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PROJETO INTEGRADOR

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PROJETO INTEGRADOR
 
Atuação do Nutricionista na Internação
Integrantes:
Fátima Aparecida Ribeiro
Lílian Pereira de Lima
Marcel Apolinário Imamura
Rodrigo Alves da Silva
O que diz a Resolução nº 600?
O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), no exercício das competências previstas na Lei Federal n° 6.583, de 20 de outubro de 1978, no Decreto n° 84.444, de 30 de janeiro de 1980, e no Regimento Interno, ouvidos os Conselhos Regionais de Nutricionistas (CRN), e, tendo em vista o que foi deliberado na 322ª Reunião Plenária Ordinária, realizada nos dias 23, 24 e 25 de fevereiro de 2018;
 
https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm
Considerando a finalidade dos Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas de orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de nutricionista, conforme o Artigo 1º da Lei Federal n° 6.583, de 20 de outubro de 1978, e o Artigo 2º do Decreto n° 84.444, de 30 de janeiro de 1980;
 
Considerando que compete ao nutricionista, enquanto profissional de saúde, conforme o Artigo 1º da Lei Federal nº 8.234, de 17 de setembro de 1991, zelar pela preservação, promoção e recuperação da saúde;
 
Considerando que, para o efetivo desempenho das atividades definidas nos Artigos 3° e 4° da Lei Federal n° 8.234, de 17 de setembro de 1991, bem como o compromisso do Sistema CFN/CRN em zelar pela exação do exercício profissional em prol da saúde da população, impõe-se a especificação das atribuições por área de atuação, bem como as indicações referentes à quantificação mínima de nutricionistas para a execução dessas atribuições;
 
Considerando o Artigo 6º vigente da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que estabelece a alimentação como direito social;
 
Considerando os Artigos 2º e 3º da Lei Federal nº 11.346, de 15 de setembro de 2006, que tratam sobre o direito humano a alimentação adequada e da segurança alimentar e nutricional;
 
Considerando o Decreto nº 8.553, de 3 de novembro de 2015, que institui o Pacto Nacional para Alimentação Saudável;
O que diz a Resolução nº 600?
A resolução 600 determina todos os setores e ações do Nutricionista.
Considera todas as recomendações:
Guia Alimentar Brasileiro
CAISAN
A responsabilidade de prevenir infrações sob a vigilância Sanitária e direito ao consumidor
Normas e condutas e o código de Ética Profissional
Compromisso profissional legal do nutricionista, no exercício das atividades
 
;
 
 
Áreas abordadas na resolução:
.I Área de Nutrição em Alimentação Coletiva – gestão de Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN).
II. Área de Nutrição Clínica – Assistência Nutricional e Dietoterápica Hospitalar, Ambulatorial, em nível de Consultórios e em Domicilio.
III. Área de Nutrição em Esportes e Exercício Físico Assistência Nutricional e Dietoterápica para Atletas e Desportistas.
IV. Área de Nutrição em Saúde Coletiva - Assistência e Educação Nutricional Individual e Coletiva.
V. Área de Nutrição na Cadeia de Produção, na Indústria e no Comércio de Alimentos  atividades de desenvolvimento e produção e comércio de produtos relacionados à alimentação e à nutrição.
VI. Área de Nutrição no Ensino, na Pesquisa e na Extensão  atividades de coordenação, ensino, pesquisa e extensão nos cursos de graduação e pós-graduação em nutrição, cursos de aperfeiçoamento profissional, cursos técnicos e outros da área de saúde ou afins.
Orientações na Nutrição clínica
	Complexidade	Nº de leitos	Nº de nutricionistas	Carga horária técnica semanal
	Média	A cada 30	1	30h
	Alta	A cada 15	1	30h
I. ÁREA DE NUTRIÇÃO CLÍNICA
 
A. SUBÁREA – ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL E DIETOTERÁPICA EM HOSPITAIS, CLÍNICAS EM GERAL, HOSPITAL-DIA, UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA) E SPA CLÍNICOS
 
Tabela 1. Hospitais e Clínicas em Geral
Observações:
1 – O número total de nutricionistas ou da carga horária técnica semanal da instituição será composto do somatório da Tabela 1 da área de Nutrição Clínica – Hospital e Clínicas em geral e da Tabela 2 da área de Nutrição em Alimentação Coletiva, conforme os níveis de complexidade existentes.
2 – Na instituição onde há atendimento noturno, manter nutricionista para a assistência nutricional 24 (vinte e quatro) horas/dia ininterruptas, inclusive nos finais de semana e feriados.
3 – Na instituição que possua unidades de lactários, central de terapia nutricional, banco de leite humano e serviços de terapia renal substitutiva, o número total de nutricionistas será composto pelo somatório de todas as unidades existentes.
4 – Na instituição em que há ambulatório, manter quadro de nutricionistas complementar para atendimento ambulatorial compatível com a demanda de pacientes atendidos. 
 
Tabela 1. Hospitais e Clínicas em Geral
Tabela 2. Hospital-Dia, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Spa Clínicos
Observações:
1 – O número total de nutricionistas ou da carga horária técnica semanal da instituição será composto do somatório da Tabela 2 da área de Nutrição Clínica – Hospital-dia, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Spa Clínicos e da Tabela 2 da área de Nutrição em Alimentação Coletiva.
2 – Na instituição onde há atendimento noturno, manter nutricionista para a assistência nutricional 24 (vinte e quatro) horas/dia ininterruptas, inclusive nos finais de semana e feriados.
3 – Na instituição em que há ambulatório, manter quadro de nutricionistas complementar para atendimento ambulatorial compatível com a demanda de pacientes atendidos. 
	Nº de leitos	Nº de nutricionistas	Carga horária técnica semanal
	Até 60	1	20h
	Acima de 60	1 + 1 a cada 60	30h
B. SUBÁREA – ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL E DIETOTERÁPICA EM SERVIÇO DE TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA
	Nº de pacientes/dia	Nº de nutricionistas	Carga horária técnica semanal
	A cada 50	01	30h
Tabela 3
Observações:
1 – Manter nutricionista para a assistência nutricional em todos os turnos de funcionamento da instituição.
2 – Na instituição em que há ambulatório, manter quadro de nutricionistas complementar para atendimento ambulatorial compatível com a demanda de pacientes atendidos. 
 
C. SUBÁREA – ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL E
 DIETOTERÁPICA EM INSTITUIÇÃO DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS (ILPI)
 
	Nº de idosos atendidos	Nº de nutricionistas	Carga horária técnica semanal
	Até 20	01	15h
	De 21 a 50	01	20h
	De 51 a 100	01	30h
	Acima de 100	1 + 1 a cada 50 residentes	30h
Tabela 4
Observação: Na instituição onde o mesmo nutricionista assuma também as atribuições da produção de refeições, a carga horária técnica semanal será acrescida ao quantitativo da Tabela 2 da área de Nutrição em Alimentação Coletiva e Tabela 4 da área de Nutrição Clínica (ILPI).
 
D. SUBÁREA – ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL E DIETOTERÁPICA EM AMBULATÓRIO E CONSULTÓRIO
	Tipo de procedimento	Tempo mínimo
	Consulta inicial	45 min
	Consulta de retorno	30 min
	Atividade em grupo	60 min
 
E. SUBÁREA – ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL E DIETOTERÁPICA EM BANCOS DE LEITE HUMANO (BLH) E POSTOS DE COLETA
	Nº nutricionista por unidade	Carga horária técnica semanal
	1	30 h
 
F. SUBÁREA – ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL E DIETOTERÁPICA EM LACTÁRIOS
 
	Nº nutricionista por unidade	Carga horária técnica semanal
	1	30h
 
G. SUBÁREA – ASSISTÊNCIA NUTRICIONAL E DIETOTERÁPICA EM CENTRAIS DE TERAPIA NUTRICIONAL
	Tipo de atendimento	Tempo mínimo
	Atendimento inicial	60 min
	Atendimento de retorno	30 min
Ações do nutricionista na Internação
. Avaliação Nutricional do Paciente
.Planejamento
.Implementação
.Avaliação do do cuidado nutricional e alimentar
.Fornecer assistência dietética
.Promover educação Nutricional
.Cuida de Processos de Produção
.Tem o cuidado personalizado
.Interagir com as equipes multidisciplinares:
 médicos, farmacêuticos, enfermeiros, assistente social e outros.
Nutrição Hospitalar
Fornecer assistência dietética
Promover educação Nutricional
Cuida dos processos de Produção do alimento
Monitora o estado nutricional
Tem o cuidado personalizado
Interage com as equipes multidisciplinares: 
como médico, farmacêutico, enfermeiro, assistente social e outros
Setores de trabalhodo Nutricionista
Cardiovascular
UTI
UTI Neonatal
Pediatria
Urologia
Ginecologia
Clínica Médica
Hemodiálise
Banco de Leite Humano
Nutrição Parenteral e Enteral
IBRANUTRI
“Fez pesquisa e constatou que em “1998, pesquisa do Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional Hospitalar (Ibranutri) apontou que 48% dos pacientes internados na rede pública hospitalar apresentavam quadro de desnutrição. Duas décadas depois, a revisão de 66 pesquisas de 12 países da América Latina constatou que o cenário piorou e a taxa de internados desnutridos chega a 60%.”
Fonte:https://portalhospitaisbrasil.com.br/indice-de-pacientes-hospitalizados-que-estao-desnutridos-chega-a-60/
BRASPEN 
(Sociedade Brasileira e Nutrição Paraenteral e Enteral)
Determine o risco e realize a avaliação nutricional
E – Estabeleça as necessidades calóricas e proteicas
S – Sabia a perda de peso e acompanhe o peso a cada 7 dias
N – Não negligencie e jejum
U – Utilize métodos para avaliar e acompanhar a adequação nutricional 		 ingerida vs estimada
T – Tente avaliar a massa e a função muscular
R – Reabilite e mobilize precocemente
I – Implemente pelo menos dois indicadores de qualidade
Ç – Continuidade no cuidado intra-hospitalar e registro dos dados em prontuário
à– Acolha e engaje o paciente e/ou familiares no tratamento
O – Oriente a alta hospitalar
Depoimento Dra. Gabryelle Gomes
Nutricionista Clínica 
Hospital de Infectologista Emílio Ribas
 Apresentação e atuação
Rotina
A importância do trabalho em equipe. 
REVISÃO DE ARTIGOS
Introdução
Métodos
Discussão
Comparativos
Conclusão
A literatura nacional e internacional tem ressaltado o impacto da hospitalização no estado nutricional. Tendo como relevância a importância epidemiológica da desnutrição hospitalar em pacientes internados. 
O presente trabalho averiguou estudos em que 30% a 50% dos pacientes internados na rede pública podem ser diagnosticados com algum grau de desnutrição e que a desnutrição hospitalar progride na medida em que aumenta o período de internação. Verificou-se também que 29% dos pacientes perderam peso (DE SETA et al., 2010).
Diante deste contexto, para PEDROSO et al. (2011) o cuidado nutricional assume fundamental importância dentro do processo de humanização no ambiente hospitalar, visto que são poucos os indicadores e ações humanizadoras concebidos com os setores envolvidos neste cuidado.
Desse modo, a questão permanece como um problema que deve ser estudado e enfrentado no âmbito das ações de atenção nutricional.
INTRODUÇÃO
CUIDADO NUTRICIONAL EM HOSPITAIS PÚBLICOS 
Considerando a importância do cuidado nutricional para a qualidade da atenção prestada ao paciente internado, a pesquisa objetivou avaliar esse cuidado em oito hospitais públicos que receberam aportes do QualiSUS em quatro estados do país. 
Neste estudo exploratório, transversal e descritivo realizaram-se entrevistas semiestruturadas com nutricionistas nos locais em que eram desenvolvidas as atividades, segundo proposições contidas na Resolução do CFN nº 380, de 2005 20, onde foi feita observação direta e revisão de 219 prontuários de pacientes internados nas clínicas médicas. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, em cumprimento à Resolução n° 196/96 21 . Relatórios específicos, com as informações de seu interesse, foram encaminhados à direção de cada hospital participante da pesquisa (DE SETA et al., 2010).
CUIDADO NUTRICIONAL HOSPITALAR PERCEPÇÃO DE NUTRICIONISTAS PARA ATENDIMENTO HUMANIZADO
MÉTODOS
A pesquisa identificou as ações de cuidado alimentar e nutricional considerando as perspectivas da equipe de nutricionistas de um hospital de referência para a Política Nacional de Humanização (PNH). 
A partir de uma abordagem qualitativa, utilizou-se a técnica de grupos focais. A pesquisa envolveu treze nutricionistas, que foram divididas em dois grupos de acordo com o tempo de serviço, seguindo critérios de homogeneidade.
	As entrevistas foram desenvolvidas para análise da categoria: ser nutricionista para um atendimento humanizado, buscando conhecer as seguintes ações da prática destes profissionais: avaliação nutricional do paciente; planejamento, implementação e avaliação do cuidado nutricional e alimentar. A análise do conteúdo foi utilizada como técnica para sistematização das informações obtidas, agrupando-as em unidades de significado
(PEDROSO et al., 2011).
COMO FUNCIONA EQUIPE NUTRICIONAL
Considerando a centralidade da equipe de nutrição no cuidado nutricional: Uma é responsável pelo atendimento clínico-nutricional; e a outra, pelo planejamento, produção e distribuição de refeições.
A qualidade e a função da alimentação hospitalar dependem da interação entre a produção de refeições e a assistência nutricional propriamente dita, entendida como atividade multiprofissional complexa. É importante que o nutricionista assuma o desafio da efetividade da sua intervenção, inclusive no campo da educação nutricional, que provoque mudanças nos hábitos alimentares dos indivíduos e de suas famílias (DE SETA et al., 2010).
 O nutricionista, tanto nas instituições hospitalares quanto em outros setores lida com situações de trabalho diversificadas e com diferentes graus de complexidade, demandando destes profissionais exigências cognitivas e psíquicas, como: à individualização da dieta e a padronização do cardápio, que segue dentro da alimentação normal e dentro dele tem as preparações que são feitas de acordo com pedidos extras, pelas preferências ou necessidades. 
IMPORTANCIA DAS DIETAS HUMANIZADAS
Por exemplo, “uma dieta branda é toda igual, você não vê uma pessoa, e sim um monte de dietas”. Por isso, a humanização também é caracterizada pelo atendimento destas individualidades, considerando que a inapetência ou a rejeição aos alimentos pode comprometer o tratamento. 
Porém, a prescrição da dieta é realizada pelos médicos tornando-se burocrática quando houver necessidade de alterações, pois as nutricionistas devem comunicar-se com o médico responsável. 
Não tendo tempo para acompanhar todos os pacientes, pois tem que verificar a sonda, prontuários, registrar, conversar com médicos, supervisionar copeiras, fazer orientações de alta e cumprir atividades burocráticas na produção de refeições, isso é o que relatam as nutricionistas das unidades de internação clínica (PEDROSO et al., 2011).
ESTRUTURA DOS HOSPITAIS
Os achados sugerem fragilidades no cuidado nutricional hospitalar; deficiente integração entre produção de refeições e assistência nutricional nos hospitais pesquisados, além de deficiências estruturais. 
O hospital deve possuir um serviço de nutrição e dietética (SND) estruturado, organizado e integrado às outras áreas da atenção, tendo como função prestar assistência alimentar e nutricional por meio da prescrição de dietas com atributos de qualidade e segurança do ponto de vista higiênico-sanitário, da orientação aos pacientes e, ainda, do monitoramento dos efeitos e aceitação da dieta. (DE SETA et al., 2010) 
O estudo revelou que há priorização do atendimento individualizado em função do número de leitos e de atividades burocráticas, falta de autonomia em relação à prescrição de dietas, dificuldades de interação com outros profissionais de saúde e entre as nutricionistas das áreas clínica e produção de refeições. 
Os resultados deste estudo poderão oferecer aos profissionais subsídios que fundamentam ações para a construção de um modelo de cuidado alimentar e nutricional humanizado em hospitais.(PEDROSO et al., 2011)
OBJETIVOS
Além da oferta de alimentos seguros, se objetiva:
		Corrigir e evitar deficiências nutricionais que concorrem para o aumento das complicações e da mortalidade; 
		Identificar em tempo hábil os pacientes que requerem um apoio nutricional especializado e individual e, ao reconhecer os benefícios de se alimentarem os pacientes hospitalizados com seus alimentos favoritos, 
		Oferecer um leque de dietas que contribua para amenizar o sofrimentoda doença e da internação. 
Esses cuidados, chamados genericamente de assistência ou cuidado nutricional, incluem avaliação do estado nutricional do paciente, identificação de metas terapêuticas, escolha das intervenções a serem implementadas, identificação das orientações necessárias ao paciente e formulação de um plano de avaliação, devidamente documentado. (DE SETA et al., 2010) 
PROTOCOLOS/AVALIAÇÕES
A avaliação clínico-nutricional é uma das primeiras ações realizadas na prática dos nutricionistas e faz parte do protocolo de atendimento do hospital. Ocorre, geralmente, nas primeiras horas de internação do paciente. Observam-se, primeiramente, os dados clínicos, bioquímicos, antropométricos e sociais, registrados pela equipe de enfermagem no prontuário. 
A história de vida dos pacientes foi um dos aspectos ressaltados no processo de avaliação. Utilizam-se métodos objetivos (antropometria, composição corpórea, parâmetros bioquímicos e consumo alimentar) e métodos subjetivos (exame físico a Avaliação Subjetiva Global). 
Estas ações, quando realizadas conjuntamente pela equipe de saúde, podem auxiliar no cuidado nutricional, na evolução clínica e prevenção da desnutrição hospitalar. Os conhecimentos em nutrição, a clareza de papéis e as responsabilidades da equipe são imprescindíveis neste processo. Destaca-se que a competência técnico-científica também faz parte da humanização.(PEDROSO et al., 2011)
DÉFICIT DE SERVIÇOS
O principal problema apontado pelos serviços de nutrição foi o número insuficiente de nutricionistas, percebido como o nó crítico para a qualidade do cuidado nutricional, o que tem sido indicado em outros trabalhos.(DE SETA et al., 2010) A inserção dos nutricionistas nos hospitais é destacada em pesquisa do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). 
Dos nutricionistas que atuam em nutrição clínica, cerca de 80% estão nos hospitais e clínicas e, dos que atuam na alimentação coletiva, 28% o fazem no setor hospitalar. No Brasil, a relação entre o número de nutricionistas e o número de leitos foi estabelecida pela Resolução nº 201/98 do Conselho Federal de Nutricionistas, que recomenda uma nutricionista para cinquenta, trinta ou quinze leitos, conforme o nível de complexidade da assistência prestada ao paciente.
 A priorização do atendimento e a necessidade de reformulação das ações de trabalho são relatadas pelas profissionais, considerando os limites apresentados. (PEDROSO et al., 2011)
PROBLEMAS RELACIONADOS
Ressaltam-se problemas relacionados ao processo de cuidado nutricional, inclusive na sua documentação. Em 93% dos prontuários não havia registros do estado nutricional na admissão, nem de avaliação nutricional dos pacientes em terapia nutricional. 
Os achados empíricos do estudo, relativos às atribuições específicas dos nutricionistas no processo de cuidado nutricional, mormente os referentes às suas ações de diagnóstico, prescrição e registro no prontuário, apontam a falta de correspondência entre algumas normas e a realidade observada em sete dos oito hospitais da pesquisa, o que, em grande parte, é corroborado por outros autores. (DE SETA et al., 2010) 
As profissionais afirmam que o formulário é extenso, tornando-se de difícil aplicação, considerando o número de pacientes por nutricionista e o tempo necessário para a sua aplicação. No Canadá, Labonté e Ouelét analisaram o tempo necessário para os dietistas desenvolverem suas atividades em hospitais e constataram que os dietistas dedicam pouco tempo ao preenchimento de formulários contendo dados clínicos nutricionais do paciente. Após a observação do prontuário, as nutricionistas procuram saber como o paciente está e como se sente em relação à doença, objetivando a adequação da dieta às suas necessidades alimentares e nutricionais e a sua condição de vida.(PEDROSO et al., 2011)
CONCLUSÃO I 
Concluiu-se que os resultados deste estudo apontam para uma baixa integração das atividades de assistência nutricional ao conjunto de ações desenvolvidas pela equipe de;
A insuficiência de profissionais saúde no ambiente hospitalar:
A ausência de registros em prontuários necessários para realização da avaliação e do acompanhamento nutricional, especialmente para pacientes sob risco nutricional;
Elementos relacionados à organização do trabalho também parecem contribuir para certo déficit de qualidade. Como a não classificação dos pacientes segundo a avaliação nutricional realizada próxima ao momento da admissão, seguida da priorização do atendimento individualizado e especializado daqueles que se encontram em condição ou situação de maior risco.
A falta de nutricionistas, evidenciada pela ausência ou pela implementação de forma incipiente de alguns dos componentes da assistência nutricional, demonstraram uma lacuna no processo de cuidado aos pacientes, mormente no caso daqueles em risco nutricional. 
Pacientes em terapia nutricional são extremamente vulneráveis, portanto o cuidado nutricional deve ser prestado ao paciente em sua plenitude, tanto para prevenir quanto para reverter quadros de desnutrição e outros agravos relacionados à nutrição. (DE SETA et al., 2010)
	NECESSIDADES ENCONTRADAS NAS PESQUISAS	
	DE SETA et al., 2010	PEDROSO et al., 2011
	Falta de nutricionistas	Falta de interação entre as nutricionistas das áreas clínica e produção de refeições
	Presença de registros em prontuários	Fragmentação de ações entre os profissionais da equipe, além de condições geradas pela própria 
	O cuidado nutricional deve ser prestado ao paciente em sua plenitude, tanto para prevenir quanto para reverter quadros de desnutrição e outros agravos relacionados à nutrição	Executar por completo o cuidado nutricional, que envolve a avaliação do estado nutricional, a identificação de necessidades nutricionais, o planejamento, a implementação e avaliação do cuidado, como também os processos da compra, armazenamento, higienização, pré-preparo e preparo, porcionamento, transporte e apresentação final das preparações
	Baixa integração das atividades de assistência nutricional hospitalar
	Dificuldade especialmente com a equipe médica, no que diz respeito às modificações da prescrição dietética e solicitação de exames laboratoriais
	Insuficiência de profissionais para atender as necessidades do cuidado nutricional	Necessidade de profissionais da saúde baseada na interdisciplinaridade
	Classificação dos pacientes segundo a avaliação nutricional e priorização do atendimento individualizado e especializado daqueles que se encontram em condição ou situação de maior risco
	Otimizar a organização do trabalho dos profissionais através de um protocolo de triagem sistematizado que avalie a complexidade de suas atividades, tais como tempo escasso, número de leitos por nutricionista e atividades administrativas, para melhorar as ações de cuidado alimentar e nutricional
CONCLUSÃO II
	As necessidades encontradas em ambos os trabalhos são idênticas e se complementam. Observamos que as dificuldades apresentadas são em colocar em prática a parte operacional, a insuficiência de profissionais e a necessidade de interação e educação de uma equipe multidisciplinar. O objetivo do presente trabalho foi demonstrar a atuação e as principais necessidades do Nutricionista em diferentes meios hospitalar.  
	 O depoimento da Nutricionista veio colaborar muito, pois ela levantou todas as questões abordadas no nosso trabalho, como: o cuidado nutricional, a triagem, as visitas do nutricionista. E preconizou a organização dos trabalhos do nutricionista, a interação entre a equipe multidisciplinar, a adequação com a realidade do hospital. Abordou todos os assuntos relevantes para o nosso trabalho e de contrapartida não levantou nenhuma dificuldade. E o fato da empresa dela ser terceirizada supre a falta de nutricionistas, ponto negativo evidenciado nos dois artigos, podendo ser um fator positivo que o Hospital trabalha. No mais, a entrevista só veio a colaborar e engrandecer para o nosso trabalho.
	Muitos dos problemas relatados no trabalho seriam sanadosse fosse possível as Instituições colocarem em prática todas as Leis e normas da forma em que estão descritas, como: quantidade mínima de profissionais e nutricionistas, quantidade adequada de nutricionistas por leitos e carga horária. Os demais problemas ficam a cargo da interação dos profissionais e equipe multidisciplinar, que envolve a parte de treinamentos e educação, como: cursos de capacitação, atualizações, workshops e palestras.
REFERÊNCIAS
DE SETA, M. H. et al. Cuidado nutricional em hospitais públicos de quatro estados brasileiros: contribuições da avaliação em saúde à vigilância sanitária de serviços. Ciência & Saúde Coletiva, v. 15, p. 3413-3422, 2010;
PEDROSO, C. G. T. et al. Cuidado nutricional hospitalar: percepção de nutricionistas para atendimento humanizado. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 1155-1162, 2011.
DIAS, Celina de Azevedo; BURGOS, Maria Goretti Pessoa de Araújo. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DE PACIENTES CIRÚRGICOS. Nutritional diagnosis of surgical patients , ABCD Arq Bras Cir Dig, ano 2009, n. 1, ed. 22, p. 2-6, 2009.
SETA, Marismary Horsth De; O‘DWYER, Gisele; HENRIQUES, Patrícia; SALES, Gizene Luciana Pereira de. Cuidado nutricional em hospitais públicos de quatro estados brasileiros: contribuições da avaliação em saúde à vigilância sanitária de serviços. Nutritional care in public hospitals of four Brazilian states: contributions of health evaluation to health surveillance services , Rio de Janeiro/RJ, ano 2010, v. 15, n. 1, ed. 3, Novembro 2010.
CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS (Brasil). Conselho Federal de Nutricionistas. RESOLUÇÃO CFN Nº 600, DE 25 DE FEVEREIRO DE 2018. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e suas atribuições, indica parâmetros numéricos mínimos de referência, por área de atuação, para a efetividade dos serviços prestados à sociedade e dá outras providência. RESOLUÇÃO CFN Nº 600, Brasília/DF, ano 2018, 23 maio 2018.
ÍNDICE de pacientes hospitalizados que estão desnutridos chega a 60%. Hospitais Portais Brasil, on line, ano 2018, 6 jul. 2018.

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