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7º ano do Ensino Fundamental Disciplina: Língua Portuguesa ATIVIDADES 30 e 31 Caro(a) aluno(a), esperamos que você esteja bem! Chegamos à reta final! Estas atividades finalizam o seu percurso de estudos com as atividades da plataforma da Secretaria de Educação. Durante esse período estudamos assuntos como: aspectos da nossa cidade e história regional, meio ambiente, viver em sociedade, empatia e cooperação, diversidade, infância e direitos da criança e do adolescente, ciberbullying e consumismo. Interpretamos muitos gêneros como: entrevista, notícia, história em quadrinho, charge, tirinha, depoimento, propaganda, infográfico, crônica, romance, biografia, autobiografia, resenha, conto e narrativa de aventura. Além disso, conhecemos palavras novas, vimos os sinais de pontuação, os advérbios, os pronomes como elementos coesivos, as linguagens formal, informal, figurada e literal, prefixos e sufixos, o modo imperativo e o foco narrativo. Ufa! Quantos assuntos, não é mesmo? E por fim, terminaremos com a leitura de um trecho da narrativa de aventura “A criatura”. Ah! Não se esqueça de realizar a proposta de leitura! Bons estudos! Atenção! Na semana de 16 a 19/11, responda às questões de 1 a 3 e na semana de 23 a 27/11, às questões de 4 a 6. Trecho da narrativa escrita por Laura Bergallo no livro “A criatura”, publicado em 2005. No trecho selecionado, você conhecerá um personagem que enfrenta muitos desafios e muitas aventuras em cenários empolgantes. A criatura A tempestade tornava a noite ainda mais escura e assustadora. Raios riscavam o céu de chumbo e a luz azulada dos relâmpagos iluminava o vale solitário, penetrando entre as árvores da floresta espessa. Os trovões retumbavam como súbitos tiros de canhão, interrompendo o silêncio do cenário [...]. Alimentadas pela chuva insistente, as águas do rio começavam a subrir e a invadir as margens, carregando tudo o que encontravam no caminho. Barrancos despencavam e árvores eram arrancadas pela força da correnteza, enquanto o rio se misturava ao resto como se tudo fosse uma coisa só. Mas algo... ou alguém... ainda resistia. Agarrado desesperadamente a um tronco grosso que as águas levavam rio abaixo, um garoto exausto e ferido lutava para se manter consciente e ter alguma chance de sobreviver. Volta e meia seus braços escorregavam e ele quase afundava, mas logo ganhava novas forças, erguia a cabeça e tentava inutilmente dirigir o tronco para uma das margens. De repente, no período de silêncio que se seguia a cada trovão, ele começou a ouvir um barulho inquietante, que ficava mais e mais próximo. Uma fumaça esquisita se erguia à frente, e ele então compreendeu: era uma cachoeira! [...] Num pulo desesperado, agarrou o ramo de uma árvore que ainda se mantinha de pé perto da margem e soltou o tronco flutuante, que seguiu seu caminho até a beira do precipício e nele mergulhou descontrolado. [...] De repente, percebeu que a distância entre uma das margens e o galho em que se pendurava talvez pudesse ser vencida com um pulo. Deu um jeito de se livrar da camisa molhada, que colava em seu corpo e tolhia seus movimentos. Respirou fundo para tomar coragem. Se errasse o pulo, seria engolido pela queda-d’água... mas, se acertasse, estaria a salvo. Viu que não tinha outra saída e resolveu tentar. Tomou impulso e [...] conseguiu alcançar a margem. [...] Ficou de pé meio vacilante e examinou o lugar em torno, tentando decidir para que lado ir. Foi quando ouviu um rugido horrível, que parecia vir de bem perto. Correu para o lado oposto, mas não foi longe. Logo se viu encurralado em frente a um penhasco gigantesco, que barrava sua passagem. O rugido se aproximava cada vez mais. Estava sem saída. De um lado, o penhasco intransponível; de outro, uma fera esfomeada que o cercava pronta para atacar. Então, viu um buraco no paredão de pedra e se meteu dentro dele com rapidez. A fera o seguiu até a entrada da caverna, mas foi surpreendida. Com uma pedra grande que achou na porta da gruta, o garoto golpeou a cabeça do animal com toda a força que pôde e a fera cambaleou até cair, desacordada. Já fora da caverna, ele examinou o penhasco que teria que atravessar antes que o bicho voltasse a si. [...] Foi quando uma águia enorme passou voando bem baixo e o garoto a agarrou pelos pés, alçando voo com ela. Vendo-se no ar, olhou para baixo, horrorizado. Se caísse, não ia sobrar pedaço. Segurou com firmeza as compridas garras do pássaro e atravessou para o outro lado do penhasco. O outro lado tinha um cenário muito diferente. Para começar, era dia, e o sol brilhava num céu sem nuvens sobre uma pista de corrida cheia de obstáculos, onde se posicionavam motocicletas devidamente montadas por pilotos de macacão e capacete, em posição de largada. Apenas em uma das motos não havia ninguém. A águia deu um voo rasante sobre a pista, e o garoto se soltou quando ela passava bem em cima da moto desocupada. Assim que ele caiu montado, foi dado o sinal de largada. As motos aceleraram ruidosamente e partiram em disparada, enfrentando obstáculos como rampas, buracos e lamaçais. O páreo era duro, mas a motocicleta do garoto era uma das mais velozes. Logo tomou a dianteira, seguida de perto por uma moto preta reluzente, conduzida por um piloto de aparência soturna. [...] Inclinando o corpo um pouco mais, o garoto conseguiu acelerar sua moto e aumentou a distância entre ele e o segundo colocado. Mas o piloto misterioso tinha uma carta na manga: num golpe rápido, fez sua moto chegar por trás e, com um movimento preciso, deu uma espécie de rasteira na moto do garoto. A motocicleta derrapou e caiu, rolando estrondosamente pelo chão da pista e levantando uma nuvem de poeira. O garoto rolou com ela e ambos se chocaram com violência contra uma montanha de terra, um dos últimos obstáculos antes da chegada. A moto negra ganhou a corrida, sob os aplausos da multidão excitada, e o garoto ficou desmaiado no chão. Com um sorriso vitorioso, Eugênio viu aparecer na tela as palavras FIM DE JOGO. Soltou o joystick e limpou na bermuda o suor da mão. [...] BERGALLO, Laura. A criatura. São Paulo: SM, 2005. p. 37-44. Disponível em: https://encantoseencontrosdaspalavras.blogspot.com/2017/02/genero-narrativa-de-aventura-7-ano.html Leitura em vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=SeikCljE-SU&ab_channel=AmoreLiteratura Responda: 1) O fim da história te surpreendeu? Comente a respeito. 2) As mudanças de cenário onde ocorrem as ações dos personagens podem confundir o leitor. Porém, a diversidade de espaços é justificada quando o leitor sabe a) que se trata de um jogo virtual. b) que o motociclista da moto preta venceu a disputa. c) que o personagem é criativo. d) que a história é baseada na realidade. 3) Qual o significado da palavra destacada em “De um lado, o penhasco intransponível; de outro, uma fera esfomeada”? a) Acessível. b) Assustador. c) Insuperável. d) Grandioso. FIQUE LIGADO A narrativa de aventura é aquela que descreve as ações de valentes heróis ou heroínas que vivem as mais surpreendentes situações. O (a) aventureiro (a) enfrenta desafios e se envolve em diversas aventuras para escapar do perigo. A ação é o elemento principal numa narrativa de aventura. Como em toda narrativa, os elementos essenciais são: espaço, tempo, personagens, enredo e narrador. Sobre esses elementos, é importante ressaltar que: •Personagens: são os seres que participam da história, podendo ser principais (protagonistas) ou secundárias (coadjuvantes). O protagonista aventureiro não se abate diante dos sucessivos desafios e envolve-se numa sequência de peripécias (acontecimentos inesperado) para escapar do perigo. •Narrador: é voz que conta história. É classificado em: Observador: nãoparticipa da narrativa; narra em 3ª pessoa. Personagem: conta e participa da história; narra em 1ª pessoa. Onisciente: sabe tudo que acontece, inclusive o que os personagens estão sentindo e pensando. Narra em 3ª pessoa. •Enredo: é o que acontece na história, ou seja, a sequência de ações que faz com que a narrativa exista e tenha uma estrutura: início, meio e fim. Faz parte do enredo, o conflito. Estrutura do enredo •Situação Inicial: é o início da narrativa em que apresenta os personagens, espaço e o tempo. •Conflito: é a situação-problema vivenciada pelas personagens na narrativa, podem acorrer mais de um conflito numa narrativa maior. •Desenvolvimento: são as ações que modificam o estado inicial da história e conduzem a história para o clímax e desfecho. Nas narrativas de aventura, o leitor é conduzido por ações encadeadas a partir do desenvolvimento de temas fascinantes como viagens complicadas, caçadas a tesouros, escapadas, etc. As aventuras são repletas de obstáculos e perigos que desafiam a coragem dos aventureiros. •Clímax: é o momento de maior tensão, quando o problema está no auge e as ações tomadas definirão o rumo da história. •Desfecho: é o final da história e mostra que o problema foi solucionado. Geralmente, os personagens aprendem alguma lição a partir da aventura vivida. Fonte: https://dialoguia.wordpress.com/2016/06/08/o-que-e-uma-narrativa-de-aventura/ Mais sobre o assunto no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=H9QbuDyfjXQ&ab_channel=ProfessoraLarissaRodrigues 4) Analise o texto “A criatura” e escreva V para as informações verdadeiras e F para as falsas. a) ( ) O protagonista da aventura é o garoto que escapou da fera e foi levado à corrida de moto. b) ( ) A história é contada por um narrador observador. c) ( ) A situação inicial do protagonista não aparece no trecho exposto na atividade. d) ( ) A parte em que o garoto joga uma pedra sobre a fera que o perseguia é considerada o clímax da aventura. e) ( ) O garoto sai vitorioso de todas as peripécias que vive. 5) Eugênio é o jogador real que compete com um jogo virtual, pelo final, nota-se que ele é representado como a) o protagonista da aventura. b) um personagem secundário do enredo. c) um elemento desnecessário para o enredo. d) o piloto misterioso. 6) Agora leia o resumo do livro do qual o treho foi extraído: Eugênio Klaus, adolescente de quinze anos, é um gênio precoce da informática. Arrogante, convencido, autocentrado e incapaz de romper as barreiras de seu próprio interesse, inesperadamente, é contratado por uma grande firma produtora de games. Lá, passa a colaborar num projeto de cibertransporte, que nada mais é do que uma revolucionária tecnologia que permite transportar o jogador para o mundo virtual. Paralelamente, para testar seus próprios https://dialoguia.wordpress.com/2016/06/08/o-que-e-uma-narrativa-de-aventura/ https://www.youtube.com/watch?v=H9QbuDyfjXQ&ab_channel=ProfessoraLarissaRodrigues jogos, trabalha na criação de um personagem, a criatura de que fala o título. A criatura é tão bem construída que acaba criando vida própria e desafiando seu criador para um embate no ambiente virtual. Cansado de ser maltratado por Eugênio, que o chama de Loser (perdedor em inglês), o personagem propõe ao garoto um desafio em que a vitória lhe garantirá uma visita ao mundo exterior, mas cuja derrota lhe custará muito caro: ser deletado pelo oponente. Eugênio aceita o desafio, certo de que acabará de vez com a criatura que ousa desafiá- lo. De posse do protótipo de equipamento de cibertransporte, ainda não testado em seres humanos, Eugênio consegue se transportar para o universo dos games onde vive sua criatura. Adaptado de: https://docplayer.com.br/21813336-A-criatura-laura-bergallo.html A) A leitura do resumo te ajudou a compreender melhor o texto inicial? Mudou sua compreensão inicial? B) O resumo traz algumas características de Eugênio que não são tão nobres assim, como arrogante e convencido. Em sua opinião, essas características são aceitáveis num personagem central, visto como herói de uma narrativa de aventura? Por quê? SAIBA MAIS Lembra-se do filme “Jumanji: bem-vindo à selva” que estudamos nas atividades anteriores? O enredo dele é considerado uma narrativa de aventura. Assim como o do livro “A droga da obediência”, lido no início das atividdaes remotas. As narrativas de aventura estão presentes em diversas obras do cinema. Alguns filmes foram baseados em clássicos literários do autor Júlio Verne, como Vinte Mil Léguas Submarinas, A Volta ao Mundo em 80 Dias, Viagem ao centro da Terra, As viagens de Gulliver, entre outros. Dica de narrativas de aventura em filmes: https://www.cinedica.com.br/Lista-De-Filmes- Filmes-Baseados-Em-Livros-De-Julio-Verne-1119606343.php Hora da leitura Assista ao filme Volta ao Mundo em 80 Dias - Uma Aposta Muito Louca. Clique no link: https://www.youtube.com/watch?v=pZzK5eHbyfU&ab_channel=MelhoresPre%C3%A7os Para a semana de 16 a 19/11: 1) O filme mostra o inventor Phileas Fogg visto pela comunidade científica como um fracasso, pois, para os cientistas da época, suas ideias são mirabolantes. Entretanto, usando os recursos científicos de que dispunha, ele provou que eles estavam errados. a) Você já teve que provar a alguém que suas ideias são importantes? Comente. b) Você já deixou de acreditar nas ideias de alguém e depois se arrenpedeu? c) Qual avanço científico o mundo atual precisa para ser melhor? 2) É preciso acreditar em nosso potencial, mas também é preciso saber quando nossos desejos não trarão benefícios. Como saber a hora de desistir ou continuar com uma ideia? Para a semana de 23 a 27/11: 3) Por que o Ministro de Ciências da Ingalterra trapaceia a viagem Phileas se ele não acredita que a viagem possa ser feita em pouco tempo? 4) Phileas se mantém fiel a seus princípios éticos, mesmo com tantos obstáculos. Entretanto, em nossa sociedade, algumas pessoas se rendem às dificuldades e as usam para justificar as coisas erradas que fazem. O que você pensa a respeito disso? 5) Numa narrativa de aventura, os personagens geralmente aprendem uma lição. Que lição Phileas e seus amigos aprenderam com a viagem? 6) O que você achou da aventura de Phileas e seus amigos? https://www.cinedica.com.br/Lista-De-Filmes-Filmes-Baseados-Em-Livros-De-Julio-Verne-1119606343.php https://www.cinedica.com.br/Lista-De-Filmes-Filmes-Baseados-Em-Livros-De-Julio-Verne-1119606343.php https://www.youtube.com/watch?v=pZzK5eHbyfU&ab_channel=MelhoresPre%C3%A7os
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