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Sistema Nervoso Apg 3 - Coluna Vertebral, Medula Espinal, Nervos e Arco reflexo

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Medula Espinal 
 ✎ A medula espinal é um tubo cilíndrico de tecido 
nervoso, que se inicia logo abaixo do bulbo. Ela possui 
a função de transmitir informações do encéfalo para 
a periferia do corpo e é responsável por coordenar 
atividades musculares e reflexos. 
✎ A medula espinal passa através do canal vertebral, 
o qual é formado a partir da união de vários forames 
vertebrais presentes nas vértebras sendo um 
mecanismo de proteção junto ao líquor e as 
meninges. 
✎ Entre a meninge dura-mater (mais externa) e o 
canal vertebral existe a cavidade epidural/peridural, a 
qual possui um tecido adiposo e conjuntivo que auxilia 
a proteção da medula. 
✎ A medula se inicia na altura do forame magno do 
crânio e vai até aproximadamente a segunda 
vértebra lombar (L2), sendo que em algumas partes 
– como na cervical e na lombar – ela possui 
intumescências (partes mais largadas). 
✎ A intumescência cervical é onde partem os nervos 
que vão enervar os membros superiores, formando 
o plexo braquial. Ademais, a intumescência 
lombar/lombo-sacra é o local onde saem os nervos 
responsáveis por enervar os membros inferiores e 
formar o plexo lombossacro. 
✎ Os nervos que saem da parte final da medula se 
projetam por dentro do canal vertebral, formando 
uma estrutura chamada de cauda equina, enquanto 
no final da medula é formado uma estrutura cônica 
denominada cone medular, que termina entre a L1 e 
L2. 
✎ A medula é dividida em duas metades, dada 
anteriormente pela fissura mediana anterior, e 
posteriormente pelo sulco mediano posterior. 
✎ A parte interna da medula possui uma substância 
cinzenta – possui corpos de neurônios – no formato 
de H ou borboleta, circundada por uma substância 
branca – possui axônios mielinizados. No centro da 
comissura cinzenta, encontra-se o canal central, o 
qual consiste em um pequeno espaço que contém 
líquido cerebrospinal. 
 
✎ A parte posterior do H, possui duas pontas mais 
finas, denominadas cornos posteriores e recebem os 
neurônios sensitivos vindo dos nervos periféricos 
(aferente); enquanto os cornos anteriores, nos quais 
partem os neurônios motores até os periféricos 
(eferente). 
✎ A região da substância branca é organizada em 
colunas/funículos: anterior, posterior e laterais. 
 
✎ No que se refere as vias aferentes 
(sensitivas/ascendentes), tem-se que na substâcia 
branca há tratos e fascículos, que são axônios 
organizados por função. Na região lateral da medula 
são chamados de tratos espino-cerebelares, e 
proximo deles é encontrado os tratos 
espinotalâmicos.. A região posterior do funículo 
posterior, é preenchida pelos fascículos grácil e 
cuneiforme. 
 
 
✎ Os estímulos são cruzados na medula, o que 
permite que um lado do cérebro controle o outro. 
Sendo assim, quando um estímulo chega na medula, 
ele vai se conectar com um trato do lado oposto. 
✎ O trato espino-talâmico anterior vai ser 
responsável por conduzir estímulos de tato 
protopático (grosseiro) e pressão para o cérebro; já 
o trato espino-talâmico lateral serve para conduzir 
estímulos de dor e temperatura. Ademais, o trato 
espino-cerebelar conduz os estímulos 
proprioceptivos para o cerebelo. Ademais, esses 
tratos representam a via anterolateral, já que vão 
pelo caminho mais rápido, indo direto para o 
telencéfalo. 
✎ Os fascículos grácil e cuneiforme vão carregar ao 
cérebro estímulos de estereognosia – 
reconhecimento de objetos mesmo sem olhar –, 
propriocepção consciente – capacidade de 
reconhecer as posições/movimentação das 
articulações sem olhar –, tato epicrítico. – 
reconhecimento fino de formas, texturas, dois pontos 
–, e as vibrações. Além disso, esses fascículos 
representam a via dorsal lemnisco medial, dado que 
vão pelo caminho mais longo até o cérebro, passando 
pelo bulbo. 
✎ No que se refere as vias eferentes 
(motoras/descendentes) tem-se que na substância 
branca da medula há o trato córtico espinhal lateral e 
o trato córtico espinhal anterior (ambos originados no 
córtex cerebral). Esses dois tratos representam a vias 
piramidais, dado que, o lateral é constituído por 
estímulos que chegam na porção das pirâmides 
bulbares e se cruzam obliquamente para o lado 
oposto – mecanismo chamado de decussação das 
pirâmides –, diferentemente do anterior que é 
formado a partir das fibras que se cruzam 
paralelamente – mecanismo chamado de comissura. 
Vale ressaltar que essas fibras que são paralelas, 
cruzam-se na medula (muda de lado). 
✎ As vias extrapiramidais têm origem no tronco 
encefálico e não passam pelas pirâmides bulbares, 
sendo compostas pelo: trato vestíbulo espinal; trato 
teto espinal; trato rubro espinal; e trato reticulo 
espinal. 
 
Coluna Vertebral 
✎ A coluna vertebral é composta de 33 vértebras, 
sendo 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais 
(vértebras fundidas) e 4 coccígeas (vértebras 
fundidas). Ela possui uma estrutura flexível, dado que 
é segmentada e composta por vértebras, 
articulações e discos intervertebrais. 
✎ As vertebras ficam intercaladas por discos 
intervertebrais, os quais são compostos por 
cartilagem, são mais espessos nas regiões cervicais e 
lombares, e atuam como amortecedores de choque. 
✎ Na visão lateral, a coluna vertebral possui 
curvaturas normais: a lordose cervical – curva cervical 
com concavidade voltada para trás; a cifose toráxica 
– curva convexa para trás; a lordose lombar; e a 
cifose sacral. No caso do aumento nessas curvaturas, 
há uma anormalidade na biomecânica da coluna 
vertebral, sendo acrescentado o “hiper” antes do 
nome. Ademais, no caso da diminuição da curvatura, 
é chamado de retificação, e no caso de curvas na 
vista frontal da coluna, é característico de escoliose. 
✎ Uma vértebra típica é constituída de um corpo 
vertebral/trabecular arredondado, o qual é composto 
por um osso esponjoso, que auxilia na absorção das 
cargas, e trabéculas preenchidas com líquido. Além 
disso, essas vértebras também possuem um arco 
vertebral. Essas estruturas delimitam um espaço 
denominado forame vertebral, local por onde passa a 
medula espinal e sua união forma o canal vertebral. 
 
 
✎ No caso da osteoporose, o osso esponjoso vai 
ficando mais poroso, tornando-o quebradiço nessas 
regiões. 
✎ Os discos vertebrais são revestidos nas suas 
porções anteroposterior por ligamentos longitudinais, 
sendo que a região lateral fica desprotegida, sendo 
comum casos de hérnia de disco na parte póstero-
lateral. 
✎ O disco vertebral é composto por um núcleo 
pulposo – composto basicamente por material 
gelatinoso – e um por anéis fibrosos – composto de 
fibrocartilagem fortemente fixada aos corpos 
vertebrais e aos ligamentos longitudinais anterior e 
posterior. No momento de absorção de impacto, o 
núcleo pulposo se expande e é contido pelos anéis 
fibrosos; logo, se há um aumento de cargas, os 
primeiros anéis são rompidos, afetando os nervos 
espinais, o que posteriormente provocará uma hérnia 
de disco... 
 
Nervos Espinais 
✎ Os nervos espinais tem origem na medula espinal 
e são 31 pares, sendo eles 8 cervicais, 12 torácicas, 5 
lombatres, 5 sacrais e 1 coccídea. 
✎ Os nervos espinais conectam o SNC a receptores 
sensitivos, músculos e glândulas em todas as partes 
do corpo, sendo que um nervo espinal típico tem 
duas conexões com a medula: uma raiz posterior e 
uma raiz anterior. Essas raízes se unem para formar 
um nervo espinal no forame intervertebral. Esse 
nervo formado pela união das raízes possui 
característica mista (nervo misto), dado que a raiz 
posterior é sensitiva e a anterior é motora. 
✎ Cada nervo espinal e craniano é formado por 
vários axônios e apresenta membranas protetoras de 
tecido conjuntivo. Cada axônio do nervo é revestido 
por endoneuro – camada mais profunda de fibras de 
colágeno, fibroblastos e macrófagos. Ao se 
agruparem formam feixes chamados de fascículos, 
os quais são envolvidospor perineuro – camada 
média e mais espessa de tecido conjuntivo. Já a 
camada externa, que cobre todo o nervo, é 
conhecida como epineuro, o qual é formado por 
fibroblastos e fibras colágenas grossas. 
✎ A dura-máter das meninges espinais se funde com 
o epineuro no momento em que o nervo passa pelo 
forame intervertebral. 
 
✎ Logo após passar pelo seu forame intervertebral, 
um nervo espinal se divide em vários ramos. O ramo 
posterior (dorsal); o ramo anterior (ventral); os ramos 
meníngeos – entram novamente no canal vertebral 
pelo forame intervertebral e suprem as vértebras, os 
 
 
ligamentos vertebrais, os vasos sanguíneos da medula 
espinal e as meninges – e os ramos comunicantes – 
componentes da divisão autônoma. 
✎ Os axônios dos ramos anteriores dos nervos 
espinais, com exceção dos nervos torácicos T2 a 
T12, não chegam diretamente às estruturas corporais 
supridas por eles, sendo assim eles formam uma rede 
(ligação de vários axônios) em ambos os lados do 
corpo, chamada de plexo. Os principais plexos são o 
plexo cervical (C1 a C4), o plexo braquial (C5 a C8), 
o plexo lombar (L1 a L4) e o plexo sacral (L4 - L5 a 
S4 - S5). Também existe um pequeno plexo 
coccígeo (S4 - S5 a coccígeo). Vale ressaltar que os 
nervos que saem dos plexos são nomeados de 
acordo com as regiões que suprem ou com o trajeto 
que seguem. 
✎ No caso dos ramos anteriores dos nervos espinais 
T2 a T12 não formam plexos e são conhecidos como 
nervos intercostais ou nervos torácicos e eles se 
conectam diretamente às estruturas supridas nos 
espaços intercostais. 
Arco Reflexo 
✎ Um reflexo pode ser definido como uma resposta 
involuntária a um estímulo. Em sua forma mais 
simples, um arco reflexo consiste nas seguintes 
estruturas anatômicas: (1) um órgão receptor, (2) um 
neurônio aferente, (3) um neurônio efetor e (4) um 
órgão efetor. 
✎ Um arco reflexo que envolve apenas uma sinapse 
é denominado arco reflexo monossináptico e a 
interrupção do arco reflexo em qualquer ponto ao 
longo do seu trajeto anula a resposta. 
✎ No arco reflexo tem a ação de neurônios dentro 
do H medular, sendo ele chamado de interneurônio, 
dado que faz a comunicação do neurônio aferente 
(sensitivo) com um eferente (motor), podendo ser 
excitatório – contração – ou inibitório – relaxamento. 
✎ Um reflexo ocorre quando o estímulo sensorial 
não vai até o SNC, apenas faz a comunicação na 
própria medula. 
✎ O reflexo de estiramento é um mecanismo 
protetor, desencadeado quando tem o alongamento 
(comprimento) exagerado da fibra muscular. Em 
resposta a esse estiramento, o fuso muscular gera 
um ou mais impulsos nervosos que se propagam em 
um neurônio sensitivo somático da raiz posterior do 
nervo espinal até a medula espinal. Na medula espinal 
o neurônio sensitivo faz uma sinapse excitatória com 
um neurônio motor no corno anterior, ativando-o. 
Esse estímulo é suficientemente intenso, então um 
ou mais impulsos nervosos são gerados no neurônio 
motor e se propagam por seu axônio, o qual se 
estende da medula espinal até a raiz anterior, 
passando pelos nervos periféricos, até o músculo 
estimulado. 
✎ Nesse tipo de arco reflexo, os impulsos nervosos 
sensitivos entram na medula espinal pelo mesmo lado 
que os impulsos nervosos motores saem. Esta 
disposição é conhecida como reflexo ipsolateral. 
Todos os reflexos monossinápticos são ipsolaterais. 
 
✎ No caso do reflexo tendinoso, ocorre um 
mecanismo de retroalimentação para controlar a 
tensão muscular por meio do seu relaxamento, antes 
que a força do músculo se torne intensa o suficiente 
para romper seus tendões. Esse reflexo pode anular 
o reflexo de estiramento quando a tensão é 
excessiva, fazendo com que você deixe cair no chão 
um objeto muito pesado, por exemplo. Assim como 
o reflexo de estiramento, o reflexo tendinoso é 
ipsolateral. 
 
 
✎ À medida que a tensão aplicada sobre um tendão 
aumenta, o órgão tendinoso é estimulado e gera 
impulsos nervosos que se propagam para a medula 
espinal através de um neurônio sensitivo. Na medula 
espinal o neurônio sensitivo ativa um interneurônio 
inibitório que faz sinapse com um neurônio motor. O 
neurotransmissor inibitório hiperpolariza o neurônio 
motor, diminuindo a geração de impulsos nervosos. 
O músculo relaxa e alivia o excesso de tensão. 
 
✎ O reflexo de retirada envolve um arco 
polissináptico e ocorre quando, por exemplo, você 
pisa em um prego. Em resposta a este estímulo 
doloroso, você imediatamente retira sua perna. 
✎ Quando você pisa no prego, ocorre a estimulação 
dos dendritos de um neurônio sensível à dor, o qual 
gera impulsos nervosos que se propagam em 
direção à medula espinal. Na medula espinal, o 
neurônio sensitivo ativa interneurônios excitatórios 
que se estendem por vários níveis medulares. Os 
interneurônios ativam neurônios motores e 
consequentemente, os neurônios motores geram 
impulsos nervosos, que se propagam em direção às 
terminações axônicas, gerando uma contração dos 
músculos. O reflexo de retirada, assim como o de 
estiramento, é ipsolateral. 
 
Referências: 
TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios 
de Anatomia e Fisiologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 
2016. E-book. 9788527728867. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97
88527728867/. Acesso em: 20 ago. 2022. 
SPLITGERBER, Ryan. Snell Neuroanatomia Clínica. Rio 
de Janeiro: Grupo GEN, 2021. E-
book. 9788527737913. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/97
88527737913/. Acesso em: 20 ago. 2022.

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