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Sistema Adesivo- pré I


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Sistema Adesivo 
• É muito importante que os dentistas 
produzam tratamentos com os quais os 
produtos usados tenham uma grande 
longevidade. 
• Aplicar o sistema adesivo requer uma 
serie de protocolos e etapas. 
• FUNÇÃO: São um conjunto de materiais 
que tem como objetivo promover a 
união entre os materiais resinosos aos 
substratos dentários. 
• Sem o sistema adesivo as resinas não 
teriam nenhum tipo de longevidade e 
nem aderência, ou seja, não seria 
possível a restauração. 
 
❖ 
• SA é um produto químico; e para que 
haja uma boa interação entre as 
moléculas do adesivo e o substrato 
dentário precisa-se entender as ligações 
químicas existentes. 
• Podem existir ligações do tipo: 
➢ QUIMICAS: 
- Ligações inter-atômicas primarias. 
- São as mais fortes e extremamente 
difíceis de serem rompidas. 
- Como covalentes e iônicas, um 
exemplo são as junções de camadas de 
resinas. 
➢ FISICAS: 
- Ligações intermoleculares 
secundarias. 
- São mais fracas que as químicas. 
- EX: pontes de hidrogênio. 
➢ MECÂNICAS: 
- São as interações entre os objetivos 
onde ocorre a união através do atrito. 
- É mais fraca que as outras duas 
ligações. 
- EX: amalgama ao dente. 
 
• Conceitos importantes a se saber: 
➢ COESÃO: Quando existem ligações 
químicas entre moléculas de mesma 
natureza. 
- Ex: sistema adesivo e resina 
composta (são da mesma natureza). 
 
➢ ADESÃO: É o estabelecimento de 
ligações químicas, ou seja, de 
natureza primaria entre moléculas de 
natureza diferente. 
- Ex: Cimento de ionômero de vidro a 
estrutura dentaria. 
 
➢ UNIÃO: é o estabelecimento de 
ligações físicas e mecânicas entre 
corpos de natureza diferente. 
- Ex: amalgama com a estrutura 
dentária; sistema adesivo com o 
dente. 
 
• Toda união requer um intimo contato 
entre o substrato trabalhado e o 
adesivo, eles necessitam que estejam 
bem perto. 
• Os fenômenos de união dependem de 
características do substrato, do adesivo 
e suas interações. 
• Em um substrato como o esmalte, ele 
possui uma característica que é ela: 
energia livre de superfície: 
- É a capacidade das moléculas de 
superfície de interagirem entre si e com o 
meio ao qual elas estão expostas. 
- Energia livre de superfície está alta: 
quando elas estão mais propensas a 
interagirem com o meio do que com elas 
mesmas. 
- Energia livre de superfície está 
baixa: quando elas estão mais propensas 
a interagirem com elas mesmas do que 
com o meio, pois estão sendo separados 
por alguma substancia densa, como 
películas grossas de salivas. 
• Quando se quer que haja um bom 
procedimento adesivo é necessário que a 
energia livre de superfície esteja alta e a 
cavidade deve estar limpa e seca. 
• Para aumentar a energia de superfície de 
uma cavidade (deixa-la seca) pode-se 
utilizar técnicas como: 
- Ácido fosfórico. 
- Profilaxia. 
• Sempre que as ligações moleculares do 
SA estiverem muito fortes entre elas, a 
tensão superficial vai estar bem mais 
alta. 
OBS: essas moléculas desse AS preferem 
muito mais interagirem entre si do que 
com o substrato, tendo consistência mais 
viscosa: tensão superficial alta. 
- Porém quando em algum SA as 
moléculas preferirem interagir mais com 
o substrato do que entre elas os sistemas 
adesivos serão mais fluidos e terão 
tensão superficial baixa. 
 
 
 
- É preferível sempre ter um SA de baixa 
tensão superficial, ou seja, que prefira 
interagir com o substrato. 
- É melhor comprar um pouco viscoso. 
 
➔ Interação entre: energia livre de 
superfície e tensão superficial 
• Quando se pinga um adesivo sobre o 
dente... 
- Se ele estiver com energia livre de 
superfície muito maior que a tensão 
superficial a energia de superfície vai 
quebrar a tensão superficial e vai 
ocorrer um dano e então um 
molhamento, ela vai se espalhar 
sobre o adesivo---- é exatamente esse 
o correto, que se espalhe, então 
sempre que possível deve-se deixar a 
energia livre de superfície alta e 
comprar adesivos com baixa tensão 
superficial, para que haja um intimo 
contato das moléculas do adesivo 
com o substrato dentário. 
→ Molhamento X Ângulo de contato 
• Vai haver uma melhor união do 
substrato ao adesivo quando houver um 
maior molhamento (maior área de 
cobertura aonde ele se espalha). 
• Para verificar qual adesivo tem um 
melhor molhamento existe uma coisa 
chamada ângulo de contato, quem tiver 
menor ângulo de contato tem então 
melhor molhamento. 
 
• Para se ter um substrato com alta união 
ao adesivo é necessário que haja: 
➢ Alta energia de livre de superfície. 
➢ Baixa tensão superficial. 
➢ Alto molhamento. 
 
 Quando se tem um adesivo muito viscoso 
com baixa capacidade de molhamento 
existe um meio de melhora-lo, tomando 
medidas no substrato dentário, pois no 
adesivo não se pode mexer: 
- Esse procedimento em como objetivo 
quebrar a alta tensão superficial do 
adesivo. 
- Faz-se uma boa profilaxia com pedra 
pomes + água e aplicar ácido fosfórico na 
superfície do esmalte, aumentando a 
energia livre de superfície e o adesivo vai 
preferir interagir com o meio e não com 
suas próprias partículas. 
OBS: é extremamente necessário que o 
dente esteja limpo antes de aplicar o SA, 
pois se não ele não se ligará ao seu 
substrato. 
❖ 
• Os componentes básicos do SA são: 
- Ácido. 
- Primer/ componente hidrofílico. 
- Adesivo/ componente hidrofóbico. 
• Esses componentes podem vir 
separados ou juntos. 
 
1. Composição do ácido 
• É composto por: 
➢ Acido fosfórico (32 a 37%). 
➢ Sílica. 
➢ Corantes. 
OBS: corante é importante porque sem 
ele o fluido seria transparente e é 
melhor que seja de alguma cor para que 
tenha uma noção de onde ele está 
sendo aplicado e facilita também na 
hora de sua lavagem para ver se ele foi 
realmente eliminado. 
 
2. Composição do Primer 
• Composto de: 
➢ Monômeros anfipáticos 
(HEMA, Bis-EMA, MDP). 
- Composto anfipático é aquela que 
tem um radical polar de um lado e 
apolar do outro. 
➢ Solvente (Acetona, Etanol e 
água). 
• O primer é importante para 
estabelecer união entre o sistema 
adesivo e a dentina, pois a dentina é 
um substrato que possui muita água 
e água é apolar se ligando a parte 
polar do primer. 
 
3. Composição do adesivo 
• Composto por: 
➢ Monômeros hidrofóbicos (Bis-GMA, 
TEGDMA). 
➢ Partículas de carga. 
➢ Fotoiniciadores (canforoquinina). 
 
❖ 
• São classificados na forma de tratamento 
da lama dentinária que existe na 
cavidade: 
 
1. Condicionamento total/ 
Convencionais: 
• Necessitam de uma etapa separada de 
aplicação de ácido fosfórico previamente 
em todos os substratos, esmalte e 
dentina. 
• Podem ser subdivididos em sistemas 
adesivos de condicionamento total 
em: 
➢ 3 passos: são aqueles em cada 
componente está em um frasco separado 
e são aplicados um a um. 
➢ 2 passos: aqueles em que existe os 
componentes divididos em duas 
substancias, uma é o acido e o outro 
primer + adesivo. 
 
 
 
 
• Protocolos de aplicação: 
➢ 3 passos: 
1. Aplica-se o ácido fosfórico a 37%, 30 
segundos no esmalte e 15 segundos na 
dentina). 
2. Lavagem da cavidade com água 
durante 60 segundos. 
3. Remoção do excesso de umidade da 
cavidade da dentina com papel 
absorvente. 
4. Aplica-se o primer na dentina 
esfregando durante 20 segundos e ele 
vai remover a umidade natural da 
dentina. 
5. Secagem com jato de ar durante 10 
segundos a uma distancia aproximada 
de cm da cavidade. 
6. Aplicação do adesivo no esmalte e na 
dentina durante 20 segundos. 
 
➢ 2 passos: 
1. Aplica-se o ácido fosfórico a 3%, 30 
segundos no esmalte e 15 segundos na 
dentina. 
2. Lavagem da cavidade com água 
durante 60 segundos. 
3. Remoção do excesso de umidade da 
dentina com papel absorvente. 
4. Aplicação ativa esfregando o 
componente que é primer + adesivo, 
em esmalte e dentina durante 20 
segundos. 
5. Secagemcom jato de ar durante 10 
segundos a uma distância de 20 
centímetros da cavidade. 
6. Fotopolimerização por 10 segundos. 
 
 
 
 
 
 PORQUE OS SA CONVENCIONAIS 
SÃO CONSIDERADOS DIFÍCEIS DE 
USAR: 
Porque eles possuem muitos passos 
clínicos, então existe muitas 
probabilidades de erros. 
 O controle da umidade dentinária é 
fundamental para os sistemas adesivos 
de condicionamento total, pois se 
houver erro prejudica o procedimento 
e a duração. 
 O ácido fosfórico impregna na dentina 
e expande as fibras colágenas, quando 
se lava as fibras colágenas precisam 
ficar expandidas se ficar muito seco 
isso não acontece, por isso é necessário 
que ela fique úmida facilitando a 
impregnação do primer na dentina. 
 Existem muitos solventes no SA, os 
principais são acetona e etanol. O 
melhor são os que utilizam etanol, 
pois ele evapora bem mais devagar 
para que o primar impregne nas fibras 
colágenas. 
 Alguns SA possuem solventes a base 
de água + etanol, pois caso ressecasse 
demais depois da secagem, quando se 
aplica esse tipo de primer consegue 
re-expandir as fibras colágenas da 
dentina. 
 
2. Autocondicionantes: 
• SA onde não existe a necessidade de 
aplicação de ácido fosfórico em dentina 
previamente. 
• São subdivididos em: 
➢ 2 passos: em um frasco existe um 
primer + ácido (primer acídico) e em 
outro o adesivo. 
➢ 1 passo: onde tudo está colocado em 
um único componente, primer acídico 
+ adesivo. 
• Em relação a seus protocolos de 
aplicação: 
➢ 2 passos: 
1. Aplicação de ácido fosfórico a 37 %, 
durante 30 segundos no esmalte. 
2. Lavagem completa da cavidade com 
água durante 60 segundos. 
3. Secagem da cavidade com jato de ar 
secando completamente sem 
necessidade de umidez. 
4. Aplicação ativa esfregando o primer 
acídico, somente em dentina durante 
20 segundos. 
5. Secagem do jato de ar durante 10 
segundos a uma distancia de 20cm da 
cavidade. 
6. Aplicação ativa do adesivo durante 20 
segundos no esmalte e na dentina. 
7. Fotopolimeriza por 10 segundos. 
 
➢ 1 passo: 
1. Aplicação de ácido fosfórico a 37% 
durante 30 segundos no esmalte. 
2. Lavagem da cavidade em água 
durante 60 segundos. 
3. Secagem da cavidade com jato de ar. 
4. Aplicação ativa esfregando o primer 
acídico + adesivo em esmalte e 
dentina durante 20 segundos. 
 
5. Seca com jato de ar a 20 cm de distância 
durante 10 segundos. 
6. Fotopolimeriza durante 10 segundos. 
OBS: eles não têm muita durabilidade. 
 
3. Universais/ Multimodo 
• Podem funcionar como um SA de 
condicionamento total ou 
autocindicionantes dependendo da forma 
como é aplicado. 
• Podem trabalhar em duas estratégias. 
• Tem vantagem de possuir grande MDP, 
garantindo muita união do adesivo ao 
dente. 
• Podem funcionar só como um passou ou 
com dois diferenciando na aplicação da 
dentina 
 
 Importante lembrar que os 
componentes do esmalte são: 
- 97% inorgânica. 
- 1% orgânica. 
- 2% água. 
Logo ele quase não possui água, ou seja, 
a união ao esmalte é mais complicada do 
que com a dentina. 
 Em 1955 Michael Buonocore criou uma 
técnica quando não existia ainda resina 
composta chamada: 
Técnica de condicionamento ácido 
do esmalte 
• Aplicou ácido fosfórico sobre os 
dentes e depois a resina e percebeu 
que sua durabilidade (união) 
aumentou. 
 
➔ SA se unem mecanicamente ao 
esmalte através de microporosidades 
criadas pela técnica de 
condicionamento ácido. 
➔ No esmalte não há necessidade de 
usar primer quando se faz 
restauração só em esmalte. 
➔ União a dentina é bem mais 
complicada, os SA se unem 
mecanicamente a dentina através do 
imbricamento com colágeno 
dentinário formando uma camada 
híbrida (zona de mistura de 
componentes do adesivo com a 
resina). 
➔ Composição da dentina: 
- 70% de matriz inorgânica. 
- 18% de matriz orgânica. 
- 12% de água. 
Pois um substrato polar com um 
material apolar (resina) não se 
mistura com facilidade, então quem 
promove essa ligação é o primer. 
➔ Em cavidades rasas os túbulos 
dentinários são mais estreitos e se 
tem um maior controle da umidade, 
porem em cavidades profundas os 
túbulos são mais abertos e amplos e 
dificulta o controle da umidade. 
- Em cavidades profundas é melhor 
trabalhar com SA autoconvecionantes. 
 
➔ Em uma mesma cavidade pode-se estar 
trabalhando com vários tipos de dentina 
diferentes: 
➢ Visto que o SA se une a dentina por 
meio das fibras colágenas, é 
importante lembrar que: 
- A dentina intertubular possui 
muito mais fibras colágenas que as 
peritubulares. 
✓ Dentina profunda: menor 
concentração de dentina intertubular. 
- BAIXA UNIÃO 
✓ Dentina rasa: maior concentração de 
dentina intertubular. 
- ALTA UNIÃO 
✓ Dentina esclerosada: praticamente 
nenhuma dentina intertubular. 
- NENHUMA UNIÃO 
 
• A maioria das cavidades que se 
trabalham são dentinas afetadas por 
carie que tendem a ser dentinas que tem 
processo de mineralização maior para 
proteção da polpa e o colágeno está mais 
desnaturado, ou seja, diminui a união, 
logo se deve seguir perfeitamente os 
protocolos clínicos. 
 
 
 
 
➔ Enzimas que degradam as Fibras 
Colágenas: 
• A própria cárie ativa enzimas que 
estão na dentina chamadas 
metaloproteinases de matriz e 
castepsinas cisteínicas que degradam 
o colágeno. 
• A aplicação de ácido fosfórico e 
primer acídico + adesivo também 
ativam essas enzimas que degradam 
as fibras colágenas da camada hibrida, 
então com o tempo a resistência vai 
sendo perdida. 
• Usando o primer separando do 
componente hidrofóbico e seguir o 
protocolo de forma correta esse 
desgaste vai demorar muito mais para 
ocorrer tendo uma maior 
durabilidade.