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Artigo - Socio da Juventude

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ – UECE
CENTRO DE ESTUDOS SOCAIS APLICADOS - CESA
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DAS JUVENTUDES
PROFESSORA: TEREZA CRISTINA ESMERALDO
EQUIPE: ANNA ALZIRA HOLANDA BARBOSA, MARIA GABRIELLE DE AGUIAR ALVES, ISABEL CÂNDIDA FERREIRA MARQUES ARRUDA, NARA GABRIELLY OLIVEIRA CRUZ
1. INTRODUÇÃO
O artigo procura discorrer, inicialmente, sobre a juventude e suas relações de gênero. Em como o gênero se constituí historicamente nas práticas cotidianas, nas instituições e nas estruturas da sociedade. Buscando compreender a maneira que esse conceito rebate na vida dos jovens, nas dificuldades e estigmas que rodeiam as mulheres jovens.
Bem como, desenvolver uma análise crítica a respeito das mulheres na política, especificamente, as jovens. Entender esse espaço como local de disputa e quais as contribuições do feminismo para o fortalecimento dessas mulheres nesse ambiente historicamente composto de homens, cis, brancos. E até mesmo perceber o movimento feminista como ferramenta que pressiona por políticas públicas em prol da diversidade, acessibilidade.
Dessa forma, o artigo também se atenta em pontuar brevemente o histórico do Feminismo no Brasil e suas respectivas ondas para uma melhor compreensão da temática. Finalizando com o estudo sobre os coletivos feministas jovens e seu papel na contemporaneidade, trazendo dados da pesquisa “Coletivos feministas jovens: os enfrentamentos a violência de gênero na Universidade Estadual do Ceará”, realizada pelo Núcleo de Acolhimento Humanizado às Mulheres em Situação de Violência (NAH).
2. JUVENTUDE E RELAÇÕES DE GÊNERO
3. JOVENS MULHERES NA POLÍTICA
 Segundo dados do IBGE (2019), as jovens brasileiras representam pouco mais de 50% da população jovem, cerca de 25 milhões de brasileiras que possuem múltiplas identidades e, portanto, necessitam de recursos governamentais que atentem para suas particularidades. As jovens enfrentam diariamente obstáculos para o exercício pleno de suas habilidades, que tendem a ser fortalecidas pelo cruzamento de elementos como classe, território, cor da pele e orientação sexual, e que afetam sua capacidade de locomoção e ascensão social. 
 As problemáticas em torno das jovens mulheres são várias e, a partir de sua organização nos movimentos feministas e juvenis, contestam-se as desigualdades de gênero e geracionais decorrentes dos seus distintos pertencimentos (social, econômico, político, cultural). Com isso, são levantadas suas pautas de forma mais pontual no Brasil nos anos 1990, como resultado de uma transformação dos feminismos em várias sociedades.
 No início da última década, especialmente nos anos de 2001, 2002, 2003, 2005 e 2009, a presença organizada de mulheres jovens é percebida nas manifestações de outro mundo promovidas pelos Fóruns Sociais Mundiais (FSM) realizados no Brasil com o objetivo de desenvolver alternativas para a transformação social global. Os cenários de política do FSM têm permitido a troca de experiências e a busca de articulação com outros movimentos presentes no cenário político atual para criar alianças que fortaleçam suas demandas.
 Ademais, a presença política das mulheres nos últimos séculos tem se caracterizado por uma forte ênfase nos campos de atuação e na constituição social de seus direitos. Sob a ideologia histórica do feminismo, o estado das mulheres na sociedade ocidental mudou no relacionamento com os homens desde a histórica conquista do voto, o crescimento das oportunidades de emprego com salários mais próximos a eles, o direito ao divórcio e o controle sobre os corpos das mulheres por saúde, direito a serem eleitas, cota mínima (lei 9.504/1997) que estabelece que pelo menos 30% das candidaturas devem ser femininas e a regra fixada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que obriga os partidos a direcionarem 5% do Fundo Partidário para as campanhas de mulheres, embora muitas mulheres ainda têm dificuldades de ocupar cargos de poder, serem eleitas ou terem voz ativa nas tomadas de decisões políticas. Isso acontece devido à exclusão histórica das mulheres na política e que reverbera, até hoje, no nosso cenário de baixa representatividade feminina no governo.
 
4. FEMINISMO
4.1 PRIMEIRA ONDA
4.2 SEGUNDA ONDA
A Segunda Onda do Movimento Feminista começou a partir da década de 1960, essa vertente ganhou forças no Brasil durante o período ditatorial em 1964, assumindo caráter libertário e buscando novas formas de relacionamento entre os sexos, almejando que as mulheres possam ter plena liberdade e autonomia para tomarem decisões relativas à sua vida, sexualidade e corpo como quiserem. 
O feminismo de segunda onda teve como principais bandeiras: a violência doméstica e sexual, a reivindicação pelo domínio do próprio corpo, a busca pelo prazer sexual, o aborto e o controle de natalidade. Ademais, a segunda onda reconheceu que não existe apenas a dominação de classe, destacando que também existe dominação dos homens sobre as mulheres, destacando também que cada mulher possui diferentes características e por conta disso nenhuma mulher pode ser representada por outra.
A Segunda onda feminista teve grandes desdobramentos em todo o mundo, e especialmente na França e nos Estados Unidos, isso se deve as contribuições de grandes representantes como a francesa Betty Friedan (autora do livro “A Mística Feminista” publicado em 1963) e a estadunidense Carol Hanisch (criou o slogan “o pessoal é político” em 1969) tiveram papel significativo para mobilizar as mulheres do mundo todo em prol da igualdade de direitos entre homens e mulheres.
4.3 TERCEIRA ONDA
A Terceira Onda do Movimento Feminista surge em meados dos anos 80, com a perspectiva de reflexões sobre o conceito da categoria mulher, compreendendo que as ondas anteriores estão repletas de lacunas, de modo que, não visa compreender as demandas de todas as mulheres, reforçando o ideal de um Feminismo branco, hétero e cis. Assim, surge o debate acerca do Movimento Feminista negro e a multiplicidade feminina. Faz-se necessário ressaltar que, juntamente com o Feminismo Negro compõem as novas pautas de luta pela igualdade de gênero, mulheres transexuais, homossexuais, se relacionando com o feminismo lésbico e outras causas LGBT.
Nesse contexto, percebe-se um intenso diálogo com teóricas feministas e dos estudos de gêneros estadunidenses e europeus, tais como: Ângela Davis, Bell Hooks e Judith Butler. Onde são expostas pautas analíticas baseadas no marxismo tradicional, tendo como projeto emancipatório feminino o recorte de gênero, raça e classe. 
 
4.4 QUARTA ONDA
5. COLETIVOS FEMINISTAS
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOHN, M. D. G. JOVENS NA POLÍTICA NA ATUALIDADE : uma nova cultura de participação. Caderno C R H, Salvador, v. 31, n. 82, p. 117-133, abr./2018
SOUSA, Janice Tirelli P. As insurgências juvenis e as novas narrativas politicas. In: Revistas Jóvenes – Revista sobre juventude. México: Centro de Inventigación y estudios sobre juventud. Ano 9, n.22. 2005. Pp. 268-297.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. Rio de janeiro, 2019.
MIRANDA, Cynthia Mara; LOBATO, Ana Laura. A pauta das jovens mulheres brasileiras junto ao governo federal. Desidades,  Rio de Janeiro ,  n. 20, p. 32-45, set.  2018, Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S231892822018000300004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  10  fev.  2021

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