Buscar

introdução ao estudo do direito revisao ate a aula 07

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

REVISÃO AV1 
 
SIGNIFICADOS DA PALAVRA DIREITO: 
 
1. DIREITO COMO JUSTIÇA, COMO ALGO JUSTO 
 
 
 O Direito é um fato ou fenômeno social que não existe senão na 
sociedade. O Direito estabelece os limites de ação de cada um de 
seus membros. 
 Quando se diz que não é direito ao homem viver na miséria ou não 
é direito abusar da 
boa-fé alheia, tais expressões revelam o sentimento do que não 
se acha justo, do que não há justiça, ou não é justo. 
 Da mesma forma, é comum ouvir dizer que saúde é direito de 
todos, toda criança tem 
direito a um lar e estas expressões trazem a ideia de que os bens 
saúde e lar são devidos, por justiça, aos mencionados. 
 
2. DIREITO COMO LEI, COMO NORMAS 
LEGAIS 
 
 
 O segundo significado se refere a quando se diz, por exemplo, que o direito 
brasileiro proíbe o roubo ou que está escrito no direito que todos são iguais. 
Neste caso, o sendo da palavra direito é o mesmo que legislação ou lei, ou 
seja, o conjunto de normas legais em vigor do país. 
 
Da mesma forma pode-se dizer que o direito obriga ao pagamento da 
multa por excesso de velocidade ou, ainda, o direito permite a 
remuneração do trabalho. Igualmente, nestes dois casos, a referência 
é a legislação, norma ou conjunto de normas jurídicas. Nestes casos, 
a expressão deve ser utilizada com a primeira inicial maiúscula 
(Direito). 
 
 
 
3. DIREITO COMO PODER OU 
FACULDADE 
 
 
 
Outros significados da palavra direito são poder e faculdade. No caso, 
direito é usado para sugerir o poder ou a faculdade que pertencem a uma 
pessoa natural ou a uma empresa. 
 
EXEMPLOS: Direito, neste sentido, é utilizado, por exemplo, nas 
seguintes frases: o eleitor tem o direito de votar, o locador tem o direito 
de cobrar o aluguel, o herdeiro tem o direito a receber a 
 
 
 
 
 
herança, o contratante tem o direito de cobrar a realização do serviço 
ao contratado. 
 
 4. DIREITO COMO CIÊNCIA 
 
Existe, então, o Direito como uma ciência cujo objeto de estudo é o 
fenômeno jurídico. Esta ciência busca sistematizar o conhecimento 
sobre o direito como um fenômeno jurídico, para que se possa 
compreendê-lo e utilizá-lo. 
 
EXEMPLO: JOÃO É FORMADO EM DIREITO; JOSÉ É ESPECIALISTA EM DIREITO. 
 
5. DIREITO COMO FATO SOCIAL 
 
 
 
 
Além disso, há que se apontar a existência de um significado sociológico da palavra 
direito. Entre os fatos sociais que o sociólogo estuda, há fatos culturais, 
históricos, econômicos, religiosos, políticos e, ainda, os jurídicos. Pois que o direito 
é, em si, um setor da vida social, com características próprias, ou seja, um fato 
social. 
EXEMPLO: NÃO EXISTE VIDA EM SOCIEDADE SEM DIREITO. 
 
Os sentidos aqui expostos não acabam com as possibilidades de definições da palavra 
direito, senão vejamos: pode significar reto (segmento direito), certeza aritmética 
(cálculo direito), correção moral (homem direito) ou, então, um dos lados de qualquer 
objeto (lado direito, oposto ao esquerdo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JUSNATURALISMO – A Corrente do Jusnaturalismo defende que o direito 
é independente da vontade humana, ele existe antes mesmo do homem 
e acima das leis do homem, para os jusnaturalistas o direito é algo natural 
e tem como pressupostos os valores do ser humano, e busca sempre um 
ideal de justiça. 
 
O direito natural é universal, imutável e inviolável, é a lei imposta pela 
natureza a todos aqueles que se encontram em um estado de natureza. 
 
TRÊS CONCEPÇÕES DE JUSNATURALISMO 
 
 
Concepção teológica do Direito Natural: própria de agrupamentos sociais orientados por uma 
cultura mítica, na qual as normas de conduta refletem os padrões morais preservados pela religião 
dominante. Esta concepção parte do pressuposto de que existe uma ordem sobrenatural ou 
transcendente que condiciona o mundo físico e o próprio agir das pessoas, sendo em realidade os 
deuses os responsáveis pela criação das regras de conduta, que irão disciplinar a vida em 
sociedade, sendo as autoridades humanas meras porta-vozes desta vontade superior. 
 
Concepção cosmológica do Direito Natural: esse caráter universal deriva da noção de que existe 
uma ordem natural das coisas, decorrente de parâmetros de valor atemporais, alcançando a todos 
os locais, pessoas e épocas. Trata-se de uma decorrência da transição das culturas míticas, para as 
visões laicas sobre a realidade, segundo as quais uma ordem moral superior deve orientar as ações 
humanas. A realidade não é mais vista como uma mera emanação da vontade divina e sim como um 
resultado de uma racionalidade observada no funcionamento da própria natureza, cujos 
fenômenos podem ser explicados racionalmente. Da mesma forma, as regras que condicionam as 
ações humanas em sociedade devem observar certos parâmetros gerais, extraídos de uma ordem 
universal. 
 
Concepção racionalista do Direito Natural: parte da existência de uma lei natural associada à 
própria existência humana. Como ser dotado de racionalidade, o homem lança mão de seu 
intelecto e da experiência na organização da sociedade política e na produção do direito positivo, 
que deve obedecer a parâmetros gerais ditados pela razão humana. 
 
 
 
Aspectos em comuns as três concepções 
 
Todas conduzem a juízos de valor, ou seja, diversas concepções sobre o Direito: isto corresponde a 
dizer que toda a visão jusnaturalista, independentemente de sua essência, tem como 
pressuposto uma leitura moral a respeito do direito, com base em valores previamente 
estabelecidos. Tais juízos têm uma fonte universal e imutável na revelação , na natureza, ou na 
razão, de acordo com o tipo de concepção que se adote: diante de tal fato, pode-se concluir que 
todas as correntes de pensamento associadas ao jusnaturalismo partem do princípio da existência 
de apenas um Direito Natural, que confirma os valores por ele preservado. 
 
JUSPOSITIVISMO 
 
Ao contrário do que defende a corrente jusnaturalista (jusnaturalismo), a Corrente Juspositivista 
(juspositivismo) acredita que só pode existir o direito e consequentemente a justiça através de 
normas positivadas, ou seja, normas emanadas pelo Estado com poder coercivo, podemos dizer 
que são todas as normas escritas, criadas pelos homens por intermédio do Estado. 
 
 
 
 
 
O direito positivo é aquele que o Estado impõe à coletividade, e que deve estar adaptado aos 
princípios fundamentais do direito natural. 
 
 
 
Veja as principais diferenças entre o jusnaturalismo e o juspositivismo: JUSNATURALISMO 
• Leis superiores. 
• Direito como produto de ideias (Metafísico). 
• Pressuposto: Valores. 
 
• Existência de leis naturais. 
 
JUSPOSITIVISMO 
 
• Leis impostas. 
 
• Leis como produto da ação humana (empírico-cultural). 
 
• Pressuposto: o próprio ordenamento positivo. 
 
• Existência de leis formais 
 
 
 
 
 
A Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen 
 
Hans Kelsen (1881-1973) dedicou a maior parte de sua vida à discussão da Teoria do 
Direito. O normativismo jurídico kelseniano consiste basicamente na defesa da 
construção de parâmetros metodológicos próprios para a Ciência do Direito, 
expressos na denominada Teoria Pura do Direito, que não fossem uma mera 
importação das Ciências Sociais e Humanas do Século XIX, tampouco a reprodução 
dos paradigmas teóricos próprios das Ciências Naturais e Exatas. 
 
Desse modo, o foco do jurista deveria estar na norma jurídica e na sua relação com 
as demais normas, que formam uma estrutura lógico-sistemática denominada de 
ordenamento jurídico. 
 
Ordenamento Jurídico são normas emanadas pelo Estado, de forma escalonada, 
dispostas em diferentes níveis hierárquicos. Algumas normas têm mais autoridade se 
comparadas com outras, servindo-lhes de fundamento de validade. Tal estruturação 
do ordenamento jurídico deu origem ao que se convencionouchamar de pirâmide de 
Kelsen, exatamente porque aquelas normas situadas mais ao topo da estrutura do 
ordenamento jurídico se desdobram em outras normas de menor hierarquia, que 
irão regulamentar e detalhar as prescrições normativas contidas nas normas 
superiores. 
 
 
 
Pontos Principais da Teoria Pura do Direito 
 
Kelsen priorizava o aspecto estrutural do ordenamento jurídico e a correlação entre 
suas normas, independentemente de concepções ideológicas e de regimes 
políticos. Pregava a pureza metodológica de uma Ciência “Pura” do Direito. 
 
 
 
 
 
Na Ciência “Pura” do Direito a análise do direito leva em consideração apenas os 
seus aspectos normativos, descontaminando-o em relação aos aspectos políticos, 
sociológicos, históricos, que eram à base do pensamento das escolas factualistas do 
final do Século XIX, início do Século XX. 
 
 
 
O pós-positivismo e a crítica à teoria pura do Direito de Kelsen 
 
O pensamento jurídico de Hans Kelsen representou um marco importantíssimo na 
Teoria do Direito, à medida que ele foi capaz de conceber uma metodologia própria 
para a Ciência do Direito, centrada, sobretudo, na montagem de uma estrutura do 
ordenamento jurídico aplicável a diferentes sistemas jurídicos, sendo difícil pensar 
na organização das normas jurídicas no Estado sem fazer referência ao pensamento 
de Kelsen. Basta pensar na discussão contemporânea sobre o controle de 
constitucionalidade das leis, por exemplo, para constatar a substancial influência 
exercida pela Teoria do Ordenamento kelseniana. 
 
Ocorre, contudo, que a Teoria Pura do Direito de Kelsen teve uma aplicação 
distorcida, passando a servir de base para um afastamento do direito de parâmetros 
éticos, algo nunca defendido pelo próprio Kelsen, tendo sido a ordem jurídica 
utilizada como instrumento de regimes totalitários, que em nome da autoridade do 
Estado patrocinaram a perseguição a determinados grupos e minorias da sociedade. 
 
Podemos citar como exemplo a supressão de direitos e o próprio extermínio de 
judeus, ciganos e homossexuais na Alemanha Nazista. 
 
Em meio à comoção causada pelas violações a direitos essenciais da pessoa e 
à própria irracionalidade representada pela Segunda Guerra Mundial, os juristas 
promoveram uma integral revisão de seu papel na sociedade e passaram a defender 
uma retomada de certos parâmetros de valor, que serviram de fundamento para a 
construção da tradição jurídica ocidental e que se encontravam esquecidos a partir 
do positivismo jurídico do Século XIX e do próprio normativismo kelseniano, com a 
sua pretensão de construir uma Ciência do Direito puramente normativa e despida de 
considerações de ordem axiológica. 
 
A partir da década de 1950, começaram a surgir diferentes tendências no 
pensamento jurídico que têm em comum a crítica à ânsia purificadora da Teoria de 
Kelsen e que passaram a defender a possibilidade de edificação de uma Ciência do 
Direito, com uma metodologia peculiar, seguindo o projeto kelseniano, mas que 
levasse em consideração também um conjunto de parâmetros de ordem moral, que 
foram sendo consolidados a partir da experiência histórica do Ocidente, e que 
deveriam ser reconhecidos em qualquer sistema político, independentemente 
de tendências político-ideológicas. 
 
A crítica dos pós-positivistas ao pensamento de Kelsen gravita basicamente em torno 
de sua pretensão de limitar o objeto da Ciência do Direito a uma perspectiva 
meramente normativa, afastando os aspectos morais e fáticos do debate da Ciência 
Jurídica, havendo nas correntes de pensamento contemporâneas, e da segunda 
metade do Século XX, o reconhecimento da viabilidade de construção de uma 
 
 
 
 
metodologia do direito que leve em conta a contribuição da prática do direito e da 
experiência social na construção do saber jurídico 
 
 
 
 
 
Miguel Reale e a estrutura tridimensional do Direito 
 
A Teoria Tridimensional do Direito de Miguel Reale é tida como a melhor 
sistematização da visão culturalista sobre o Direito. Para Reale, toda experiência 
jurídica pressupõe a correlação entre estes três elementos: fato, valor e norma. 
 
A dimensão normativa do direito corresponde ao Dever-Ser (Deôntica) do Direito, 
sendo em realidade o seu diferencial com as demais áreas das Ciências Sociais 
e humanas, como a Sociologia, a História e a Filosofia, por exemplo. Neste aspecto, 
o tridimensionalismo de Reale reflete a preocupação diretiva e sistematizante 
presente no positivismo jurídico do Século XIX e no normativismo jurídico de Hans 
Kelsen. 
 
 
Já a dimensão do fato remete às correntes de perfil sociológico e realista do 
final do Século XIX, e por que não dizer, à própria Escola Histórica alemã, que 
ressaltaram a importância do fenômeno histórico-social na construção das 
instituições de direito, sendo sempre lembrada a contribuição do direito 
costumeiro para a tradição jurídica ocidental, sendo a reaproximação entre a 
Ciência do Direito e a esfera do Ser (Ôntica). 
 
Por fim, a dimensão valorativa ou axiológica é um retrato da preocupação 
moral presente nas diferentes concepções sobre o Direito Natural, surgidas ao 
longo dos séculos. 
 
Os valores representam exatamente a união dos campos do Dever-Ser e do Ser 
na Ciência do 
Direito e que eram vistos como totalmente separados por Kelsen. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O Direito Natural (não escrito) persegue a Justiça e inspira o Direito 
Positivo (escrito) que está ligado a um lugar e a um tempo. 
 
Em síntese, o Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é 
formulado pelo Estado. (...) É um Direito espontâneo, que se origina da própria 
natureza social do homem e que é revelado pela conjugação de experiência e 
razão. É constituído por um conjunto de princípios, e não de regras, de caráter 
universal, eterno e imutável. (NADER, 2014). 
 
 
 
 
 
O Direito Positivo é assim denominado porque provém diretamente do 
Estado, vem a ser também, a base da unidade do sistema jurídico nacional. 
 
O positivismo se caracteriza assim, por ser antimetafísico e antijusnaturalista, 
por ser empirista, por afastar do estudo científico do direito os valores e por 
considerar o direito positivo o único objeto da Filosofia e das Ciências 
jurídicas. 
 
Para o positivismo jurídico só existe uma ordem jurídica: a comandada pelo 
Estado e que é soberana. Para os positivistas: Não há mais Direito que o Direito 
Positivo. 
 
No entanto, o positivismo jurídico é uma doutrina que não satisfaz as 
exigências sociais de justiça. Se, de um lado, favorece o valor segurança, por 
outro, ao defender a vinculação do direito a determinações do Estado, mostra-
se alheio à sorte dos seres humanos. 
 
O direito não é composto unicamente de normas, como deseja esta corrente 
filosófica. Além do que, as normas jurídicas apresentam sempre um significado, 
um valor social a ser realizado. 
 
Os positivistas não se moveram ou não se tocaram pelas diretrizes do 
direito enquanto instrumento de realização da justiça social. 
 
Diferenças entre o Direito Natural e o Direito Positivo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Direito Substantivo e Direito Adjetivo 
 
O Direito Substantivo (Material) é o conjunto das regras criadas pelo Estado 
que normatiza a vida em sociedade definindo relações jurídicas, constitui o 
 
 
 
 
chamado direito material. O direito substantivo (material) é o que define 
as relações concretas das pessoas em sociedade e as submete à sua ação. 
 
O Direito Adjetivo (Processual) consiste nas regras de direito processual 
que regulam a existência dos processos, bem como o modo destes se 
iniciarem, se desenvolverem e terminarem. 
 
O direito formal ou "adjetivo" diz respeito à processualística, ou seja, à forma 
pela qual se aplica o direito material. Revela como efetivar, manter,tornar 
válidos ou recuperar os direitos previstos no direito substantivo (material). 
 
Há autonomia do direito adjetivo (processual) em relação ao direito 
substantivo (material). 
 
O direito material (substantivo) define as normas de conduta para a paz na 
convivência social, por isso dita as normas. 
 
Já o direito processual (adjetivo) visa assegurar o cumprimento das normas, 
ou seja, se preocupa em garantir a obediência das normas de direito 
material. Direito Objetivo e Direito Subjetivo 
 
O Direito Objetivo é um conjunto de normas que regem o 
comportamento humano, prescrevendo uma sanção (punição) em caso de 
sua violação. É a regra social obrigatória imposta a todos, quer seja sobre a 
forma de lei ou mesmo sob a forma de um costume, que deva ser 
obedecido, é a norma agendi, reguladora de todas as ações do ser humano, 
em suas múltiplas manifestações e de todas as atividades das instituições 
políticas, públicas e particulares. 
 
O direito objetivo é composto pelas normas jurídicas, as leis, que 
devem ser obedecidas rigorosamente por todos os seres humanos que 
vivem na sociedade que adota essas leis. O seu descumprimento, dá origem 
a sanções. 
 
O Direito Subjetivo é o poder de exigir uma determinada conduta de 
outrem, conferido pelo direito objetivo, pela norma jurídica. É o poder de 
ação assegurado legalmente a todas as pessoas para defesa e proteção de 
toda e qualquer espécie de bens materiais ou imateriais, do qual decorre a 
faculdade de exigir a prestação ou abstenção de atos, ou o cumprimento da 
obrigação, a que outrem esteja sujeito. 
 
O Direito subjetivo sempre nasce de um fato, que por estar inserido no 
ordenamento jurídico. Com a ocorrência do fato, a norma, colocada 
abstratamente no direito objetivo, se materializa, dando origem à 
pretensão. 
 
Relação entre Direito Positivo e Direito Objetivo 
 
Direito Objetivo é gênero do qual o dié espécie, assim como os costumes e, 
por exemplo, cláusulas contratuais entre particulares. 
 
São normas de direito objetivo positivo: a Constituição, a lei, o decreto, a 
circular, a portaria e outros tantos atos administrativos. 
 
 
 
 
 
Entretanto, são normas de direito objetivo: os costumes e as cláusulas de 
um contrato de locação, por exemplo. Embora jurídicas, não são normas 
de direito positivo, pois não emanam, diretamente, do Estado, mas 
sim da sociedade e da vontade dos particulares contratantes, 
respectivamente. 
 
O direito positivo é assim denominado porque é o que provém diretamente 
do Estado. Desse modo, todo direito positivo é direito objetivo, mas nem 
todo direito objetivo é direito positivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Conceito de norma 
 
Norma é um termo que vem do latim e significa “esquadro”. Uma norma 
é uma regra que deve 
ser respeitada e que permite ajustar determinadas 
condutas ou atividades. 
 
No Direito, Norma jurídica é uma regra de conduta imposta, 
admitida ou reconhecida pelo ordenamento jurídico. Norma e lei são 
usadas comumente como expressões equivalentes, mas norma abrange 
na verdade também o costume e os princípios gerais do direito. 
 
A norma jurídica se apresenta como heterônoma, na medida em que 
deriva de uma imposição externa à consciência de seu destinatário, 
sendo dotada também de caráter obrigatório. 
 
Em outras palavras, o cumprimento das normas é algo impositivo a todos, 
sejam agentes públicos, sejam particulares, independentemente da 
opinião pessoal do destinatário a seu respeito. 
 
2. Estrutura lógica e características 
da norma 
 
De acordo com a sua natureza, as normas jurídicas podem 
apresentar uma estrutura lógica própria a ser examinada em cada 
situação. 
 
Normas de 
conduta 
 
 
 
 
 
São também denominadas de normas primárias, exatamente porque 
cumprem a finalidade básica das regras de direito, que é a disciplina de 
comportamentos na sociedade. 
 
Tais normas têm as pessoas como destinatárias e estabelecem um padrão 
de agir social segundo uma estrutura lógica, na qual a norma prevê uma 
hipótese, correspondente a um fato do mundo da vida e uma 
consequência jurídica para a ocorrência concreta do fato hipotético. 
 
A ocorrência do fato deflagra um efeito previsto no denominado 
dispositivo da norma, consistente em uma sanção jurídica, de acordo 
com o esquema a seguir: 
 
Estrutura da norma = hipótese (fato) + 
dispositivo (sanção) 
 
O chamado silogismo normativo tem seu fundamento em considerar-se a 
prescrição contida na norma como premissa maior do raciocínio, a 
verificação do enquadramento do caso concreto na moldura legal como 
premissa menor e a aplicação da lei ao caso como a denominada 
subsunção. 
 
Normas de 
organização 
 
Chamadas também de secundárias, fixam competências e atribuições no 
âmbito do Estado, algo indispensável no Estado do Direito, no qual 
prevalece o império da lei, estando as autoridades públicas subordinadas 
a um princípio de legalidade estrita, segundo o qual as suas ações 
somente podem ocorrer nos limites fixados pela lei. 
 
Sob o prisma da lógica, as normas de organização têm uma formação 
diferente das normas de conduta, uma vez que em regra não possuem 
uma sanção específica, sendo o efeito do descumprimento deste tipo de 
norma a nulidade do ato praticado. 
 
Características substanciais da Norma Jurídica 
 
 
 
Considerando-se as categorias mais gerais das normas jurídicas, 
verificam-se que estas apresentam algumas características que, na opinião 
predominante dos autores, são os seguintes: 
 
Generalidade. O princípio da generalidade revela que a norma jurídica é 
preceito de ordem geral, obrigatório a todos que se acham em igual 
situação jurídica. A importância dessa característica levou o jurisconsulto 
Papiniano a incluí-la na definição da lei: Lex est generale praeceptum. Da 
generalidade da norma jurídica deduzimos o princípio da isonomia da lei, 
segundo o qual todos são iguais perante a lei; 
 
 
 
 
 
Abstratividade. Visando a atingir o maior número possível de situações, 
a norma jurídica é abstrata regulando os casos dentro do seu 
denominador comum, ou seja, como ocorrem via de regra. 
Se o método legislativo pretendesse abandonar a abstratividade em favor 
da casuística, para alcançar os fatos como ocorrem singularmente, com 
todas as suas variações e matizes, além de se produzirem leis e códigos 
muito mais extensos, o legislador não lograria o seu objetivo, pois a vida 
social é mais rica do que a imaginação do homem e cria sempre 
acontecimentos novos e de formas imprevisíveis; 
 
Bilateralidade. O Direito existe sempre vinculando duas ou mais pessoas, 
atribuindo poder a uma parte e impondo dever à outra. Bilateralidade 
significa, pois, que a norma jurídica possui dois lados: um representado 
pelo direito subjetivo e outro pelo dever jurídico, de tal sorte que um não 
pode existir sem o outro. Em toda relação jurídica há sempre um sujeito 
ativo, portador do direito subjetivo e um sujeito passivo, que possui o 
dever jurídico; 
 
Imperatividade. O caráter imperativo da norma significa imposição de 
vontade e não mero aconselhamento; 
 
Coercibilidade. Coercibilidade quer dizer possibilidade de uso da coação. 
Esta possui dois elementos: psicológico e material. O primeiro exerce a 
intimidação, através das penalidades previstas para a hipótese de violação 
das normas jurídicas. O elemento material é a força propriamente, que é 
acionada quando o destinatário da regra não a cumpre espontaneamente As 
noções de coação e sanção não se confundem. Coação é uma reserva de força a 
serviço do Direito, enquanto a sanção é considerada, geralmente, medida 
punitiva para a hipótese de violação de normas; 
 
Atributividade. A essência específica da Norma Jurídica é a atributividade(ou 
autorizamento), porque o que lhe compete é autorizar ou não o uso das 
faculdades humanas. Assim, a Norma Jurídica é atributiva por atribuir às partes 
de uma relação jurídica, direitos e deveres recíprocos. Ou seja, atribui à outra 
parte o Direito de exigir o seu cumprimento. 
 
 
 
3. As diversas classificações da norma 
 
A norma jurídica comporta inúmeras classificações, que têm como referência 
aspectos formais, materiais, temporais, de competência normativa, entre 
outros, que apresentam natureza cumulativa 
 
.1) Quanto ao tipo de comando 
 
Segundo um critério estritamente de ordem formal, a norma jurídica pode ser 
classificada em função do tipo de comando nela contido, compreendendo as 
seguintes espécies: 
 
NORMA IMPERATIVA OU COGENTE (PRECEPTIVA) - É aquela que exige de seu 
destinatário uma conduta positiva ou uma ação, sendo antijurídica qualquer 
atitude diferente da prescrita na lei ou a omissão. Um exemplo seria uma norma 
que exige o recolhimento de um determinado valor de imposto, diante da 
ocorrência da hipótese legal (fato gerador); 
 
 
 
 
 
NORMA PROIBITIVA - Parte exatamente da premissa oposta da norma imperativa: 
neste caso, a postura juridicamente admitida pressupõe uma omissão por parte do 
destinatário da prática da conduta prevista pela norma. Exemplo: uma norma que 
proíbe fumar em determinado local e fixa uma penalidade em dinheiro, para 
aquele que praticar o ato; 
 
NORMA SUPLETIVA (PERMISSIVA) - Este tipo de norma compreende aquelas 
situações em que a ordem jurídica cria um padrão de agir, mas permite ao 
destinatário optar por uma atuação diferente, de acordo com o princípio da 
autonomia privada. No Direito Civil, a legislação cria regimes jurídicos 
padronizados para a destinação dos bens no casamento e na sucessão por morte, 
mas permite aos nubentes a celebração de um pacto antenupcial, no primeiro 
caso, e ao falecido a elaboração de legados ou testamentos, no segundo, dispondo 
de forma diversa do padrão legal. 
 
Em relação à norma permissiva ainda cabe uma observação importante, no sentido 
de que o princípio da legalidade, que é um dos pilares do Estado de Direito, 
funda-se na premissa de que todos são livres para agir até onde a lei limita a sua 
atuação, preceito que pode ser sintetizado no princípio de que ninguém é 
obrigado a fazer ou a deixar fazer alguma coisa, senão em virtude de lei. Diante 
deste fato, em não havendo imposição legal (norma imperativa) ou vedação legal 
(norma proibitiva), entende-se pela existência de uma norma permissiva 
implícita, fundada exatamente na esfera de autonomia privada decorrente 
da conjugação entre liberdade e legalidade. 
 
a.2) Quanto à sanção - podem ser: - Perfeitas quando a sanção para o 
descumprimento da norma é a nulidade do ato, ou seja, age como se o ato nunca 
tivesse existido. - Mais que perfeita: além de considerar nulo o ato na hipótese de 
descumprimento, a norma prevê sanção para aquele que violou a norma. Menos 
do que perfeita: quando o descumprimento da norma é combatido apenas com a 
sanção (penalidade). - Imperfeita: quando não prevê nem a possibilidade de 
sanção ou nulidade do ato como consequência do descumprimento da norma. 
 
 
 
Direito Público e Privado 
 
A divisão entre Direito Público e Direito Privado sofreu críticas no início do Século 
XX, devido à publicização do Direito, quando o Estado passou a intervir para 
defender os interesses dos mais fracos na sociedade, passando a ocorrer 
ingerência das normas de ordem pública nas relações privadas. 
 
Atualmente, dois critérios são utilizados para a divisão os ramos de Direito Público 
e Direito 
Privado: 
 
O primeiro é o Critério do conteúdo ou objeto da relação jurídica. Neste critério, 
quando prevalece o interesse geral o direito é público, quando prevalece o 
particular o direito é privado. 
O segundo Critério é relativo à forma da relação jurídica, ou Teoria da Natureza 
da Relação Jurídica. Assim, se a relação é de coordenação, trata-se, em regra, de 
 
 
 
 
Direito Privado, se a relação é de subordinação, trata-se, em regra de Direito 
Público. 
 
Enquanto o Direito Privado é informado, entre outros, pelos princípios da 
autonomia da vontade e da licitude ampla, o Direito Público é regido pelos 
princípios da supremacia do interesse público e da estrita legalidade - o agente 
público só pode agir se, quando e como a lei prescrever. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Relação jurídica 
 
Savigny, no século XIX, definiu a relação jurídica como “um vínculo entre 
pessoas, em virtude do qual uma delas pode pretender algo a que a outra 
está obrigada”. 
 
O fato social, para Savigny, era determinante na formação da relação 
jurídica, o que significa afirmar que um fato social ganhará a qualidade de 
jurídico quando ocorrer entre duas ou mais pessoas para satisfazer 
interesses considerados legítimos, estando este vínculo normatizado pelo 
Direito. 
 
Ao Estado, desta forma, cabe impor normas de conduta às diferentes 
relações sociais, selecionando aquelas que considera importantes ao ponto 
de se conferir uma tutela jurídica; ou seja, não havendo norma incidente a 
relação será apenas considerada social ou fática. 
 
Afirma Miguel Reale que uma relação social (entre pessoas) transforma-
se em uma relação jurídica quando seus efeitos podem ser subordinados 
às prescrições e determinações legais. Podendo-se, desta forma, afirmar 
 
 
 
 
que nem toda relação social será uma relação jurídica , mas toda relação 
jurídica é uma relação social. 
 
No entanto, há controvérsia doutrinária sobre ser o Direito o criador da 
relação jurídica ou se esta preexiste à determinação jurídica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hoje se entende que há relações jurídicas que são preexistentes à normativa 
e outras que passam a existir a partir dessa. 
 
Elementos da relação jurídica 
 
As relações jurídicas são formadas pelos seguintes elementos: sujeito ativo; 
sujeito passivo; objeto 
(imediato e mediato); fato gerador (fato propulsor) ou vínculo de 
atributividade. 
 
A constituição de uma relação entre sujeitos jurídicos, sendo o sujeito ativo 
titular de um direito subjetivo e o sujeito passivo titular de um dever jurídico. 
Trata-se, portanto, da formação de um vínculo de sujeição. 
 
Os poderes do sujeito ativo incidirão sobre o objetivo imediato (prestação 
devida — dar, fazer ou não fazer) e sobre um objeto mediato (objeto 
propriamente dito). 
 
Acontecimento idôneo que gerará as consequências jurídicas pretendidas 
pelas partes e 
(de)limitadas pela lei (vínculo de atributividade ou fato gerador). 
 
Exemplo: Compra e venda de um veículo. A obrigação de entregar (dar a coisa 
certa) do vendedor é o objeto imediato e o veículo é o objeto mediato ou 
também chamado de objeto da prestação. 
 
Sabendo que a relação jurídica não envolve unicamente os sujeitos que dela 
fazem parte, mas também, o relacionamento destes com o ordenamento 
jurídico, pode-se classicamente representar a situação jurídica da seguinte 
maneira:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para fazer parte de uma relação jurídica é necessário ser uma pessoa. 
 
No Direito moderno, pessoa passou a ser sinônimo de sujeito de direitos ou 
sujeito de relação jurídica, ente físico ou coletivo suscetível de direitos e 
obrigações. 
 
O sujeito ativo como titular do direito que terá a faculdade (facultas 
agendi — permissão normativa) de exercê-lo em face do sujeito passivo, 
exigindo o cumprimento de um determinado dever jurídico. 
 
O sujeito passivo aquele que está subordinado (norma agendi — dever 
jurídico) ao direito do sujeito ativo. 
 
Em cada um dos polos (ativo e passivo) poderemos identificar uma ou mais 
pessoas conforme a natureza do vínculo jurídico, podendo ser pessoas 
naturaisou jurídicas ou entes despersonalizados. 
 
 
 
O Código Civil define que: Art 1° Toda pessoa é capaz de direitos e deveres 
na ordem civil. 
Art 2° A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a 
lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 
 
Além das pessoas físicas ou naturais, passou-se a reconhecer, como sujeito de 
direito, entidades abstratas, criadas pelo homem, às quais se atribui 
personalidade. São as denominadas pessoas jurídicas, que assim como as 
pessoas físicas, são criações do direito. 
 
“Pessoa” é o ente físico ou coletivo suscetível de direitos e obrigações, sendo 
sinônimo de sujeito de direito. Já “sujeito de direito” é aquele que é sujeito 
de um dever jurídico, de uma pretensão ou titularidade jurídica, que é o 
poder de fazer valer, através de uma ação, o não-cumprimento do dever 
jurídico, ou melhor, o poder de intervir na produção da decisão judicial” 
(Maria Helena Diniz, Curso de Direito Civil Brasileiro. V.1, 18 ed, Saraiva: São 
Paulo, 2002. (p.116). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Do objeto da relação jurídica 
 
O objeto é o meio para se atingir a finalidade da relação jurídica. Sobre o 
objeto o sujeito ativo exerce sua faculdade de agir, impondo ao sujeito 
passivo um dever jurídico. 
 
O objeto imediato (direto) da relação jurídica é o que toca imediatamente o 
sujeito, ou seja, é a prestação, sempre representada por uma conduta 
humana: dar, fazer, não fazer. 
Dar e fazer são condutas consideradas positivas, pois exigem uma ação 
do sujeito passivo em benefício do sujeito ativo. Já não fazer é 
considerada conduta negativa, pois exige uma abstenção (omissão) lícita 
do sujeito passivo em benefício do sujeito ativo. 
 
Exemplo: os contratos de compra e venda têm, por objeto imediato, 
uma obrigação de dar; os contratos de prestação de serviço uma 
obrigação de fazer e cláusulas que imponham uma abstenção como, 
por exemplo, nos contratos publicitários não aparecer em público 
utilizando outras marcas (cláusulas de exclusividade) têm por objeto 
imediato uma obrigação de não fazer. 
 
Quando se pergunta dar, fazer ou não fazer o quê(?) a resposta 
identificará o objeto mediato (indireto), que são os bens jurídicos sobre 
os quais recai a relação jurídica. Bem jurídico é tudo aquilo que tem 
valor, utilidade ou interesse moral ou econômico e que é protegido pelo 
Direito. 
 
Fato gerador ou vínculo de atributividade da 
relação jurídica 
 
Fato gerador ou vínculo de atributividade da relação jurídica é o que 
transforma uma relação social em uma relação jurídica, ou seja, o que 
confere ao sujeito ativo a faculdade de exigir do sujeito passivo um 
determinado comportamento. 
 
O fato considerado em uma estrutura normativa, dá origem ao fato 
jurídico ou a ele impõe consequências. Analisando-se o fato jurídico 
por meio da estrutura lógica da norma teríamos o que se denomina de 
suposto jurídico, ou seja, a hipótese da qual depende a realização dos 
efeitos predeterminados na lei (se A é, B deve ser). Dessa forma, o fato 
jurídico seria a realização do suposto da norma jurídica (hipótese) que 
produzirá os efeitos ou consequências previstas em lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o Direito em conflito com a 
Justiça, luta pela justiça.

Outros materiais