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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ Disciplina: Linguística III Coordenadora: Prof.ª Silmara Dela Silva Tutora a distância: Fernanda Cerqueira de Mello AD1 - 2021/1 Aluno: Tainá Archanjo Braga Polo: Nova Iguaçu Matrícula: 19113120094 Questão 1 Bakhtin, em Marxismo e filosofia da Linguagem, faz duras críticas a duas correntes do pensamento linguístico, que são o objetivismo abstrato e ao subjetivismo idealista, que eram predominantes até meados do século XX, que o autor considerava como perspectivas de estudos linguísticos antagônicas que não consideram a língua em toda a sua complexidade. O objetivismo abstrato considera a língua uma entidade autônoma, com leis geradas dentro de seu próprio sistema, desconsiderando a importância do sujeito falante como produtor dos enunciados. Desse modo, não leva em consideração os aspectos sociais associados a este sujeito, já que considera a língua em si e por si. Esta vertente daria origem aos diversos estudos formalistas. Já o subjetivismo idealista, apresenta as leis da criação linguística como leis essencialmente individual-psicológicas, sendo uma criação análoga à artística. Portanto, de forma totalmente oposta ao objetivismo, a formulação de enunciados estaria baseada na experiência psíquica individual do sujeito falante. Questão 2 A análise da conversação tem como objeto de estudos de conhecimentos linguísticos, paralinguísticos, e socioculturais que possibilitam o sucesso da interação. Nesse contexto, para entender uma conversa é necessário ir mais a fundo na compreensão dos elementos paralinguísticos, que tem um papel importante na construção dos significados dos enunciados linguísticos. Sendo os aspectos não verbais que acompanham a comunicação verbal, como o ritmo da fala, as pausas, os gestos, o volume da voz. Ou seja, o foco da análise passa da organização para a interpretação. Questão 3 a) A linguística textual, utilizando-se dos fatores de textualidade, permite a concepção da noção de texto. O que se dá através de fatores como a coerência; A intencionalidade, que é a intenção ou objetivo por parte de quem produz um texto; A aceitabilidade, que diz respeito a como o receptor age frente ao texto; A informatividade que diz respeito ao grau de previsibilidade das informações que estão presentes no texto; A própria coesão; A situacionalidade, que diz respeito ao momento em que o texto fora criado; e, a intertextualidade, que significa que a compreensão de um texto depende do conhecimento de outros textos. b) Na página 119, da aula 4, vemos que “ o que faz com que um texto seja um texto”, é a possibilidade de sua definição como um “contínuo comunicativo contextual”. Portanto, podemos considerar a tirinha como texto à medida que apresenta todos os fatores da textualidade. c) Considerando o critério da intertextualidade, podemos analisar a tirinha de Eduardo Arruda às luzes da fábula da cigarra e da formiga, muito comum em nossa literatura infantil. Desse modo, a compreensão do “texto” só se dá de maneira plena se houver o conhecimento de um outro texto. Questão 4 O autor tem como foco o estudo dos enunciados, enquanto unidades de interação verbal. Para Bakhtin, os gêneros do discurso são um estudo do enunciado a partir de sua organização, ele observa que “os enunciados apresentam regularidades, são “relativamente estáveis” e, por isso, passíveis de estudo”. Neste contexto, todo enunciado possui três elementos determinados por cada campo da atividade humana, que são: o conteúdo temático, o estilo e a construção composicional. Primeiro com o conteúdo temático vemos o domínio do sentido do enunciado; em segundo, o estilo, refere-se à seleção operada nos recursos da língua; e, por fim, a construção composicional traz a estrutura formal. Considerando aspectos relacionados, para uma análise da tirinha, Bakhtin define gêneros do discurso como “tipos relativamente estáveis de enunciados”, onde “relativamente” destaca aponta para a historicidade dos gêneros e para a imprecisão de suas características e fronteiras, já que os gêneros não são definidos eternamente, sofrendo contínuas mudanças, exatamente porque “as atividades humanas são variadas, múltiplas e também estão em alteração e ampliação ininterruptas”. O que é retratado na tirinha, com as mudanças contínuas nas regras da mãe.
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