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@Katlyn_viana Os ventrículos direito e esquerdo possuem um circuito paralelo, na circulação fetal. A placenta é a responsável pela troca gasosa, pois os vasos na circulação pulmonar encontram-se vasoconstritos. Na circulação fetal são encontradas três estruturas cardiovasculares, que são exclusivas do feto, tendo fundamental importância para a manutenção paralela da circulação, essas estruturas são: O ductus venosos, o forame oval e o ducto arterioso (canal arterial). O sangue que oxigenado que é retornado da placenta chega com uma PO2 em torno de 30-35 mmHG. 50% do sangue venoso umbilical entram na circulação hepática, enquanto o resto se desvia do fígado e se junta á veia cava inferior do corpo. Essa combinação do fluxo sanguíneo do corpo, somado com a veia umbilical (PO2 de 26 a 28mmhg), entram no átrio direito, e através do forame oval será direcionada para o átrio esquerdo. O sangue em seguida flui para dentro do ventrículo esquerdo sendo ejetado assim pela aorta ascendente. O sangue da veia cava superior, que possui menor taxa de 02 baixa (12/14mmhg), entra no átrio direito e atravessa a valva tricúspide, sem passar pelo forame oval, desse modo ele cairá no ventrículo direito. O sangue do ventrículo direito, será ejetado para a Arteria pulmonar. Lembrando que a circulação arterial pulmonar do feto possui grandes índices de vasoconstrição, sendo apenas 10% desse sangue que chegará até os pulmões. A outra parte do sangue que possui uma PO2 de 18/22 mmhg, desvia dos pulmões e atravessa a artéria para dentro da aorta descendente, perfundindo parte inferior do corpo fetal, esse sangue será redirecionado para a placenta através de duas artérias pulmonares. Desse modo a parte superior do corpo do feto (artérias coronárias e cerebrais e as de extremidades superiores), serão perfundidas de forma exclusiva do ventrículo esquerdo, possuindo uma maior taxa de PO2, do que o sangue que perfunde a parte inferior do corpo do feto, que é principalmente derivado do ventrículo direito. Apenas 10% do debito cardíaco representa o volume de sangue a partir da aorta ascendente, que flui através do istmo aórtico para a aorta descendente. A expansão mecânica dos pulmões no nascimento, promove um aumento na PO2 arterial, que de forma rapida diminuirá a resistência vascular do pulmão. A remoção da circulação placentária de baixa resistência vascular sistêmica. O Debito do ventrículo direito fluirá completamente para a circulação pulmonar, com isso a resistência vascular pulmonar se tornará menor que a resistência vascular sistêmica, e o shunt através do canal arterial se inverte e se torna da esquerda para a direita. Durante vários dias, ocorrerá uma alta da PO2 arterial que sinaliza a construção do canal arterial e ele se fecha, tornando-se eventualmente o ligamento arterial. O volume aumentado de fluxo sanguíneo pulmonar retornando ao átrio esquerdo aumenta o volume e a pressão atriais esquerdos e o suficiente para fechar o forame funcionalmente, embora o forame possa permanecer pérvio se explorado. A remoção da placenta da circulação também causará o fechamento dos ductos venosos. O ventrículo esquerdo estará acoplado na circulação sistêmica de alta resistência, causando um aumento da espessura da parede do coração. Enquanto o ventrículo direito está acoplado a circulação pulmonar de baixa resistência, e a sua espessura será diminuída. O ventrículo esquerdo agora possui um debito cardíaco sistêmico inteiro (350 Ml/k/min), tendo um aumento de quase 200%. Esse aumento é gerado através da combinação de sinais hormonais e metabólicos, como o aumento des catecolaminas circulantes e nos receptores miocárdicos. Quando defeitos cardíacos estruturais congênitos são superpostos a essas alterações fisiológicas dramáticas, eles muitas vezes impedem essa transição suave e aumentam acentuadamente a carga sobre o miocárdio recém-nascido. Além disso, como o canal arterial e o forame oval não se fecham completamente ao nascimento, eles podem permanecer abertos em certas lesões cardíacas congênitas. A permanência aberta dessas vias fetais pode proporciona r un1 can1inho de salvação para o sangue contornar u.1n defeito congênito {un1 canal arterial patente na atresia pulmonar ou coarctação da aorta, ou forame oval na transposição dos grandes vasos) ou representar uma sobrecarga adicional para a circulação (canal arterial patente em um prematuro, via de shuntagem da direita para a esquerda em lactentes com hipertensão pulmonar). Agentes terapêuticos podem manter essas vias fetais, ou acelerar o fechamento. @Katlyn_viana A circulação fetal deve se adaptar imediatamente ao nascimento, na vida extrauterina, ou seja, quando a troca gasosa é transferida da placenta para o pulmão, sendo algumas dessas alterações durante a respiração, enquanto outras ocorrerá após alguns dias ou horas. Ocorre uma queda inicial da pressão sistêmica e após o aumento da idade ela vai se elevando. A frequência respiratória cardíaca também diminui como resposta barorreceptora a um aumento na resistência vascular sistêmica, quando a circulação placentária é eliminada. A pressão da aorta central media de um recém-nascido a termo é de 75/50mmHg. Como consequência da vasodilatação a resistência vascular pulmonar ocorre no inicio da ventilação, sendo tanto ativa ou passiva. Em um recém nascido nascido normal, o fechamento do ductus arteriosus e a queda na resistência vascular pulmonar resultam em uma diminuição nas pressões arterial pulmonar e ventricular direita. A alteração da resistência pulmonar ocorre no primeiros 2-3 dias, porém pode ser prolongado por sete dias ou mais, nas primeiras semanas de vida a resistência vascular diminui ainda mais ocorrendo adelgaçamento do musculo lido vascular e recrutamento de outros vasos. Essas alterações na RV pulmonar podem levar ao aparecimento de lesões cardíacas congênitas. O shunt da esquerda para a direita através de uma comunicação interventricular pode ser mínimo na primeira semana depois do nascimento, quando a resistência vascular pulmonar ainda é. alta. À medida que a resistência pulmonar diminui na primeira ou segunda semana seguinte, o volume de sh11nt da esquerda para a direita acravé-5 de uma comunicação interventricular não restritivo aumenta e eventualmente leva aos sintomas de insuficiência cardíaca. • Desvio (shunting) da direita para a esquerda, ou vice-versa, através do forame oval. • Doença cardiopulmonar prolongada do canal arterial permite o desvio da esquerda para direita, ou vice-versa. • A vasculatura pulmonar do neonato se constringe de forma mais vigorosa em resposta a hipoxemia, hipercapnia e acidose. • Espessura da parde e a massa muscular dos ventrículos esquerdo e direito nos neonatos são quase iguais. • Os recém-nascidos possuem um consumo alto de oxigênio, estando relacionado com DC alto, sendo cerca de 350 mL/Kg/Min, sendo alterado nos primeiros 2 meses de vida para 150 mL/Kg/Min depois mais tardiamente para 75mL/kg/min. • O forame oval é fechado por volta do 3 mês de vida. O fechamento funcional do canal arterial completo em 10-15 horas, podendo permanecer por mais tempo estando associada com cianose. @katlyn_viana Nelson- tratado de fisioterapia.
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