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FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL 2019 Profª. Andréa Oliveira Hopf Diaz Profª. Josélia Elvira Teixeira GABARITO DAS AUTOATIVIDADES 2 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL UNIDADE 1 TÓPICO 1 1 Explique por que Portugal foi o primeiro país a dar início às Grandes Navegações. R.: Portugal aparecerá como o primeiro país a se lançar aos mares por causa da sua posição geográfica favorável, o comércio pesqueiro, a ideia de divulgar o cristianismo, a conquista de novas terras e metais preciosos, que estavam escassos na Europa, são os principais fatores que impulsionam o pioneirismo português nas grandes navegações e colonização. 2 Qual foi o interesse dos europeus nas Índias? E por quê? R.: Portugal e Espanha buscavam novas rotas de comércio para o Oriente em busca das especiarias, tais como cravo, noz-moscada, pimenta, gengibre, canela, açafrão, produtos esses que eram utilizados para que os alimentos não estragassem, assim como artigos de luxo como porcelanas, tecidos de seda marfim, ouro e outros para vender na Europa que eram fonte de muita riqueza na época. 3 Explique por que Portugal não aceitou a Bula Inter Coetera e foi estabelecido um novo acordo conhecido como Tratado de Tordesilhas. R.: Bula Inter Coetera assinado pelo papa Alexandre VI, no qual ficou estabelecida a divisão de 100 léguas oeste das Ilhas de Cabo Verde para a Espanha e a leste para Portugal. No entanto, esse acordo não foi firmado, porque a Espanha teria muitas vantagens em relação a Portugal. Então, em 1494, Portugal e Espanha passaram a disputar a posse das terras e acordaram um novo acordo conhecido como Tratado de Tordesilhas que determinava a divisão das terras sendo pertencente a Espanha 370 léguas oeste, e para Portugal 370 léguas a leste da ilha de Cabo Verde. 4 Explique por que as especiarias eram tão importantes para o mercado europeu no século XV. R.: Eram importantes para conservar e melhorar o sabor dos alimentos, inclusive utilizadas como perfume, afrodisíaco, incenso etc. Portugal assumiu o comércio da pimenta que era monopólio de Veneza, considerada na época a especiaria mais cara da Índia, produto que passou a dar muito lucro para os portugueses. 3 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL 5 O que levou a Espanha, no século XV, a entrar na corrida das Grandes Navegações Marítimas? R.: O objetivo foi pensando na procura de uma rota acessível ao comércio das especiarias que, até então, pertenceu e enriqueceu os venezianos. Os projetos de Colombo visavam encontrar novas rotas para chegar ao Oriente, acreditava que navegando sempre em direção ao Ocidente baseando-se no princípio da esfericidade da Terra chegaria às Índias. 6 Descreva como os espanhóis chegaram ao novo mundo. R.: Os reis espanhóis Fernando e Isabel investiram na viagem de Colombo com o objetivo de encontrar uma nova rota contornando o périplo africano para chegar às Índias em busca das especiarias. No entanto, com apoio de Pinzón, Colombo partiu no dia 3 de agosto de 1492 do Porto de Palos, com três caravelas Santa Maria, a Pinta e a Nina. Em 12 de outubro de 1492 chegou às terras que somente mais tarde descobriram que era um novo continente que posteriormente se chamaria América, terras essas que ele denominou de San Salvador e era chamada pelos indígenas de Guanaani. 7 Elabore um texto sobre as principais características das grandes navegações portuguesas no século XV, seguindo o mapa conceitual. R.: Resposta pessoal. Exemplo: Com a ascendência ao capitalismo e com a queda do feudalismo, o poder passou a ser centralizado nas mãos dos reis. O absolutismo substituiu os senhores feudais. As descobertas de novas terras em busca de metais preciosos e o domínio de novos continentes como Ásia, África e as Américas também serão fundamentais para as transformações que estavam ocorrendo no sistema de economia do mundo. A Igreja Católica tinha interesse em difundir o Cristianismo entre os povos das novas terras descobertas. Portugal também fundou a Escola de Sagres a qual buscava apropriar-se de progressos técnicos, com o desenvolvimento dos estudos da Astronomia, e a descoberta de novos instrumentos de navegação (bússola e astrolábio), a construção de embarcações apropriadas para as longas viagens e a fabricação de armas de fogo, que facilitavam a dominação dos povos primitivos. 8 Leia o trecho do diário de Colombo e em seguida analise como ele viu os povos ao chegar no novo continente. 4 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Trechos do diário da descoberta da América por Cristóvão Colombo ao encontrar outros povos. “O que se segue são palavras textuais do Almirante, em seu livro sobre a primeira viagem e descobrimento dessas Índias: Eu – diz ele –, porque nos demonstraram grande amizade, pois percebi que eram pessoas que melhor se entregariam e converteriam à nossa fé pelo amor e não pela força, dei a algumas delas uns gorros coloridos e umas miçangas que puseram no pescoço, além de outras coisas de pouco valor, o que lhes causou grande prazer e ficaram tão nossos amigos que era uma maravi- lha. Depois vieram nadando até os barcos dos navios onde estávamos, trazendo papagaios e fio de algodão em novelos e lanças e muitas outras coisas, que trocamos por coisas que tínhamos conosco, como miçangas e guizos. Enfim, tudo aceitavam e davam do que tinham com a maior boa vontade. Mas me pareceu que era gente que não possuía praticamente nada. Andavam nus como a mãe lhes deu à luz; inclusive as mulheres, embora só tenha visto uma robusta rapariga. E todos os que vi eram jovens, nenhum com mais de trinta anos de idade: muito bem-feitos, de corpos muito bonitos e cara muito boa; os cabelos grossos, quase como o pelo do rabo de cavalos, e curtos, caem por cima das sobrancelhas, menos uns fios na nuca que mantêm longos, sem nunca cortar. Eles se pintam de preto, e são da cor dos canários, nem negros nem brancos, e se pintam de branco, e de encarnado, e do que bem entendem, e pintam a cara, o corpo todo, e alguns somente os olhos ou o nariz. Não andam com armas, que nem conhecem, pois lhes mostrei espadas, que pegaram pelo fio e se cortaram por ignorância. Não tem nenhum ferro: as suas lanças são varas sem ferro, sendo que algumas têm no cabo um dente de peixe e outras uma variedade de coisas. Todos, sem exceção, são de boa estatura, e fazem gesto bonito, elegantes. Vi alguns com marcas de ferida no corpo e, por gestos, perguntei o que era aquilo e eles, da mesma maneira, demonstraram que ali aparecia gente de outras ilhas das imediações com a intenção de capturá-los e então se defen- diam. E eu achei e acho que aqui vêm procedentes da terra firme para levá-los para o cativeiro. Devem ser bons serviçais e habilidosos, pois noto que repetem logo o que a gente diz e creio que depressa se fariam cristãos; me pareceu que não tinham nenhuma religião. Eu, comprazen- do a Nosso Senhor, levarei daqui, por ocasião de minha partida, seis deles para Vossas Majestades, para que aprendam a falar. Não vi nesta ilha nenhum animal de espécie alguma, a não ser papagaios”. Todas as palavras que acabo de transcrever são do Almirante e nelas se refletem as impressões que colheu no primeiro contato com os índios”. FONTE: COLOMBO, Cristóvão. Diários da descoberta da América: as quatro viagens e o testamento. Disponível em: <http://www.lpm.com.br/livros/Imagens/diarios_da_descober- ta_da_america.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2018. 5 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL R.: Ao chegar no novo continente achando que eram as Índias Cristóvão Colombo encontrou pessoas diferentes que foram amigáveis. Portanto, segundo o relato essas pessoas poderiam ser bons serviçais e habilidosos. TÓPICO 2 1 Descreva as principais motivações que trouxeram os primeiros colonos para o Brasil. R.: O colono será um colono branco que busca recursos para a produção de bens e produtos de valor comercial e o trabalho era recrutado por meio da escravidão, seja do negro africano ou dos nativos indígenas. O perfil dos colonizadoresque desbravaram as terras brasileiras não valorizava o trabalho manual. Os poucos artesãos que vieram para a colônia não se mantinham por muito tempo em seu ofício. Esse desprezo pelas atividades manuais somado com as crenças da Igreja Católica para manter a ordem feudal em Portugal, resultaram na fraca instalação da indústria de manufaturas em Portugal e se estendeu essa condição para a colônia. A falta de sucessão nos negócios impedia o aumento da produtividade e desenvolvimento produtivo. A falta de interesse pelos trabalhos manuais e a percepção católica são fatores apontados como impeditivos ao progresso econômico e desenvolvimento da indústria manufatureira no Brasil. O espírito aventureiro do português e a ânsia dele por prosperidade material rápida o traria às terras brasileiras. 2 Explique como foi a estratégia de ocupação das terras brasileiras e quais os principais produtos que tornaram-se alvo para o comércio externo. R.: As buscas por ouro e prata pelos portugueses no início da colonização foram frustradas e a primeira atividade econômica que gerou rentabilidade para os portugueses foi a extração do pau-brasil, que era usado no tingimento de tecidos. No entanto, a rentabilidade da mercadoria pau-brasil era baixa se comparada com os outros produtos comercializados do Oriente. O interesse em comercializar o produto começou a diminuir quando o pau-brasil começou a extinguir-se na costa e aumentou seu custo de exploração. No entanto, existiam outras riquezas vegetais que poderiam ganhar aceitação no mercado europeu, e Portugal não podia deixar essas terras abandonadas com seus arrendatários e sem defesa. Assim, decorreram as feitorias, o que se fala de colonização nada mais é do que a instalação das feitorias comerciais, estabelecendo um povoamento. A produção de cana-de-açúcar começou a ampliar-se no litoral do Brasil. Devido o valor dele no mercado europeu, 6 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL cresce o interesse na produção de açúcar na costa brasileira, voltada para o mercado externo. 3 Por que a Coroa portuguesa estabeleceu as donatarias na colônia? Como foram organizadas? R.: Como a Coroa portuguesa neste momento não tinha como fazer grandes investimentos na colonização de tão extensas terras e uma ampla costa marítima, surgem as donatarias. Os portugueses também tinham medo da invasão dos franceses, então a a ocupação da colônia por meio de doações de terra seria uma solução para o povoamento. Os territórios foram doados e divididos entre a iniciativa privada. A Coroa portuguesa dividiu em lotes as terras e doou para 12 donatários ou capitães. Assim, a Coroa assegurava-se do apoio da iniciativa privada para iniciar o processo de colonização, com pouco investimento e além de tudo, conseguiria estabelecer novas receitas. 4 Por que o cultivo da cana-de-açúcar cresceu na colônia e o engenho transformou a economia colonial? R.: Com a alta geral dos preços das mercadorias, devido ao fluxo de ouro e prata encontrado pelos espanhóis, o preço do açúcar também acompanhou o mercado internacional. Portugal, desde meados do século XV, já apresentava supremacia na produção do açúcar no mercado internacional. Com o estabelecimento do governo geral, Portugal estimulou a ascenção da indústria açucareira no Brasil. Portugal tomou medidas de estímulo como: na Capitania Real de São Salvador, isentou de impostos por 10 anos os novos engenhos e também concediam a eles privilégios de nobreza aos senhores de engenho. O engenho era a fábrica, compreendendo as instalações para o manuseio e fabricação do açúcar. O nome de engenho foi utilizado posteriormente também para designar a propriedade, suas terras e plantações, assim, engenho e propriedade canavieira tornaram-se sinônimos. 5 Discorra sobre a importância da mineração no Brasil colônia para as rendas da Coroa Portuguesa e como as descobertas de ouro evoluíram no período colonial? R.: A mineração contribuiu para povoar o interior do país. O número que trabalhadores que se exigia para tal indústria, criava aglomerações e assim foram fundadas várias cidades e vilas. No entanto, as minas de ouro somente começaram a ser encontradas no Brasil e tomar importância econômica para Portugal no início do século XVII. Portugal, após várias guerras, estava refazendo-se e recém tinha conseguido sua independência do domínio do 7 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Reino de Castela e incentivava que se encontrasse o metal precioso nas terras da África e do Brasil. Os primeiros achados massivos de produção de ouro foram em São Paulo e Minas Gerais, a produção foi aumentando com a participação de Mato Grosso e Goiás, a partir de 1720 a 1726. Ademais do ouro, também na mesma época foram encontrados diamantes, sendo o Brasil o primeiro grande produtor moderno, tornando monopólio brasileiro no século XVIII. Os rendimentos da Coroa portuguesa foram garantidos no século XVIII pelos quintos do ouro e também pelas jazidas de diamantes, que tornaram-se monopólio do Estado. 6 Quais foram os motivos que levaram ao declínio da exploração da mineração no Brasil? R.: O Brasil obteve as suas fontes de riqueza desde o início da colonização do extrativismo e também da produção da cana-de-açúcar. Depois passou à mineração e com seu esgotamento passou a investir em outros cultivos, como o café que estava valorizado no mercado internacional. A decadência do ciclo da exploração da mineiração, observou-se já em meados do século XVIII e deu-se, fundamentalmente, porque o ouro encontrado nas jazidas começou a extinguir-se, devido às próprias características geológicas do ouro brasileiro que é de aluvião e se encontrava nos leitos dos rios ou próximo as suas margens. Outro motivo era a técnica problemática de exploração e retirada do ouro das rochas matrizes, faltava conhecimento técnico. TÓPICO 3 1 Quais foram os impactos da mudança da família real para o Brasil? R.: A vinda do Regente D. João e da corte portuguesa para o Brasil marca profundamente a história e encerramento da colônia e propicia a sua independência da metrópole. Tão logo de desembarcar no Brasil, o regente assina o decreto que abriu os portos da colônia para todas as nações. O Brasil passaria por uma série de mudanças econômicas e administrativas com a corte portuguesa instalada aqui. O Rio de Janeiro tornou-se sede política, administrativa, econômica e financeira da monarquia. A continuidade do modelo econômico primário exportador se mantém após 1808, mas agora com o cultivo do café. 8 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL 2 Por que mesmo com a independência da metrópole, o Brasil não teve uma ruptura das estruturas estabelecidas na fase colonial? R.: Em 1822 a Independência da metrópole foi proclamada, entretanto, os laços com a metropóle não permitiria uma mudança transformadora do cenário brasileiro. As oligarquias produziam para o mercado externo, tornando-se a Inglaterra o principal parceiro comercial do Brasil. A condução do Brasil passa às mãos do Regente D. Pedro I, ora o Brasil estava mais submetido à metrópole portuguesa ora estava mais dependente do comércio com os britânicos. 3 Como explicaria a permanência do trabalho escravo no Brasil mesmo com a pressão da Grã-Bretanha? R.: Os fazendeiros escravocrátas brasileiros reclamavam que as imposições da Inglaterra abalavam a soberania do país, e consideravam a utilização da mão de obra escrava um assunto da política interna do Brasil. Sob a perspectiva dos fazendeiros do café, que possuiam uma cultura escravocrata, os negros escravizados nada mais eram que um investimento em capital fixo, que lhe confereriam lucros por meio do trabalho deles. 4 Construa argumentos favoráveis ou contrários sobre a utilização da mão de obra escrava no sistema capitalista. R.: Argumentos favoráveis: D. Pedro II reinaria mantendo por mais meio século a escravidão e conservando o modelo agrárioexportador; este modelo previlegiava o cultivo de cana-de-açúcar e produção de açúcar,que era uma mercadoria altamente valorizada no mercado europeu, assim os fazendeiros obtinham alta lucratividade com o comércio internacional. A manutenção da mão de obra escrava era vista como necessária para a manutenção desse modelo agoroexportador. Argumentos contrários: os ingleses passaram a tentar impedir o tráfico de escravos e a vigiar e impor limites para outros países, inclusive ao Brasil, isso encareceu os escravos que eram tratados como mercadorias. O trabalho escravo e servil, reduzia a potencialidade do mercado interno de consumo, impedindo a propagação e evolução do sistema capitalista no Brasil. O sistema capitalista precisa de mão de obra assalariada para aumentar a potencialidade de consumo no mercado. Portanto, alguns historiadores consideram o modelo adotado no Brasil colonial um sistema pré-capitalismo. 9 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL 5 Por que a Inglaterra se beneficiou do comércio com o Brasil após a vinda da família real para o Brasil? R.: A Inglaterra acaba tornando-se a grande beneficiária dessa mudança do Regente português ao Brasil. Pois um comandante inglês liderará a retomada de Portugal libertado das tropas francesas em 1809. Basicamente a Inglaterra (que estava em pleno desenvolvimento industrial) exportava para o Brasil artigos de algodão e lã, porcelanas, metais em bruto e trabalhados, produtos alimentícios e instrumentos náuticos. E também a Inglaterra comercializava diretamente os produtos primários brasileiros, como o algodão em rama, tabaco, charque, couros, peles, baunilha, cachaça, anil, cacau, madeiras, café, arroz, azeite de baleia, entre outros. 6 Como se explica o crescimento do cultivo do café do Brasil? R.: A elevação do preço do café no mercado internacional tornou o café o novo ciclo produtivo brasileiro. O Brasil tornou-se, em meados do século XIX, monopolista da exportação de café. As lavouras de café no Brasil cresceram com a utilização do trabalho escravo e após a abolição, a imigração dos europeus substituiu o trabalho escravo. O declínio do ciclo do café só ocorreu após 1929, com a grande crise. 7 Quais são os fatores que levaram o Brasil a manter uma economia agroexportadora? R.:O Brasil constituiu-se de oligarquias de grandes proprietários que praticavam a monocultura para obter lucros por meio dos preços das mercadorias no mercado internacional (ciclos produtivos de acordo com a demanda do mercado externo), e sustentavam sua lucratividade com a produção em escala. O modelo agroexportador consolidou-se como a estrutura de manutenção de uma elite e, assim, definiu-se a forma de inserção do Brasil no comércio internacional. 10 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL UNIDADE 2 1 Já nos primeiros anos de República no Brasil foi possível constatar uma diversidade e predominância de interesses que influenciaram os rumos dos governos desse período. Comente essa constatação. R.: Havia nesse período, uma forte efervescência política e social já em destaque. Desde defensores do Império, do Republicanismo, defensores do fim da escravidão, oposicionistas, classes de oligarquias agrícolas e comerciantes, aqueles que buscavam ampliar seus interesses comerciais, intelectuais que influenciavam opiniões, militares que ampliariam seu desejo pelo poder, além das pressões externas, na busca de manter seus benefícios decorrentes de várias atividades. Enfim, coube à República a difícil tarefa de administrar os conflitos e ampliar o bem-estar de todos os agentes envolvidos no processo de conformação de uma sociedade com múltiplos desafios. 2 Em final do século XIX, a coincidência de problemas relacionados à área monetária e cambial com os desafios de ampliar a oferta dos bens e serviços na economia, dado o desenvolvimento do mercado interno, embora ainda em fase inicial, já promoveria a adoção de medidas de política econômicas mais diretivas. Diante dessa afirmação e as medidas adotadas, classifique V para as sentenças verdadeiras, e F para as sentenças falsas: ( ) A necessidade de monetização da economia, decorrente, inclusive do crescimento da mão de obra assalariada, contribuiu para a adoção de políticas expansionistas, com o aumento da emissão de moeda, a partir da base monetária (MO). ( ) Por outro lado, essa monetização da economia se deu sob um processo de saneamento interno e externo, no tocante às dívidas públicas. Para isso, a medida do Funding Loan atuou favoravelmente, via negociações e a promoção de maior liquidez. ( ) O Padrão Ouro chegou a ser cogitado como medida de segurança, em meados de 1900, afins de propiciar ajustes cambiais internos. Porém, diante de um inesperado crescimento econômico anterior à primeira Guerra, a medida não chegou a ser aplicada. 11 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: a) ( ) V – F – V. b) ( x ) V – V – F. c) ( ) F – V – F. d) ( ) F – F – V. 3 Explique em que consistiam as funções da Caixa de Conversão (1906) e da Caixa de Estabilização (1926), enquanto medidas econômicas na primeira República. R.: Enquanto medidas econômicas na primeira República, essas ações representavam um esforço, no campo das políticas monetárias e cambiais, em ampliar a oferta monetária na economia Brasileira, frente a sua escassez, num contexto de crescimento de demanda interna e forte entesouramento. Na prática, resumidamente, esses instrumentos regulavam a emissão de títulos e possibilitavam a conversão desses e de ouro em barra, em moeda papel. 4 A partir de meados de 1890, a expansão da produção cafeeira na região de São Paulo passa a frente da produção do Rio de Janeiro, “essa inversão se daria não só pelo caráter dinâmico dessa cultura [...] mas também, por outras razões de ordem histórica” (Unidade 2, Tópico 1 em: A base econômica cafeeira). Justifique essa afirmação: R.: O destaque da Região de São Paulo na atividade Cafeeira originou-se, primeiramente, do caráter dinâmico da produção, isto é, da caraterística itinerante da própria cultura, relacionada à necessidade de fertilidade das terras e conformação física das lavouras, condições estas que a região de São Paulo apresentava fortemente. Aliado a isso, a disponibilidade de mão de obra a um custo acessível, consequência da forte atratividade de imigrantes, dado a conjuntura de oferta de serviços, urbanização e transporte, entre outros fatores, favoreceu rapidamente a lucratividade desse negócio nessa região. 5 Apresente, de forma sintetizada, em que consistia a política de valorização do café a partir de 1929. R.: A política de valorização do café consistiu, basicamente, na principal motivação do Estado para elaboração e aplicação de medidas econômicas, durante todo o período de supremacia da economia cafeeira frente a outros produtos. Especialmente, a partir de 1929, que frente a uma crise de demanda externa, o Estado afetou diretamente nos preços desse bem. 12 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Assim, todas as ações ou instrumentos de políticas monetárias e cambiais visavam manter e proteger a lucratividade do setor, que ademais as pressões das oligarquias cafeeiras, a produção Brasileira e sua exportação elevada contribuíam para destacar o país frente ao mercado internacional. TÓPICO 2 1 Ademais as necessidades internas de mão de obra, diante dos desafios de suprir a economia e mercado internamente, atribui-se que a adoção da política imigratória representava também, a inserção de nossa economia em fluxos monetários e comerciais da economia global. Explique essa afirmação: R.: A questão da busca por suprir o mercado interno com mão de obra livre, e com certa qualificação ou experiência, superava objetivos unicamente internos, sob um projeto de governo ou fase precedente de crescimento econômico. Representava sim, uma projeção da economia brasileira, para os mesmos níveis de países, cuja Revolução Industrial já havia transformado as estruturas de trabalho, geração de renda e possibilidades de aumentosde escala em especializações produtivas e nível de produção, isto é, inserção ou ampliação de participação econômica no contexto internacional. 2 É possível identificar, no processo de imigração brasileiro, características que se assemelham, às vezes, a um modo de produção medieval, e outras características, as quais o identificam com o capitalismo, diante de seus elementos de reprodução e sistema. Diante dessa constatação, marque a alternativa que melhor qualifica essa modalidade de mão de obra no contexto brasileiro: ( ) Não encontraram suporte ou apoio por parte dos governantes ou empresários em sua chegada no início do século XX. Geralmente, não possuíam habilidades na atividade agrícola. ( x ) Era uma mão de obra livre, com custos baratos. Acomodavam-se em Regimes de Colonatos, e muitos deles destacaram-se, trazendo a essência do empreendedorismo em suas culturas. ( ) O maior fluxo de imigrantes foram os espanhóis, destinando-se a região sul do país. Não possuíam habilidade alguma, além daquelas voltadas para as atividades agrícolas. ( ) A imigração não contribuiu para a ampliação do mercado interno, na medida em que seus salários eram apenas de subsistência, e substituíram os gastos ocasionados com a escravidão. 13 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL 3 No início do século XX, impactados e entusiasmados com os resultados da grande Revolução Industrial, era necessário elevar o papel da indústria internamente, porém, sempre com o desafio de conciliação dos interesses de grupos e classes. Diante disso, “coube ao Estado Novo em 1927, a nova atribuição de associar ao nacionalismo vigente uma nova rota de desenvolvimento, focada no pensamento desenvolvimentista aplicada na industrialização” (Unidade 2 – Tópico 2 em: Desenvolvimentismo e nacionalismo econômico). Considerando essa afirmação, apresente exemplos dessa nova atribuição do Estado a partir desse período. R.: Foram inúmeras oportunidades de realizações, referente à ampliação da ação ou interferência do Estado na economia, com os objetivos de promover o desenvolvimento nesse período. Com a propagação de um Estado Paternalista, incumbido de uma missão maior, e promovendo a articulação de interesses a seu favor, o Governo buscou, no campo político, desenvolver ações autoritárias, como a criação de inúmeras agências reguladoras, ampliando sua presença e submetendo decisões e representatividades sociais a sua tutela ou alcance. Para isso, ampliou as normatizações, regulamentações via Constituições e reformas. No campo econômico por exemplo, interviu diretamente no mercado via políticas de desvalorizações e valorizações cambiais, inúmeras vezes, instituindo mecanismo legais para esse fim. Também investiu fortemente em infraestrutura, indústrias de base, financiando e subsidiando setores e projetos diretamente alinhados com a meta Desenvolvimentista. Esses e outros exemplos, comprovam o comprometimento do Estado com um projeto maior, além de seus mandatos políticos ou objetivos temporais. 4 Umas das grandes estratégias de poder, utilizada na promoção do projeto Desenvolvimentista no Brasil e pelo Governo Getulista, foi o populismo. Explique o que significa governar, com base no populismo. R.: O populismo consiste em exercer uma política ou atuar em algum cargo político, com uma forte apelação pelo apoio da maioria, neste caso, o povo ou as massas. Governar com base no populismo consiste, então, em captar as necessidades ou anseios gerais, e traduzi-los em ações políticas, ou, ao menos, passar o entendimento de que seus anseios gerais estão sendo promovidos. Existe grande divulgação das ações e propagandas do governo. A imagem e a permanente presença aparente do governo em proximidade ao povo são vitais, para criar confiança, simpatia e votos. 14 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL TÓPICO 3 1 Muitas das dificuldades que contribuíram para os episódios de crises na economia brasileira no período de 1930 a 1950 estavam relacionadas em nível de capital internacional e a um certo reordenamento político externo, em relação à condução das questões econômicas pelos Estados. Diante dessa constatação, apresente em que se basearam nossos principais problemas econômicos nesse período. R.: Nossos principais problemas econômicos enfrentados no período acima, referiram-se principalmente, 1) aos elevados gastos públicos, diante da difícil disponibilidade de capitais externos, e da necessidade do projeto desenvolvimentista, em investir nas indústrias de base. 2) aos desequilíbrios na Balança Comercial, resultante às dificuldades dinâmicas do café, e de elevadas importações em alguns produtos com baixo dinamismo interno de produção, e 3) ao consequente processo inflacionário, diante desses problemas. Existia um reordenamento externo, de pós-guerra, que exigiu um realinhamento dos países capitalistas, para que, sob a consolidação de Estados Modernos, fortes, pudessem contribuir para a reconstrução e ajuste dos mercados internacionais. 2 Algumas medidas no âmbito da política monetária e cambial tinham como objetivos interferir diretamente no mercado, e de fato, conseguiram, ademais a temporalidade de seus fins ou alcances. Sob essa afirmação, explique em que consistia a “Instrução 70” da SUMOC (Superintendência de Moeda e Crédito). R.: A Instrução 70 da SUMOC consistia em uma interferência indireta do Estado no mercado, no âmbito das políticas monetária e cambial, instituído no Governo Vargas. Esta instrução implicava na determinação de um sistema de taxas múltiplas de câmbio, isto é, livre, sem auxílios governamentais, cujos objetivos eram, nesse momento, tornar as exportações brasileiras mais atraentes e acessíveis ao mercado externo, na busca em equilibrar a balança comercial, e, de certa forma, proteger a indústria interna diante das importações persistentes de muitos produtos. 3 Em relação ao processo de Substituições de Importações, facilmente compreendido como uma estratégia para o alcance ao desenvolvimento e fortalecimento da indústria interna, inicia-se um debate acerca de sua aplicabilidade e alcance de seus objetivos. 15 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Sobre essas questões, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas: ( ) Considera-se que o Processo de SI encontrou vantagens relacionadas à capacidade ociosa existente no setor industrial, inicialmente. Somente após certo período, as importações de máquinas viriam a ocorrer. ( ) Os recursos oriundos das exportações não poderiam ser convertidos em capital para o investimento no processo de SI, dado o grande entesouramento por parte das classes produtivas. ( ) Umas das condições essenciais para o êxito do processo de SI seria que sua dinâmica continuasse vinculada a interesses classistas e não aos setores produtivos na economia. Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: ( ) V – F –V. ( ) F – V – F. ( ) F – V – V. ( x ) V – V – F. 4 Atribui-se que para que a consolidação do processo de SI fosse bem- sucedida, ele deveria iniciar-se pela indústria de bens de consumo duráveis. Essa defesa possui importante justificativa econômica. Apresente-a. R.: A defesa econômica para que o processo de SI deva iniciar-se pela indústria de bens de consumo duráveis, refere-se ao fato de que, é nesse setor produtivo, ou seja, na indústria, especialmente desses bens, onde se concentram o maior volume de capital. Nesse setor, ofertam-se produtos mais diferenciados, com maior consumo de fatores de produção (tecnologia, capital, mão de obra especializada, entre outros) e ganhos de escala, promotores de competitividade internacional. Logo, essa indústria, responderia com maior eficiência ao desenvolvimento e crescimento econômico, quando estimulada internamente. Fomentando sua produção interna e posterior exportações, as importações tenderiam a diminuir, e, consequentente, o processo de SI estaria colocado em marcha. 16 FORMAÇÃO ECONÔMICADO BRASIL UNIDADE 3 TÓPICO 1 1 Após a Segunda Guerra Mundial, as técnicas de planejamento a partir do Estado que vinham sendo aplicadas nos países desenvolvidos foram trazidos para países do “Terceiro Mundo”. Qual é o objetivo em iniciar a planejar a economia brasileira? R.: O objetivo principal era trazer o modelo de desenvolvimento dos países ricos para o Brasil, tanto com um planejamento global, como regional, microrregional e setorial. No Brasil representou o processo de rápida industrialização nos anos 1950 e 1960, servindo de nova orientação para os planos nacionais de desenvolvimento. 2 Escreva sobre a importância do Plano de Metas para o crescimento e desenvolvimento planejado da economia brasileira. R.: O Plano de Metas procurou planejar grandes metas para o desenvolvimento da economia nacional, bem como a construção da nova capital do país em Brasília. Tornou-se um marco na economia nacional por representar a primeira experiência de planejamento governamental, a partir dos investimentos para a industrialização. Entre o período de execução do Plano, o PIB cresceu a uma taxa anual de 8,2%. Muitas grandes obras de infraestrutura como a construção de rodovias e a criação de setores econômicos importantes foram realizados durante o Plano. 3 O capital nacional não foi suficiente para estruturar um cenário de crescimento sustentado da economia durante o Plano de Metas. Qual é a relevância do capital estrangeiro para este contexto? R.: Para que o país pudesse desenvolver plenamente os Departamentos I e II da economia nacional, era fundamental a participação do capital estrangeira como fonte de investimento. Os capitais que primeiramente investiram no Brasil foram os países europeus e o Japão, posteriormente, os Estados Unidos. O capital estrangeiro estava na indústria de construção naval com capitais japoneses, holandeses e brasileiros; na indústria siderúrgica com capitais do BNDE (portanto, estatais nacionais) e japoneses; e na indústria automobilística, com capitais alemães, franceses e nacionais. 17 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL TÓPICO 2 1 Cite um motivo pelo baixo dinamismo da economia brasileira ao início da década de 1960. R.: Do ponto de vista estrutural, a economia brasileira não convergia com as políticas econômicas conjunturais, num contexto de constante acirramento de conflitos políticos e sindicais. Outro motivo esteve na capacidade da economia nacional em absorver o imenso volume de investimento realizado durante o Plano de Metas. 2 Celso Furtado foi um economista brasileiro com respeitável contribuição para o desenvolvimento da economia nacional. Comente sobre a participação dele nas políticas econômicas da década de 1960. R.: Celso Furtado, enquanto ministro extraordinário para Assuntos do Desenvolvimento Econômico, foi responsável pela criação do Plano Trienal como medida contra a crise fiscal e econômica do início dos anos 60. A partir deste Plano, outras propostas puderam ser executadas a partir do Estado como combate dos problemas econômicos. Com as reformas de base, também criadas por Celso Furtado, o Estado passa a atuar de forma mais específica da economia, incluindo os setores da educação, da política fiscal, agrário, urbano e bancário, com o fim de superar a condição de subdesenvolvimento e garantir menores desigualdades sociais para o Brasil. 3 O Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), executado durante o governo de Castelo Branco (1964-1966), além de enfocar em questões econômicas, trouxe importante mudanças institucionais para o Brasil. Qual é a contribuição do PAEG quanto à reforma bancária? R.: A reforma bancária de 1965 foi responsável por criar a estrutura básica do Sistema Financeiro Nacional (SFN) que temos até a atualidade, instituindo o Banco Central do Brasil (BACEN) e o Conselho Monetário Nacional (CMN). A partir destas instituições foi possível separar as instituições financeiras, os bancos comerciais, e os bancos de investimento. Esta estrutura monetária serviu de estímulo para um forte movimento sem precedentes no Brasil de fusões e aquisições nacionais e estrangeiras. 18 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL TÓPICO 3 1 Embora a economia brasileira tenha atravessado uma recessão no início da década de 1980, provocando um nível de desemprego de 7,5% entre os trabalhadores ligados à produção, em 1984, há um movimento de retomada do crescimento econômico do país. Comente sobre a situação da economia brasileira em 1984. R.: Apesar dos índices de inflação serem preocupantes (220% ao ano), a economia nacional registrou um movimento de recupação em sua economia em 1984. A recuperação da economia norte-americana contribuiu para o Brasil, uma vez que com a retomada das importações de produtos primários pelos EUA, a forte alta nos preços destes produtos beneficiou o Brasil, além da demanda por máquinas e equipamentos para o setor agrícola. Outros setores também registraram altas em suas produções, tais como a indústria extrativa mineral (+27,3%), bens de capital (+14,8%) e indústria de transformação (6,1%). 2 Com o Governo Sarney (1985-1990) ocorre uma forte mobilização em torno dos planos de estabilizaçao econômica em decorrência dos altos níveis de inflação. Quais as principais do primeiro plano, o Plano Cruzado? R.: O Plano Cruzado foi lançado em fevereiro de 1986, criou a moeda Cruzado, no lugar da antiga moeda Cruzeiro, cortando três zeros. O objetivo da criação da nova moeda era apagar a memória inflacionária, embora não fossem definidas as metas para políticas fiscais e monetárias. Teve impacto positivo para a classe trabalhadora a partir do abono de 8% dos salários com a mudança da moeda, além do aumento do salário mínimo. Entretanto, os preços ao consumidor foram congelados por tempo indeterminado. No curto prazo o Plano foi considerado um sucesso devido à redução da inflação, mas no longo prazo, o aumento do poder de compra dos consumidores levou a uma nova alta dos preços. 3 Após a execução dos Planos Cruzados I e II, Dílson Funaro deixa a pasta do ministério da Fazenda para Luis Carlos Bresser Pereira, e declara a moratória aos credores internacionais. Como podemos compreender o período subsequente, em que é executado o Plano Bresser? R.: Em fevereiro de 1987, um ano após o Plano Cruzado, foi lançado o Plano Bresser, sob a coordenação do então ministro da fazenda, Luis Carlos Bresser Pereira. O Plano unia elementos heterodoxos e ortodoxos; não procurava 19 FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL eliminar a inflação, mas impedir um cenário com hiperinflação. Reduziu-se os gastos públicos e manteve-se a taxa de juros elevada, para impedir o consumo de bens duráveis. Este conjunto de medidas econômicas procuravam aparar muitas das arestas econômicas que haviam ficado soltas com a execução do plano de estabilização anterior. O Plano era, assim, mais consistente e flexível que o Cruzado. Mesmo assim, os índices de inflação permaneceram altos e o histórico de congelamento de preços não é bem visto pela população.
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