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Medula espinhal

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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
- A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido 
nervoso constituinte do SNC 
- É uma continuação do tronco cerebral que se estende 
do forame magno até a região das vértebras lombares 
L1 e L2 
- A medula é situada dentro do canal vertebral 
- É uma região essencial ao funcionamento corporal nos 
âmbitos motor e sensitivo, para movimentos corporais 
básicos 
- Tem função de percepção do tato, levando 
informações ao cérebro, além de inúmeras funções 
autonômicas 
ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL: 
ANATOMIA EXTERNA: 
- Limite superior  forame magno (acima dele passa a 
ser o bulbo) 
- Limite inferior  região da cisterna lombar à nível de 
L1- L2 (abaixo disso encontra-se a cauda equina) 
COLUNA VERTEBRAL: 
- A coluna realiza um papel de proteção e estruturação 
da medula, desde a base do crânio até a região do 
cóccix 
- Há uma relação direta com os nervos espinhais 
- A coluna vertebral é dividida em: 
 7 vértebras cervicais 
 12 vértebras torácicas 
 5 vértebras lombares 
 5 vértebras sacrais 
 4 vértebras coccígeas 
 
 
- A subdivisão da medula espinhal ocorre a partir dos 
níveis vertebrais 
- Além da segmentação vertebral, existe outros 
importantes marcos relacionados à estrutura óssea, 
sendo eles os alargamentos medulares, sendo um na 
região cervical ou cervico-torácica e outro no 
alargamento lombar 
- Os alargamentos são regiões com importantes 
informações que chegam e saem, dando origem aos 
grandes plexos nervosos (plexo braquial e o plexo 
lombossacral) 
 
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- Após a medula existe uma região repleta de líquido 
com raízes espinhais que é conhecida como cauda 
equina, região da punção lombar para avaliação 
liquórica 
 
 
MENINGES: 
- São 3: 
 Dura-máter 
 Aracnoide 
 Pia-máter 
- São componentes essenciais para a proteção e 
funcionamento medular 
Espaço epidural  espaço que separa as porções da 
dura-máter e aracnoide, é repleto de gordura, formando 
um coxim de proteção entre as camadas 
Espaço subaracnoide  espaço entre a aracnoide e a 
pia-máter, repleto de líquor 
 
 
 
Dura-máter 
↓ 
Espaço epidural 
↓ 
Aracnoide 
↓ 
Espaço subaracnóide 
↓ 
Pia-máter 
↓ 
Medula espinhal 
- O ligamento denteado é uma estrutura de ancoragem 
da medula, diminuído a mobilização extrema da medula 
e realizando proteção em casos de trauma 
 
ANATOMIA INTERNA DA MEDULA: 
- A medula espinhal é composta por 2 porções: 
 Substância cinzenta 
 Substância branca 
- A região central é composta por substância cinzenta 
(H medular) e a porção mais externa é composta por 
substância branca 
 
 
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- A substância cinzenta é conhecida como H medular 
(um resquício da luz do tubo neural) região que agrupa 
corpos de neurônicos e células gliais 
- Dentre os marcos anatômicos importantes da 
substância cinzenta estão os cornos, o primeiro, dorsal 
ou posterior, corno lateral e corno anterior ou ventral. Há 
também a fissura mediana anterior ou ventral e o sulco 
mediano posterior, este que divide a medula em duas 
metades 
VIAS ASCENDENTES E DESCENDENTES DA 
SUBSTÂNCIA BRANCA: 
VIAS ASCENDENTES: 
- Relacionam-se direta ou indiretamente com fibras que 
penetram pela raiz dorsal e as informações que 
ascendem na medula são periféricas 
- As regiões medulares que captam estímulos 
periféricos levam as informações ao córtex cerebral 
para gerar uma resposta que pode ser motora, sensitiva 
ou cognitiva. Esta que também passa pela medula ao 
retornar com as informações para a pele ou musculatura 
e gerar a sensação e/ou ação física 
- Cada filamento radicular da raiz dorsal, ao ganhar o 
sulco lateral posterior divide-se em porção medial e 
porção lateral. A porção medial dirige-se a face medial 
da coluna posterior e grande número de fibras desse 
ramo seguem para o bulbo formando os fascículos 
grácil e cuneiforme 
- A via lateral é formada por fibras mais finas que 
dirigem-se ao ápice da coluna posterior 
- Os componentes dessa via são: 
 Fascículo grácil 
 Fascículo cuneiforme 
 Trato espinocerebelar 
 Trato espinotalâmico 
- Ainda nessas vias estão os fascículos grácil e 
cuneiforme, sendo eles responsáveis por levar 
informações sobre sensibilidade tátil (fino e epicrítico), 
propriocepção e vibração 
- O fascículo grácil emite informações dos MMII e 
grande parte do tronco, até a região torácica baixa e 
abdominal 
- O fascículo cuneiforme é responsável por levar 
informações dos MMSS, região torácica alta e região 
cervical 
- Ao chegar no nível cervical surge então o fascículo 
cuneiforme que se une ao grácil e ambos levam as 
informações ao cérebro 
- O Trato espinocerebelar é responsável por levar 
informações da propriocepção inconsciente que 
auxiliam em processos de equilíbrio, por exemplo 
- O trato espinotalâmico se divide em lateral e anterior, 
reconhece informações de dor, temperatura, pressão e 
tato. Especificamente, o trato espinotalâmico lateral 
basicamente leva informações de dor e temperatura e o 
anterior está mais relacionado a tato leve e pressão 
OBS: todas as vias ascendentes, ao entrarem na 
medula, ascendem do mesmo lado (ipsilateral), mas o 
trato espinotalâmico é uma exceção, ele atravessa a 
outra metade da medula e sobe contralateralmente 
VIAS DESCENDENTES: 
- A maior parte das fibras descendentes é originada no 
córtex cerebral ou tronco encefálico e realizam sinapse 
com neurônios medulares 
- Algumas vias terminam em neurônios pré-ganglionares 
do SNA e outras fazem sinapse com neurônios da 
coluna posterior 
- Existem vias que terminam diretamente nos neurônios 
motores somáticos e permitem a interação com o meio 
externo. Estas são subdivididas em neurônios 
piramidais e neurônios extrapiramidais 
- O trato corticoespinal lateral e anterior é responsável 
pela motricidade voluntária, sendo o lateral levando 
principalmente as informações das porções 
apendiculares corporais 
- O trato rubro-espinal também participa da motricidade 
voluntária, mas no sentido de modular, de coordenar a 
movimentação, uma vez que o núcleo rubro tem ligação 
próxima com o cerebelo 
- Os tratos reticulo-espinais são essenciais para os 
movimentos automáticos básicos como caminhar. Além 
disso, ele auxilia na criação de movimentos orientados 
externamente como estímulos visuais e auditivos 
- O trato vestíbulo-espinhal está relacionado à 
orientação postural, por exemplo, ao tropeçar algumas 
posições são conferidas ao corpo como abrir os braços, 
alargar as pernas e posicionar o tronco para frente 
- O trato corticoespinal anterior é responsável pela 
motricidade voluntária da região axial, peitoral, de 
abdome, músculo reto-abdominal e outros 
 
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- O trato teto-espinhal envolve o reflexo espontâneo de 
proteção, por exemplo, fechamento dos olhos, sendo 
uma resposta motora direcionada a proteção 
 
 
 
 
 
NÍVEIS SENSITIVOS E FISIOLOGIA DA 
MEDULA ESPINHAL: 
- Os níveis medulares são relacionados às raízes 
medulares 
 8 cevicais 
 12 torácicas 
 5 lombares 
 5 sacrais 
 1 coccígea 
- 2 marcos essenciais ao conhecimento clínico são: 
 Ao nível de T4 e T5 é a porção torácica média 
 A cicatriz umbilical corresponde a T10 
- Alterações de força ou sensibilidade de membros 
estão diretamente relacionadas a esses marcos 
anatômicos 
 
- Cada nível medular (C8, T12, L5, S5 e C1) tem raízes 
específicas e a organização se dá como pontos de 
contato de informações que entram e saem da medula a 
todo tempo, sendo essas informações motoras e 
sensitivas 
- Os corpos neuronais responsáveis pela saída 
emergem pela porção anterior da medula a partir de sua 
raiz específica e perpassa pelo nervo espinhal para o 
músculo específico, este que pode ser estriado ou liso- No sentido contrário, existem as informações que 
chegam da periferia e adentram a medula espinhal para 
 
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chegar ao córtex, sendo estas de caráter sensitivo 
somático ou visceral 
- A maioria dos nervos espinhais são mistos, ou seja, 
levam informações sensitivas e motoras e passam para 
as raízes espinhais 
 
 
- A medula é uma estrutura responsável pelos reflexos, 
ou seja, conferem respostas a estímulos em níveis 
medulares 
- Os reflexos das porções de tronco e membros 
(esqueleto axial e apendicular) são permitidos pela ação 
sincrônica da medula, enquanto a região de rosto é 
proveniente do tronco encefálico 
- Os reflexos podem ser monossinápticos ou 
polissinápticos, segmentares ou intersegmentares ou 
reflexos de alça longa. Eles envolvem circuitos que 
podem chegar até a região de córtex cerebral e 
modulam os reflexos espinais por mecanismos 
suprasegmentares 
 
PLEXOS NERVOSOS: 
- Os plexos são junções de raízes 
- Os mais importantes são: 
 Plexo cervical (C2-C4) 
 Plexo braquial (C5-T1) 
 Plexo lombossacral (L1-S3) 
PLEXO CERVICAL: 
- É o menos suscetível a lesões traumáticas pela sua 
localização 
- Tem como principal função a inervação do diafragma e 
alterações nesse plexo podem gerar a paralisia 
unilateral diafragmática 
 
 
 
 
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PLEXO BRAQUIAL: 
- É um pouco superior a nível torácico 
- Tem início em C5 e possui inúmeras divisões 
- As raízes, ao sair da medula, se unem formando 
troncos, sendo que estes se dividem de novo dando 
origem a divisões e posteriormente em fascículos 
- Os fascículos são o lateral, posterior e medial 
- Os fascículos dão origem a elementos nervosos 
específicos: 
 Nervo musculocutâeo  proveniente do 
fascículo lateral 
 Nervo axilar  proveniente do fascículo 
posterior 
 Nervo mediano  proveniente do fascículo 
medial e lateral 
 
ÁREAS SENSITIVAS DO PLEXO BRAQUIAL: 
 Nervo axilar  porção posterior do deltoide 
 Nervo radial  porção posterior da mão 
 Nervo mediano  3 primeiros quirodáctilos 
 Nervo ulnar  4º e 5º dedo 
ÁREAS MOTORAS DO PLEXO BRAQUIAL: 
 Nervo músculo-cutâneo  braquial – bíceps 
 Nervo axilar  deltoide 
 Nervo radial  tríceps e extensores 
 Nervo mediano  flexores, lumbricais 1 e 2 
 Nervo ulnar  adutor do polegar, interrósseos, 
lumbricais 3 e 4 
 
 
PLEXO LOMBOSSACRAL 
- De L1 a S3 
- Tem como principal nervo o ciático

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