uma quarta concepção equivocada sobre o idioma de Shakespeare. Toda língua apresenta 
dificuldades, além do que o conceito de facilidade, subjetivo como é por natureza, depende 
muito de quem aprende. O que se pretende, aqui, é simplesmente ampliar a percepção de 
alunos falantes do português com relação às similaridades entre sua própria língua e o 
inglês. 
 A idéia para o tema do trabalho (a influência latina sobre o inglês) surgiu em 2011, 
quando notei que a palavra "bus", "ônibus" em inglês, estava contida na própria palavra 
"ônibus" e suspeitei que fosse mais do que uma mera coincidência. Uma rápida olhada em 
dicionários das duas línguas revelou que a origem era a mesma: o termo latino "omnibus", o 
caso dativo plural de "omnis" (todos/tudo), significando "para todos" (o que faz bastante 
sentido pela natureza coletiva daquele meio de transporte). Mais do que isso, surpreendeu-
me saber que, na verdade, "bus" é a forma reduzida de "omnibus" na própria língua inglesa, 
mais ou menos como "lab" é de "laboratory" e "phone" é de "telephone", um fenômeno 
lingüístico conhecido em inglês como "clipping", assemelhando-se à nossa aférese (ou 
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4 
 
ablação). Pesquisando sobre o assunto, cheguei aos dados que viriam, mais de dois anos 
depois, compor meu embasamento para esta monografia. 
 Não se pode dizer que o tema deste trabalho é original: existem pelo menos dois 
outros, um dos quais foi lido integralmente para a escritura deste. Meu trabalho se diferencia 
deles por ser voltado ao ensino, ou seja, por tentar encontrar uma aplicação prática para o 
conhecido fato de que o inglês sofreu influência do latim, enquanto os outros são de caráter 
puramente histórico-lingüístico. Este trabalho, em resumo, visa a contribuir com o ensino de 
língua inglesa para falantes do português por intermédio das influências latinas em ambos 
os idiomas. Não se pressupõe, em nenhum estágio, que o estudante tenha conhecimentos 
de latim, tampouco que venha a aprender esse idioma, mas sim que tenha um vasto 
conhecimento de sua própria língua, a fim de que possa ser capaz de detectar as 
semelhanças entre ela e o inglês de forma quase intuitiva. Pode-se dizer, portanto, que o 
cerne deste trabalho é o proveito que se pode tirar, no sentido educacional, do fato de a 
língua inglesa ter sofrido grande influência da língua latina. 
 É importante esclarecer, desde o início, que "influência da língua latina" não diz 
respeito exclusivamente às influências diretas do latim. Não importa se a influência vem do 
latim ou de qualquer língua românica, derivada do latim, o que importa é que ela contribui 
para a semelhança com o português, de forma que ajuda no ensino a lusófonos. Poder-se-ia 
argumentar que qualquer semelhança entre o português e o inglês, mesmo que não ligada 
ao latim ou a uma língua neo-latina, seria de grande ajuda no contexto de ensino-
aprendizagem, e isso não deixa de ser verdade. Aprofundando-nos nesse assunto, 
chegaríamos à gramática universal (o princípio teórico tratado por Chomsky de que há 
propriedades comuns a todas as línguas, o que ajudaria a aprender idiomas). Contudo, por 
questões de delimitação temática, foca-se aqui apenas a afinidade latina que o inglês tem 
com o português, ainda que outras equivalências sejam mencionadas em um momento ou 
outro deste trabalho. 
 Estruturalmente, divide-se em apenas dois capítulos: o primeiro trata da origem e do 
desenvolvimento do inglês por meio de dados históricos, analisa as influências que ele 
recebeu sob perspectivas variadas e aborda a questão da formalidade entre os usuários da 
língua, trazendo informações relevantes de diversas pesquisas sobre o assunto, 
aproximando-semais a um estudo sociolingüístico. O segundo é o responsável pela ligação 
entre as três seções do primeiro capítulo, de cunho extremamente técnico, e o ensino de 
língua inglesa na prática. Isso se dá, primeiramente, por considerações teóricas a respeito 
do ensino de línguas semelhantes e, depois, por sugestões que considero relevantes para 
que isso se concretize na sala de aula. Contudo, para chegarmos a esse ponto, é preciso 
fazer uma análise diacrônica do idioma mais popular da atualidade. 
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5 
 
CAPÍTULO I 
A INFLUÊNCIA DO LATIM SOBRE O INGLÊS 
 
1.1 - HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA COM FOCO NAS INFLUÊNCIAS LATINAS 
 Antes de qualquer consideração sobre a influência da língua latina sobre a língua 
inglesa, faz-se necessário abordar a origem desse segundo idioma para que se possa 
compreender melhor como se deram seu desenvolvimento e sua expansão. Uma lista 
detalhada de eventos importantes concernindo o inglês de sua promanação até o século 17 
pode ser acompanhada no Anexo I ("Cronologia da Língua Inglesa")1. O que apresento aqui 
é apenas um resumo com os principais eventos, com foco nas conexões entre o latim e o 
inglês. 
 A história da língua inglesa se inicia nas terras baixas da Europa, na região que hoje 
abriga os Países Baixos (em neerlandês: nederland = terra/país baixo), a Bélgica e a parte 
norte da Alemanha. Devido a suas origens, é classificada como uma língua do ramo 
germânico, tal como o alemão (e suas diversas variedades), o neerlandês, o frísio, o 
africâner, o scots (ou "escocês"), o norueguês, o dinamarquês, o sueco e o islandês, entre 
outras — algumas das quais extintas. Apesar disso, o latim exerceu tamanha influência 
sobre o inglês que até hoje seus efeitos podem ser sentidos. Essa influência, contudo, não 
se deu de forma organizada e linear: ocorreu ao longo de pouco mais de 1500 anos em 
meio a turbulências e conflitos, tanto físicos (invasões e guerras) quanto intelectuais 
(desentendimentos lingüísticos e ideológicos). Segundo Ribeiro (2009), pode-se dividir a 
influência latina sobre o inglês em quatro "ondas de influência". É sobre essas quatro fases 
que tratarei nesta primeira parte do trabalho, com o objetivo de contextualizar tais influências 
em relação ao desenvolvimento do inglês desde aproximadamente 450 EC até 
aproximadamente 1650 EC. 
 O desenvolvimento do inglês propriamente dito começa por volta de 450 EC com a 
chegada de povos germânicos da Europa continental à grande ilha ao norte da França que 
 
1 Por se tratarem de eventos muito antigos, por vezes não registrados contemporaneamente, algumas datas são 
incertas, genéricas ou aproximadas. Há, também, contradições entre as diversas fontes pesquisadas quanto às 
datas de alguns eventos, o que se considera normal pela dificuldade de se precisar um acontecimento muito 
distante de nossa época. Nesses casos, as duas datas encontradas são apresentadas separadas por "ou" (e.g.: 43 ou 
44). As datas em negrito indicam eventos relacionados ao latim, os quais são mais pertinentes a este trabalho, 
enquanto as datas em negrito e cor azul indicam as fases de influência que serão tratadas mais adiante. Quanto às 
abreviações AEC e EC, convém lembrar que significam Antes da Era Comum e Era Comum, correspondendo às 
populares a.C. e d.C., porém sem a conotação religiosa que estas últimas carregam, a qual deve ser evitada em 
artigos e trabalhos acadêmicos ou científicos, como este que aqui se apresenta. 
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conhecemos hoje como Grã-Bretanha2. Todavia, a relação com os latinos data de mais de 4 
séculos antes disso: em 55 AEC, o célebre imperador romano Júlio César liderou a primeira 
expedição latina à ilha. Historiadores não chegaram a um consenso, mas deduz-se que o 
propósito tenha sido apenas exploratório (outras teorias são de que César queria conquistar 
aquela região e de que ele estava interessado nos recursos minerais da ilha). No ano 
seguinte, tornou a cruzar o Canal da Mancha para mais digressões de reconhecimento do 
território. Nada fizeram ali os romanos: não se estabeleceram, não dominaram, não 
deixaram muitos rastros. Por isso, não se considera ter havido qualquer influência nesses 
dois anos. 
 Foi apenas em 43 ou 44 EC, quase um século depois, que o imperador Cláudio 
ordenou que as tropas romanas se firmassem na ilha, que foi anexada ao império. Durante 
os mais de 300 anos de ocupação latina, a "Provincia Britannia", como foi chamada durante 
o domínio romano, sofreu uma influência considerável da língua dos dominadores. A língua 
celta, cujos falantes viviam na ilha havia milhares de anos, foi, com o passar do tempo, 
recebendo influências do latim e, aos poucos, começou a cair em desuso. A sociedade 
estabelecida ali sofreu influências não só lingüísticas, mas também sociais, culturais, 
políticas e econômicas. Em 409 ou 410, depois de décadas de problemas econômicos e 
sociais que contribuíram para o declínio daquela sociedade (além de diversas tentativas de 
invasões de povos bárbaros), os romanos fragilizados se retiraram da Britânia para se 
concentrar nos freqüentes ataques que vinham recebendo no centro do império, na Europa 
continental (o qual chegaria a um fim em 476). 
 A saída dos soldados e plebeus marcou o fim da primeira onda de influência latina. 
Pelo fato de tribos germânicas invadirem a ilha nos anos vindouros — e, conseqüentemente, 
levarem consigo suas línguas —, o latim praticamente não sobreviveu durante os mais de 
100 anos que se seguiram, resumindo-se a algumas poucas palavras que conseguiram se 
fixar por hábito dos falantes, estimadas entre 5 e 15 apenas (BAUGH e CABLE, 1978). Entre 
elas, nomes de locais, como Londinium, o antigo nome de Londres, as terminações 
"chester", "cester", "caster", "wick" e "wich" em nomes de cidades (Manchester, Winchester, 
Lancaster, Doncaster, Gloucester, Worcester, Warwick, Greenwich etc.) e o próprio 
"Britannia", que viria a ser Britain em inglês, além de algumas palavras latinas que, 
curiosamente, já estavam enraizadas no vocabulário das tribos germânicas antes da 
invasão da Grã-Bretanha, por causa da influência dos romanos na Europa continental, povo 
com quem os germânicos tanto guerreavam quanto faziam comércio (alguns exemplos: 
anchor, butter, camp, chalk, cheap, cheese, chest, cook, copper, cup, devil, dish, fork, gem, 
 
2 Este e os próximos parágrafos são embasados no documentário inglês "The Adventure of English", exceto onde 
se menciona uma fonte diferente. 
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inch, kettle, kitchen, mile, mill, mint (de moeda), noon, pea, pillow, pipe, plant, plum, pound 
(unidade de medida de peso), punt (tipo de embarcação), sack, street, toll, wall, wine). 
Estima-se que apenas 170 palavras ou menos, principalmente substantivos relacionados a 
objetos domésticos, roupas, plantas e construção, tenham adentrado o léxico inglês durante 
esses anos de contato continental entre os dois povos (HOGG, 1992, p. 302, e WILLIAMS, 
1986, p. 57, apud MOORE, 2000). Portanto, pode-se dizer que esta primeira fase de 
influência latina não é de grande relevância3. 
 Depois de décadas de invasões dos anglos, saxões, frísios e jutos, os celtas que ali 
permaneceram e sobreviveram à violência dos dominadores renderam-se a novas línguas: 
as germânicas. O anglo (falado principalmente da Ânglia Oriental em direção ao norte da 
Escócia) e o saxão (predominante no sul e no sudeste) acabaram por exercer um domínio 
maior e vieram a se unir, dando origem ao anglo-saxão, a forma mais antiga de inglês de 
que se tem notícia. Mais de um século depois da primeira invasão germânica, em 596 ou 
597, o papa Gregório I (ou Magno) enviou, entre outros missionários, Agostinho(mais tarde 
conhecido como Agostinho de Cantuária, por ter se tornado o primeiro arcebispo de 
Canterbury) numa missão de extrema importância para a Igreja: propagar o cristianismo, 
mais precisamente a fé católica, na terra dos pagãos germânicos. Contra todas as 
probabilidades, sua missão foi bem sucedida e igrejas começaram a ser construídas no país 
que hoje conhecemos como Inglaterra. É um fato amplamente conhecido que o latim é a 
língua oficial da Igreja Católica, e não era diferente na época. Assim, entre 450 e 600 
palavras latinas passaram a fazer parte da vida dos recém-convertidos germânicos cristãos, 
ampliando o vocabulário daqueles simplórios guerreiros e camponeses, principalmente no 
que diz respeito aos termos religiosos (abbot, alms, altar, angel, anthem, ark, apostle, 
bishop, candle, canon, chalice, clerk, deacon, disciple, epistle, hymn, mass, minister, monk, 
nun, organ, pope, priest, psalm, shrive, school, temple, tunic). Dessa forma, tem-se que essa 
segunda onda de influência latina foi bem sucedida, ao contrário da primeira, e mais 
relevante que a anterior, deixando marcas lingüísticas e culturais bastante consideráveis na 
sociedade da época. Nas palavras de Baugh e Cable4 (1978, s/p): "A influência do latim no 
Segundo Período foi não só extensa, mas completa, e marca o verdadeiro início do costume 
inglês de incorporar livremente elementos estrangeiros a seu vocabulário" (tradução minha). 
 
3 Há quem considere cinco fases de influência, dividindo a primeira fase em duas: a pré-invasão germânica e a 
pós-invasão. O site de assuntos relacionados a latim Orbis Latinus intitula, na página "Romance Influences on 
English", as fases de influência da seguinte maneira: The Zero Period, The First Period, The Second Period (597-
1066), The Third Period (1066-1500) e The Modern Period (since 1500). Neste trabalho, considero o período 
"zero" e o "um" como uma fase só por sua pequena duração e relevância (pelo menos em número de palavras), 
além do que tiveram a mesma origem: os romanos. 
4 The Latin influence of the Second Period was not only extensive but thorough and marks the real beginning of 
the English habit of freely incorporating foreign elements into its vocabulary. 
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 Os anos se passaram e, com eles, vieram mais problemas. Os temidos vikings 
chegaram da Escandinávia, pelo leste, e conquistaram a maior parte do terreno britânico, 
saqueando, destruindo e queimando o que encontraram pela frente. Aproximadamente 
2.000 vocábulos do nórdico antigo, sua língua, foram acrescidos ao inglês. Eventualmente, 
foram derrotados por Alfredo, rei de Wessex, e assinaram um acordo de paz que dividia a 
Inglaterra em duas regiões: Wessex, a área britânica, e Danelaw, a área dos danes (danos, 
como os vikings passaram a ser conhecidos nessa época). O pior, contudo, ainda estava 
por vir: em 1066, Guilherme, o duque da Normandia (atual região da França), chegou à ilha 
para reclamar o trono que, pensava ele, era seu por direito. Venceu o rei Haroldo II na 
famosa Batalha de Hastings e conseguiu o que desejava: tornou-se o novo monarca, dando 
início a uma longa e importantíssima fase de influência latina à língua inglesa, ainda que 
indireta (via francês normando, o francês daquele povo). De 1066 a 1399, o período de 
domínio francês, três línguas foram comumente faladas pela população: o latim, pelo clero, 
o francês, pela realeza e pelos nobres, e o inglês, pelo resto do povo, como camponeses, 
agricultores, ferreiros e comerciantes, ou seja, pessoas simples, sem acesso a educação. 
Exatamente por isso, o inglês foi, durante muito tempo, uma língua apenas falada, o que 
explica algumas de suas regras norteadas pelo som, bem como algumas de suas 
pronúncias extremamente irregulares, que nada se assemelham à escrita. Robin Callan, o 
autor do Callan Method, alude ao fato ao explicar o porquê das poucas regras gramaticais 
na língua inglesa: 
Porque o inglês, de certa forma, é como um dialeto. Por quase trezentos 
anos, a partir de 1066, ele não foi um idioma escrito e era falado apenas 
pelas pessoas comuns, sem estudo. A aristocracia falava francês, enquanto 
a Igreja falava latim. Antes de 1066, o inglês e sua gramática eram similares 
ao alemão. Durante os trezentos anos, ele perdeu a maior parte de suas 
regras porque, quando pessoas sem estudo falam uma língua, elas nem 
sempre se atêm às regras. Dessa forma, o inglês se tornou uma língua 
rápida e expressiva: muito fácil para um estrangeiro aprender no começo de 
seus estudos. Quando o inglês se tornou o idioma oficial da Inglaterra mais 
uma vez, ele pegou muitas palavras do francês e do latim, o que resultou no 
maior vocabulário de qualquer língua. Hoje, seu vocabulário tem mais de 
500 mil palavras. (CALLAN, 2007, p. 610, tradução minha5) 
 
 
5 Because English, in some ways, is rather like a dialect. For nearly three hundred years, from the year 1066, it 
was not a written language and was only spoken by the common uneducated people. The aristocracy spoke 
French, whilst the Church spoke Latin. Before 1066, English and its grammar were similar to German. During 
the three hundred years, it lost most of its rules because, when uneducated people speak a language, they do not 
always keep to the rules. In this way English became a fast and expressive language: very easy for a foreigner to 
learn at the beginning of his studies. When English became the official language of England once more, it took 
many words from French and Latin, which gave it the largest vocabulary of any language. Today it has a 
vocabulary of over half a million words. 
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 De acordo com o documentário The Adventure of English, de 2003, estima-se que 
mais de 10.000 palavras tenham entrado no inglês diretamente do francês durante essa 
terceira onda de influência. Muitas delas já existiam em inglês, mas em sua forma 
germânica ou nórdica, de forma que o resultado foi um par de palavras com o mesmo 
significado (ou muito semelhante), mas de origens diferentes. Exemplos disso são (primeiro 
a germânica e depois a oriunda do francês): shut/close, smell/odour, seldom/rare, 
yearly/annual, ask/demand, room/chamber, might/power, axe/hatchet, bloom/flower, 
swan/cygnet, teacher/professor, better/improve, spin/turn, unhap/disadventure e 
meaning/significance. Muitas vezes, o contexto era o responsável pela origem diferente de 
palavras com significados muito parecidos. Enquanto os falantes do inglês criavam e 
matavam os animais nas fazendas, os falantes do francês os comiam nas mesas dos 
castelos e palácios, fazendo nascer pares como ox (ou cow)/beef, calf/veal, sheep/mutton, 
deer/venison, snail/escargot, hen (ou chicken)/pullet e pig/pork: o nome do animal e de sua 
respectiva carne. Algumas outras palavras vindas do francês que foram adicionadas ao 
inglês da época (com sua forma francesa original entre parênteses, exceto quando as duas 
formas são iguais): abbey (abaie), atire (atirer), censor (censier), defend (defendre), figure, 
music (musique), parson (persone), plead (plaidier), sacrifice, scarlet (escarlate), spy 
(espier), stable (estable), virtue (vertu), marshall (mareschal), park (parc), reign (regne), 
beauty (bealte), clergy (clergie), country (cuntrée), fool (fol), heir, noble, religion, crew 
(creue), detail (détail), passport (passeport), progress (progresse), moustache, explorer, 
sovereign (souverain), council (cuncile), parliament (parlement), clerk (clerc), evidence, 
enemy (enemi), castle (castel), army (armée), archer (archier), soldier (soudier), guard 
(garde), garnison (garrison), crown (corune), throne (trone), court (cort), duke (duc), baron, 
nobility (nobilité), peasant (païsant), servant, govern (governer), authority(autorité), 
obedience (obédience), traitor (traitre), felony (felonie), arrest (arester), warrant (warant), 
justice (justise), judge (juge), jury (jurée), accuse (acuser), sentence, condemn (condemner), 
prison (prisun), gaiol (gaiole), city (cité), market, porter (portier), salmon (saumon), oyster 
(oistre), sausage (saussiche), bacon (bacun), fruit, orange (orenge), lemon (limon), grape 
(grappe), tart (tarte), biscuit (bescoit), sugar (çucre), cream (cresme), fry (frire), vinegar (vyn 
egre), herb (erbe), olive, apetite (apetit), plate, mustard (moustarde), salad (salade), dinner 
(dîner), Richard, Robert, Simon, Steven, John e Jeffrey (segundo The Adventure of English, 
2003). 
 Como se pode perceber, inúmeros termos relacionados a nobreza, realeza, justiça, 
direito, ordem pública, governo, cargos, cozinha, culinária e alimentos, além de nomes 
próprios, têm sua origem no francês falado e escrito pelos normandos conquistadores. Além 
dos acréscimos ao léxico inglês, o francês também mudou a grafia de algumas palavras já 
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existentes (o "cw" germânico virou "qu", como em queen) e a regra do plural germânico "en" 
(ainda existente em palavras como men, women, children e oxen): a partir de então, 
bastava-se acrescer um "s" ao fim da palavra, como em chair/chairs ou book/books; "casas" 
passou a ser houses, não mais housen, e "sapatos" passou a ser shoes, não mais shoen. 
 Em 1399, Henrique, duque de Lancaster, depôs Ricardo II, descendente longínquo 
de Guilherme, o conquistador, e pôs fim ao longo período de domínio francês sobre a 
Inglaterra. Encerrava-se ali a mais importante fase de influência latina sobre o inglês, a qual 
viria a ter efeitos duradouros percebidos até os dias atuais, tanto no campo lingüístico 
quanto no cultural (o nascimento da rixa entre ingleses e franceses, por exemplo). Pelo fato 
de palavras cotidianas, de uso bastante difundido, terem sido acrescidas ao léxico inglês, 
considera-se esta uma fase de influência de maior relevância lingüística que as outras. 
 Henrique IV, como ficou conhecido após ser coroado o novo rei, foi o primeiro 
monarca anglófono desde 1066, quando Haroldo II foi derrotado por Guilherme. Aos poucos, 
o inglês se reestabeleceu como a língua daquele país. O idioma havia passado por 
transformações, mesmo durante a fase de domínio francês, e evoluiu para o estágio que se 
chama atualmente de Middle English, o inglês médio, que durou até mais ou menos 1500. A 
partir dessa data, considera-se que a língua inglesa tenha chegado a um alto nível de 
semelhança com o inglês atual, sendo classificada como Early Modern English (inglês 
moderno inicial), o qual viria a ser o inglês moderno depois de dois séculos de uso. Durante 
os primeiros anos do inglês moderno, acadêmicos das universidades de Oxford e de 
Cambridge, duas das três mais antigas universidades do mundo, reviveram as línguas 
consideradas clássicas: aulas de latim e de grego foram instituídas como obrigatórias aos 
alunos. Dessa forma, mestres e pupilos podiam se comunicar com estudiosos de outros 
países europeus, bem como compreender textos importantes da antigüidade. Devido a seu 
status e prestígio histórico, como "língua cultural universal" (HAUGEN, 1972, p. 111), o latim 
logo despontou como a língua dos estudos, da ciência, da filosofia, do pensamento clássico 
e da diplomacia (em Oxford, é usado até hoje em cerimônias universitárias oficiais). Explica 
Moulton (1972, p. 16): "Mesmo depois da queda do império romano, o latim continuou a ser, 
durante séculos, a língua da erudição em toda a Europa Ocidental". 
 Ao longo dos dois séculos seguintes, milhares de palavras técnicas e científicas 
derivadas do latim (ou do grego via latim) passaram a fazer parte do léxico inglês (entre 
10.000 e 12.000, segundo estimativas). Elas incluíam aberration, allusion, anachronism, 
dexterity, enthusiasm, imaginary, juvenile, pernicious, sophisticated, excavate, horrid, 
cautionary, pathetic, pungent, frugal, submerge, antipathy, premium, specimen, concept, 
invention, temperature, parasite, virus, pneumonia, delirium, epilepsy, thermometer, capsule, 
autograph, meditate, erupt, disregard, allurement e dictionary. Como os termos introduzidos 
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11 
 
ao inglês nessa quarta e última fase de influência não são populares, restringindo-se a áreas 
muito específicas como Medicina, Matemática, Física, Química, Biologia, Direito e Filosofia, 
pode-se dizer que, apesar de considerável em questão de número de palavras, ela não é de 
grande relevância para os falantes atuais do inglês. Essa é a razão pela qual textos 
jurídicos, acadêmicos e científicos, que se baseiam majoritariamente no vocabulário latino, 
são considerados extremamente formais pelos usuários do inglês comum do dia-a-dia 
(explorarei essa questão mais à frente neste trabalho). 
 Apesar de a influência latina sobre o inglês ser geralmente dividida pelos autores em 
três, quatro ou cinco fases (alguns não consideram a primeira aqui apresentada, enquanto 
outros desconsideram a fase francesa por ser indireta e outros consideram as influências 
pré-invasão germânica como uma fase própria), vale ressaltar que houve pelo menos uma 
quase-onda de influência latina durante o período de uso do inglês moderno: durante os 
séculos 17 e 18, palavras tiveram de ser criadas para nomear as novas descobertas 
científicas e tecnológicas que ocorriam com freqüência cada vez maior. Novamente, o latim 
se mostrou presente na forma de empréstimos lexicais, ainda que em número bem menor 
em comparação com os séculos anteriores. Estudiosos e cientistas da época também se 
aproveitaram de raízes, prefixos e sufixos latinos para formar palavras híbridas, como 
termos meio latinos e meio gregos (ou mesmo meio latinos e meio anglo-saxônicos). Dentre 
os latinismos que surgiram no inglês da época, podem-se destacar apparatus, aqueous, 
carnivorous, component, corpuscle, data, experiment, formula, incubate, machinery, 
mechanics, molecule, nucleus, organic, ratio, structure e vertebra. 
 Até hoje, o latim continua contribuindo direta ou indiretamente para o léxico de 
inúmeras línguas modernas, neo-latinas ou não. Sua contribuição atual restringe-se 
majoritariamente às áreas técnico-científicas já citadas anteriormente e se apresenta na 
forma de empréstimos, prefixações/sufixações (rebirth, remake, starvation, talkative) e 
neologismos de base latina, como quando é necessário criar um termo para designar uma 
nova doença, uma nova invenção tecnológica ou um novo conceito científico (alguns 
exemplos recentes são tonic, insulin, quantum, audio, video, internet e computation). Explica 
Berlitz sobre o atual status do latim: 
Como o emprego do latim parece estar diminuindo, há uma tendência a vê-
lo como língua morta. Esse falecimento, no entanto, pode ser considerado 
prematuro: o latim é ainda utilizado em círculos médicos, científicos, 
jurídicos e eruditos, e é estudado por milhares de pessoas em todo o 
mundo. (BERLITZ, 1982, pp. 25 e 26) 
 
 
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1.2 - CARACTERÍSTICAS DA INFLUÊNCIA LATINA: QUAL VARIEDADE DE LATIM E EM 
QUE ÁREA DO INGLÊS ? 
 Dada sua importância histórica, como língua oficial do décimo oitavo maior império 
da Terra em termos de área conquistada, o latim chegou a lugares bem distantes da capital, 
Roma. Como era de se esperar, ao longo de mais de 2.000 anos, a língua latina acabou 
sofrendo alterações e recebendo influências em cada um desses lugares, dando origem a 
diversas variantes. Assim como existem hoje o português europeu, o africano e o brasileiro, 
há também vários tipos de latim. As classificações mais comuns da língua latina, em ordem 
cronológica, são as seguintes (desconsidera-se se a vertente é falada ou escrita): 
- Latim antigo (ouarcaico, primitivo) 
- Latim clássico 
- Latim vulgar (ou coloquial, popular) 
- Latim tardio 
- Latim eclesiástico (ou latim litúrgico, latim da igreja) 
- Latim medieval 
- Latim da renascença (ou latim renascentista, humanista) 
- Latim novo/novo latim (ou neo-latim, latim moderno) 
- Latim contemporâneo 
 Um diagrama disponível no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, organiza 
as variedades do latim da seguinte forma (famílias e línguas não relacionadas ao latim foram 
omitidas por mim): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13 
 
AS GRANDES FAMÍLIAS LINGÜÍSTICAS DO MUNDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Independentemente de quais classificações do latim sejam consideradas, pode-se 
dizer que praticamente todas influenciaram o inglês. Com a exceção do latim arcaico (que 
não era latim propriamente dito, pelo menos como viemos a conhecê-lo) e do latim 
renascentista (que diz mais respeito ao contexto de utilização que a aspectos lexicais ou 
morfossintáticos da língua), encontrei, durante minhas pesquisas etimológicas, termos 
ingleses vindos de todas as vertentes latinas. Do latim clássico, utilizado por escritores, 
políticos e juristas romanos (e o mais lembrado atualmente), temos a maior quantidade de 
termos derivados diretamente do latim. Entre eles, juvenile (iuvenilis), admire (admirari), 
solitary (solitarius) e just (iustus). Concomitante à forma clássica, existia a vulgar, falada 
pelos soldados e pelo povo em geral. Dela, o inglês herdou termos como fairy (fata), 
address (addirectiare), language (linguaticum), desert (desertum), salad (salata) e tremble 
(tremulare). Do latim eclesiástico, vieram termos utilizados na igreja como incarnate 
(incarnatus), baptism (baptisma), martyr (martyr), idolatry (idolatria), chrism (chrisma) e 
sacrament (sacramentum), todos derivados originalmente do grego, com exceção do 
primeiro e do último. Do latim tardio, o usado entre a era "clássica" do auge do império 
romano e o início da Idade Média (século 6), temos allusion (allusio), approach 
(appropriare), questionnarie (quaestionarius), concept (conceptus) e stellar (stellaris). Do 
Línguas 
Indo-
européias 
Grupo 
Itálico 
Latim 
Latim 
arcaico 
Latim 
vulgar 
Romance 
(línguas 
neolatinas) 
Latim 
culto 
Latim 
culto 
falado 
Latim 
culto 
escrito 
Latim 
medieval 
Latim 
eclesiástico 
Latim 
literário 
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14 
 
latim medieval — progressão natural daquela língua durante a fase tenebrosa das 
inquisições —, temos alguns como legend (legenda), promise (promissa), date (data) e 
dictionary (dictionarium). Do novo latim, o utilizado na fase pós-queda de Constantinopla em 
que a língua de Cícero começou a morrer como língua de uso cotidiano (mantida viva 
apenas pela Igreja e pela academia), temos termos mais científicos como metric (metricus), 
statistic (statisticum), semester (semestris), autopsy (autopsia), penicilin (penicillium), 
ventricular (ventricularis) e tentacle (tentaculum). 
 Um dos objetivos principais deste trabalho é evidenciar as influências do latim sobre 
o inglês. Por influência, entende-se aqui qualquer característica latina que tenha sido 
passada para a língua inglesa. Não é preciso muito esforço, mas talvez um pouco de 
atenção, para notar uma das maiores influências latinas sobre o inglês, comumente 
subestimada ou esquecida: o alfabeto. Existem mais de 400 tipos de alfabetos e sistemas 
de escrita no planeta (BERLITZ, 1982, p. 108), entre os quais o cirílico, o grego, o armênio, 
o arábico, os egípcios (hieróglifos, hieróglifos cursivos, hierático, demótico e copta) e o 
hebraico, sem contar os ideogramas asiáticos. O mais comum, entretanto, é o latino, 
utilizado por mais de 60 línguas atuais, além de mais de 30 já extintas. Na época da invasão 
germânica à ilha da Grã-Bretanha, as tribos dominadoras tinham escritas bastante 
diferentes das que se conhecem hoje nas línguas germânicas: eram os chamados alfabetos 
"rúnicos", compostos por runas, unidades gráficas (ou grafemas) que serviam como letras 
para aqueles povos (BERLITZ, 1982, p 111). Se não fosse pela considerável influência 
latina sobre esses povos germânicos durante a cristianização da Grã-Bretanha a partir do 
fim do século 6 (segunda fase de influência), talvez o inglês fosse escrito dessa forma até 
hoje. Outra característica visual do inglês em comum com o latim é o fato de ser escrito e 
lido da esquerda para a direita, diferentemente de outras línguas como árabe e hebraico, 
ambas semíticas. Todavia, não se pode afirmar que essa é uma influência direta do latim, já 
que as línguas celtas e germânicas utilizadas na Grã-Bretanha antes da chegada dos 
romanos também eram escritas e lidas de tal forma. 
 No tocante à sintaxe, um dos eixos principais de qualquer idioma, pouco há que se 
mencionar sobre a influência latina. Segundo Sapir (1921), "na esfera da sintaxe, podem-se 
apontar certas influências do francês e do latim, mas é incerto se elas chegaram a um nível 
mais profundo que a língua escrita. Boa parte desse tipo de influência pertence mais ao 
estilo literário que à morfologia propriamente dita" (tradução minha6). Infelizmente, o autor 
 
6 (...) the morphological influence exerted by foreign languages on English (...) is hardly different in kind from 
the mere borrowing of words. (...) In the sphere of syntax, one may point to certain French and Latin influences, 
but it is doubtful if they ever reached deeper than the written language. Much of this type of influence belongs 
rather to literary style than to morphology proper. 
 
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não menciona quais são tais influências. Kurath (1972, p. 76) concorda: "a adoção de 
palavras estrangeiras em larga escala não mudou materialmente a estrutura do inglês. A 
sintaxe e a flexão das palavras permaneceram essencialmente inglesas". Talvez se possa 
atribuir isso ao simples fato de que é muito mais complicado alterar a estrutura de uma 
língua que seu vocabulário, que já é mutável por natureza, motivo pelo qual o inglês aceitou 
de bom grado diversas palavras estrangeiras, mas rejeitou mudanças estruturais mais 
profundas. 
 Apesar disso, pode-se teorizar acerca de pelo menos uma influência sintática latina 
sobre o inglês: os pares I/me, who/whom, he/him e my/mine, em que o segundo elemento 
talvez seja um resquício dos casos do latim (principalmente dativo, ablativo e nominativo, 
todos presentes indiretamente no português). E ainda que não sejam por influência latina, 
interessa notar as construções comparativas e superlativas, em que palavras de três ou 
mais sílabas necessitam da partícula more ou most, enquanto às palavras de uma sílaba 
acrescenta-se er ou est ao final. Segundo Berlitz (1982, p. 31), "em geral, quase todas as 
palavras polissilábicas do inglês são de origem latino-francesa, ao passo que as palavras 
monossilábicas provêm do anglo-saxão", então é compreensível que se construa de 
maneira mais "românica" o comparativo e o superlativo para as palavras de origem latina, de 
forma que um aluno falante do português terá mais facilidade em entender more rapid do 
que faster, que querem dizer a mesma coisa, apenas diferindo no nível de formalidade. Por 
fim, vale mencionar que se cogita ter o ablativo absoluto do latim influenciado o dativo 
absoluto do inglês antigo, ainda que muito pouco se saiba sobre isso, já que poucos 
documentos anglo-saxônicos sobrevivem atualmente para uma pesquisa mais detalhada 
(MOORE, 2000). 
 Em resumo, portanto, pouco pode ser apontado como influência latina no âmbito 
morfossintático. Contudo, uma vez que este trabalho lida, indiretamente, com as 
semelhanças entre o inglês e o português, não se pode ignorar o fato de que, apesar de não 
ter relação diretacom o latim ou qualquer língua românica, a (morfos)sintaxe inglesa se 
assemelha à portuguesa em alguns aspectos. O fato de ambas serem línguas sintéticas (o 
português mais que o inglês, certamente) ajuda o aluno na compreensão das palavras e 
suas construções; elas não são totalmente isoladas, compostas de morfemas únicos, 
monossilábicos, como as do chinês, nem longas demais, com um número exacerbado de 
morfemas ligados a um mesmo radical por aglutinação, como ocorre no finlandês. Sem 
dúvida, o que mais ajuda num contexto de ensino-aprendizagem envolvendo aprendizes 
lusófonos é o fato de o inglês ser, tal como o português, uma língua de estrutura 
morfossintática SVO (sujeito-verbo-objeto), a segunda estrutura mais comum entre as 
línguas do mundo (TOMLIN, 1986, p. 22). É razoável pressupor que um falante de 
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português tivesse considerável dificuldade em lidar com a estrutura do alemão, do japonês e 
do coreano, línguas de estrutura oracional SOV (também a mais comum em latim clássico), 
bem como ao lidar com línguas semíticas (árabe, hebraico...) e celtas (irlandês, escocês 
gaélico, galês, córnico, bretão etc.), idiomas VSO. Como o inglês não é uma língua de 
casos, como o latim clássico, a ordem das palavras faz diferença, o que levanta a suspeita 
de uma possível influência do latim vulgar, que foi o que, de fato, chegou às ilhas britânicas. 
Enquanto o latim clássico alterava a terminação da palavra, como em "porta casae", o latim 
vulgar dependia de uma estrutura fixa de palavras, arranjadas em tal ordem que o 
significado era o desejado: "illa porta de illa casa", o mesmo que "the door of the house" ou 
"a porta de a (da) casa". Vale ressaltar que a outra forma de se construir a mesma frase em 
inglês, "the house's door", apesar da semelhança com a formação do caso genitivo latino 
(adição de morfema ao fim do termo que indica o "possuidor"), tem influência germânica, 
sendo chamada por vezes de "saxon genitive". 
 Indubitavelmente, a maior influência latina sobre o inglês, como extensivamente 
tratada na seção histórica deste trabalho, foi com relação ao léxico. Como explica Sapir6, "a 
influência morfológica exercida por línguas estrangeiras no inglês (...) não difere muito de 
um mero empréstimo de palavras". De acordo com The History of English in Ten Minutes 
(s/d), a língua inglesa, ao longo dos últimos 1500 anos, emprestou e incorporou palavras de 
mais de 350 idiomas. Segundo Berlitz, 
Nunca houve outra língua tão influenciada por uma combinação de tantas 
outras línguas; o inglês não só é uma língua mundial como uma mistura 
assimilada da maioria das línguas do mundo. Ao caldeirão inicial de anglo-
saxão, celta e francês normando foram acrescentadas milhares de outras 
palavras do holandês, das línguas escandinavas, do espanhol, italiano, 
alemão, português, francês moderno, árabe, russo, hebraico, iídiche, 
malaio, hindi, chinês, japonês e línguas ameríndias. (BERLITZ, 1982, p. 
288) 
 Desses empréstimos todos, pode-se afirmar com segurança que a maior parte vem 
do latim e das línguas dele derivadas. É praticamente impossível dizer exatamente quantas 
palavras de origem latina fazem parte do inglês atualmente, pois questões poderiam ser 
levantadas sobre o próprio termo "palavra". Segundo o dicionário Oxford, não se pode 
precisar um número absoluto de palavras no léxico do inglês, já que se encontra bastante 
dificuldade em definir o que é uma palavra ("book" e "books", por exemplo, são formas 
diferentes da mesma palavra ou duas palavras diferentes e independentes ?). Entretanto, é 
possível estimar a porcentagem de palavras de uma determinada origem tendo como base 
todas as registradas num dicionário, e é exatamente isso que mostra o gráfico a seguir, 
baseado na pesquisa computadorizada de Thomas Finkenstaedt e Dieter Wolff (1973), 
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17 
 
tendo como objeto de estudo o próprio dicionário de Oxford (Shorter Oxford Dictionary, 3ª 
edição). 
 
GRÁFICO 1 - ORIGEM DAS PALAVRAS INGLESAS 
 
 
 Como demonstra a pesquisa, pouco mais de 56% do léxico de língua inglesa vem 
direta ou indiretamente do latim (se considerarmos apenas as influências diretas, ainda 
assim o latim apresenta uma porcentagem maior que a de todas as línguas germânicas 
juntas, um feito louvável). Vale ressaltar que não falo aqui de vocabulário. Segundo Silva 
(s/d), apesar de gramáticos geralmente usarem "léxico" e "vocabulário" como sinônimos, os 
lingüistas os diferem. Léxico é o "conjunto das palavras usadas numa língua. É um 
inventário aberto, com número infinito de palavras, podendo ser sempre acrescido e 
enriquecido com novos vocábulos e também pela mudança de sentido de outras", enquanto 
vocabulário é "a seleção e o emprego de palavras pertencentes ao léxico para realizar a 
comunicação humana. É o uso do falante". Isso explica o porquê de não percebermos 
muitas palavras de origem latina no inglês "comum", das conversas cotidianas: as palavras 
utilizadas pelos falantes de inglês fazem parte de seu vocabulário, que geralmente é 
composto por mais palavras informais que formais. Dada a relação entre palavras de origem 
latina no inglês e formalidade, como tratarei na próxima seção, é de se compreender que 
tais palavras não apareçam com grande freqüência na fala (e mesmo na escrita) desses 
usuários da língua, sendo os termos de origem germânica os preferidos. 
Francês (incluindo francês antigo,
francês normando e anglo-francês) -
28,3%
Latim (todas as variantes) - 28,24%
Línguas germânicas (anglo-saxão,
nórdico antigo, neerlandês etc.) -
25%
Grego - 5,32%
Outras línguas/desconhecido - 5,03%
Nomes próprios - 3,28%
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18 
 
 Outra pesquisa que segue a mesma linha é a de Joseph Williams, professor do 
Departamento de Língua e Literatura Inglesas da Universidade de Chicago, que estima 
praticamente o mesmo número de palavras de origem latina: 56% (41% do francês e 15% 
do latim). A variação considerável na porcentagem de origem direta e indireta do latim7 pode 
ser explicada pelo contexto diferente da pesquisa: enquanto a de Finkenstaedt e Wolff 
considerou o léxico inglês como um todo, tomando como base um dicionário, a de Williams 
analisou cartas corporativas/comerciais. É improvável que o vocabulário adotado pelos 
empresários/negociantes correspondentes tenha sido tão amplo e formal a ponto de dar 
margem a uma grande quantidade de palavras vindas diretamente do latim. 
 Uma terceira pesquisa sobre o assunto também se mostra relevante: a realizada 
pelo lingüista especializado em ensino de língua e aquisição de vocabulário Paul Nation 
(2001). Ele levou em consideração 7.476 palavras inglesas. Desse total, 51% tinham origem 
no grupo itálico, o grupo lingüístico do latim e seus derivados, enquanto 36% vinham do 
grupo germânico. O grupo helênico, onde se encontra o grego, alcançou 7%. Outras línguas 
chegaram a 6%. 
 
1.3 - A RELAÇÃO ENTRE AS INFLUÊNCIAS LATINAS NO INGLÊS E O NÍVEL DE 
FORMALIDADE 
 A idéia parcialmente equívoca de que o inglês e o português são línguas bastante 
diferentes talvez venha da constatação óbvia de um estudante que compara frases nessas 
duas línguas. De fato, "the boy opened the door" não parece, visualmente, "o menino abriu a 
porta", da mesma forma que "I've been to my grandmother's house" não se assemelha, 
observando-se superficialmente, a "fui à casa de minha avó". Entretanto, convém notarmos 
que ambas as frases dadas como exemplo são bastante informais, utilizando-se de palavras 
corriqueiras, de fácil entendimento a qualquer falante nativo (e mesmo a estrangeiros). É 
exatamente esse tipo de linguagem que se encontra em métodos de ensino de língua 
inglesa: a informal, a cotidiana, a comum. É necessário atentar, contudo, ao fato de que, 
durante sua vivência numpaís anglófono, um lusófono não terá contato somente com a 
linguagem informal, mas com a formal também. É quando ele entra em contato com textos 
de maior formalidade que percebe a semelhança entre as duas línguas, o que parece um 
contrassenso, já que se espera uma dificuldade maior para entender textos de formalidade 
elevada. Entretanto, quanto maior a formalidade do texto em inglês, maior sua semelhança 
com o português. Não há nenhum mistério, tampouco contradição, nesse curioso fato: as 
palavras e construções de origem latina (direta ou indireta) fazem-se mais presentes nos 
 
7 Berlitz (1982, p. 275) alega que entre 40% e 50% do léxico inglês veio por intermédio do francês, mas não cita 
nenhuma pesquisa como embasamento. 
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textos de registro mais elevado, sendo mais comuns nos contextos acadêmico, legal, 
médico e técnico-científico. Kurath (1972, p. 76) explica que boa parte do vocabulário 
utilizado em tratados das áreas de Direito, Teologia, Filosofia e Medicina foi adotada do 
latim. Há, sim, palavras inglesas de uso comum/cotidiano derivadas do latim: algumas 
diretas, pelo contato com os romanos, e a maioria via francês, em decorrência do já 
explanado contexto diglóssico — triglóssico se o latim usado na igreja for considerado 
(STÖRIG, 1990, p. 166) — em que se encontrou a Inglaterra durante os mais de 300 anos 
de domínio francês. Contudo, dentre as mais comuns, a maioria certamente tem origem 
germânica, como é de se esperar, pelo simples fato de que o inglês é uma língua 
germânica, e não latina. 
 Toda língua segue a tendência de derivar palavras de seu idioma-mãe (e não de 
qualquer outro, via empréstimo ou imposição estrangeira) quando o nível de elementaridade 
é maior. Termos que nomeiam partes do corpo, por exemplo, são considerados 
extremamente básicos, motivo pelo qual se assemelham à língua que deu origem àquele 
determinado idioma. Isso é provado pela conhecida lista Swadesh, proposta pelo lingüista 
histórico estadunidense Morris Swadesh em 1952. A versão mais comum da lista, a de 100 
palavras (1971), é disponibilizada no Anexo II. Trata-se de uma enumeração das palavras 
que designam os conceitos mais básicos para os seres humanos desde a antigüidade para 
fins de estudos de lingüística comparativa e léxico-estatística. Nela, encontram-se termos 
relacionados ao corpo, à natureza, aos animais, às cores, aos números etc. Dos 100 
listados, apenas um tem origem latina: mountain, que vem do latim vulgar "montanea" via 
francês antigo "montaigne". Todos os outros 99 têm origem germânica, o que prova a 
preferência por palavras dessa origem em conversas mais elementares, de caráter informal. 
 A mesma pesquisa de Nation (2001) que oferece a porcentagem de origens lexicais, 
citada na seção anterior, também faz um registro relevante sobre a questão das palavras 
mais comuns do inglês. Entre as 100 mais freqüentes, 97% vêm do ramo germânico, 
enquanto só 3% vêm do itálico, o que vai ao encontro da constatação baseada na lista de 
Swadesh. À medida que palavras menos comuns, ligadas às ciências, à filosofia e à 
matemática, são consideradas, a porcentagem de palavras itálicas começa a aumentar e a 
de germânicas, a diminuir. Entre as 1000 mais freqüentes, por exemplo, o número de termos 
itálicos aumenta para 36%, enquanto o de germânicos cai para 57% (além do aparecimento 
do grego, com 4%, e de outras línguas, com 3%). Outras pesquisas variam a porcentagem, 
mas confirmam que, dentre as 1000 palavras mais comuns do inglês, de 50% a 80% são de 
origem germânica. 
 Não menos importante é a lista das 100 palavras mais comuns da língua inglesa 
baseada no The Oxford English Corpus, entre as quais apenas 3 (3,5 se o "cause" de 
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"because" for considerado) têm origem latina, todas via francês antigo. Partindo do 
pressuposto de que o nível de formalidade de uma palavra diz respeito à sua freqüência e a 
seu contexto de utilização, podemos inferir, portanto, que as palavras mais comumente 
utilizadas e mais recorrentes em situações elementares (como uma conversa entre amigos 
ou entre um vendedor e um cliente numa loja) são as menos formais, enquanto aquelas 
palavras raras, destinadas a situações muito específicas (como um estudo científico de 
Genética ou uma convenção internacional de Astrofísica) são as consideradas mais formais. 
 O lingüista Hans Störig também discorre sobre a questão: 
Embora o inglês tenha adotado palavras de inúmeras línguas (...), a grande 
maioria das palavras ou raízes inglesas são de origem germânica ou 
românica. (...) Mas aqui devemos ressaltar que, na língua do cotidiano e na 
língua do homem simples, a participação do germânico é bem maior. As 
denominações referentes a família (...) são germânicas, assim como "dia" e 
"noite" (day and night), "amor" e "ódio" (love and hate), os numerais (...), os 
pronomes pessoais (...), as preposições (...), as conjunções (...), os verbos 
auxiliares. Em resumo: as palavras mais freqüentes são germânicas. 
(STÖRIG, 1990, p. 168) 
 Aparentemente, esse é um conhecimento lingüístico bem comum entre os falantes 
do inglês, tanto como primeira quanto como segunda língua, não importando o nível de 
formação acadêmica ou quantos anos de experiência. As respostas à pergunta sobre esse 
tema nas entrevistas que realizei com professores de inglês (questão 4.a dos modelos de 
entrevista disponíveis nos anexos III e IV) chegaram perto da unanimidade: 82,60% (19 de 
23) dos que responderam (a pergunta era opcional) corroboraram a idéia de que é muito 
mais comum encontrar palavras de origem latina em inglês em textos cujo nível de 
formalidade é mais elevado, entre os quais foram mencionados os científicos e acadêmicos, 
enquanto a linguagem diária utilizada para os gêneros primários, mais coloquiais, tem uma 
maior incidência de termos anglo-saxônicos. Além disso, alguns também destacaram que o 
vocabulário latino é mais freqüente na escrita que na fala, o que é de se esperar dada a 
maior preocupação com a formalidade quando se escreve. 
 Não satisfeito, apesar de concordar com as pesquisas e opiniões dos entrevistados, 
decidi buscar mais evidências por contra própria: reuni quatro textos aleatórios de diferentes 
níveis de formalidade. Em seguida, pesquisei a origem de cada um dos 100 primeiros 
termos que apareciam nos textos, com a ajuda de fiáveis dicionários8. Os resultados, bem 
como meus comentários a eles, são apresentados a seguir. Cabe ressaltar que, para fins de 
análise histórico-lingüística, considera-se como língua de origem aquela mais remota sobre 
a qual se tenha conhecimento suficiente nos dias de hoje. Todas as línguas listadas como a 
origem dos termos analisados também tiveram, por sua vez, uma origem. Entretanto, se a 
 
8 The Free Dictionary, Cambridge Dictionaries Online, Oxford Dictionaries, Wiktionary e Priberam Online. 
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análise se estendesse muito, chegaríamos a línguas que ainda hoje não são muito 
conhecidas ou mesmo teóricas (como o proto-indo-europeu, que teria dado origem a todas 
as línguas registradas nesses quadros). 
 O primeiro texto analisado foi um excerto da letra de uma música popular britânica, 
como segue: 
 
TEXTO 1 - LETRA DA CANÇÃO "OLD MAID IN THE GARRET", DE AUTORIA 
DESCONHECIDA9 
 
I have often heard it said from my father and my mother 
That going to a wedding is the making of another 
Well, if this be so, then I'll go without a bidding 
Oh, kind providence, won't you send me to a wedding? 
And it's oh, dear me, how will it be 
If I die an old maid in the garret? 
 
Oh, now there's my sister Jean, she's not handsome or good lookin' 
Scarcely sixteen and a fella shewas courtin' 
Now she's twenty four with a son and a daughter 
Here am I, forty five, and I've never had an offer. 
 
A análise do texto culminou nos resultados expressos no Quadro 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 Disponível em: www.contemplator.com/england/oldmaid.html 
http://worldmusic.about.com/od/irishsonglyrics/p/Old-Maid-In-A-Garret.htm 
www.allthelyrics.com/lyrics/tommy_makem/old_maid_in_the_garrett-lyrics-1132808.html 
http://celtic-lyrics.com/lyrics/316.html 
http://martindardis.com/id345.html 
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22 
 
QUADRO 1 - OCORRÊNCIA DE PALAVRAS POR ORIGEM E CLASSE GRAMATICAL - PARTE 1 
PALAVRA OCORRÊNCIA ORIGEM CLASSE GRAMAT. 
I 4 anglo-saxão pronome 
have 1 anglo-saxão verbo 
often 1 anglo-saxão advérbio 
heard 1 anglo-saxão verbo 
it 3 anglo-saxão pronome 
said 1 anglo-saxão verbo 
from 1 anglo-saxão preposição 
my 3 anglo-saxão adjetivo 
father 1 anglo-saxão substantivo 
and 5 anglo-saxão conjunção 
mother 1 anglo-saxão substantivo 
that 1 anglo-saxão conjunção 
going 1 anglo-saxão verbo 
to 3 anglo-saxão preposição 
a 6 anglo-saxão artigo 
wedding 2 anglo-saxão substantivo 
is 5 anglo-saxão verbo 
the 2 anglo-saxão artigo 
making 1 anglo-saxão substantivo 
of 1 anglo-saxão preposição 
another 1 anglo-saxão pronome 
well 1 anglo-saxão interjeição 
if 2 anglo-saxão conjunção 
this 1 anglo-saxão pronome 
be 2 anglo-saxão verbo 
so 1 anglo-saxão advérbio 
then 1 anglo-saxão advérbio 
will 3 anglo-saxão verbo 
go 1 anglo-saxão verbo 
without 1 anglo-saxão preposição 
bidding 1 anglo-saxão substantivo 
kind 1 anglo-saxão adjetivo 
providence 1 latim via francês substantivo 
not 2 anglo-saxão advérbio 
you 1 anglo-saxão pronome 
send 1 anglo-saxão verbo 
me 2 anglo-saxão pronome 
dear 1 anglo-saxão adjetivo 
how 1 anglo-saxão advérbio 
die 1 nórdico antigo verbo 
an 1 anglo-saxão artigo 
old 1 anglo-saxão adjetivo 
maid 1 anglo-saxão substantivo 
in 1 anglo-saxão preposição 
garret 1 francês antigo substantivo 
now 2 anglo-saxão advérbio 
there 1 anglo-saxão pronome 
sister 1 nórdico antigo substantivo 
Jean 1 francês antigo substantivo 
she 3 anglo-saxão pronome 
handsome 1 anglo-saxão adjetivo 
or 1 anglo-saxão conjunção 
good 1 anglo-saxão adjetivo 
lookin' (looking) 1 anglo-saxão verbo 
scarcely 1 
latim vulgar via francês 
antigo 
advérbio 
sixteen 1 anglo-saxão numeral 
fella (fellow) 1 nórdico antigo substantivo 
 
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23 
 
QUADRO 1 - OCORRÊNCIA DE PALAVRAS POR ORIGEM E CLASSE GRAMATICAL - PARTE 2 
PALAVRA OCORRÊNCIA ORIGEM CLASSE GRAMAT. 
was 1 anglo-saxão verbo 
courtin' (courting) 1 latim via francês antigo verbo 
twenty 1 anglo-saxão numeral 
four 1 anglo-saxão numeral 
with 1 anglo-saxão preposição 
son 1 anglo-saxão substantivo 
daughter 1 anglo-saxão substantivo 
here 1 anglo-saxão advérbio 
am 1 anglo-saxão verbo 
forty 1 anglo-saxão numeral 
five 1 anglo-saxão numeral 
Total: 68 Total: 100 
 
Para maior clareza, apresento as tabulações dos resultados com ênfase na origem, na 
classe e em suas totalizações relativas: 
 
QUADRO 2 - ORIGEM DAS PALAVRAS 
ORIGEM TOTAL 
anglo-saxão = 60 (88,23%) 
68 (100%) 
latim via francês = 3 (4,41%) 
nórdico antigo = 3 (4,41%) 
francês antigo = 2 (2,94%) 
 
QUADRO 3 - ORIGEM POR CLASSE GRAMATICAL E OCORRÊNCIA 
ORIGEM CLASSE OCORRÊNCIA TOTAL 
anglo-saxão 
verbo 12 (20%) 
60 (100%) 
substantivo 8 (13,33%) 
pronome 8 (13,33%) 
advérbio 7 (11,66%) 
adjetivo 6 (10%) 
preposição 6 (10%) 
numeral 5 (8,33%) 
conjunção 4 (6,66%) 
artigo 3 (5%) 
interjeição 1 (1,66%) 
latim via francês 
substantivo 1 (33,33%) 
3 (100%) verbo 1 (33,33%) 
advérbio 1 (33,33%) 
nórdico antigo 
substantivo 2 (66,66%) 
3 (100%) 
verbo 1 (33,33%) 
francês antigo substantivo 2 (100%) 2 (100%) 
 
Totais: 
verbo = 14 (20,58%) 
substantivo = 13 (19,11%) 
advérbio = 8 (11,76%) 
pronome = 8 (11,76%) 
adjetivo = 6 (8,82%) 
preposição = 6 (8,82%) 
numeral = 5 (7,35%) 
conjunção = 4 (5,88%) 
artigo = 3 (4,41%) 
interjeição = 1 (1,47%) 
 68 (100%) 
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24 
 
 Percebe-se, nesta letra de música folclórica de origem incerta (provavelmente 
irlandesa ou escocesa), uma preferência bem maior pelos termos mais comuns da língua 
inglesa, os quais derivam, em sua maioria, de línguas germânicas. Preposições como to, of, 
from, with e in, conjunções como and, but, if, or e that, pronomes como I, she, it e you e os 
artigos a, an e the se fazem presentes em praticamente todos os textos do inglês por serem 
palavras essenciais à escrita, muitas vezes desempenhando o papel de conectores10. Aqui 
não é diferente: dos 68 termos originais contidos na música, 21 pertencem a essas classes. 
Entre todos os 100 termos analisados, incluindo os repetidos, esse número é ainda maior 
(44), o que não é nenhuma surpresa, já que palavras dessas categorias costumam se 
repetir várias vezes ao longo dos textos, algo que não costuma acontecer com substantivos, 
adjetivos e verbos, por exemplo. Logo, o resultado obtido após a análise é o esperado: a 
maior parte das palavras desse texto de cunho informal provém do anglo-saxão (92 de 100), 
enquanto apenas 3 derivam do latim (e indiretamente). Vale mencionar que a exclusão da 
interjeição "oh", repetida várias vezes na letra, foi feita pela incerteza de sua origem e por 
sua pouca significância semântica. 
 O segundo texto submetido à verificação foi um excerto de um conto infantil de Hans 
Christian Andersen, o qual apresento a seguir: 
 
 
TEXTO 2 - CONTO INFANTIL "THE SNOW QUEEN", DE HANS CHRISTIAN ANDERSEN 
(TRADUZIDO DO DINAMARQUÊS POR TRADUTOR NÃO IDENTIFICADO)11 
 
There is a legend that, once upon a time, a beautiful fairy, the Snow Queen, lived on the 
highest, most solitary peaks of the Alps. The mountain folk and shepherds climbed to the 
summits to admire her, and everyone fell head over heels in love with her. 
Every man would have given anything, including his life, to marry her. Indeed, their lives are 
just what they did give, for Fate had decided that no mortal would ever marry the Snow 
Queen. But in spite of that, many brave souls did their best to approach her, hoping always 
to persuade her. 
 
A análise do texto culminou nos resultados expressos no Quadro 4. 
 
 
 
 
 
10 Confira a alta freqüência dessas palavras pequenas e essenciais na lista Swadesh (Anexo II), na lista do The 
Oxford English Corpus (Anexo III) e na pesquisa A general service list of English words, realizada por Michael 
West em 1953. 
11 Disponível em: http://childhoodreading.com/?p=18 
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25 
 
QUADRO 4 - OCORRÊNCIA DE PALAVRAS POR ORIGEM E CLASSE GRAMATICAL - PARTE 1 
PALAVRA OCORRÊNCIA ORIGEM CLASSE GRAMAT. 
there 1 anglo-saxão pronome 
is 1 anglo-saxão verbo 
a 3 anglo-saxão artigo 
legend 1 
latim via latim 
medieval e francês 
antigo 
substantivo 
that 3 anglo-saxão conjunção 
once 1 anglo-saxão advérbio 
upon 1 anglo-saxão preposição 
time 1 anglo-saxão substantivo 
beautiful 1 
latim vulgar via francês 
antigo / anglo-saxão 
adjetivo 
fairy 1 
latim vulgar via francês 
antigo 
substantivo 
the 6 anglo-saxão artigo 
snow 2 anglo-saxão substantivo 
queen 2 anglo-saxão substantivo 
lived 1 anglo-saxão verbo 
on 1 anglo-saxão preposição 
highest (high) 1 anglo-saxão adjetivo 
most 1 anglo-saxão adjetivo 
solitary 1 latim via francês antigo adjetivo 
peaks 1 incerta substantivo 
of 2 anglo-saxão preposição 
alps 1 
latim (talvez via 
francês) 
substantivo 
mountain 1 
latim via latim vulgar 
via francês 
substantivo 
folk 1 anglo-saxão substantivo 
and 2 anglo-saxão conjunção 
shepherds 1 anglo-saxão substantivo 
climbed 1 anglo-saxão verbo 
to5 anglo-saxão preposição 
summits 1 latim via francês antigo substantivo 
admire 1 latim via francês verbo 
her 5 anglo-saxão pronome 
everyone 1 anglo-saxão pronome 
fell 1 anglo-saxão verbo 
head 1 anglo-saxão substantivo 
over 1 anglo-saxão preposição 
heels 1 anglo-saxão substantivo 
in 2 anglo-saxão preposição 
love 1 anglo-saxão substantivo 
with 1 anglo-saxão preposição 
every 1 anglo-saxão adjetivo 
man 1 anglo-saxão substantivo 
would 2 anglo-saxão verbo 
have 1 anglo-saxão verbo 
given 1 nórdico antigo verbo 
anything 1 anglo-saxão pronome 
including 1 latim verbo 
his 1 anglo-saxão adjetivo 
life 1 anglo-saxão substantivo 
marry 2 latim via francês antigo verbo 
indeed 1 
anglo-saxão via inglês 
médio 
advérbio 
their 2 nórdico antigo adjetivo 
lives 1 anglo-saxão substantivo 
are 1 anglo-saxão verbo 
 
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26 
 
QUADRO 4 - OCORRÊNCIA DE PALAVRAS POR ORIGEM E CLASSE GRAMATICAL - PARTE 2 
PALAVRA OCORRÊNCIA ORIGEM CLASSE GRAMAT. 
just 1 latim via francês antigo advérbio 
what 1 anglo-saxão pronome 
they 1 nórdico antigo pronome 
did 2 anglo-saxão verbo 
give 1 nórdico antigo verbo 
for 1 anglo-saxão preposição 
fate 1 latim via francês antigo substantivo 
had 1 anglo-saxão verbo 
decided 1 latim via francês antigo verbo 
no 1 anglo-saxão advérbio 
mortal 1 latim via francês antigo adjetivo 
ever 1 anglo-saxão advérbio 
but 1 anglo-saxão conjunção 
spite 1 latim via francês antigo substantivo 
many 1 anglo-saxão adjetivo 
brave 1 
prov. latim vulgar via 
italiano (ou espanhol) 
e francês 
adjetivo 
souls 1 anglo-saxão substantivo 
best 1 anglo-saxão substantivo 
approach 1 
latim vulgar via francês 
antigo 
verbo 
hoping 1 anglo-saxão verbo 
always 1 anglo-saxão advérbio 
persuade 1 latim verbo 
Total: 74 Total: 100 
 
Para maior clareza, apresento as tabulações dos resultados com ênfase na origem, na 
classe e em suas totalizações relativas: 
 
QUADRO 5 - ORIGEM DAS PALAVRAS 
ORIGEM TOTAL 
anglo-saxão = 51,5 (69,59%) 
74 (100%) 
latim via francês = 13,5 (18,24%) 
nórdico antigo = 4 (5,40%) 
latim = 3 (4,05%) 
prov. latim = 1 (1,35%) 
incerta = 1 (1,35%) 
 
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27 
 
QUADRO 6 - ORIGEM POR CLASSE GRAMATICAL E OCORRÊNCIA 
ORIGEM CLASSE OCORRÊNCIA TOTAL 
anglo-saxão 
substantivo 13 (25,24%) 
51,5 (100%) 
verbo 10 (19,41%) 
preposição 8 (15,53%) 
adjetivo 5,5 (10,67%) 
advérbio 5 (9,70%) 
pronome 5 (9,70%) 
conjunção 3 (5,82%) 
artigo 2 (3,88%) 
latim via francês 
substantivo 6 (44,44%) 
13,5 (100%) 
verbo 4 (29,62%) 
adjetivo 2,5 (18,51%) 
advérbio 1 (7,40%) 
nórdico antigo 
verbo 2 (50%) 
4 (100%) adjetivo 1 (25%) 
pronome 1 (25%) 
latim 
verbo 2 (66,66%) 
3 (100%) 
substantivo 1 (33,33%) 
provavelmente latim via 
italiano ou espanhol e 
francês 
adjetivo 1 (100%) 1 (100%) 
incerta substantivo 1 (100%) 1 (100%) 
 
Totais: 
substantivo = 21 (28,37%) 
verbo = 18 (24,32%) 
adjetivo = 10 (13,51%) 
preposição = 8 (10,81%) 
pronome = 6 (8,10%) 
advérbio = 6 (8,10%) 
conjunção = 3 (4,05%) 
artigo = 2 (2,70%) 
 74 (100%) 
 
 O texto 2 não tem um caráter popular ou folclórico como o 1, mas também se 
apresenta de modo informal, com linguagem natural e acessível, principalmente por ter 
crianças como o público alvo. Aqui já se constata uma elevação no número de termos 
latinos, quase 18 direta ou indiretamente originados daquela língua, bem como uma leve 
diminuição na proporção de derivados do anglo-saxão (aprox. 75 de 100). Entretanto, esta 
última língua continua sendo a origem mais comum. O nórdico, outra língua de raiz 
germânica, também se faz presente, mas com apenas 5 termos dentre os 100, um dos quais 
repetido. Vale lembrar que tanto este texto quanto (e principalmente) o anterior foram 
produzidos com a intenção de serem divulgados oralmente. Tal como os antigos menestréis 
e trovadores, o leitor desses textos pode divulgá-los boca a boca, o que não pode ser feito 
com os dois textos vindouros. A característica desses dois primeiros textos que lhes propicia 
essa possibilidade é justamente seu baixo nível de formalidade. 
 O terceiro texto analisado foi o trecho inicial de um documento jurídico: 
 
 
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28 
 
 
TEXTO 3 - DOCUMENTO LEGAL (NOTA PROMISSÓRIA DA CIDADE DE MADISON, WI, 
EUA)12 
 
FOR VALUE RECEIVED, the Borrower promises to pay to the order of the CITY OF 
MADISON, a Wisconsin municipal corporation, at its offices located at [endereço omitido], 
an amount equal to ______ percent (___%) of ninety-five percent (95%) of the sales price of 
the Property, immediately upon the sale or transfer of the Property located at 
________________(the “Property”). Legal Description Attached. 
 
THIS NOTE is secured by a Mortgage from the Borrower to the City (the “Mortgage”). 
 
DELINQUENCY CHARGE. If a payment owed under the Note is not paid on or before the 
15th day after its due date, the City may collect a delinquency charge equal to 12% per 
annum on the unpaid balance until the amount due under the Note is paid in full. 
 
A análise do texto culminou nos resultados expressos no Quadro 7. 
 
QUADRO 7 - OCORRÊNCIA DE PALAVRAS POR ORIGEM E CLASSE GRAMATICAL - PARTE 1 
PALAVRA OCORRÊNCIA ORIGEM CLASSE GRAMAT. 
for 1 anglo-saxão preposição 
value 1 latim via francês antigo substantivo 
received 1 latim via francês antigo verbo 
the 15 anglo-saxão artigo 
borrower 2 anglo-saxão substantivo 
promises 1 
latim via latim medieval 
via francês antigo 
verbo 
to 4 anglo-saxão preposição 
pay 1 latim via francês antigo verbo 
order 1 latim via francês antigo substantivo 
of 5 anglo-saxão preposição 
city 3 latim via francês antigo substantivo 
Madison 1 incerta substantivo 
a 4 anglo-saxão artigo 
Wisconsin 1 prov. miami-illinois substantivo 
municipal 1 latim adjetivo 
corporation 1 latim substantivo 
at 3 anglo-saxão preposição 
its 2 anglo-saxão adjetivo 
offices 1 latim via francês antigo substantivo 
located 2 latim verbo 
an 1 anglo-saxão artigo 
amount 1 latim via francês antigo substantivo 
equal 1 latim adjetivo 
percent 2 latim substantivo 
ninety 1 anglo-saxão numeral 
five 1 anglo-saxão numeral 
 
 
12 Disponível em: www.cityofmadison.com/cdbg/iz/docs/buyer_pnote.pdf 
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29 
 
 QUADRO 7 - OCORRÊNCIA DE PALAVRAS POR ORIGEM E CLASSE GRAMATICAL - PARTE 2 
PALAVRA OCORRÊNCIA ORIGEM CLASSE GRAMAT. 
sales 1 
nórdico antigo via anglo-
saxão 
substantivo 
price 1 latim via francês antigo substantivo 
property 3 latim via francês antigo substantivo 
immediately 1 latim via francês antigo advérbio 
upon 1 anglo-saxão preposição 
sale 1 
nórdico antigo via anglo-
saxão 
substantivo 
or 2 anglo-saxão conjunção 
transfer 1 latim via francês antigo substantivo 
legal 1 latim via francês antigo adjetivo 
description 1 
latim via anglo-
normando 
substantivo 
attached 1 francês antigo verbo 
this 1 anglo-saxão adjetivo 
note 2 latim via francês antigo substantivo 
is 2 anglo-saxão verbo 
secured 1 latim adjetivo 
by 1 anglo-saxão preposição 
mortgage 2 
latim vulgar via francês / 
língua germânica incerta 
substantivo 
from 1 anglo-saxão preposição 
delinquency 2 latim substantivo 
charge 2 latim via francês antigo substantivo 
if 1 anglo-saxão conjunção 
payment 1 latim via francês antigo substantivo 
owed 1 anglo-saxão verbo 
under 1 anglo-saxão preposição 
not 1 anglo-saxão advérbio 
paid 1 latim via francês antigo verbo 
on 1 anglo-saxão preposição 
before 1 anglo-saxão preposição 
day 1 anglo-saxão substantivo 
after 1 anglo-saxão preposição 
due 1 latim via francês antigo adjetivo 
date 1 
latim via latim medieval 
via francês antigo 
substantivo 
may 1 anglo-saxão verbo 
collect 1 latim verbo 
Total:60 Total: 100 
 
Para maior clareza, apresento as tabulações dos resultados com ênfase na origem, na 
classe e em suas totalizações relativas: 
 
QUADRO 8 - ORIGEM DAS PALAVRAS 
ORIGEM TOTAL 
anglo-saxão = 26 (43,33%) 
60 (100%) 
latim indireto = 20,5 (34,16%) 
latim = 8 (13,33%) 
nórdico antigo = 2 (3,33%) 
incerta = 1,5 (2,5%) 
francês = 1 (1,66%) 
prov. miami-illinois = 1 (1,66%) 
 
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30 
 
QUADRO 9 - ORIGEM POR CLASSE GRAMATICAL E OCORRÊNCIA 
ORIGEM CLASSE OCORRÊNCIA TOTAL 
anglo-saxão 
preposição 11 (42,30%) 
26 (100%) 
verbo 3 (11,53%) 
artigo 3 (11,53%) 
substantivo 2 (7,69%) 
adjetivo 2 (7,69%) 
conjunção 2 (7,69%) 
numeral 2 (7,69%) 
advérbio 1 (3,84%) 
latim indireto 
substantivo 13,5 (65,85%) 
20,5 (100%) 
verbo 4 (19,51%) 
adjetivo 2 (9,75%) 
advérbio 1 (4,87%) 
latim 
substantivo 3 (37,5%) 
8 (100%) adjetivo 3 (37,5%) 
verbo 2 (25%) 
nórdico antigo substantivo 2 (100%) 2 (100%) 
incerta substantivo 1,5 (100%) 1,5 (100%) 
francês verbo 1 (100%) 1 (100%) 
provavelmente miami-
illinois 
substantivo 1 (100%) 1 (100%) 
 
Totais: 
substantivo = 23 (38,33%) 
preposição = 11 (18,33%) 
verbo = 10 (16,66%) 
adjetivo = 7 (11,66%) 
artigo = 3 (5%) 
advérbio = 2 (3,33%) 
numeral = 2 (3,33%) 
conjunção = 2 (3,33%) 
 60 (100%) 
 
 No texto 3, pertencente ao discurso jurídico, é possível constatar com razoável 
facilidade a presença maior de termos latinos. Dos 100 analisados no trecho, quase 38 vêm 
do idioma dos romanos direta ou indiretamente, enquanto 67 vêm do idioma dos anglo-
saxões. Pela primeira vez nestas análises, o número de termos latinos é maior que o de 
anglo-saxônicos. Os números absolutos só indicam o contrário pelo fato de serem 
consideradas as repetições de preposições, conjunções, pronomes e artigos, como já 
comentado no texto 1. Desconsiderando as repetições, são 28,5 termos latinos contra 26 
anglo-saxônicos. O nórdico e o francês, mais uma vez, fazem-se presentes, mas com 
contribuições irrisórias. O único termo que destoa neste exemplo é Wisconsin, vindo de uma 
língua álgica incerta, provavelmente miami-illinois. Note a expressão "per annum" utilizada 
no final, a qual não foi contabilizada no quadro por não se encontrar entre os 100 primeiros 
termos. Trata-se de uma expressão totalmente latina, ou seja, não adaptada para a forma 
inglesa "per year". A incidência de expressões diretamente do latim, sem adaptação, é 
bastante elevada em textos legais, apesar de elas também ocorrerem no inglês do dia-a-dia 
(vice-versa, circa, exempli gratia, id est, et cetera e outras). 
 O último texto estudado foi um excerto da introdução de um artigo científico da 
Universidade de Waterloo, Canadá: 
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31 
 
 
TEXTO 4 - ARTIGO CIENTÍFICO DE PSICOLOGIA (WATERLOO UNUSUAL SLEEP 
EXPERIENCE QUESTIONNAIRE - TECHNICAL REPORT, POR J. A. CHEYNE)13 
 
The current report provides some basic descriptive information about the Waterloo Unusual 
Sleep Experiences Questionnaire. I make no attempt to explicitly discuss the theoretical and 
conceptual issues or their associated hypotheses addressed by our research. This report is 
primarily descriptive and psychometric and hence will emphasize the quantitative 
components. We do consider, however, the inclusion of the qualitative aspects of this 
instrument to be an important strength. The questionnaire is retrospective and asks 
respondents to reflect on past sleep paralysis (SP) episodes. The responses necessarily 
conflate episodes and the analyses reflect individual (respondent) differences in the 
aggregate experiences rather than characteristics of individual episodes. 
 
A análise do texto culminou nos resultados expressos no Quadro 10. 
 
QUADRO 10 - OCORRÊNCIA DE PALAVRAS POR ORIGEM E CLASSE GRAMATICAL - PARTE 1 
PALAVRA OCORRÊNCIA ORIGEM CLASSE GRAMAT. 
the 10 anglo-saxão artigo 
current 1 latim via francês antigo adjetivo 
report 2 latim via francês antigo substantivo 
provides 1 latim verbo 
some 1 anglo-saxão adjetivo 
basic 1 latim via francês antigo adjetivo 
descriptive 2 latim adjetivo 
information 1 latim via francês médio substantivo 
about 1 anglo-saxão preposição 
Waterloo 1 neerlandês médio substantivo 
unusual 1 latim via francês antigo adjetivo 
sleep 2 anglo-saxão substantivo 
experience 1 latim via francês antigo substantivo 
questionnaire 2 latim vulgar via francês substantivo 
I 1 anglo-saxão pronome 
make 1 anglo-saxão verbo 
no 1 anglo-saxão advérbio 
attempt 1 latim via francês antigo substantivo 
to 3 anglo-saxão preposição 
explicitly 1 latim advérbio 
discuss 1 
latim via anglo-
normando 
verbo 
theoretical 1 grego via latim adjetivo 
and 5 anglo-saxão conjunção 
conceptual 1 
latim vulgar via latim 
medieval 
adjetivo 
issues 1 
latim via latim vulgar via 
francês antigo 
substantivo 
or 1 anglo-saxão conjunção 
their 1 nórdico antigo adjetivo 
associated 1 latim adjetivo 
hypotheses 1 grego via latim substantivo 
addressed 1 
latim via latim vulgar via 
francês antigo 
verbo 
 
13 Disponível em: http://arts.uwaterloo.ca/~acheyne/spdoc/Techreport.pdf 
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32 
 
QUADRO 10 - OCORRÊNCIA DE PALAVRAS POR ORIGEM E CLASSE GRAMATICAL - PARTE 2 
PALAVRA OCORRÊNCIA ORIGEM CLASSE GRAMAT. 
by 1 anglo-saxão preposição 
our 1 anglo-saxão adjetivo 
research 1 francês antigo substantivo 
this 2 anglo-saxão adjetivo 
is 2 anglo-saxão verbo 
primarily 1 latim advérbio 
psychometric 1 
grego antigo / neo-latim 
via francês antigo 
adjetivo 
hence 1 anglo-saxão advérbio 
will 1 anglo-saxão verbo 
emphasize 1 grego via latim verbo 
quantitative 1 latim via latim medieval adjetivo 
components 1 latim substantivo 
we 1 anglo-saxão pronome 
do 1 anglo-saxão verbo 
consider 1 latim via francês antigo verbo 
however 1 anglo-saxão advérbio 
inclusion 1 latim substantivo 
of 2 anglo-saxão preposição 
qualitative 1 latim via latim medieval adjetivo 
aspects 1 latim substantivo 
instrument 1 latim via francês antigo substantivo 
be 1 anglo-saxão verbo 
an 1 anglo-saxão artigo 
important 1 
latim via latim medieval 
via francês 
adjetivo 
strength 1 anglo-saxão substantivo 
retrospective 1 latim adjetivo 
asks 1 anglo-saxão verbo 
respondents 1 latim via francês antigo substantivo 
reflect 2 latim via francês antigo verbo 
on 1 anglo-saxão preposição 
past 1 inglês médio adjetivo 
paralysis 1 grego via latim substantivo 
episodes 2 grego antigo via francês substantivo 
responses 1 latim via francês antigo substantivo 
necessarily 1 latim via francês antigo advérbio 
conflate 1 latim verbo 
analyses 1 
grego via latim medieval 
via francês antigo 
substantivo 
individual 1 latim via latim medieval adjetivo 
respondent 1 latim via francês antigo adjetivo 
differences 1 latim via francês antigo substantivo 
in 1 anglo-saxão preposição 
aggregate 1 latim adjetivo 
experiences 1 latim via francês antigo substantivo 
rather 1 anglo-saxão advérbio 
than 1 anglo-saxão conjunção 
characteristics 1 grego antigo substantivo 
Total: 76 Total: 100 
 
Para maior clareza, apresento as tabulações dos resultados com ênfase na origem, na 
classe e em suas totalizações relativas: 
 
 
 
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33 
 
QUADRO 11 – ORIGEM DAS PALAVRAS 
ORIGEM TOTAL 
anglo-saxão = 28 (36,84%) 
76 (100%) 
latim indireto = 25,5 (33,55%) 
latim = 11 (14,47%) 
grego = 7,5 (9,86%) 
francês = 1 (1,31%) 
inglês médio = 1 (1,31%) 
nórdico = 1 (1,31%) 
neerlandês = 1 (1,31%) 
 
QUADRO 12 - ORIGEM POR CLASSE GRAMATICAL E OCORRÊNCIA 
ORIGEM CLASSE OCORRÊNCIA TOTAL 
anglo-saxão 
preposição 6 (21,42%) 
28 (100%) 
verbo 6 (21,42%) 
advérbio 4 (14,28%) 
adjetivo 3 (10,71%) 
conjunção 3 (10,71%) 
substantivo 2 (7,14%) 
pronome2 (7,14%) 
artigo 2 (7,14%) 
latim indireto 
substantivo 11 (43,13%) 
25,5 (100%) 
adjetivo 9,5 (37,25%) 
verbo 4 (15,68%) 
advérbio 1 (3,92%) 
latim 
adjetivo 4 (36,36%) 
11 (100%) 
substantivo 3 (27,27%) 
verbo 2 (18,18%) 
advérbio 2 (18,18%) 
grego 
substantivo 5 (66,66%) 
7,5 (100%) adjetivo 1,5 (20%) 
verbo 1 (13,33%) 
francês substantivo 1 (100%) 1 (100%) 
inglês médio adjetivo 1 (100%) 1 (100%) 
nórdico adjetivo 1 (100%) 1 (100%) 
neerlandês substantivo 1 (100%) 1 (100%) 
 
Totais: 
substantivo = 23 (30,26%) 
adjetivo = 20 (26,31%) 
verbo = 13 (17,10%) 
advérbio = 7 (9,21%) 
preposição = 6 (7,89%) 
conjunção = 3 (3,94%) 
pronome = 2 (2,63%) 
artigo = 2 (2,63%) 
 76 (100%) 
 
 É apenas no texto 4, cuja formalidade científica se destaca desde a introdução, que 
se percebe com mais clareza a utilização de termos da língua do Lácio. Pela segunda vez, 
os termos do latim compõem a maioria do vocabulário utilizado, mas é só desconsiderando-
se as repetições que se percebe a vitória latina: 36,5 contra 28 dentre 76 termos originais 
(em números absolutos, contando as repetições, o resultado é 40,5 contra 47 de 100 termos 
no total). O grego também tem sua cota considerável de 7,5 entre os 76, quase 10%. Note 
que esta participação grega mais alta do que o esperado deve-se ao fato de o trabalho 
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34 
 
analisado ser de psicologia, uma área do conhecimento que tem inúmeros termos do grego, 
como seu próprio nome já indica (psukhḗ + logia: estudo da alma). 
 A partir da análise dos quadros, pode-se chegar a várias conclusões, entre as quais 
destaco três: 
1) Em conformidade com as previsões, dados os resultados de pesquisas da área, constata-
se que, de fato, o uso de termos de origem latina prevalece em textos mais formais. 
2) A maioria absoluta das preposições, das conjunções, dos artigos e dos pronomes, as 
classes gramaticais mais presentes nas listas de palavras mais comuns do inglês, é de 
origem germânica. Isso explica, parcialmente, o porquê de haver mais termos germânicos 
em conversas ou textos de baixa formalidade, já que palavras dessas classes costumam se 
repetir inúmeras vezes durante a escrita e, principalmente, a fala. 
3) A maioria das palavras inglesas de origem latina é ou um substantivo ou um verbo, as 
duas classes de palavras mais importantes da língua (a primeira por nomear as coisas do 
mundo e a segunda por descrever as ações que nele ocorrem). O adjetivo foi a terceira 
classe gramatical que mais apareceu. 
 Como complemento aos quadros de análise histórico-lexical, disponibilizo abaixo um 
quadro14 que compara pares de palavras sinônimas de diferentes origens: uma delas de 
línguas germânicas e outra de línguas latinas. 
 
QUADRO 13 – CORRESPONDENTES DE TERMOS EM PORTUGUÊS - PARTE 1 
TERMO EM PORTUGUÊS 
CORRESPONDENTE MENOS 
COMUM EM INGLÊS 
CORRESPONDENTE MAIS 
COMUM EM INGLÊS 
ameaça menace threat 
amigável amicable/amiable friendly 
aniversário 
anniversary (para qualquer 
comemoração) 
birthday (para nascimento) 
arrepender(-se) repent regret 
bandido (ladrão) bandit robber/thief 
capricho (vontade súbita e 
infundada) 
caprice whim 
começar commence begin 
confiar confide trust 
congelar congeal freeze 
construir construct build 
contente content happy 
conversar converse talk 
corrente (de água) current stream 
culpado culprit (só como substantivo) guilty (só como adjetivo) 
curto curt short 
demitir dismiss fire 
descendência/descendente descendant/descent offspring 
 
14 Baseado em minha experiência como professor e falante de inglês como segunda língua. Para confirmação, 
todos os termos foram consultados nos dicionários já mencionados. 
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35 
 
QUADRO 13 – CORRESPONDENTES DE TERMOS EM PORTUGUÊS - PARTE 2 
TERMO EM PORTUGUÊS 
CORRESPONDENTE MENOS 
COMUM EM INGLÊS 
CORRESPONDENTE MAIS 
COMUM EM INGLÊS 
descobrir discover find out (phrasal verb) 
desejo/desejar desire wish/want 
desistir desist give up (phrasal verb) 
difícil/complicado/complexo difficult/complicate(d)/complex hard/tough 
discurso discourse speech 
edifício edifice building 
egoísta/egotista egoist/egotist selfish 
encontrar encounter find 
enterrar inter bury 
entrar enter come in/into (phrasal verb) 
errar/erro err/error mistake 
escrita script writing 
explodir explode blow up (phrasal verb) 
fantasma* phantasm/phantom ghost 
farol* pharos lighthouse 
felicidade felicity happiness 
fluxo flux flow 
fome famine hunger/starvation 
forma (formato) form shape 
forma (jeito, maneira) form way 
fortuna (sorte) fortune luck 
fumaça fume smoke 
gentil gentle kind 
grande grand big/great 
habilidade hability/ability skill 
homicídio homicide murder/killing 
hostil hostile unfriendly 
inteiro entire full 
inventar (dizer inverdade) invent make up (phrasal verb) 
ira/raiva/fúria ire/rage/fury anger (também wrath) 
justo/injusto just/unjust fair/unfair 
labirinto* labyrinth maze 
laborar labour work 
legível legible readable 
letal/mortal lethal/mortal deadly 
liberdade liberty freedom 
maior major 
big/bigger/great/greater/ 
large/larger 
maneira manner way 
manter maintain keep 
maravilha/maravilhoso marvel/marvellous wonder/wonderful 
mastigar* masticate chew 
menor minor small/smaller/little/less/lesser 
mudo mute dumb 
navegar/navegação navigate/navigation sail/sailing 
negligenciar neglect overlook 
observar observe watch 
obter obtain get 
ocidental occidental western 
ódio odium hate/hatred 
oriental oriental eastern 
perambular (andar por aí sem rumo) perambulate 
wander ou walk about/around 
(phrasal verb) 
perdoar pardon forgive 
precipício precipice cliff 
predizer predict foretell/foresay 
preocupação preoccupation worry 
principal principal main 
profundo profound deep 
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36 
 
QUADRO 13 – CORRESPONDENTES DE TERMOS EM PORTUGUÊS - PARTE 3 
TERMO EM PORTUGUÊS 
CORRESPONDENTE MENOS 
COMUM EM INGLÊS 
CORRESPONDENTE MAIS 
COMUM EM INGLÊS 
proibir prohibit forbid 
prostituta prostitute whore/hooker 
rápido rapid fast 
receber receive get 
recompensa recompense reward 
responder/replicar respond/reply answer 
retornar (voltar) return come/go back (phrasal verb) 
reunião reunion meeting 
rodar rotate spin 
saciar satiate quench 
sagrado sacred holy 
sanguinolento/sangüíneo/ 
sanguinário 
sanguinolent/sanguineous/ 
sanguinary/sanguine 
bloody 
seguir (suceder, vir depois como 
conseqüência) 
segue follow 
sentimento sentiment feeling 
suficiente sufficient enough 
suor/perspiração sudor/perspiration sweat 
tempestade tempest storm 
testemunho (dizer de uma 
testemunha tido como evidência 
jurídica) 
testimony witness 
tímido timid shy 
tipo* type kind 
vagabundo vagabond tramp 
velocidade velocity speed 
vender vend sell 
veracidade veracity truthfulness 
 
*Palavras de origem grega que vieram tanto ao português quanto ao inglês via latim. 
 Longe de ser um quadro completo, ele pelo menos demonstra, num contexto 
comparativo, a preferência dos falantes nativos por termos de origem germânica, 
independentemente de qual sua língua de origem ("regret" e "reward" vêm do frâncico, 
"happy" e "skill" vêm do nórdico antigo — além das construções conhecidas como "phrasal 
verbs" (STÖRIG, 1990, p. 169) —, "luck" vem do neerlandês médio e "whim" é de origem 
desconhecida; os restantes vêm do anglo-saxão). É de se esperar que falantes de inglês 
como segunda língua, por outro lado, procurem maior conforto nesse idioma utilizando 
palavras semelhantes às de suas línguas, o que nos levaria a supor que talvez um românico 
preferisse os termos da coluna do meio, mas uma pesquisa mais detalhada seria necessária 
para se provar tal predileção. 
 Há que se registrar aqui, também, os casos de substantivosgermânicos que vieram 
a receber uma forma adjetiva latina (chamada de "adjetivo colateral"), como father/paternal, 
mother/maternal, son e daughter/filial, king/royal (ou regal), heaven (ou sky)/celestial, 
night/nocturnal, earth/terrestrial, water/aquatic, moon/lunar, sun/solar, star/stellar, ice/glacial, 
tree/arboreal, eye/ocular, sight/visual, body/corporal, mouth/oral, nose/nasal, tooth/dental, 
tongue/lingual, lips/labial, finger/digital, hand/manual, mind/mental, brain/cerebral, 
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37 
 
lung/pulmonary, kidney/renal, cow (ou ox)/bovine, dog/canine, cat/feline, home/domestic, 
year/annual e edge/marginal, entre vários outros. 
 Sobre essa interessante dicotomia lingüística presente na língua inglesa, Berlitz 
comenta: 
Quando o francês e o anglo-saxão se fundiram para formar uma nova 
língua, ocorreu um fenômeno raro que ajudou a propiciar ao inglês o maior 
vocabulário do mundo: a língua oferecia duas palavras em vez de uma para 
se referir a várias ações e fenômenos — uma palavra saxônica básica e 
outra, francesa, mais formal e elegante. (BERLITZ, 1982, p. 31) 
 Störig ratifica o comentário: 
Uma das razões da extrema riqueza do léxico inglês consiste no fato de ele 
possuir, para muitas coisas, uma palavra de origem germânica e uma de 
origem românica, onde na maioria das vezes a segunda indica uma outra 
nuança, mais abstrata, "mais distinta", requintada (...) (STÖRIG, 1990, p. 
169) 
 Por fim, não custa lembrar dos pares de palavras semelhantes de origem 
exclusivamente latina15: security/safety, facilitate/ease, alter/change, urine/piss, cave/cavern, 
treason/betrayal, channel/canal, agree/concur, sure/secure, deny/negate, allow/permit, 
poor/pauper, frail/fragile, reason/ratio, prevent/impede etc. Nos seis primeiros casos, ambos 
os termos vêm por intermédio do francês; no último, ambos são diretos do latim. Os outros 
pares são compostos primeiro por um termo de derivação indireta do latim, pelo francês 
normando pós-invasão medieval, e depois por um de derivação direta, em razão das 
importações lexicais renascentistas e modernas. Störig explica: 
(...) o florescimento dos estudos clássicos, o interesse pela Antigüidade 
grega e romana: o Renascimento, que, nascido na Itália, exerceu forte 
influência na Inglaterra. O grego (...) começou a ser estudado com afinco; 
palavras gregas foram adotadas em grande número, seja diretamente, seja 
por intermédio do latim. E o próprio latim, não é grande exagero afirmar que 
foi incorporado ao inglês, e não apenas latim eclesiástico, mas o latim 
clássico em toda a sua extensão. E tal foi o zelo na adoção que palavras 
latinas que já haviam sido adotadas pelo inglês através do francês serviram 
novamente de empréstimos, surgindo assim os duplos (...) (STÖRIG, 1990, 
p. 167) 
 Como se pode concluir após a análise do corpus, as palavras de origem germânica 
são mais usadas, em detrimento das de origem latina, as quais se assemelham mais à 
nossa língua. Por esse motivo, se um nativo utilizasse o termo "felicity" em vez de 
"happiness" ou "sudor" em vez de "sweat", ele provavelmente seria considerado formal. 
Tem-se, portanto, que, de certo modo, tais termos são evitados pelos anglófonos em 
conversas e escritos simples. Para quem aprende a língua inglesa, é importante ter 
 
15 De acordo com http://en.wikipedia.org/wiki/Latin_influence_in_English e com minha experiência advinda do 
uso da língua. Todos os termos foram consultados em dicionários para confirmação. 
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38 
 
conhecimento desse fato lingüístico para que não se engane quanto à existência de tais 
termos. É possível que um leitor ou aprendiz de inglês menos informado pense que tais 
formas latinas sejam o que se conhece popularmente como "embromations", termos 
inventados pela simples pronúncia anglicizada de uma palavra já existente em português ou 
por uma formação indevida, ainda que lógica, tendo como base sua versão em português. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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39 
 
CAPÍTULO II 
UM POSSÍVEL DIÁLOGO NO ENSINO A LUSÓFONOS 
 
2.1 - ANÁLISE DE MATERIAIS 
 Como mencionado na introdução a esta monografia, é raro encontrar um método 
de inglês que tente estabelecer paralelos entre o português e o inglês. Talvez mais raro 
ainda seja achar um método contemporâneo que trate de qualquer questão metalingüística. 
A metalinguagem é ignorada como se não existisse ou não pudesse ser utilizada 
beneficamente no contexto de ensino-aprendizagem. Assim, o método não fala do método e 
a língua não fala da língua. Ao longo de anos de experiência como professor, bem como 
depois ter contato com vários tipos de material didático por indicações ou comentários de 
colegas docentes, deparei-me com apenas dois materiais que constituem exceção: a 
apostila do curso de Técnico em Redes de Computadores da Faculdade Anhagüera e o 
método de inglês Callan. 
 O primeiro não é um método. Na verdade, sequer se preocupa em ensinar inglês. 
Aborda apenas questões gerais/superficiais da língua e visa a fornecer subsídios para que 
alunos possam entendê-la sem ter de gastar anos estudando-a. É o que se conhece como 
Inglês Instrumental (ou Inglês Técnico, Inglês para Fins Específicos). Pelo propósito 
diferenciado, a autora ensina técnicas metacognitivas para compreender um texto em inglês 
mesmo sem saber o idioma com proficiência, sendo o reconhecimento de palavras iguais ou 
semelhantes uma delas. Brito esclarece na seção "Palavras Cognatas": 
Grande parte do vocabulário do Inglês vem do Latim e o Português é uma 
língua latina, sendo assim há muitos vocábulos nos dois idiomas que são 
iguais ou muito parecidos. Tem-se então um tipo de palavras que são 
chamadas palavras Cognatas, ou seja aquelas iguais ou muito parecidas na 
grafia. É importante acrescentar que para que uma palavra seja Cognata, 
ela deve ser não apenas parecida na grafia, mas principalmente no 
significado. Tem-se então duas categorias de Cognatas: idênticas (piano, 
hotel, hospital) e parecidas (intelligent, population, bank). (BRITO, s/d, p. 
237) 
 A técnica de identificação de palavras similares pode, sem dúvida, ajudar no 
aprendizado. De fato, é uma das estratégias mais úteis quando da comparação entre duas 
línguas que têm pontos comuns. É necessário, contudo, atentar às exceções, chamadas de 
"falsos cognatos". Ao mesmo tempo em que existem vários falsos cognatos que têm relação 
com a palavra que falsamente representam por estarem no mesmo campo semântico (como 
college/colégio, cigar/cigarro, parents/parentes), há os que nada têm a ver com o termo 
parecido (tenant/tenente, exit/êxito, ingenious/ingênuo, policy/polícia). Por esse motivo, seria 
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40 
 
mais sensato adotar essa técnica sob a supervisão de um professor. Na insistência do 
autodidatismo, principalmente para o aprendiz que tem facilidade em aprender novas 
línguas, seriam aconselháveis, no mínimo, consultas constantes a um dicionário. 
 A relação entre o inglês e o português se apresenta no método Callan de forma 
diferente. Escrito por um britânico, o método não se preocupa em fazer associações diretas 
do inglês com nenhuma língua, inclusive porque ele é destinado a alunos de qualquer país, 
falantes de qualquer idioma. A relação que se tem com o português é apenas indireta, por 
meio das influências latinas. Incluo-o aqui pelo fato de ser o único método de inglês que 
conheço que aborda questões lingüísticas conscientemente. Em vários momentos, o autor 
insere notas/observações sobre qualquer informação histórica ou metalingüística que ele 
considere relevante, como a origem de uma determinada palavra ou de que forma 
surgiu/desenvolveu-seuma regra da língua inglesa. "The word regular has many different 
meanings. It comes from the Latin word 'regula' meaning 'a rule' and this therefore is its basic 
meaning" (CALLAN, 2007, p. 694) é um trecho que exemplifica bem essa característica do 
método. Outro bom exemplo disso é a própria citação que se encontra à página 8 deste 
trabalho. 
 Desde que tive o primeiro contato com o Callan Method, percebi que as palavras 
contidas nos estágios mais avançados (do 7 para cima) eram mais parecidas com as do 
português, motivo pelo qual os alunos raramente encontravam dificuldade em entendê-las, o 
que acontecia com freqüência nos estágios mais básicos. Uma análise de 200 palavras do 
método comprovou a incidência maior de palavras cognatas nos últimos estágios: 
 
GRÁFICO 2 - ORIGEM DAS 100 PRIMEIRAS PALAVRAS DO ESTÁGIO 1 - CALLAN 
METHOD 
 
Línguas germânicas - 76%
Latim (direto ou indireto) - 21%
Grego - 3%
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41 
 
GRÁFICO 3 - ORIGEM DE 100 PALAVRAS ALEATÓRIAS DOS ESTÁGIOS 7 E 8 - 
CALLAN METHOD 
 
 Dificilmente Robin Callan, o autor do método, teria feito isso pensando na língua 
materna dos alunos. O mais provável é que tenha pensado em sua própria língua, 
ensinando as palavras mais elementares primeiro e deixando as mais formais para depois. 
De uma forma ou de outra, o fato é que essa distribuição característica dos termos facilita o 
aprendizado dos alunos lusófonos no sentido de que as palavras mais complicadas para 
eles aparecem logo no início. Caso consigam aprendê-las, o resto (não incluo aqui as regras 
gramaticais e expressões, apenas o léxico) certamente será aprendido de forma mais 
natural. 
 
2.2 - O USO DAS INFLUÊNCIAS LATINAS SOBRE O INGLÊS NA REALIDADE DO 
CONTEXTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
 Para explicar de forma precisa como se podem utilizar as similaridades entre o 
português e o inglês de forma proveitosa na sala de aula, parto da resposta para a seguinte 
pergunta-chave: um falante de português tem mais facilidade em aprender espanhol que um 
falante de russo ? Mesmo considerando as exceções (por exemplo, um russo que tem muita 
facilidade em aprender línguas), presumo que a maioria das pessoas responderia 
afirmativamente; mas por quê ? Afinal, que vantagem nós, lusófonos, teríamos sobre os 
russos se quiséssemos aprender espanhol ? Neste caso, a resposta mais óbvia é 
justamente a que estamos procurando: a semelhança. Creio que seja senso comum afirmar 
que temos mais facilidade em lidar com idiomas que mais se assemelham ao nosso, motivo 
pelo qual podemos, por exemplo, passar férias na Itália sem falar italiano: conseguimos nos 
entender pelos pontos em comum. 
Línguas germânicas - 45,5%
Latim (direto ou indireto) - 47,5%
Grego - 5%
Francês - 1%
Sânscrito - 1%
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42 
 
 Partindo desse mesmo pressuposto, analisemos uma questão relacionada: quem 
aprenderia inglês com mais facilidade, um falante de português ou um falante de chinês ? 
Novamente, arrisco afirmar que a maioria admitiria que um lusófono teria uma vantagem, 
quão pequena fosse, sobre um sinófono. O porquê permanece o mesmo: as semelhanças. 
Se, como tentei provar até este ponto, o inglês foi enormemente influenciado pelo latim e o 
português é, como definem enciclopédias, um idioma neo-latino, por que não aproveitar as 
semelhanças entre esses idiomas quando do ensino de língua inglesa ? Em outras palavras, 
não se utilizar de tais semelhanças ao ensinar a língua inglesa é torná-la tão difícil a um 
falante de português quanto é para um falante de chinês ou qualquer outro idioma bastante 
diferente, o que não só soa ilógico como sádico. Quando um professor ou método de inglês 
se exime de mencionar as semelhanças entre o inglês e o português e de utilizá-las com 
propósitos pedagógicos, ele descarta ilogicamente uma vantagem natural que o aprendiz 
lusófono poderia utilizar em seu próprio benefício. 
 Por mais insensato que isso possa parecer, vários professores e métodos se abstêm 
de lidar com a questão da semelhança. Eles evitam uma abordagem que aproxima a língua 
que está a ser aprendida com a que já se sabe porque acreditam, equivocadamente, que é 
possível aprender um segundo idioma de forma totalmente independente do primeiro16, além 
de quererem se distanciar de qualquer abordagem que tenha relação, direta ou indireta, com 
a tradução, atividade mal vista nos dias de hoje como prática de ensino (mas 
incansavelmente utilizada até o século passado). Preza-se, hoje, as aulas 100% na língua 
estrangeira, motivo pelo qual programas de imersão são populares, ainda que seja duvidosa 
sua eficácia no caso de pessoas que vão a um país sem falar nada do idioma natural de 
lá17. 
 Embora muitos professores e métodos falhem em abordar essas questões, os alunos 
por vezes podem acabar utilizando-as de forma inconsciente, já que muitas das 
semelhanças entre o inglês e o português nem precisam ser mencionadas porque são 
subentendidas. Mesmo que um professor não utilize as semelhanças entre essas duas 
línguas como didática (ou mesmo que se negue a fazê-lo veementemente), ele já está, 
indiretamente, ensinando-as a seus alunos, uma vez que é impossível "esconder" tais 
características. Caso ele opte por tratar dessas semelhanças, é preciso pensar de que 
forma elas podem constituir uma prática pedagógica. A meu ver, uma abordagem que 
aproxime o inglês e o português serve tanto para quem está no começo de seus estudos 
 
16 Os trabalhos de Revuz (1997), Krashen (1981), Smith, Tsimpli e Ouhalla (1993), Pereira (2001), Assis (2008), 
Canato (2005) e Maia (2009), entre vários outros, abordam essa questão da influência da língua materna no 
aprendizado de uma língua estrangeira. 
17 Vide comentário de Krashen (198?) sobre a aquisição de uma língua estrangeira num contexto em que ela é 
falada o tempo todo, mas sem as ferramentas necessárias para que seu aprendizado se concretize. 
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43 
 
quanto para quem está num nível mais avançado, mas é mais indicada para quem já tem 
conhecimento básico do inglês, pois seria um contrassenso começar a aprender a língua por 
sua variedade mais formal. No início dos estudos, portanto, essa abordagem 
desempenharia um papel mais psicológico, servindo para aproximar os alunos lusófonos do 
inglês, quebrando a barreira que geralmente há entre as duas línguas — barreira essa na 
maioria das vezes reforçada pelos próprios estudantes. Nos níveis mais avançados, por 
outro lado, o ideal seria fazer o aluno entrar em contato com os termos parecidos com os de 
sua língua de forma consciente e pedagogicamente planejada, além de ensiná-lo a adotar 
uma postura crítica e investigativa acerca de suas origens para evitar cair nas armadilhas 
dos falsos cognatos. 
 Para os alunos em estágios finais de cursos de inglês ou mesmo de cursos 
universitários relacionados a Lingüística, seria interessante fazer menção a relações mais 
"obscuras" entre o inglês e o português, possibilitando um aprofundamento às relações 
listadas no quadro da página 34. Poder-se-ia explicar que "pregnant" não lembra nem um 
pouco "grávida", mas lembra um sinônimo pouco usado, principalmente para animais 
irracionais: "prenha", do latim "praegnans" (prae = pré, antes / gnans = nascer). "Wall" não 
parece nem "muro" nem "parede", mas o étimo "vallum", do latim, deu origem a "vala" e 
"valeta", que têm a ver com uma passagem em meio a duas paredes, como numa trincheira. 
Da mesma forma, "chalk" não parece "giz", mas parece "cal", o que faz todo sentido, já que 
um giz é um carbonato de cal. A origem latina "calx" também viria a dar origem a "cálcio" e 
"calcium", em português e inglês, respectivamente. "Fork" parece muito mais "faca" que 
"garfo", o que levaria um aluno a suspeitar quea palavra não tivesse origem latina, 
possivelmente germânica. No entanto, ela vem do latim "furca" (provavelmente via francês 
normando "forque"), que daria origem ao português "forca", um instrumento agrícola que 
lembra um garfo ou tridente (talvez mais conhecido como "forquilha"). "Punt" não se 
assemelha a "barco", mas seu étimo latino "ponto" veio de "pons", que deu origem ao 
português "ponte", um termo relacionado a "barco" (de fato, um "punt" é um barco raso 
capaz de passar por baixo de uma ponte, projetado para ser usado em canais de cidades 
cortadas por rios, como Cambridge, que contém "bridge" no próprio nome, sendo Cam o 
nome do rio que corta a cidade). "Close", do latim "clausus" (via francês "clos"), não parece 
"fechar", mas os termos relacionados "clausura", "enclausurar" e "claustro" vêm de 
"clausura" ("clausus" + "-sura") e "claustrum" ("claud-" + "-trum"; "clausus" é o particípio 
perfeito passivo de "claud(o)"). Outros exemplos mais difíceis de serem detectados por não 
serem tão óbvios incluem18: 
 
18 Exemplos baseados em minha experiência como professor e falante de inglês como segunda língua e estudioso 
do português. Para confirmação, todos os termos foram consultados nos dicionários já mencionados. 
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QUADRO 14 – TRADUÇÃO E ORIGEM COMUM DE TERMOS 
TERMO EM INGLÊS 
TRADUÇÃO MAIS 
COMUM EM 
PORTUGUÊS 
TRADUÇÃO MENOS COMUM 
OU TERMO RELACIONADO 
EM PORTUGUÊS 
ORIGEM LATINA 
COMUM 
candle vela candelabro candela 
chest baú, arca cesta cista 
claim alegar reclamar (reivindicar) clamare 
cook cozinhar cocção (cozimento, cozedura) coquus/cocus/coctio 
dish prato disco discus 
money dinheiro monetário, moeda moneta 
picture imagem, quadro pictórico, pintura pictura 
priest padre presbítero presbyter 
scissors tesoura cisão (corte, divisão) cisoria/cisorium/cisus 
street rua estrada strata 
table mesa tábula, távola, tábua tabula 
tax imposto taxa/taxar taxare 
very muito deveras veras 
 
 É claro que essas informações todas são, dentro de um contexto de ensino de língua 
inglesa, muito mais superficiais que as mencionadas em seções anteriores deste trabalho, 
mas é justamente por isso que seriam proveitosas apenas se expostas a alunos mais 
adiantados, especialmente os que demonstram interesse pela língua e pelos estudos 
lingüísticos (em oposição aos que aprendem inglês apenas por obrigação). Como cada caso 
é um caso, caberia ao professor analisar as variáveis e optar por utilizar ou não tal técnica 
como aliada no processo de ensino de inglês. 
 Ainda que grande parte dos professores resista a esse tipo de abordagem de 
aproximação das línguas, 84,37% dos entrevistados (13,5 de 1619) responderam que o 
ensino de inglês a falantes de português pode ser facilitado devido às influências latinas 
(pergunta 4.b, Anexo IV). Três professores concordaram parcialmente, com algumas 
restrições: talvez isso só sirva para a escrita de textos científicos, talvez não seja benéfico 
comparar aspectos gramaticais, apenas lexicais, e informação demais pode confundir o 
aluno, de forma que isso só seria benéfico na medida certa, com menções esporádicas. 
Mais surpreendente ainda foi que 88,88% (16 de 1819) disseram que seria interessante 
tentar utilizar essa técnica de aproximação do inglês ao português como uma forma de 
didática (pergunta 5). Na verdade, 20 docentes participantes19 já a utilizam rotineiramente 
(pergunta 3.a). As justificativas foram as mais variadas, mas encaixam-se, de uma forma ou 
de outra, dentro da proposta apresentada neste trabalho: 
- Ajuda e desperta curiosidade nos alunos. 
- O estudo de cognatas é plausível e interessante na parte de vocabulário. 
 
19 As três perguntas apresentadas na análise deste parágrafo eram opcionais, de forma que houve variação no 
total de respondentes. As porcentagens apresentadas, como se pode conferir nos dados entre parênteses, foram 
calculadas com base nesses totais relativos, não nos absolutos. A pergunta 3.a foi respondida por 22 dos 28 
entrevistados, sendo 20 deles o equivalente a 90,90%. 
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- Esclarecimento dos cognatos e compreensão da influência latina no inglês deixa os alunos 
menos ansiosos e frustrados. 
- Essa técnica pode ser usada no processo de conscientização (utilizar estratégia dos 
cognatos para inferir significados) visando a criar um ambiente apropriado e confiável para o 
aprendizado da língua estrangeira. 
- É útil trabalhar prefixos e sufixos de influência latina como ferramenta para melhor 
compreensão de textos em inglês. 
- Essa técnica é boa para o reconhecimento de palavras e para trabalhar pronúncia e 
sintaxe. 
- Pode ser aplicada em momentos oportunos para desbloquear obstáculos de compreensão 
de vocabulário. 
- Ajuda a lembrar alguns vocábulos pela semelhança. 
- Dar um sinônimo latino para uma palavra inglesa de outra origem ajuda a compreensão. 
- Sinônimos e menção das influências latinas facilitam o entendimento e o aprendizado. 
- Os alunos lembram mais facilmente porque não é algo novo. É menos "decoreba" e mais 
raciocínio lógico. 
- Incentiva os alunos na leitura e compreensão textual usando como ferramenta para 
decodificar o texto. 
- Pode ser citada como curiosidade. 
- Alunos demonstram mais facilidade quando lidam com palavras de origem latina, então, 
quando a influência não é tão óbvia, falar um pouco sobre a etimologia ajuda. 
- É interessante aprender a procedência das palavras. 
- Todas as formas possíveis para facilitar a aprendizagem são válidas. 
- Palavras cognatas auxiliam como ferramenta básica para leitura instrumental. 
- Melhora o aprendizado. 
- Estruturas gramaticais parecidas facilitam a compreensão. 
- É interessante e enriquecedor. 
- As influências latinas são uma informação fundamental para que os alunos expandam seu 
vocabulário. 
- Mostrar que as línguas não são tão diferentes é um encorajamento e torna a assimilação 
da língua mais fácil. 
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- Mostrar aos alunos que inglês não é de outro mundo e que tem muitas conexões com a 
nossa língua mãe desbloqueia os medos do desconhecido que permeiam a mente dos 
estudantes. 
- Aprendemos uma LE com base em nossa língua materna, então as similaridades ajudam. 
- É definitivamente possível porque é algo que as duas línguas têm em comum. As pessoas 
gostam de relacionar algo que estão aprendendo com algo com que já estão familiarizadas 
e essas influências ajudam a mostrar essa ligação. (tradução minha20) 
 As duas últimas justificativas tangem uma questão importantíssima: a do 
embasamento na primeira língua, mencionada na página 42. Segundo Revuz (1997, p. 215), 
"(...) a língua estrangeira é, por definição, uma segunda língua, aprendida depois e tendo 
como referência a primeira língua. Pode-se aprender uma língua estrangeira somente 
porque já se teve acesso à linguagem através de uma outra língua". Apesar de esse 
processo natural de fundamentação poder implicar conseqüências negativas para o aluno, 
como a interferência da língua materna nas áreas fonético-fonológicas (ASSIS, 2008; MAIA, 
2009), semântico-lexicais e morfossintáticas (MAIA, 2009), ele também gera resultados 
positivos, como no caso das "transferências positivas" tratadas por Maia (2009). Canato e 
Durão concordam nesse aspecto: 
O contraste das línguas serve para predizer erros e dificuldades, de modo 
que o ensino deve basear-se nele para eliminar a influência negativa da LM 
e potencializar o que é positivamente transferível, já que os aspectos 
similares entre as línguas também são transferidos, mas, nesse caso, 
colaboram com a aprendizagem. (CANATO; DURÃO, 2005, p. 5) 
 Opiniões mistas vieram por parte de três professores. Alegaramque só seria uma 
técnica ideal à medida que fosse necessário, caso o contexto pedisse, e não o tempo todo, 
que não seria adequado utilizar essa técnica como forma de ensino ou abordagem, apenas 
como recurso pedagógico esporádico para facilitar a compreensão, que cada aluno aprende 
de uma forma, então daria mais certo para alguns que para outros e que sua eficácia 
poderia variar de acordo com a faixa etária dos alunos; talvez não fosse tão necessária com 
alunos mais jovens, exceto se apresentassem dificuldade. 
 Interessa notar que três entrevistados citaram certa preocupação com os falsos 
cognatos (questão já abordada por mim na seção anterior), o que não os impede de utilizar 
as influências latinas como recurso para ensinar o inglês. Argumentam apenas que é 
preciso atentar neles. Dois participantes se posicionaram contra a tradução, apesar de 
 
20 "It's definitely possible because it's something they have in common. People like to be able to relate what 
they're learning with something they're already familiar with and I think it helps to show them this link." 
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utilizarem a influência latina como recurso (por meio de comparações, sinônimos e 
cognatos). Outras respostas dignas de menção por tangerem temas tratados aqui foram: 
- "(...) (o) processo de conscientização (...) pode contribuir para o desvelamento das razões 
de ser da situação de achar inglês difícil, e colocá-la como parecida com nossa língua em 
muitos aspectos pode constituir-se em ação transformadora desta percepção equivocada da 
realidade pelo aluno." 
- "Quanto mais próximo a lingua estrangeira estiver da língua materna do indivíduo mais fácil 
será para que ele desenvolva e aprenda o novo idioma." (sic) 
- "Acredito que quanto mais línguas falamos, mais facilidade temos em aprender outras. Eu 
por exemplo, falo português, inglês e espanhol. Estou estudando Frances no momento e até 
agora está tudo muito tranquilo para mim. Percebo que muitas palavras, acentos e estrutura 
gramatical são semelhantes as demais línguas que já domino." (sic) 
- Certamente seria interessante tentar. A questão é como aplicar isso na aula e ainda 
continuar interessante, já que muitas pessoas pensam no latim como uma língua 
desatualizada que não se é mais relevante estudar ou usar. (tradução minha21) 
 Com relação à última resposta, convém lembrar que a proposta apresentada aqui 
não é ensinar latim, mas sim utilizar-se das influências dele sobre o inglês para aproximar 
essa segunda língua do português no âmbito educacional. Com base em minha experiência 
e na opinião de vários professores, concluo que, inserida num contexto mais diverso, na 
sala de aula, essa estratégia, aliada a outras de diferentes áreas e linhas, tem o potencial de 
contribuir positivamente para a formação histórico-cultural, lingüística e intelectual do 
aprendiz de língua inglesa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 "Surely would be interesting to try. The question is how to implement it in the class and still remain engaging 
as many people think of Latin as an out-dated language that is no longer relevant to study or use." 
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CONCLUSÃO 
 
 Ao longo deste trabalho, argumentei que o uso das influências latinas sobre o inglês 
é útil para facilitar, clarificar e enriquecer o ensino desse idioma. Facilitar porque é mais fácil 
aprender uma língua que se parece com sua própria, principalmente concernindo aspectos 
visuais, ou seja, que podem ser percebidos a olho nu por qualquer leigo, como palavras e 
ordem sintática, de modo que fazer correlações entre o inglês e o português pode motivar os 
alunos nesse sentido. Clarificar porque, dessa vantagem de falantes de línguas neo-latinas, 
advém a possibilidade de se utilizar das semelhanças lingüísticas para explicar o que talvez 
fosse mais complexo caso o estudante não falasse um idioma românico, como dar 
sinônimos latinos para phrasal verbs de origem germânica ou comparar estruturas parecidas 
para uma compreensão mais rápida e completa. Enriquecer porque, como já esclarecido, 
algumas informações sobre semelhanças e equivalências entre o inglês e o português por 
intermédio do latim são ou superficiais ou muito avançadas para a maioria dos alunos, de 
forma que suas menções são mais proveitosas como curiosidades, a título de 
enriquecimento cultural e ampliação de conhecimento lingüístico a quem se interesse. 
 Vale ressaltar que essa abordagem aqui discutida só é relevante para falantes de 
línguas neo-latinas, sendo meu foco o português. Não faria sentido utilizá-la para um falante 
de polonês, japonês, hebraico ou qualquer outro idioma que não descende do latim. 
Também vale ressaltar que não se espera que o aluno saiba latim (ainda mais pelo fato de 
ser considerada, atualmente, uma língua morta, cujo aprendizado é taxado de 
desnecessário ou inútil pela maioria dos estudantes). Espera-se apenas que, como todo 
bom aluno, ele tenha vasto conhecimento de sua própria língua (afinal, é com base nela que 
ele aprenderá a língua estrangeira, visto que só se aprende uma segunda língua se já se 
tem uma primeira). 
 Um dos intuitos também foi mostrar que está errado quem afirma que o inglês e o 
português são línguas muito diferentes. Procurei apontar as semelhanças entre essas 
línguas, principalmente no que diz respeito ao léxico, porque acredito que essa seja uma 
forma de estimular os alunos, ultrapassando a barreira psicológica imposta pela leiguice 
popular. Eles sempre procuram por semelhanças, pois é natural que prefiram aprender uma 
língua parecida com a sua em vez de uma totalmente diferente. Isso não deve fomentar, 
todavia, a idéia equivocada de que o inglês é uma língua fácil. Tentei explicar, na seção 
histórica deste trabalho, como se deu o surgimento do inglês e como ele evoluiu 
enormemente de sua gênese até tempos modernos. Não podemos nos esquecer de como o 
inglês antigo era bem diferente do inglês atual, em geral por sua grande semelhança com as 
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línguas germânicas e por sua alta complexidade: era um idioma de plurais metafônicos (dos 
quais só temos resquícios hoje em dia: goose/geese, mouse/mice etc.), três gêneros 
nominais (masculino, feminino e neutro), declinação de substantivos com quatro casos, 
adjetivos e pronomes flexionados, conjugação verbal complexa, pronúncias intrincadas etc. 
Tudo isso seria o suficiente para impedir que um falante atual do inglês conseguisse 
compreendê-lo (STÖRIG, 1990, p. 165). Portanto, se, nos dias hodiernos, o inglês é muito 
mais parecido com o português do que foi no passado, pode-se dizer que foi em virtude dos 
processos de "latinização" e de "romanização", os quais proporcionaram uma impressão de 
"facilitamento" ou "simplificação" aos olhos dos lusófonos. Todavia, ainda hoje é preciso 
tratar o inglês com o devido respeito no que se refere ao nível de dificuldade, tendo sempre 
em mente que nenhuma língua deve ser subestimada. Störig argumenta que 
O inglês falado sofreu transformações decisivas (mutações consonânticas) 
durante sua evolução (...). Atualmente, possui não menos que doze 
enunciados vocálicos e nove ditongos diferentes, um total de 21 'fonemas 
vocálicos'. Como representá-los todos na escrita se o alfabeto latino usado 
pelo inglês possui apenas cinco caracteres vocálicos? Esta é uma das 
causas do abismo existente entre pronúncia e escrita, que torna o inglês 
atual difícil de ser aprendido pelo estrangeiro. Praticamente não há regras 
que permitam a quem está aprendendo pronunciar corretamente palavras 
não previamente conhecidas. E o mesmo som pode apresentar-se na 
escrita de formas totalmente diversas. (...) A ortografia ora vigente remonta 
basicamenteao século XV e as mudanças na pronúncia que ocorreram 
posteriormente não foram adaptadas a ela. Este é o segundo motivo pelo 
qual 'sound' e 'spelling' divergem tanto atualmente. (...) É digno de reflexão, 
e até mesmo de espanto, o fato de que uma língua com uma ortografia tão 
complicada e arcaica tenha atingido a posição de idioma universal. 
(STÖRIG, 1990, pp. 172 e 173) 
 Sobre a origem do inglês, Linhares (s/d, p. 2185) argumenta que é preciso 
desmistificar o conceito errôneo que se tem de que ela é latina ou mista latino-germânica 
(ainda que tal disparate tenha chegado a mim de forma diferente: "o inglês vem do alemão", 
e não "o inglês vem do latim"). De qualquer forma, seu apontamento é correto e corroborado 
pela lingüística histórica, que prova ser o inglês de origem somente germânica, embora não 
descendente do alemão. O autor defende a idéia de que esse mito propagou-se devido ao 
conhecimento de que uma grande proporção do léxico inglês tem por origem o latim. 
Contudo, ele vai além ao asseverar que esse conhecimento em si já constitui um leve 
equívoco, visto que o léxico do inglês não tem origem latina propriamente dita, mas 
românica, ou seja, vem do francês (e um pouco de outras línguas neo-latinas). Com este 
trabalho, procurei demonstrar que esta última afirmação de Linhares é falha, visto que ele 
parece não considerar que três entre as quatro fases de influência latina originaram-se 
diretamente da língua dos romanos (fato confirmado pelos estudos históricos da origem e do 
desenvolvimento do inglês e pela porcentagem de termos latinos nas pesquisas léxico-
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estatísticas). De fato, a fase de influência mais importante foi a francesa, tendo a língua de 
Guilherme, o conquistador, contribuído com mais de 10.000 palavras, a maioria de uso 
cotidiano, em oposição às romanas, geralmente utilizadas em contextos menos comuns. 
Não obstante, esclareci desde o início deste artigo que trataria tanto das influências diretas 
quanto das indiretas, visto que não se pode ignorar que a própria língua francesa é derivada 
do latim, motivo pelo qual mesmo os termos ingleses que vêm do francês, e não diretamente 
do latim, assemelham-se ao nosso português, o que pode contribuir imensamente para o 
entendimento dos lusófonos quando de um contexto de ensino-aprendizagem. 
 Pode-se dizer, com relativa segurança, que o inglês como se apresenta hoje é um 
misto de influências germânicas e latinas, ainda que influências de outros grupos lingüísticos 
também existam. Berlitz (1982, p. 25) articula: "por causa da longa ocupação romana na 
Inglaterra, das invasões e da colonização germânicas que se seguiram e da conquista 
normanda em 1066, o inglês está lingüisticamente a meio caminho entre as línguas latinas e 
germânicas". Como demonstrado neste trabalho, as semelhanças por intermédio direto ou 
indireto do latim restringem-se, basicamente, a questões morfossintáticas, principalmente 
lexicais. Somente isso não é o suficiente para compor a base de um novo método de ensino 
ou ser o foco de um novo material didático de inglês, visto que uma abordagem educacional 
que se baseia apenas no léxico não é substanciosa. Contudo, num processo mais amplo de 
ensino-aprendizagem, o aluno munido de tal conhecimento lingüístico pode, sem dúvida, 
fruir de seus inegáveis benefícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Anais do I Seminário Formação de Professores e Ensino de Língua Inglesa, vol. 1, 2011 – 
ISSN: 2236-2061. Disponível em: <https://sites.google.com/site/sefeliufs/comunicacoes>. 
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Disponível em: <http://blogjeanesilvae.blogspot.com.br/2011/04/analise-diacronica-da-
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STÖRIG, Hans Joachim. A Aventura das Línguas: Uma viagem através da História dos 
idiomas do mundo. Traduzido por Glória Paschoal de Camargo. Melhoramentos, 1990. 
 
THE ADVENTURE OF ENGLISH: The Biography of a Language. Série de 8 episódios criada 
e apresentada Melvyn Bragg. Inglaterra: ITV/Athena, 2003/2009. DVD, NTSC, colorido, 
sonoro, inglês. Disponível em: 
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WIKTIONARY, the free dictionary. Florida: Wikimedia Foundation, 2014. Disponível em: 
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WILLIAMS, Joseph M. Origins of the English Language: A social and linguistic history. 
Estados Unidos: Free Press, 1986. 
 
 
 
 
 
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56 
 
ANEXO I - CRONOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA (DA ORIGEM A 1650) 
 
 
55 e 54 AEC - Primeiras incursões romanas, lideradas por Júlio César, à ilha que 
conhecemos atualmente como Grã-Bretanha. 
 
43 ou 44 EC - Romanos invadiram e dominaram a ilha da Grã-Bretanha (à época chamada 
por eles de "Britannia") durante o reinado do imperador Cláudio. 
 
409 ou 410 - Romanos deixaram a Britânia, provavelmente para se concentrarem nos 
freqüentes ataques que o império estava recebendo na Europacontinental. 
 
449/450 ou 491 - Povos germânicos (anglos, saxões, jutos e frísios) invadiram a ilha 
britânica e acabaram com muitos dos celtas que ali haviam se estabelecido séculos antes. 
 
Data indefinida, por volta de 500 - As línguas dos anglos e dos saxões se fundiram e deram 
origem ao anglo-saxão, o qual evoluiu e virou o "Old English" (inglês antigo). 
 
500 a 1100 - Fase em que se utilizou o agora chamado Old English (inglês antigo, anglo-
saxão ou Anglisc/Englisc). 
 
Final do século 6/começo do século 7 - Tribos germânicas invasoras já dominavam metade 
da ilha e a dividiram em 7 áreas: Wessex, Sussex, Essex ("sex" vindo de "saxon"), Kent, 
East Anglia (de "angles", que também deram à Inglaterra seu nome), Mercia e Northumbria. 
 
596 ou 597 - Com a expansão do Cristianismo, o monge beneditino Agostinho (que se 
tornou o primeiro arcebispo de Canterbury) viajou de Roma para Kent, enviado pelo papa 
Gregório Magno. Na mesma época, monges irlandeses de igrejas celtas se estabeleceram 
no norte. Em um século, os cristãos construíram várias igrejas e monastérios. Livros 
(religiosos) foram escritos, divulgando, assim, a língua latina. Entretanto, só os "educados" 
falavam latim; o povo continuava falando inglês antigo, que também começou a ser escrito. 
O alfabeto adotado foi o latino, mas com alguns caracteres (runas) derivados dos alfabetos 
dos povos germânicos invasores: as inscrições rúnicas. Séculos mais tarde, esses 
caracteres especiais viriam a cair em desuso e somente as letras latinas sobreviveriam. 
 
Entre a metade do século 7 e o final do século 10 - Escrito o mito épico Beowulf em inglês 
antigo em forma de epopéia. Foi feito com a intenção de ser lido em voz alta. 
 
Final do século 8 - Vikings começaram a invadir a Grã-Bretanha vindos da Escandinávia, 
pelo leste. Saqueavam, destruíam e queimavam o que conseguiam. Essa fase sombria 
durou 70 anos. 
 
865 - Os Vikings (agora já chamados danos) chegaram a East Anglia com um vasto exército 
e começaram a dominar a ilha, avançando para o oeste. Em 5 anos, conseguiram se 
espalhar por quase toda a Inglaterra, levando consigo o "Old Norse" (nórdico antigo), sua 
língua materna. Só não invadiram Wessex, no extremo oposto do local de chegada. Tal 
como o inglês antigo tinha substituído a língua celta falada ali anos antes, agora o nórdico 
antigo substituiu o inglês antigo. 
 
878 - Os danos enfrentaram os homens de Alfred, O Grande, rei de Wessex, em Wiltshire. 
Alfred e seus 4.000 homens ganharam dos 5.000 danos. 
 
(após a vitória de Alfred) - foi assinado um tratado de paz e instituída uma barreira entre 
Wessex e Danelaw, a terra ocupada pelo danos restantes. Eles só poderiam transgredir a 
linha para fazer trocas (escambos). 
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57 
 
Fim do século 9 - O inglês antigo falado sobreviveu à invasão dos danos. O rei Alfred 
mandou traduzir 5 livros de religião, filosofia e história para a língua que o povo falava. 
Cópias foram mandadas para os 12 bispos do país, para que eles promovessem esses 
conhecimentos em inglês antigo, não em latim. Esses foram alguns dos primeiros registros 
de inglês antigo escrito. 
 
1066 - Guilherme, duque da Normandia, chegou à ilha britânica para reclamar o trono, ao 
qual acreditava piamente ter direito. O rei Edward o havia nomeado seu sucessor, mas seu 
filho Harold ignorou o fato e se coroou o novo monarca. Guilherme venceu a famosa batalha 
de Hastings e se tornou rei. Trouxe consigo seus costumes e sua língua: o francês antigo. 
 
1077 - Guilherme mandou construir a White Tower, ao lado do Tâmisa. 
 
Data incerta - O inglês antigo escrito começou a morrer, pois os normandos escreviam em 
francês e latim. Entretanto, ainda era falado por 90% da população, ou seja, a maior e mais 
simples camada da sociedade (em contraposição ao latim do clero e dos cultos e ao francês 
dos nobres e da realeza). 95% do povo vivia no campo na época feudal (feudalismo 
introduzido por Guilherme). 
 
1100 a 1500 - Fase em que se utilizou o agora chamado Middle English (inglês médio). 
 
1204 - John, rei da Normandia, Aquitânia e Inglaterra, perdeu as terras da Normandia para o 
pequeno reino da França. Com isso, os normandos que haviam se estabelecido na Grã-
Bretanha perderam contato com suas raízes. Com o passar dos anos, foram se casando 
com inglesas. Assim, muitas das crianças nascidas nessa época eram bilíngües. 
 
Meio do século 13 - Cada vez mais falantes de francês começaram a falar inglês, tornando-
se bilíngües. Entretanto, o francês ainda influenciava o inglês, com mais palavras sendo 
adicionadas ao vocabulário do povo inglês a cada dia. Em vez de substituir as palavras 
inglesas, as francesas conviviam com elas, por vezes usadas como sinônimos e às vezes 
usadas com sentidos um pouco diferentes, mas, de qualquer forma, elas ajudaram a 
ampliar/enriquecer o vocabulário do inglês. 
 
1295 - Rei Eduardo I usou o inglês para reunir apoio do povo quando da ameaça de ataque 
do rei Felipe da França. Contudo, latim e francês continuavam sendo as línguas oficiais, do 
Estado. 
 
1300 - Roberto de Gloucester escreveu que o inglês era usado apenas por "low people". 
 
1325 - Guilherme de Nassyngton escreveu "Latin can no-one speak, but those who went to 
school do know. Some know French, but not Latin, who are used to court and dwell therein. 
And some know Latin, though just in part, whose use of French is less than art. And some 
can understand English, but neither Latin nor French. But unlettered or learned, old and 
young, all understand the English tongue." 
 
1348 - A Peste Negra chegou à ilha britânica. Entre um quarto e um terço da população de 4 
milhões da Inglaterra morreu. Nos anos seguintes, o clero, que falava latim, foi reduzido à 
quase metade. Leigos da igreja (fiéis), que não eram tão bem educados, os substituíram, 
mas só falavam inglês. 
 
1362 - Foi decretado que o inglês também poderia ser usado na corte, já que poucos 
entendiam o francês a essa altura. Também foi utilizado pela primeira vez na abertura do 
Parlamento. 
 
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1380 - John Wycliffe organizou a primeira bíblia em inglês, traduzida do latim. O trabalho foi 
feito em Oxford por vários tradutores. Sem prática de tradução e com receio de lidar com "a 
palavra de Deus", eles fizeram uma tradução bastante literal, mantendo até a ordem das 
palavras latinas. Alguns termos da língua não foram traduzidos ou foram adaptados, 
aparecendo em inglês pela primeira vez (emperor, justice, profession, city, suddenly, angel, 
multitude, glory...). 
 
1382 - Uma reunião do clero condenou Wycliffe e seu trabalho, chamando-o de herege e 
sentenciando seus seguidores à prisão. Todas as bíblias em inglês foram banidas. 
 
1385 - O inglês substituiu o francês nas escolas e a demanda por livros naquela língua 
aumentou. Começou a ser usado, também, para assuntos legais e governamentais. 
 
Próximo a 1387 - Geoffrey Chaucer começou os Canterbury Tales e foi reconhecido, mais 
tarde, como o primeiro autor literário de língua inglesa (de facto). Ele ajudou a estabelecer o 
inglês, bem como adicionou algumas palavras a ele e retomou algumas esquecidas desde 
antes da invasão normanda. Chaucer sabia latim, francês e italiano, tendo dado vida, em 
sua obras, ao inglês da época: a mistura de influências românicas e germânicas. (STÖRIG, 
1990, p. 166) 
 
1399 - Richard II foi deposto por Henry, Duque de Lancaster, e a Inglaterra teve seu primeiro 
rei falante de inglês desde 1066, quando Harold foi derrotado por Guilherme. Fez seu 
discurso de coroação em inglês, a língua do povo, e foi nomeado Henry IV. 
 
1417 - Henry V escreveu cartas oficiais em inglês pela primeira vez. Até então, os reis 
continuavam usando o francês como a língua oficial, apesar de já falarem inglês desde 
Henry IV, pai de Henry V. Ao utilizar o inglês em detrimento do francês, ele deu um passo à 
frente no processo de oficialização da língua peloEstado. 
 
1428 - Depois de anos, a Igreja continuou queimando as bíblias inglesas e pessoas. Um 
conselho organizado pela igreja católica ordenou que os ossos de Wycliffe fossem 
desenterrados e queimados por sua heresia. 
 
Entre 1469 e 1479 - Documentos oficiais/legais escritos em inglês e mandados para todo o 
país começaram a estabelecer uma forma padrão do inglês. As variações aos poucos 
começaram a diminuir. 
 
1476 - William Caxton introduziu a imprensa na Inglaterra. Ele, bem como outros 
impressores, decidiam quais palavras usar em suas publicações (Canterbury Tales e King 
Arthur, por exemplo), influenciando, assim, a forma como passou a se escrever depois. 
 
1500 - O inglês já havia se padronizado o suficiente a ponto de ser reconhecido por leitores 
atuais com razoável facilidade. 
 
1500 à atualidade - Fase de utilização do chamado Modern English (inglês moderno), 
chamado nos primeiros anos de Early Modern English (final do século 15 ao meio do século 
17). 
 
Séculos 15 e 16 - Fase em que ocorreu a chamada Grande Mudança Vocálica na língua 
inglesa, que consistiu numa variação de praticamente todas as pronúncias de vogais. 
 
1521 - A mando de Henry VIII, uma enorme fogueira foi feita em frente à Catedral de São 
Paulo original para queimar livros hereges, incluindo cópias manuscritas da bíblia incorreta 
de Wycliffe, que ainda circulavam pelo país. 
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1524 - William Tyndale partiu da Inglaterra para Colônia, Alemanha, e começou uma 
tradução original e inovadora da bíblia: direta do hebreu e do grego. Essa versão foi 
produzida em larga escala (com a ajuda dos já estabelecidos métodos de imprensa). Em 
1526, 6.000 cópias já haviam sido feitas. O rei Henry VIII mandou interceptar navios que 
chegavam à costa da Grã-Bretanha para confiscar tais livros. 85% de sua bíblia foram 
usados para a versão do rei James em 1611. Ele introduziu várias expressões (sick to 
death, broken heart, the powers that be, sign of the times) e palavras (beautiful, fisherman, 
seashore, viper, zealous) no inglês. 
 
1535 - Tyndale foi preso. No ano seguinte, foi condenado nos Países Baixos, estrangulado e 
queimado. A bíblia de Coverdale, traduzida do alemão, foi a primeira bíblia em inglês a ser 
aceita legalmente, por Henry VIII. Nos 6 anos seguintes, mais cinco bíblias em inglês foram 
autorizadas e produzidas. 
 
1604 - Robert Cawdrey escreveu o primeiro dicionário da língua inglesa. Chamava-se A 
Table Alphabeticall e continha apenas 2.543 palavras, todas um tanto incomuns, vindas do 
latim, francês, hebreu ou grego. Foi feito para o povo entender as escrituras e sermões. 
 
1611 - Havia tantas versões da bíblia que o rei James I requisitou uma versão padronizada, 
a que conhecemos hoje como King James Version, baseada na versão de Tyndale, sem 
qualquer atualização de grafia ou de uso de palavras. 
 
Século 16 e parte do século 17 - Estudiosos de Cambridge e Oxford, as duas maiores 
cidades universitárias da Inglaterra, retomaram as línguas clássicas: latim e grego. Foram 
instituídas aulas de latim e grego clássicos nas universidades. O latim tornou-se a língua 
dos estudos, da ciência, da filosofia, do pensamento clássico e da diplomacia (ainda é 
usado atualmente em cerimônias da Universidade de Oxford). Estudiosos ingleses 
escreviam e falavam latim, de forma que conseguiam se comunicar com outros estudiosos 
europeus, já que latim era a língua franca da época. Com o passar dos anos, milhares de 
palavras latinas técnicas ou científicas entraram diretamente no vocabulário desses 
estudiosos. 
 
Século 16 - Alguns estudiosos eram contra a inclusão de termos clássicos ao inglês, entre 
eles, Sir John Cheke, que disse "a língua inglesa não deve ser poluída por outras línguas". 
Ele escreveu diversos textos evitando palavras emprestadas de outros idiomas e até 
inventou algumas baseando-se em raízes germânicas para substituir as latinas. 
 
Século 16 e começo do século 17 - Já havia se estabelecido o que se chama hoje de "inglês 
moderno", o qual tornou-se o inglês falado e escrito atualmente. 
 
 
Obs.: cronologia embasada em THE ADVENTURE OF ENGLISH, 2003. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO II - LISTA SWADESH COM 100 TERMOS (1971) 
 
1. I (pers. pron. 1. sg.) 2. you (2. sg. thou & ye) 3. we (inclusive) 
4. this 5. that 6. who? 
7. what? 8. not 9. all (of a number) 
10. many 11. one 12. two 
13. big 14. long (not 'wide') 15. small 
16. woman 17. man (adult male human) 18. person (individual 
human) 
19. fish (noun) 20. bird 21. dog 
22. louse 23. tree (not log) 24. seed (noun) 
25. leaf (botanics) 26. root (botanics) 27. bark (of tree) 
28. skin (person’s) 29. flesh (meat, flesh) 30. blood 
31. bone 32. grease (fat, organic 
substance) 
33. egg 
34. horn (of bull etc.) 35. tail 36. feather (large, not down) 
37. hair (on head of humans) 38. head (anatomic) 39. ear 
40. eye 41. nose 42. mouth 
43. tooth (front, rather than 
molar) 
44. tongue (anatomical) 45. claw 
46. foot (not leg) 47. knee 48. hand 
49. belly (lower part of body, 
abdomen) 
50. neck (not nape) 51. breasts (female) 
52. heart 53. liver 54. drink (verb) 
55. eat (verb) 56. bite (verb) 57. see (verb) 
58. hear (verb) 59. know (facts) 60. sleep (verb) 
61. die (verb) 62. kill (verb) 63. swim (verb) 
64. fly (verb) 65. walk (verb) 66. come (verb) 
67. lie (on side, recline) 68. sit (verb) 69. stand (verb) 
70. give (verb) 71. say (verb) 72. sun 
73. moon 74. star 75. water (noun) 
76. rain (noun) 77. stone 78. sand (opposite to 
following) 
79. earth (=soil) 80. cloud (not fog) 81. smoke (noun, of fire) 
82. fire 83. ash(es) 84. burn (verb intr.) 
85. path (road, trail; not 
street) 
86. mountain (not hill) 87. red (colour) 
88. green (colour) 89. yellow (colour) 90. white (colour) 
91. black (colour) 92. night 93. hot (adjective; warm, of 
weather) 
94. cold (of weather) 95. full 96. new 
97. good 98. round 99. dry (substance) 
100. name 
 
 
 
 
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ANEXO III - LISTA DAS 100 PALAVRAS MAIS COMUNS DA LÍNGUA INGLESA NO THE 
OXFORD ENGLISH CORPUS 
 
1. the 2. be 3. to 
4. of 5. and 6. a 
7. in 8. that 9. have 
10. I 11. it 12. for 
13. not 14. on 15. with 
16. he 17. as 18. you 
19. do 20. at 21. this 
22. but 23. his 24. by 
25. from 26. they 27. we 
28. say 29. her 30. she 
31. or 32. an 33. will 
34. my 35. one 36. all 
37. would 38. there 39. their 
40. what 41. so 42. up 
43. out 44. if 45. about 
46. who 47. get 48. which 
49. go 50. me 51. when 
52. make 53. can 54. like 
55. time 56. no 57. just 
58. him 59. know 60. take 
61. people 62. into 63. year 
64. your 65. good 66. some 
67. could 68. them 69. see 
70. other 71. than 72. then 
73. now 74. look 75. only 
76. come 77. its 78. over 
79. think 80. also 81. back 
82. after 83. use 84. two 
85. how 86. our 87. work 
88. first 89. well 90. way 
91. even 92. new 93. want 
94. because 95. any 96. these 
97. give 98. day 99. most 
100. us 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO IV - MODELO DE ENTREVISTA EM PORTUGUÊS 
 
ORIENTAÇÕES PARA A ENTREVISTA: 
 
1) Por favor, leia atentamente todas as questões e responda a todas que se aplicarem a você. 
2) Responda a todas as questões da forma mais completa, precisa e sincera possível. Evite responder somente 
“sim”, “não”, “talvez” ou “mais ou menos”. 
3) Não deixe de completar a autorização no final da última página, sem a qual sua entrevista não terá validade 
por não poder ser utilizada, legalmente, no trabalho a ser desenvolvido. Por questões legais e acadêmicas, seu 
nome (bem como seu documento de identidade) não será divulgado na versão final do TCC (você será 
identificado genericamente como “entrevistado 1” ou “participante 3”). Vale ressaltar que o conteúdo desta 
entrevista será utilizado unicamente para fins acadêmicosde pesquisa e não-comerciais. 
4) Por gentileza, retorne esta entrevista completa ao remetente até o dia 15 de Setembro de 2014. 
5) Muito obrigado por sua participação ! 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) Idade: 
2) Onde cresceu ? 
3) Quando aprendeu inglês (fase aproximada de aprendizagem. E.g.: a partir dos 7 ou dos 7 aos 15 anos) ? 
4) Como aprendeu o idioma (autodidata, livros, aulas particulares etc.) ? 
5) Em caso de aulas com professor(es): ele(s) utilizava(m) uma abordagem que considerava a língua materna ou 
focava somente a língua estrangeira ? 
6) Onde e quando realizou sua formação em inglês (curso de idiomas, graduação, pós, mestrado, doutorado etc.) 
? 
7) Teve latim durante a formação ? 
8) Lecionando desde: 
9) Onde leciona atualmente (escola particular/pública, em casa etc.) ? 
10) A escola permite o uso do português ou exige que as aulas sejam 100% em inglês ? 
11) Você leciona inglês geral ou instrumental/específico ? 
12) Fala outras línguas latinas (espanhol, italiano, francês, romeno etc.) ? Se sim, você acha que isso o ajudou 
de alguma forma na aprendizagem/entendimento do inglês ? 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Pesquisas histórico-lingüísticas indicam que quase 60% do léxico da língua inglesa veio direta ou 
indiretamente do latim (quase 30% dos vários tipos de latim, como clássico, eclesiástico e vulgar, e quase 30% 
do francês, uma língua neo-latina). Esse já era um dado de seu conhecimento ? Se sim, como ficou sabendo ? 
 
2) Você se lembra de ter havido, durante seu aprendizado e/ou formação em língua inglesa, alguma menção à 
influência latina sobre aquele idioma por parte de seus professores ou métodos de ensino (cadernos, apostilas, 
livros, sites, vídeos, materiais didáticos em geral) ? 
 
Em caso de resposta positiva à questão 1: 
 
3.a) Em algum ponto de sua carreira você utilizou a influência latina sobre o inglês como recurso didático ? Se 
não, chegou a, pelo menos, mencionar o fato a seus alunos ? 
 
4.a) Você diria que há preferência pelo uso de palavras vindas do latim de acordo com o nível de formalidade do 
texto ? E quanto à dicotomia "fala x escrita", percebe alguma diferença ? 
 
Em caso de resposta negativa à questão 1: 
 
3.b) Você já notou indícios de semelhanças entre o português e o inglês (palavras cognatas, por exemplo) ? 
 
4.b) Você acredita que seria plausível afirmar que o ensino de língua inglesa a falantes do português pode ser 
facilitado por intermédio das (ou mesmo devido às) influências latinas ? 
 
5) Você acha que seria interessante adotar as similaridades entre o português e o inglês como uma forma de 
ensino, ainda que aliada a outras didáticas ? 
 
Eu, (nome completo), portador do RG (ou CPF) de número XXXXX, autorizo o acadêmico Cláudio Sgroi a utilizar 
esta entrevista como parte integrante de seu Trabalho de Conclusão de Curso em Letras Português/Inglês pela 
PUC-Campinas. 
 
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63 
 
ANEXO V - MODELO DE ENTREVISTA EM INGLÊS 
 
INSTRUCTIONS FOR THE INTERVIEW: 
 
1) Please, read carefully and answer all questions that apply to you. 
2) Answer all the questions in the most complete, accurate and sincere way possible. Avoid answering only "yes", 
"no", "maybe" or "more or less". 
3) Do not forget to complete the authorisation at the end of the last page, without which your interview will not be 
valid, not being legally possible to use it in the work to be developed afterwards. Because of legal and academic 
reasons, your name (as well as your ID number) will not be divulged in the final version of the Conclusion Work 
(you will be identified generically as "interviewee 1" or "participant 3"). It is important to note that the contents of 
this interview will only be used for academic/research and non-commercial purposes. 
4) Please, return the completed interview to the sender by 15 September 2014. 
5) Thank you very much for your participation ! 
 
SUBJECT PROFILE 
 
1) Age: 
2) Where did you grow up ? 
3) When did you learn English (approximate phase of learning at school, not the acquisition phase at home with 
the parents) ? 
4) What area of the language influenced your learning the most (reading, writing, speaking, listening etc.) ? 
5) Do you have any course on English language and/or its Literatures (graduation, post-graduation, master's 
degree, doctorate etc.) ? 
6) Did you have Latin during your course or school studies ? 
7) Teaching since: 
8) Where do you teach nowadays ? 
9) Do you teach general English or instrumental/specific English (e.g.: English for aviation, Business English etc.) 
? 
10) Do you speak any other language besides English ? If you do, do you think the knowledge of that second 
language helps you to understand or know more about your first tongue ? 
 
QUESTIONNAIRE 
 
1) Historical-linguistic researches indicate that almost 60% of English's lexicon came directly or indirectly from 
Latin (almost 30% from the various types of Latin, such as Classic, Ecclesiastical and Vulgar, and almost 30% 
from French, a Neo-Latin language). Did you know about this fact ? If you did, how did you come to know it ? 
2) Do you remember if, during your phase of learning at school, your teachers or methods ever mentioned 
anything about the influence Latin has had over English ? 
 
In case of positive answer to question 1: 
 
3.a) Have you ever used the influence of Latin over English as a didactic resource in your classes ? If not, have 
you, at least, mentioned the fact to your pupils ? 
 
4.a) Would you say there is a preference for the use of Latin-origin words depending on the level of formality of 
the text ? What about the dichotomy "speech vs writing", do you notice any difference regarding the use of Latin-
origin words ? 
 
In case of negative answer to question 1: 
 
3.b) Have you ever noticed similarities between Portuguese (or any other Neo-Latin language) and English ? If 
so, give some examples. 
 
4.b) Do you believe it would be plausible to state that the teaching of English to Portuguese speakers might be 
facilitated via (or even because of) the Latin influences ? 
 
5) Do you think it would be interesting to adopt the similarities between two languages as a way of teaching, even 
if it wasn't the only one (that is, there would be other approaches as well) ? 
 
I, (full name), ID number XXXXXX, authorise the student Cláudio Sgroi to use this interview as part of his 
conclusion work for the Languages/Linguistics (Portuguese/English) course in PUC-Campinas. 
 
 
 
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64 
 
ANEXO VI - ENTREVISTAS REALIZADAS22 
 
ENTREVISTA 1 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 81 
2) Valinhos 
3) A partir dos 11 anos (escola pública) 
4) Escola secundária, livros, aulas particulares 
5) Abordagem que considerava mais a língua materna na escola secundária; nas aulas particulares mais a língua 
estrangeira. 
6) Na graduação, pós, no Brasil e Inglaterra. 
7) Sim, desde a 5a série. 
8) 1952 
9) Na Puc-Campinas, Faculdade de Letras. 
10) A critério do professor, no meu caso, uso o idioma que estou lecionando. 
11) Leciono as disciplinas de Compreensão e Produção de Textos em Língua Inglesa, Literaturas de Língua 
Inglesa e Tradução de Textos. 
12) Falo Francês e entendo espanhol e italiano. O aprendizado de uma língua sempre ajuda no de outra língua. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Não quanto ao dado estatístico, mas a percepção da influência do Latim e de outra línguas, o que ocorre 
quando há contato entre elas, ficou óbvia desde que comecei a estudar a língua inglesa. 
 
2) Não houve. 
 
3.a) Sempre procuro mostra a influência de outras sobre o inglês. 
 
4.a) O uso de palavras de origem latina marca a formalidade do texto (religioso/legal...), e mostrar as 
transposições e equivalências é criar uma curiosidade transcultural que evidencia que há mais pontos comuns 
entre os povos e suas maneiras de expressar o mundo do que diferenças. 
 
5) Não entendi o que se quis dizer com "ainda que aliada a outras didáticas",mas acredito que não só é 
interessante mostrar as similaridades entre o Português e o Inglês mas também apontar como as palavras que 
têm a mesma origem, se modificaram de forma diversa em cada língua, criando muitas vezes problemas, como a 
ocorrência dos chamados "falsos cognatos". 
 
ENTREVISTA 2 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 63 
2) Campo Grande (MS), Curitiba (PR) e Rio Claro (SP) 
3) Dos 11 aos 18 anos 
4) Colégio (ginásio: 4 anos e clássico: 3 anos) 
5) Ambas as línguas, porém a ênfase era na língua estrangeira. 
6) Graduação em Letras (Português-Inglês) PUC-Campinas, duas disciplinas de língua inglesa no mestrado e 
também cursos e trabalho em firmas multinacionais (Citibank, Fairchild e IBM) 
7) 3 anos no colegial (clássico) e 2 anos na graduação. 
8) 1972 
9) Somente na PUC 
10) Pode-se usar o português, se necessário. 
11) Atualmente geral, mas já lecionei instrumental para os cursos de turismo, relações públicas, publicidade e 
propaganda e análise de sistemas. 
12) Falo francês e um pouco de alemão. Saber outras línguas me ajudou na aprendizagem do inglês, porque 
você acaba percebendo as semelhanças e diferenças dos aspectos lexicais, morfossintáticos, etc, entre as 
diferentes línguas. 
 
22 As entrevistas disponibilizadas nesta seção de anexos foram organizadas por ordem decrescente de experiência 
na profissão. Sendo assim, esta primeira corresponde ao professor que leciona há mais tempo e a última, ao que 
leciona há menos. 
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QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, desde o colegial quando o professor de inglês começou a trabalhar textos literários em inglês. 
 
2) Sim, no curso de graduação na disciplina de didática da língua inglesa. 
 
3.a) Sim, costumo trabalhar os sufixos e prefixos em inglês como ferramenta para a melhor compreensão de 
textos em inglês. 
 
4.a) Acredito que pessoas com maior nível de conhecimento utilizam mais palavras vindas do latim, 
principalmente em textos escritos mais formais ou literários. Na fala, se considerarmos a linguagem do cotidiano, 
que é mais informal, há menos palavras de origem latina. Exceção feita para um discurso escrito que é lido, por 
exemplo, na Câmara dos Lordes na Inglaterra. 
 
ENTREVISTA 3 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 56 anos 
2) Uma parte de minha vida no Rio de Janeiro, onde nasci, mas meus pais se mudaram durante a minha infância 
e adolescência para São Paulo capital e interior, e Santa Catarina, interior. 
3) Comecei na escola primária, bem no finalzinho, em Santa Catarina. Continuei estudando na escola regular e 
sigo estudando até os dias de hoje. 
4) Sempre tive interesse por línguas estrangeiras, mas não tinha condições financeiras para arcar com curso de 
idiomas. O que aprendia na escola transformava em algo significativo para mim. Repetia para mim mesma, 
escrevia e sempre aproveitava as oportunidades para interagir com outras pessoas. 
Estudei sozinha por muito tempo, e também tive professora particular. Quando estava cursando Letras, participei 
pela primeira vez de um curso de idiomas, no Rio de Janeiro, sendo classificada para a turma de conversação. 
Aprendi muito ensinando, desde o segundo ano de minha primeira graduação, em Linguística, e isso até hoje. 
5) As aulas particulares eram de gramática e de listas de vocabulário, e eram em português. Na escola também 
eram dadas em português com pequenos momentos para simulação de situações. 
6) Desde que comecei na escola básica, em Santa Catarina. Depois com professora particular, no interior de São 
Paulo. Aprendi muito ensinando, já como aluna de graduação em Linguística e depois em Letras, e ainda hoje. 
No mestrado e no doutorado, tive que ler em inglês. 
7) Sim, durante o curso de Linguística. 
8) 1979, com 19 anos de idade. 
9) Leciono inglês em uma faculdade estadual no interior de São Paulo. Também leciono uma disciplina sobre o 
ensino de línguas para fins específicos em um programa de mestrado em Brasília. 
10) Usamos português quando percebemos que o seu uso é bom para a interação, para, por exemplo, quebrar 
algum possível distanciamento entre professores e alunos. Mas nos esforçamos e nossos alunos também para 
que as aulas sejam em inglês. 
11) Para fins específicos, porém não na versão forte, pois os cursos da faculdade onde leciono têm uma base 
comum tecnológica, considerado ensino para fins específicos, porém comum a algumas áreas (versão fraca 
dentro de ESP). 
12) Estudei Francês durante um tempo e mais tarde alemão, mas não para ensinar essas línguas. Entendo que 
me ajudou a perceber a beleza e as peculiaridades das línguas e culturas. Com as aulas de alemão, pude 
relembrar o processo de aprender línguas estrangeiras. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Quando cursei Linguística estudávamos a parte histórica da formação de algumas línguas, mas não seria 
capaz de afirmar a porcentagem da influência. 
 
2) Sim, quando estudei Linguística. 
 
3.a) Sim, quando posso fazer essa correlação, ela ajuda e desperta a curiosidade dos alunos. 
 
4.a) Talvez percebamos essa influência na escrita de textos científicos. 
 
4.b) Penso que não, ou não necessariamente, mas poderia ser uma informação. Talvez para a escrita de textos 
científicos, sim. 
 
5) Em alguma medida, sempre que o contexto pedir. Ajudaria de alguma forma, mas não vejo como forma de 
ensino, não como abordagem. 
 
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66 
 
ENTREVISTA 4 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 56 
2) Até 8 anos no Brasil; de 8 a 16 na Itália; voltei ao Brasil onde fiquei até os 24-25 anos; casei e fui morar 
novamente na Itália, onde fiquei 19 anos. Estou de retorno ao Brasil há mais ou menos 8 anos. 
3) Comecei a estudar inglês por volta dos 10 anos, na escola. Não fazia parte da grade escolar, mas havia uma 
professora madre língua que vinha dar 1 aula por semana a um grupo de alunos. Não gostava.... Comecei a 
gostar da língua e a estudar mesmo, não somente “para passar de ano” quando, aos 14 anos, tivemos uma 
professora escocesa muito simpática, com ótima didática, que trazia revistas e filmes para a gente assistir (na 
época, era pioneiro....). 
4) Comecei com professores e livros, na escola e curso (Yázigi), depois tive aulas particulares, principalmente de 
conversação. Aprendi também lendo livros e romances (sempre gostei de ler, e continuo lendo em inglês até 
hoje) e fiz alguns intercâmbios. 
5) Minha primeira professora só falava inglês, e eu não gostava. Aprendi muito pouco, só palavras soltas e as 
frases feitas de sempre (What is this? What’s your name? How old are you?............). Depois tive aulas com 
professores que usavam português para explicar gramática ou outros pontos mais difíceis, e somente o inglês 
nas aulas de literatura, por exemplo. 
6) Estudei com professores em aula, fiz curso no Yázigi, dois intercâmbios, morei dois meses em New Jersey 
(USA), sempre li, viajei e viajo muito e necessito do inglês para tanto. Nunca fiz graduação, mestrado, etc. 
7) Sim. Estudando na Itália, latim era matéria obrigatória. Mas nunca foi mencionado aprendizado de latim para 
as aulas de inglês. 
8) comecei a dar aulas de inglês no começo dos anos 80: era um reforço escolar par o filho de uma amiga que 
estava com dificuldades. Continuei depois com aulas particulares, reforço escolar e em cursos de idiomas (Fisk). 
Nunca dei aulas em escola “regulares”. 
9) No momento não estou lecionando, só fazendo alguns reforços escolares para conhecidos, não somente de 
inglês. 
10) Nas primeiras turmas do Fisk pode-se usar o português. 
11) Inglês geral. 
12) Falo italiano e francês (sou formada em literatura francesa, com endereço tradutor-interpréte) fluentemente. 
Meu espanhol falado é bem básico, mas compreendo tudo e leio jornais e livros nesta língua. Conheço algumas 
expressões básicas de alemão, o suficiente para pedir um quarto no hotel e não “morrer de sede ou de fome”. 
Na realidade, uso o conhecimento das línguas para fazerconexões e ligações uma com as outras. Isto me ajuda 
a lembrar. Quando dou aula também, uso o conhecimento que eventualmente o aluno pode ter de outras línguas 
para fazer um paralelo. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) sim, já havia percebido que há muitas palavras latinas usadas em inglês, principalmente as eruditas. Percebi 
sozinha também que muitas vezes há duas maneiras de falar a mesma palavra, uma derivada do latim 
(considerada mais erudita, mais culta) e outra mais corriqueira. Para mim sempre foi mais fácil empregar a 
palavra latina, e todos acabam achando que meu inglês é muito bom, por pensar que estou empregando 
palavras eruditas..... 
Não sabia que havia assim tanta influência do latim... 
 
2) não lembro se algum professor mencionou isto. Com certeza nenhum deles usou o latim para ensinar inglês. 
 
3.a) Nunca usei o latim como recurso didático. No Brasil é meio que impossível, infelizmente. Acredito já ter 
mencionado o fato que o latim também influi na língua inglesa. 
 
4.a) Sim, em linguagem mais culta (texto acadêmicos, por exemplo) é bastante comum o uso d palavras vindas 
do latim. Na fala, muito menos. 
O que percebi é que os americanos usam bastante palavras latinas sem o saber. Veja o exemplo dos vários 
“plus, minus, item, idem....” são palavras latinas, mas o engraçado é que ao serem “exportadas” as pessoas 
acham que são inglesas e acabam pronunciando-as como se fossem inglês (plás, mainas, aitem, aidem....): isso 
eu acho engraçado (ou talvez trágico?) 
 
5) (apesar de ter respondido afirmativamente à 1, vou responder esta também, se importa?) Acredito ser muito 
interessante empregar as similaridades entre as línguas; parece-me que os alunos lembram mais facilmente as 
regras, pois não é “algo novo”. É menos “decoreba”, e mais raciocínio lógico.) 
 
 
 
 
 
 
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67 
 
ENTREVISTA 5 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 49 anos 
2) SP 
3) A partir dos 11 anos. 
4) Escola de idioma, na escola regular e leituras pessoais ou indicadas pelas escolas. 
5) Houve professores que eram nativos na língua inglesa (sul africanos, ingleses etc.). Esses basicamente 
utilizavam-se somente do inglês. Os que eram brasileiros faziam referências ao português, em estudos 
comparativos. 
6) Como já dito, comecei em escola de inglês e lá estudei até os 17 anos. Depois, fiz a graduação em Letras 
(português/inglês) e especialização em Língua Inglesa na Universidade de São Paulo. Meu doutorado foi 
também em língua estrangeira na Unicamp. Meu mestrado foi em Educação, na PUC, portanto, não 
especificamente em língua estrangeira. 
7) Sim, na graduação. 
8) 1988 (com um intervalo nesse tempo, quando trabalhei em editoras) 
9) PUC - particular 
10) Pode-se fazer uso de português. 
11) Leciono inglês a partir de uma visão discursivo-funcional da linguagem, que implica, além das chamadas 
“habilidades”, atenção ao contexto de uso (visão funcionalista) e os fatores que condicionam a produção dos 
dizeres, o que está associado, logicamente, ao contexto sociocultural dos alunos e à sua língua materna (o 
português). No entanto, já trabalhei bastante com inglês instrumental. 
12) Conheço o italiano, o francês e um pouco do espanhol. Hoje não sou mais falante dessas línguas, apenas 
consigo fazer leituras nesses idiomas. No entanto, elas contribuíram sim para minha aprendizagem de inglês. Na 
verdade, foi o inverso que mais aconteceu: o aprendizado do inglês, às vezes, facilitou o aprendizado de outra 
língua, nos estudos comparativos. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, estudando. Na verdade, estudamos esses aspectos numa abordagem histórica de língua, também 
necessária ao estudioso da mesma. 
 
2) Sim, na época em que fui professora de inglês para cursos que não de Letras (Administração, Engenharia, 
Comércio Exterior), trabalhei com inglês instrumental, cuja abordagem focava, em determinado momento, a 
etimologia das palavras do inglês e os processos de formação de palavras (derivação, por exemplo). Nesse 
momento, fazia uso dos estudos comparativos entre inglês e português, já que muitas das palavras tinham 
origem comum, do latim. 
 
3.a) Sim, como já mencionado na questão 2. Hoje continuo fazendo isso nas aulas para o curso de Letras, 
embora não sistematicamente como num curso instrumental de inglês. Tal relação é ainda bastante utilizada por 
mim nos cursos de gramática de língua inglesa. Na parte de ensino de vocabulário, o estudo de cognatas é 
bastante plausível e interessante. 
 
4.a) Sim, eu diria que nos textos cujo nível de formalidade é maior ou em textos mais voltados à linguagem dita 
“científica”, portanto, destinado a um público mais acadêmico, isso é notado. Em relação ao inglês falado e 
escrito, embora não seja essa a única diferença, pode-se dizer que o inglês mais coloquial, nos gêneros 
chamados primários, que se identificam com as práticas mais diárias, utiliza-se de um léxico (quando não 
também de estruturas) anglo-saxônico, de caráter, digamos, mais popular. 
 
ENTREVISTA 6 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 51 
2) INDAIATUBA 
3) A PARTIR DOS 15 ANOS 
4) ESCOLA DE IDIOMAS 
5) FOCAVA SOMENTE A LÍNGUA ESTRANGEIRA 
6) PASSEI POR CURSOS DE IDIOMA E SEGUI PARA A GRADUAÇÃO E PÓS GRADUAÇÃO COM VIVÊNCIA 
NO EXTERIOR 
7) SIM 
8) 1989 
9) ESCOLA PARTICULAR E PÚBLICA. 
-COLÉGIO RODIN 
-EE”RANDOLFO MOREIRA FERNANDES” 
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68 
 
-FIEC 
10) PERMITE O USO DA LÍNGUA PORTUGUESA 
11) GERAL E INSTRUMENTAL 
12) NÃO 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) DEVO TER VISTO ALGO NA FACULDADE NAS AULAS DE LATIM, MAS SINSERAMENTE NÃO ME 
LEMBRO. 
 
2) SIM , EM ALGUNS VOCÁBULOS. 
 
3.a) EX: CV – CURRICULUM VITAE 
E TAMBÉM AO ENSINAR HORAS COM O AM E PM 
 
4.a) NÃO ACHO QUE HÁ PREFERÊNCIA 
SEMPRE HÁ DIFERENÇA ENTRE A LINGUAGE ESCRITA E A FALADA (FORMALIDADE, CONTRAÇÕES, 
TERMOS, ETC) 
 
3.b) COM CERTEZA HÁ MUITAS PALAVRAS COGNATAS E ESSAS AUXILIAM COMO FERRAMENTA 
BÁSICA AS TÉCNIAS DE LEITURA INSTRUMENTAL. 
 
4.b) NÃO SABERIA AFIRMAR. UM ESTUDO MAIS COMPLEXO SERIA NECESSÁRIO. 
 
5) FAÇO ISSO (COMO JÁ CITADO NA RESPOSTA DA QUESTÃO 3) 
 
ENTREVISTA 7 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 44 
2) Bauru 
3) 11 aos 21 
4) Curso de idiomas CCAA (Bauru e São José do Rio Preto), Escola “America” (São José do Rio Preto) e 
disciplinas de língua inglesa na universidade. 
5) Focada na língua estrangeira. 
6) Resposta 4. 
7) Sim. 
8) 1992 
9) Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Bauru. 
10) Cada docente escolhe sua abordagem de ensino, se as turmas forem heterogêneas e com nível de fluência 
básico, mesclo língua inglesa com portuguesa, em outras situações, uso somente língua inglesa. 
11) Leciono para cursos de Comunicação Social, desenvolvemos as 4 habilidades da língua com enfoque em 
conteúdos de cada curso: Jornalismo, Rádio e TV e Relações Públicos. 
12) Falo francês, leio e compreendo bem espanhol e italiano. Aprendi o inglês antes das outras línguas, no 
entanto, as línguas latinas influenciam na boa compreensão de diversas línguas. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, a presença de palavras cognatas é bastante grande, desde a Graduação já estudávamos isso nas 
disciplinas de Linguística e Latim. 
 
2) Na década de 80, pelo menos em Bauru, as escolas de idiomas não tinham enfoque na questão da influência 
de outras línguas na língua inglesa. Só tive essa noção quando fui ser docente. 
 
3.a) Em aulas de Prática de Tradução ou em disciplina de inglês para Cursos de Graduação em Química, 
Computação, Análise de Sistemas eu apresentava a questão dos cognatos. Tal esclarecimento deixa os alunos 
menos ansiosos e frustrados. 
 
4.a) Não percebo essa preferência no que se refere à formalidade, mas pelo fato de os alunos recorrem 
primeiramente à língua materna, consequentemente, usam palavras cognatas. 
 
3.b) Já foi respondido. 
 
4.b) Sim, como já mencionado, os alunos tornam-se menos ansiosos e frustrados se compreendem a influência 
do latim na língua inglesa. 
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5) Sim. 
 
ENTREVISTA 8 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 44 
2) Em Estrela D’oeste até os 6 anos,em Fernandópolis até os 17, aos 18 fui para a Universidade em São José do 
Rio Preto, depois voltei para Fernandópolis onde resido até hoje. 
3) Quando entrei na universidade, dos 17 aos 20. 
4) Na Faculdade 
5) Tinha professores que focavam mais a língua estrangeira (abordagem comunicativa) e professores que 
focavam a língua materna (abordagem mais tradicional) 
6) Na graduação, como dito acima. 
7) Sim, muito pouco, mas tive. Se naõ me falha a memória apenas 1 semestre 
8) 1993 
9) Em uma escola de idiomas, em uma faculdade particular (FEF) e uma faculdade estadual (FATEC) 
10) Depende o nível, no primeiro estágio, principalmente, em função das crenças negativas que os alunos 
trazem em relação à aprendizagem de inglês, tomamos por consenso, entre os professores, trabalharmos com 
um processo de conscientização e desmitistificação das crenças e introduzir o inglês aos poucos. Geralmente, 
no meio do semestre já estamos com as aulas praticamente toda em inglês, para que o segundo estágio seja 
todo em inglês. Penso que nós, professores, não podemos ficar presos somente aos livros didáticos, mas 
devemos observar a realidade dos alunos e fazer dos erros de seus alunos um rico material a ser explorado, 
tornando o currículo mais flexível. As necessidades reais dos alunos devem ser a primeira diretriz do processo 
ensino-aprendizagem. 
11) Ambos: na FATEC: curso de Agronegócio, Sistemas para internet e Gestão Empresarial (para fins 
específicos); na FEF, no curso de Sistemas de Informação (para fins específicos) e no curso de Letras (inglês 
geral) e aulas VIPs, que denominamos de tailored course (feito para atender as necessidades específicas dos 
alunos) .Vale lembrar que minha concepção de inglês instrumental ou para fins específicos não quer dizer dar 
aula apenas para leitura e compreensão de texto, mas sim trabalhar inglês (todas as habilidades: ler, falar, 
escrever e ouvir) de acordo com o contexto de atuação do profissional, por exemplo. 
12) Falo um pouco de espanhol, já que minha formação na faculdade foi inglês e espanhol; entretanto, atuo mais 
com o ensino de inglês, o que me proporcionou melhor competência no inglês. Na verdade, não me recordo se 
ajudou ou atrapalhou. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, já sabia. Fiz pesquisas, fui em busca de algo que pudesse desmistificar as crenças dos alunos de que 
inglês é muito diferente do português (meu mestrado foi feito em cima de pesquisa ação e queria muito 
comprovar para o aluno que ele podia ver semelhanças entre as duas línguas e que inclusive a gramática do 
inglês me matéria de verbos era muito mais fácil do que o nosso português). O período que acima chamo de 
conscientização trabalho muito com a teoria dos gêneros textuais, estratégias de leituras, cognatos para que os 
alunos possam ver a língua inglesa como mais próxima da realidade deles. 
 
3.a) Sim, utilizo principalmente durante o processo de conscientização, e durante todos os exercícios que 
apareçam palavras cognatas até perceber que eles já estão usando estratégias como essa para inferir 
significados. Penso ser de extrema importância tornar o aluno consciente de todo esse processo, criando um 
ambiente apropriado e confiável para o uso da LE, juntamente com a abordagem comunicativa em meio a 
processos de reflexão da ação, facilitará o processo de aprendizagem. 
 
4.a) Sim, no texto acadêmico, portanto a escrita, percebo maior frequência de palavras de origem latina, uma vez 
que esses vocábulos são considerados mais cultos na língua inglesa e também de maior compreensão nesse 
meio pela similaridade com as demais línguas, havendo uma maior uniformização do jargão. Enquanto na fala, 
usa-se mais phrasal verbs, palavras de origem anglo-saxônica por sua informalidade. 
Convém fazer uma reflexão juntamente com os alunos sobre essas questões, sobre a língua utilizada nos livros 
didáticos que, por um lado, é idealizada e diferente da realidade dos falantes nativos, quando se trata de livros 
nacionais, e diferente da realidade dos aprendizes, quando se trata dos importados. Isso pode ser feito por meio 
de materiais mais autênticos trazidos paralelamente ao livro, tais como músicas, jornais, filmes, revistas, cartas 
escritas por nativos, etc. em que a língua apresenta todas as suas verdadeiras nuances. 
 
3.b) Muitas, como citado acima. 
 
4.b) Sim, acredito e utilizo nas minhas aulas e procuro melhor entender não só minha prática, mas trazer 
modificações significativas para melhorar o processo de ensino-aprendizagem de LE dentro da sala de aula. O 
que denominei acima de processo de conscientização (DIAS, 2003) penso que pode contribuir para o 
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desvelamento das razões de ser da situação de achar inglês difícil e colocá-la como parecida com nossa língua 
em muitos aspectos pode constituir-se em ação transformadora desta percepção equivocada da realidade pelo 
aluno. 
 
5) Sim, penso que cada contexto tem suas peculiaridades, não podendo, assim, afirmar que isso possa ser 
usado sempre e/ou o tempo todo, mas dependendo a faixa etária, as crenças que esses alunos tragam consigo, 
essas similaridades podem ser muito úteis no processo de aprendizagem da LE. 
 
ENTREVISTA 9 
 
SUBJECT PROFILE 
 
1) 64 yrs 
2) Near London UK 
3) Mother tongue 
4) Speaking 
5) GCE I level language and literature. Normal course of studies for england 
6) Yes 
7) 
8) Teach Italian to adults and English as a foreign language to visitors to UK. 
9) General 
10) Yes. Yes. 
 
QUESTIONNAIRE 
 
1) Yes. I deduced it for myself 
 
2) Yes 
 
3.a) Yes 
 
4.a) No and No 
 
ENTREVISTA 10 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 34 
2) Sorocaba 
3) dos 7 anos aos 23 anos 
4) escola de idiomas e intercâmbios em outros países 
5) As aulas focavam somente a Língua Estrangeira 
6) Comecei a estudar inglês na Pink and Blue em Sorocaba aos 7 anos. Aos 10 anos, mudei par ao Centro 
Cultural em Sorocaba, onde fiquei até os 15 anos aproximadamente. Estudei também por um ano na Cultura 
Inglesa e com uma professora particular em grupo com o objetivo de tirar os certificados de Cambridge. Já tinha 
o FCE. Depois tirei o CAE e o CPE. O CPE foi importante porque me abriu portas para trabalhar na Cultura 
Inglesa e ser examinadora de Cambridge. 
Em 2000, aos 19 anos, iniciei o curso de Linguística na UNICAMP, no qual escolhi muitas matérias optativas de 
Linguística Aplicada. Ao terminar a graduação, já iniciei o mestrado em Linguística Aplicada pesquisando o 
aprendiz de inglês e suas atitudes face à gramática em uma abordagem quantitativa. Defendi minha dissertação 
em janeiro de 2006. 
Retomei os estudos em 2009 na UNIP para fazer Letras Inglês/Português, formando-me em 2012. Em 2013, 
ingressei no Doutorado e estou pesquisando a formação de professores de inglês para ensino fundamental I 
através de um estudo de caso. 
Fiz intercâmbio nos EUA aos 17 anos por 5 meses. Fiz um curso de Inglês Contemporâneo para professores por 
15 dias em Cambridge no ano de 2010. E fiz um curso de vida e cultura britânica para professores por 15 dias 
em Londres em 2013. 
7) Sim. Um semestre na UNICAMP e um semestre na UNIP. 
8) 1998 Comecei a lecionar aos 17 anos na Wizard próxima à minha casa para crianças e na Obra Social do 
Colégio em que eu estudava (Salesiano). 
Depois me afastei para o intercâmbio e voltei a lecionar em 2001 no CCAA por um ano. Em 2002 na Speak Out 
por um ano. Em 2006 na St Giles por seis meses. De 2006 a 2014 na Cultura Inglesa. De 2008 a 2010 na PUC e 
retornei à PUC em 2014. 
Também lecionei como convidada na pós-graduação em Tradução da UNIMEP em 2012 e 2013 
9) Na PUC-Campinas 
10) Em inglês o tempo todo. 
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71 
 
11) Leciono ambos. Inglês geral para o curso de Letras e específico para Turismo e Hotelaria. 
12) Estudei quatro anos de Francês como língua obrigatória na minhagraduação em Linguística. Eu já falava 
Inglês. Na verdade, tive dificuldades em Francês porque quando tentava falar, acabava saindo inglês. O 
conhecimento de Francês me ajuda no entendimento e pronúncia das palavras francesas usadas em inglês. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Não tinha conhecimento exato dos números. Mas percebo essa realidade claramente no vocabulário e nas 
construções da língua inglesa. 
 
2) Sim. Eu tive uma professora que sempre dizia que as palavras originárias do Latim em Inglês eram mais 
formais. Mas não me passaram nenhuma informação mais profunda que essa. 
 
3.a) Eu sempre utilizo essa influência como recurso didático para ensinar os alunos a reconhecerem as palavras 
latinas, para trabalhar a pronúncia, para trabalhar sufixo e prefixo e sintaxe. 
 
4.a) Eu acredito e percebo em minhas leituras que as palavras do Latim em Inglês são de uso mais formal. 
Também acredito que estejam mais presentes na escrita. E quanto à fala, acho que os britânicos usam mais 
palavras latinas que os americanos. Mas são apenas crenças e intuições porque não pesquisei sobre o assunto 
de forma detalhada. 
 
ENTREVISTA 11 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 32 anos 
2) São Paulo - SP 
3) O interesse surgiu com uns 9 anos mais ou menos, a partir daí comecei a me dedicar mais à lingua. 
4) Dos 9 aos 17 anos estudava por conta própria, traduzia letras de músicas, assistia seriados e filmes, e 
estudava alguns livros. Depois que completei 17 anos entrei em uma escola de inglês para aperfeiçoar a língua, 
já entrei no nível avançado e estudei somente um ano, terminando o curso. 
5) Como entrei no último nível do curso, o professor falava somente inglês e exigia o mesmo dos alunos. 
6) Minha formação acadêmica é em Administração de empresas, em Indaiatuba, 2006. Porém meu curso de 
Inglês eu realizei em São Paulo no ano de 1999. 
7) Não 
8) 2000 
9) Atualmente leciono em casa. 
10) Eu permito o uso do português, principalmente para os iniciantes. 
11) Ambos, depende da necessidade do aluno. 
12) Falo espanhol nível intermediário, acredito que o inglês que me ajudou no entendimento do espanhol, pois 
minha paixão pelo inglês acabou despertando interesse por outras línguas. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Não, eu desconhecia este dado. 
 
2) Muito pouca menção. Me lembro de já ter visto em alguns livros que algumas palavras são derivadas do latim, 
porém a frequência é baixa. 
Em caso de resposta positiva à questão 1: 
 
3.b) Sim, inclusive aponto essas semelhanças para os alunos, como forma de melhor assimilação. 
 
4.b) Acredito que sim, além de se tornar mais interessante, pois assim eles aprendem a procedência das 
palavras. 
 
5) Sim, conforme mencionei anteriormente, acho tão interessante que eu mesmo utilizo este método por 
acreditar que melhora o aprendizado. 
 
 
 
 
 
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ENTREVISTA 12 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 33 
2) São Caetano do Sul 
3) à partir dos 11 anos 
4) Fui alfabetizada em inglês por uma pedagoga(formada nos EUA) amiga da minha mãe que tinha uma escola 
de inglês para crianças (English For Today). Fiquei 7 anos com ela e depois comecei a dar aula. Alguns anos 
depois fui pra Londres estudar por 2 anos, qdo me preparei e tirei as certificações da Cambridge. Nesse período 
também fui coordenadora e professora de uma escola de Inglês como segunda Língua em Londres. Mas, sem 
dúvida a maior parte do aprendizado se deu autonomamente, apesar de ter frequentado instituições. 
5) Na escola onde estudei aqui em Indaiatuba não havia tradução. Tudo era em inglês. Aliás, ainda tenho meus 
livros de infância, que são fantásticos, e estive mostrando eles para os meus alunos! E claro, em Londres foi 
imersão total! 
6) 1992-1999 – English For Today 
2003-2004 – The London Skills Institute 
2003-2004 – Cambridge certifications ( CAE & CPE) 
7) só aprendi um pouco de latim com meu professor de inglês em Londres! 
8) 2000 
9) Apenas particular, alugo uma sala!!! 
10) Nas que trabalhei quase ninguém gostava de usar inglês. Pra mim é muito estranho professores de inglês 
que tem vergonha de falar, mas é o que geralmente acontece. Mesmo qdo é obrigatório usar só a língua alvo. 
11) Ensino de acordo com a necessidade do aluno. E isso engloba todos esses tipos em momentos distintos. 
Porém, mais importante do que isso, é ter a sensibilidade de investigar o perfil do aluno e fazer um trabalho 
100% personalizado. 
Brinco que professor de inglês é em primeiro lugar psicólogo e terapeuta. Explico pros meus alunos que o 
objetivo deles está dividido em 2 partes: 50% a língua(ou qqer outra atividade que se deseja aprender) e 50% de 
auto-confiança (self-steem). Essa é uma dupla inseparável e precisamos desenvolvê-los de forma balanceada. 
12) Inglês foi minha 1ª língua estrangeira, e isso facilitou muito meu aprendizado de outras como: alemão, 
Francês, Espanhol, Hindi, Esperanto e Sanskrito. Uma vez que o cérebro é expandido para falar uma nova 
língua, ele nunca mais será o mesmo, e então passamos a ter uma visão mais ampla do mundo ao nosso redor. 
Desenvolver o cérebro significa evoluir como espécie e descobrir seus potenciais latentes. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, claro. Essa informação é fundamental para que os alunos expandam seu vocabulário. Mostrar pra eles 
que inglês não é de outro mundo e que tem muitas conexões com a nossa língua mãe desbloqueia os medos do 
desconhecido que permeiam a mente dos entusiastas. 
 
2) Ah sim, apenas por parte do meu professor Inglês, Jeffrey Marshall, que era highly educated, e tinha um 
conhecimento muito amplo de “mundo”. Serei eternamente grata à por ter me mostrado uma nova forma de ver a 
língua e o mundo! Cheers!! 
 
3.a) Faz parte da minha rotina de aulas e é aplicado em momentos oportunos, como para desbloquear 
obstáculos de compreensão de vocabulário, principalmente. Mas jamais uso tradução, os alunos não me 
conhecem em Português!!! Só eles podem traduzir, se for o caso. 
 
4.a) Aprendi com Jeffrey que a maioria das palavras latinas, que em inglês tendem a tomar a ortografia do 
francês/italiano/espanhol (ou quase), by and large demonstram pompa ou um alto nível de educação do falante. 
Em geral são palavras sofisticadas, que embelezam a língua, como as joias de uma princesa! 
Mas claro que nem todas são de uso refinado! 
Quase sempre quem fala bem, ou seja, articula bem o vocabulário, utiliza estas palavras pra escrever também. 
Durante meus anos de trabalho, quando tive a oportunidade de observar estudantes de várias nacionalidades, 
constatei que, infelizmente, o aluno brasileiro tende a ter muita dificuldade para expandir seu vocabulário e usar 
essas palavras mais sofisticadas, porque eles não as têm em seu vocabulário pessoal nativo. Ou seja, a gama 
de palavras que a pessoa fala em Português refletirá em Inglês. 
Agora falando de formalidade de texto eu diria que depende de quem tá escrevendo porque aí entramos no caso 
acima, mas se considerarmos apenas o texto, sem dúvida o escrito tende a ser mais bem elaborado e 
conseqüentemente pode utilizar esse vocabulário (há tempo para pensar e elaborar). 
Noto um uso massivo de palavras latinas em textos científicos de todas as áreas, mas quando vejo entrevistas 
destas comunidades, não vejo a mesma taxa de uso deste vocabulário, apesar do jargão ser geralmente 
incessante. 
No mundo dos negócios eles também gostam de usar um pouco de palavras bonitas, principalmente em jornais e 
revistas de negócios, o que mais uma vez não necessariamente reflete na oralidade destes profissionais. Todo 
tipo de documento que roda numa empresa, seja fiscal, contratual, financeiro etc, utiliza uma linguagem formal e 
mais refinada também. 
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ENTREVISTA 13 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 30 anos 
2) Indaiatuba - SP 
3) A partir dos 10 anos 
4) Curso de Idiomas 
5) focavam somente a língua estrangeira. 
6) Curso de Idiomas(FISK, Cultura Inglesa), graduação (PUCC) 
7) Não 
8) 2001 
9) Escola Particular10) Nos primeiros níveis é permitido o uso de português para se tratar de assuntos importantes e que não seriam 
compreendidos pelos alunos em inglês, Depois dos primeiros níveis, a comunicação é totalmente em inglês. 
11) inglês geral 
12) Sim, Falo francês e espanhol. O ato de se colocar como aluno ao fazer aulas, muda completamente a 
concepção que se tem sobre ensino-aprendizagem. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Não tinha informações estatísticas assim como lidas na questao. Já sabia sobre isso por curiosidade e leituras 
passadas. 
 
2) Sim. 
 
3.a) Sim e muito. Muitas vezes quando os alunos não entendem determinada palavra em inglês, a utilização de 
um termo parecido que tem origem latina os ajuda. 
 
4.a) Sim. Palavras mais próximas do Latim são mais formais. 
 
4.b) Claro 
 
5) A pergunta não é muito especifica. Preciso de mais detalhes para responder. Entretanto posso dar um 
exemplo: Quando preciso explicar o significado de um phrasal verb, tento sempre utilizar uma palavra de origem 
latina para facilitar a compreensão do aluno, seguido de vários exemplos contextualizados 
 
ENTREVISTA 14 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 28 anos 
2) Na cidade de Hortolândia 
3) A partir dos 15 anos 
4) Em uma escola de idiomas 
5) Era uma metodologia que fazia uso do português para explicações em geral 
6) Em um curso de idiomas 
7) Não 
8) Leciono desde 2003 
9) Na minha própria escola de inglês 
10) As aulas são 100% em inglês. 
11) Leciono inglês geral 
12) Estou aprendendo espanhol 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, pois cursei um ano e meio do curso de letras em uma faculdade e já tinha visto isso no curso. 
 
2) Sim, por parte dos professores e materiais específicos. 
 
3.a) Sim, cheguei a mencionar o fato algumas vezes, e também uso a semelhança com a nossa língua para 
lembrá-los de alguns vocabulários. 
 
4.a) Sim, eu diria que há preferência do uso de palavras vindas do latim mesmo para que haja melhor 
entendimento de pessoas de diferentes nacionalidades, mas que tem como base o latim em sua língua-mãe. 
Quanto à fala e escrita, as palavras derivadas do latim tem sons e grafia bastante similares. 
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3.b) Sim, há vários exemplos, tais como as palavras: frequent, consequence, ignorance, tolerance, balloon, 
condition, superficial, entre muitas outras, inclusive a palavra “latin”. 
 
4.b) Em questão de vocabulário sim, mas gramaticalmente, não é nada aconselhável comparar as duas línguas. 
 
5) Sim, é interessante usar das similaridades como forma de ensino, mas não fazendo o uso de traduções, e sim, 
apenas comparações ou por meio de sinônimos. 
 
ENTREVISTA 15 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 28 
2) CAMPINAS INDAIATUBA 
3) COMECEI A ESTUDAR EM CASA POR VOLTA DOS 12 ANOS 
4) APRENDI DE MODO AUTO DIDATA, TRANSCREVENDO E TRADUZINDO MÚSICAS, LENDO LIVROS, 
ETC. POR VOLTA DOS 17 ANOS FIZ ALGUMAS AULAS EM ESCOLAS PARA PRATICAR CONVERSAÇÃO. 
5) NA ESCOLA QUE ESTUDEI O FOCO ERA NA LÍNGUA ESTRANGEIRA. 
6) COMO DISSE ANTERIORMENTE FUI AUTODIDATA E TENHO MINHA FORMAÇÃO NA FACULDADE DE 
LETRAS NA PUC-CAMPINAS. 
7) TIVEMOS INTRODUÇÃO AO LATIM 
8) 2004 
9) LECIONO EM UMA ESCOLA DE IDIOMAS NA CIDADE DE INDAIATUBA. 
10) A METODOLOGIA UTILIZADA NA ESCOLA EXIGE QUE OS PROFESSRES UTILIZEM O INGLÊS 100% 
DO TEMPO DA AULA. 
11) NA ESCOLA EM QUE ESTOU ATUALMENTE TEMOS INGLÊS “GERAL” E TAMBÉM CURSOS 
ESPECIFICOS PARA DIFERENTES ÁREAS, COMO AVIAÇÃO, BUSINESS, ETC. 
12) FALO ESPANHOL , APRENDI DA MESMA FORMA QUE O INGLÊS. APRENDER UM IDIOMA SEMPRE 
AUXILIA NO PRÓXIMO A SER ESTUDADO, NO CASO O INGLÊS AJUDOU O ESPANHOL. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) JÁ SABIA DESSE DADO. TIVE O CONHECIMENTO AINDA NA FASE DE ESTUDOS, QUANDO PERCEBIA 
VÁRIAS SEMELHANÇAS ENTRE VOCABULÁRIOS E NO PERÍODO DA FACULDADE LI VÁRIOS TEXTOS E 
TEORIAS FALANDO SOBRE O ASSUNTO. 
 
2) LEMBRO QUE EU SEMPRE ENXERGAVA ESSAS SEMELHANÇAS E ME APEGAVA NELAS PARA 
PROCURAR OUTROS SINONIMOS DE ORIGEM NÃO LATINA COM O INTUITO DE IMPROVE MEU 
VOCABULÁRIO. PORÉM NOS LIVROS QUE TIVE CONTATO NAS ESCOLAS QUE ESTUDEI, NÃO ME 
RECORDO DE TER ALGUMA MENÇÃO A ISSO. 
 
3.a) SIM SEMPRE UTILIZO ESSA INFLUÊNCIA NA BUSCA DE SINÔNIMOS PARA FACILITAR O 
ENTENDIMENTO DOS ALUNOS. 
 
4.a) PERCEBO QUE EM TEXTOS FORMAIS EM ALGUMAS ÁREAS ESPECIFICAS COMO DIREITO, 
MEDICINA E ATÉ MESMO BUSINESS EM GERAL HÁ UMA PREFERÊNCIA POR PALAVRAS DE ORIGEM 
LATINA, J 
 
ENTREVISTA 16 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 28 anos 
2) São Paulo / Indaiatuba 
3) Dos 10 aos 20 anos 
4) Aulas particulares, autodidata no nível avançado. 
5) Somente língua estrangeira. 
6) Aulas particulares com professora Canadense e curso na Cultura Inglesa. 
7) Não 
8) 2004 
9) Escola Particular. 
10) 100% Inglês. 
11) Inglês para os negócios principalmente. 
12) Não. 
 
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QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, apesar de achar que essa porcentagem era de aproximadamente 50%. 
 
2) Não 
 
3.a) Sim, e sempre menciono. 
 
4.a) Sim, mas percebo que muitas palavras vindas do Latim não são utilizadas no Inglês Americano falado. 
 
3.b) Lógico. 
 
4.b) Sim 
 
5) Sim, acho que muitas estruturas gramaticais são parecidas e podem ser usadas para facilitar a compreensão. 
 
ENTREVISTA 17 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 55 anos 
2) Tatui/SP 
3) inicio aos 11 anos 
4) escola de ingles - FISK 
5) o foco sempre foi ingles, no entanto no inicio do curso o professor era brasileiro com vivencia no exterior e nos 
ultimos estagios o professor era nativo americano 
6) em 1977 - 1978 fui exchange student pelo AFS , terminando meu ultimo ano de ensino medio nos EUA, depois 
disso fiz letras na PUCC Campinas me formando em 1984 
7) tive 2 anos de latim 
8) leciono desde 2005 em escola publica , sindicato dos trabalhadores de Itapetininga Tatui e regiao( curso de 
ingles), e aulas particulares 
9) atualmente leciono em escola publica e aulas particulares 
10) o uso de portugues eh permitido nas escolas publicas, em aulas particulares procuro usar o maximo de 
ingles possivel desde os niveis iniciais 
11) leciono ambos, pois no estado hoje com as apostilas e falta de base dos alunos vejo o ingles instrumental 
como uma forma melhor de atingir os objetivos exigidos. em aulas particulares uso a abordagem comunicativa 
12) nao apenas ingles 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Nao, ate onde sei o ingles se originou da lingua anglo saxonica, com influencias do latim e celta 
 
2) nao me recordo de nenhuma mencao ao fato a nao ser pelos cognatos e falsos cognatos 
 
3.a) sim, sempre que possivel especialmente quando usando ingles instrumental 
 
4.a) por experiencia tenho comigo que quanto mais cientifico o texto mais vocabulos de origem latina sao 
usados.. 
Na fala no entanto nota-se pouco dessa influencia do latim. No entanto nunca participei de seminarios cientificos. 
 
3.b) Sim muitas palavras sao cognatas, [por volta de 70% outras 30% sao falsos cognatos e ha uma 
preocupacao em trazer a tona essa questao 
 
4.b) sim acredito que todas as formas possiveis para facilitar a aprendizagem sao validas 
 
5) Nao, creio que as similaridades sao muito pequenas para serem o ccerne do metodo didatico de ensino 
 
 
 
 
 
 
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ENTREVISTA 18 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 32 anos 
2) NA CIDADE DE SÃO PAULO 
3) DOS 15 ANOS EM DIANTE 
4) AULAS PARTICULARES 
5) 
6) GRADUAÇÃO E CURSO DE IDIOMAS 
7) SIM 
8) 2006 
9) REDE PARTICULAR 
10) PERMITE O USO DO PORTUGUÊS. 
11) INGLÊS GERAL 
12) NÃO 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) SIM, NA MINHA GRADUAÇÃO 
 
2) A APOSTILA E PELO MEUS PROFESSORES, TANTO DE LÍNGUA INGLESA COMO DE LATIM 
 
3.a) SIM, JÁ MENCIONEI ESTE FATO PARA MEUS ALUNOS. 
 
4.a) NÃO ACREDITO QUE AS PALAVRAS VINDAS DO LATIM TEM SUA PREFERÊNCIA EM TEXTOS 
FORMAIS. PERCEBO QUE O USO DAS PALAVRAS LATINAS SÃO MAIS USADAS NA FALA DO QUE NA 
ESCRITA. 
 
ENTREVISTA 19 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 27 anos 
2) Indaiatuba 
3) aprendi o inglês a partir dos 8 anos de idade em curso livre, cuja abordagemconsiderava a língua materna. 
4) Fiz o curso de inglês no FIScK entre 1995 e 2005. 
5) língua materna 
6) Graduação em letras em 2012 na Faculdade Anhanguera 
7) Não houve estudo de latim na minha graduação. 
8) Leciono desde 2008 
9) atualmente em escolas regulares da rede pública e particular. 
10) As escolas permitem o uso do português, na verdade existindo um equilíbrio do uso dos dois idiomas. 
11) Leciono inglês geral 
12) Não falo outras línguas latinas. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Não conhecia o dado da porcentagem, mas já sabia da grande influência do latim no vocabulário inglês por 
meio de leitura e pesquisa pessoal. 
 
2) Não me recordo de professores citarem esse fato na minha formação. 
 
3.a) Sempre uso a influência latina sobre o inglês para incentivar os alunos na leitura e compreensão textual, 
usando como ferramenta para decodificar o texto. Menciono sempre que possível como o inglês foi influenciado 
por língua latinas. Há muito cognatos entre português e inglês. 
 
4.a) Sim, existe um padrão para escolher palavras vindas do latim ou do inglês e também de acordo com a 
região e nível social / grupo social. 
 
3.b) Sempre uso a influência latina sobre o inglês para incentivar os alunos na leitura e compreensão textual, 
usando como ferramenta para decodificar o texto. Menciono sempre que possível como o inglês foi influenciado 
por línguas latinas. 
 
4.b) Acredito muito nessa ferramenta de usar as influências latinas no inglês para facilitar o aprendizado. 
 
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5) Acho interessante e também enriquecedor adotar similaridades entre as língua como forma de ensino. 
 
ENTREVISTA 20 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 24 anos 
2) Em São Paulo até os 16 anos. Posteriormente em Indaiatuba 
3) A partir dos 16 anos. Dos 16 aos 18 anos como aluno. 
4) Curso de Linguas. 
5) Ele focava somente a língua estrangeira. 
6) Dos 16 anos 18 anos. Curso de idiomas. Método Callan. Posteriormente, ingressei na área de instrutor de 
línguas, podendo dar continuidade aos estudos para ensinar. 
7) Não. 
8) 2008 
9) Na própria escola. 
10) A escola exige que as aulas sejam totalmente em inglês. 
11) Inglês geral. 
12) Sim. Falo espanhol. O fato de já dominar uma língua anteriormente ao inglês, ajudou muito no aprendizado 
do novo idioma. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, pois no método em que leciono, temos algumas informações deste tipo. O professor que me instruiu 
sempre fazia questão de salientar alguma palavra com origem latina. 
 
2) Sim, por parte da metodologia ( Callan ) e do professor, que sempre mostrava algo do tipo. 
 
3.a) Sim, sempre mencionei, quando possível, algumas origens latinas das palavras em inglês. 
 
4.a) Diria que à medida em que o texto torna-se mais formal, há o uso maior de palavras de origem latina. 
 
ENTREVISTA 21 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 24 anos 
2) Maior parte no estado de São-Paulo (Indaiatuba, Marília, Ribeirão-Preto, Guarulhos), morei também em Porto 
Alegre –RS e Toronto - CA 
3) Aprendi o inglês a partir dos meus 14 anos até 18. 
4) Aprendi o idioma através das atividades diárias, convivência com pessoas que falavam o idioma e na escola. 
5) A maior parte do meu aprendizado foi através da convivência ao invés de aulas, quando entrei na escola o 
foco foi somente a língua estrangeira. 
6) eu não fiz nenhuma formação em inglês, irei realizar no ano que vem o teste IELTS (e isso também não é 
formação rs) tenho o certificado da minha high school rsrs 
7) Não 
8) 2010 
9) Não leciono mais, mas pode falar que dei aula na Callan ne?rs 
10) A escola permite o uso do português somente para os níveis básicos. Os demais níveis as aulas são 100% 
em inglês. 
11) Geral. 
12) Não. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, assim que começei lecionar o idioma notei que muitas palavras eram parecidas e/ou igual ao francês 
(resumeé), em latim e outras. 
 
2) Não, nenhum dos meus professores ou materias que usei durante o meu aprendizado mencionaram sobre 
este fato. Porém, quando começei a lecionar aulas notei que o material que utilizava descrevia quando a palavra 
era em latim. Na época em que lecionava o idioma nunca me aprofundei nos detalhes apenas comentava sobre 
o fato. 
 
4.a) Sim. 
 
3.b) Sim, por exemplo cinema, chocolate, agenda, zero dentre outros. 
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4.b) Sim, porque o latim de uma certa forma inclui semelhanças com outros idiomas além do 
português(espanhol, frances) quanto mais próximo a lingua estrangeira estiver da língua materna do indivíduo 
mais fácil será para que ele desenvolva e aprenda o novo idioma. 
 
5) Sim, porque aprendemos com base em nossa língua materna, e por haver similiaridades entre os idiomas 
facilita o aprendizado do indivíduo. 
 
ENTREVISTA 22 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 21 anos 
2) São Carlos – SP e Maryland – EUA. 
3) Aprendi inglês quando fui morar fora do país com minha família, eu tinha 9 anos de idade. Segundo meus 
pais, aprendi a falar fluentemente o idioma em 1 ano. 
4) Não tive nenhum professor, eu aprendi tendo que me virar no dia-dia. Também o contato diário com a língua 
(como morava nos EUA) me ajudou muito. 
5) 
6) Como não estudei em uma escola de idiomas, não tive nenhum tipo de formação nessa área. 
7) 
8) 2010 
9) Em casa, aulas particulares. Durante minhas férias da faculdade, em uma escola de idiomas. 
10) Nível básico, sim. A partir do nível intermediário o uso do português deve ser bem restrito. 
11) Ambos. 
12) Falo espanhol, mas não acho que isso me ajudou de alguma forma na aprendizagem/entendimento do 
inglês. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sei que grande parte das línguas são derivadas do latim, isso eu aprendi quando estava estudando nos EUA. 
Quando eu estava na quinta serie, tivemos a matéria latim. Não aprofundamos muito na matéria, mas na minha 
opinião foi uma matéria muito útil. 
 
2) Não 
 
3.b) Sim, mas acredito que a maioria dessas semelhanças são o que chamamos de “falsos cognatas”. 
 
4.b) Sim, com certeza. Acredito que quanto mais línguas falamos, mais facilidade temos em aprender outras. Eu 
por exemplo, falo português, inglês e espanhol. Estou estudando Frances no momento e até agora está tudo 
muito tranquilo para mim. Percebo que muitas palavras, acentos e estrutura gramatical são semelhantes as 
demais línguas que já domino. 
 
5) Se for aliada a outras didáticas, sim, com certeza. Isso ajudará muito o aprendizado. 
 
ENTREVISTA 23 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 21 
2) Indaiatuba 
3) dos 15 aos 19 
4) Aulas em escola de inglês. 
5) somente a língua estrangeira. 
6) Curso de idiomas em 2010 
7) Não 
8) 2010 
9) Curso de inglês (BC English) 
10) Aulas 100% em inglês com raras exceções. 
11) Geral 
12) Sim, francês. Ajudou e ajuda muito a entender as mudanças linguísticas por causa da influencia. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sim, porque curso Linguística. 
 
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2) Não. Só fui aprender pela influência tanto latina quanto francesa na faculdade. 
 
3.a) Sim. Como estudei latim por 2 semestres, cito algumas curiosidades pros alunos também. O mesmo com o 
francês. 
 
4.a) Sim. Nota-se um maior uso de palavras latinas quando o nível de formalidade é mais alto. E, claro, existe a 
diferença entre fala e escrita. Até porque a mudança ocorre de maneira mais efetiva na fala. Até ela chegar na 
escrita leva-se mais tempo. Por isso a dicotomia. 
 
ENTREVISTA 24 
 
SUBJECT PROFILE 
 
1) I am 27 years old. 
2) I grew up in Los Angeles and lived in a few other cities in Southern California. 
3) From the age of 4 until 18 I studied it in school on a daily basis. From kindergarten through high school . 
Outside of that, I learned in a natural way absorbing the language from my parents and the world around me, as 
most people learn to speak their native tongue. 
4) I studied in a one hour English class everyday that generally involved writing and grammar, almost never 
speaking or listening. 
5) The only formal training I hadwas a one-week Teacher Training course focused on exploring different ESL 
teaching methods. Although brief, I learned a lot from it. 
6) No, I never learned Latin in school it was merely mentioned in passing on occasion. 
7) I started teaching in 2010. 
8) I teach at BC ENGLISH School in Indaiatuba, S.P. A school I opened with my partner and fellow teacher 
Juliano Cortizas in 2012. 
9) I teach both general English and in some cases more specifically business English. 
10) Yes, I also speak Portuguese. Yes I definitely think I've learned more about my native tongue and really just 
have a better understanding of language in general after learning Portuguese. Before starting to learn I thought of 
language as something static; black and white, on or off, like mathematics. I thought it would be a matter of simply 
learning the translation of each individual word. Of course that's not the reality. Language isn't something you can 
put in a box, it's more fluid than that. There are expressions unique to each language, words that don't have real 
equivalents in different tongues and different grammatical structures, among other things. 
 
QUESTIONNAIRE 
 
1) No to be honest I did not know the exact statistics but I knew that the majority of the English language has it's 
origins in Latin. Not by taking any one course or class but more like I said, mentioned in passing or a comment 
here or there in English class or some other situations. 
 
2) Yes, as I said above it was mentioned however I don't recall it ever being elaborated on or explained in great 
detail. 
 
3.a) I prefer not to as I feel I am not well-versed enough to broach the subject. Also it would be something I would 
only bring up with students already at a higher level of studies to avoid confusion. 
 
4.a) Yes it's clear there is a difference in formality and of course people naturally communicate in a more formal 
way when they write. 
 
3.b) Yes sure there are plenty of similar words for example banana, idea, pajamas, and many other words with 
little or no difference in writing; only pronunciation. Animals are another good example with many similar names. 
Structurally there's much less in common between the languages but you can see some parity for example 
passive voice and conditional tenses can be translated without changing the structure, order etc. 
 
4.b) It's definitely possible because it's something they have in common. People like to be able to relate what 
they're learning with something they're already familiar with and I think it helps to show them this link. 
 
5) Surely would be interesting to try. The question is how to implement it in the class and still remain engaging as 
many people think of Latin as an out-dated language that is no longer relevant to study or use. 
 
 
 
 
 
 
 
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ENTREVISTA 25 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 20 anos. 
2) São Paulo/SP. 
3) Início do curso aos 7 anos, curso concluído aos 17 anos (de 2001-2011). 
4) Em escolas de idioma, embora eu sempre tenha tido facilidade (logo, aprendi parte do meu inglês sozinha). 
5) Usavam abordagens que consideravam a língua materna. 
6) Primeiro na Escola WISDOM de Idiomas, em São Paulo/SP (de 2001-2003) depois na Escola FISK de 
Idiomas, em Salto/SP, onde concluí o curso (2004-2011). 
7) Não. 
8) 2012. 
9) Escola FISK de Idiomas. 
10) Permite o uso do português; 
11) Leciono inglês geral. 
12) Estudei espanhol, mas não acredito que tenha me ajudado muito. Algumas noções de gramática, sim, mas, 
no geral, o inglês me ajudou muito mais com japonês e alemão. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Eu sabia que o inglês tinha influência latina e algumas palavras francesas, mas não conhecia a informação 
exata. Fiquei sabendo disso por meio de aulas de inglês e de Literatura Inglesa e Norte-Americana. 
 
2) Sim, meus professores já comentaram algumas vezes sobre este assunto. 
 
3.b) Sim, várias vezes. 
 
4.b) Desde que não seja exagerado, acredito que sim. Mas informação demais confunde o aluno. Vale a pena 
dar apenas um relance de vez em quando. 
 
5) Não, eu acredito no aprendizado intuitivo e natural. 
 
ENTREVISTA 26 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 21 
2) Campinas 
3) Comecei meu aprendizado por volta dos 7 anos de idade, embora saiba que o processo de aprendizagem de 
uma língua seja constante e interminável, senti que estava conseguindo entender a maioria das sentenças em 
inglês por volta dos 13 anos. 
4) Fui autodidata, pelo menos na maior parte do meu aprendizado. Sempre gostei muito de filmes (a maioria 
estadunidenses ou britânicos) mas tinha dificuldade de acompanhar o ritmo das legendas, já que na época eu 
ainda era criança e tinha acabado de ser alfabetizado, então decidi que iria aprender o idioma falado nos filmes 
para que futuramente eu não precisasse mais das legendas. Comecei a prestar mais atenção e tentei 
estabelecer uma relação entre o que era dito e o que a legenda exibia, o processo ficou mais fácil com o 
surgimento do DVD, que possibilitava a seleção de legendas em inglês. Com o tempo, minha compreensão foi se 
desenvolvendo e, antes que percebesse, já estava entendendo a maioria das frases que eu ouvia com bastante 
facilidade, foi um processo bem natural. Paralelamente, eu utilizava o inglês que era dado na escola como base 
para aprender gramática, uma vez que isso não seria possível só por meio dos filmes. 
5) Só tive professores de inglês na escola, a maioria utilizava a língua materna em parte da aula, me lembro de 
dois ou três que utilizavam inglês durante toda a aula e se recusavam a falar português, mas não tive muitas 
aulas com eles. 
6) Cursando último semestre do curso de graduação de Letras. 
7) Não, não há latim na grade do meu curso. 
8) 2012 
9) Onbyte - formação profissional, lecionei na MicroPRO – qualificação profissional anteriormente, ambas são 
escolas que tem como foco a formação profissional na área da informática (cursos como auxiliar administrativo 
tecnológico, analista em suporte técnico, projetista CAD, designer gráfico etc.) e oferecem também um curso de 
inglês. 
10) Na MicroPRO o método fica mais por conta do instrutor, a única exigência é que o material seja utilizado para 
basear as aulas e que o cronograma seja seguido. A Onbyte oferece cursos interativos, ou seja, o aluno senta 
em frente a um computador, segue as instruções passadas no monitor e faz os exercícios da apostila, as aulas 
com o professor são apenas de conversação e a escola orienta os professores a evitar ao máximo o uso do 
português e a procurar desenvolver no decorrer das aulas um curso de imersão. 
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11) Leciono inglês de forma geral, mas faço adaptações dependendo da necessidade do aluno. 
12) Não. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Sabia que o latim tinha certa influência no inglês, mas não tinha conhecimento de que essa influência tomava 
tais proporções. 
 
2) Sim, me lembro de um professor ter comentado algo sobre uma palavra ou outra, mas não me lembro de ter 
visto nada em nenhum material didático. 
 
3.a) Sim, mas de forma superficial. Percebi que os alunos demonstram mais facilidade quando lidam com 
palavras de origem latina, então quando a influência não é tão óbvia, falar um pouco sobre a etimologia ajuda. 
 
4.a) Sim, não apenas de acordo com a formalidade, mas também de acordo com o falante. Pessoas que tem 
uma língua latina como língua materna apresentam uma tendência maior a utilizar palavras de origem latina. 
Quanto a dicotomia fala x escrita, naturalmente um texto escrito é diferente de um texto verbal pelo simples fato 
de podermos desenvolver as ideias com mais calma e antecedência quando lidamos com a escrita. Some isso a 
tendência natural de buscar maior formalidade, ou evitar o coloquialismo, na escrita e percebemos uma nítida 
diferença na seleção de palavras latinas. 
 
ENTREVISTA 27 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 23 anos 
2) Amparo, São Paulo. 
3) Iniciei minha aprendizagema partir dos 11 anos 
4) O pouco contato que tive com professores de língua estrangeira foi na minha escola, então, por curiosidade, 
me tornei meio autodidata, mas não utilizava gramática. Sempre tentava traduzir letras de músicas das bandas 
que gostava quando adolescente e quando surgia alguma dúvida eu perguntava aos meus professores da escola 
(no caso, pública) onde estudava. 
5) Bom, meus professores sempre utilizaram o mesmo método que uma escola pública utiliza até hoje, ou seja, a 
abordagem era focada puramente em língua materna. 
6) Curso de graduação 
7) Não 
8) 2013 
9) Atualmente leciono em uma unidade Wizard da minha cidade 
10) A escola permite que eu fale português com os alunos, principalmente se ele for iniciante. 
11) Leciono inglês geral 
12) Não falo outras línguas latinas. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Não. Fiquei sabendo ao ler esta pergunta. 
 
2) Não me lembro, creio que não foi mencionado isso durante minha formação. 
 
3.b) Sim, palavras cognatas são exemplos dessa semelhança, mas não consigo me lembrar de nenhuma outra 
no momento. 
 
4.b) Creio que sim, devido justamente a tais semelhanças encontradas. 
 
5) Sim, creio que seria interessante, pois acho que facilitaria o entendimento da língua, já que é costume 
comparar a língua que está sendo aprendida com a língua nativa. 
 
 
 
 
 
 
 
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ENTREVISTA 28 
 
PERFIL DO SUJEITO 
 
1) 24 
2) Campinas-SP 
3) A partir dos 10 anos. 
4) Escola de idiomas. 
5) Focava na língua estrangeira. 
6) Terminei o curso aos 17 anos. 
7) Somente nas aulas da PUC. Apesar de ter sido somente por um semestre e não ter aprofundado muito, achei 
bem interessante. 
8) Desde o começo deste ano (2014). 
9) Aulas particulares e duas escolas de idiomas. 
10) Depende. Como tenho pouca experiência de aulas, ainda não encontrei uma técnica melhor com os 
iniciantes, portanto não exijo 100% de inglês. Mas com os intermediários para cima, procuro exigir o máximo do 
inglês. 
11) Inglês geral e inglês para aviação. 
12) Tenho espanhol intermediário e sou iniciante em francês. Inglês sempre foi minha “segunda língua”, portanto 
as outras línguas não chegaram depois. Porém o inglês ajudou um pouco no aprendizado de francês. 
 
QUESTIONÁRIO 
 
1) Eu tinha um conhecimento vago sobre isso. A porcentagem é nova para mim. 
 
2) Não, acho que nunca ouvi sobre isso. 
 
3.b) Sim, já notei. Essas palavras ajudam bastante no aprendizado. 
 
4.b) Eu acredito que sim. Podem mostrar como as línguas não são tão diferentes e dar mais encorajamento. A 
assimilação à sua língua, para alguns alunos, torna a aprendizagem mais fácil, principalmente para os alunos 
mais velhos de idade. 
 
5) Seria interessante. Pode dar mais certo para alguns alunos do que para outros. Para alunos mais jovens creio 
que não é tão necessário, mas caso tenham dificuldade, poderia ser bom para tentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO VII - LISTAS DE PALAVRAS DE LIVROS DO MÉTODO CALLAN 
 
 
ESTÁGIO 1 
 
 
PEN PENCIL BOOK 
TABLE CHAIR WINDOW 
LIGHT WALL FLOOR 
ROOM CEILING DOOR 
CARD BOX PICTURE 
YES LONG SHORT 
THE LARGE SMALL 
CITY TOWN VILLAGE 
OR MAN WOMAN 
BOY GIRL ONE 
TWO THREE FOUR 
FIVE SIX SEVEN 
EIGHT NINE TEN 
ELEVEN TWELVE THIRTEEN 
FOURTEEN FIFTEEN SIXTEEN 
SEVETEEN EIGHTEEN NINETEEN 
TWENTY ON IN 
UNDER MISTER MASTER 
BLACK GREEN WHITE 
BROWN RED BLUE 
YELLOW GREY FRONT 
BEHIND ME YOU 
HIM HER HOUSE 
STAND SIT TAKE 
PUT OPEN CLOSE 
DO WHICH THIS 
THAT CHART PLURAL 
SAY THESE THOSE 
IRREGULAR CLOTHES ALPHABET 
LETTER VOWEL CONSONANT 
BEFORE AFTER BETWEEN 
US THEM PUPIL 
TEACHER HIGH LOW 
PLEASE 
 
 
Totais: 
76 de línguas germânicas (anglo-saxão, nórdico, lombardo etc.) 
21 do latim direto ou indireto 
3 do grego 
 
 
 
 
 
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ESTÁGIOS 7 e 8 
 
 
DEVELOPMENT BEHAVE BEHAVIOUR 
COMFORT DIANA COMIC 
A.D. BENEFIT BIBLE 
ABOUT BILL SPEECH 
ABROAD BIND COMMANDS 
DIRECTOR BIRTH COMMENCED 
DISADVANTAGE ACCEPT BLACKBOARD 
COMMERCE ACCORDINGLY BLOODY 
DISCOVERY ACCOUNT COMPANION 
COMPANY DISCUSSION ACCUSTOMED 
BOOKSHOP DISH ACT 
ARGUMENT CAVEMAN DUST 
COWBOY ARMOUR DAMAGE 
ASSOCIATION CHAT DANCED 
PRONOUNS BACKWARDS CLEANER 
EPHESUS BALANCE CLIFF 
DEMAND ESSENTIAL BANKER 
INDIVIDUAL SOMEONE GREASE 
FEELINGS INFORMAL FEMININE 
LORD FESTIVAL GRANDMOTHER 
INJURY FEW DEAL 
INN OFFICE FIERCE 
GREED FOOL HIMALAYAS 
HINDER MASS KINGDOM 
FORCE KISS MASTERPIECE 
FOREVER HOBBY KNOWLEDGE 
MATERIAL FORM HOLY 
MATTER HOME LACK 
MATTER LEATHER RESPECT 
STUDY TOE SURGEON 
TURNOUT WITHOUT OFF 
TYPE SWITCH TYPED 
WONDER TAKE TERRIBLE 
HARBOUR 
 
 
Totais: 
47,5 do latim direto ou indireto 
45,5 de línguas germânicas (anglo-saxão, nórdico, neerlandês, flamengo, baixo-alemão etc.) 
5 do grego 
1 do francês 
1 do sânscrito 
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