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Síndrome do X Frágil

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Beatriz Marinelli, 8º termo 
Atenção Integral à Saúde da Criança 
Síndrome do X Frágil 
A síndrome do cromossomo X frágil é a mais frequente dessas doenças de herança ligada ao X e afeta cerca 
de 5% dos retarda dos mentais. É, assim, a segunda causa genética de retardo mental, só suplantada em 
frequência pela síndrome de Down. Entretanto, ao contrário do Down que não tende a se repetir nas 
famílias, a Síndrome do X frágil tem risco alto de recorrência. 
Fisiopatologia do X frágil: designação dessa síndrome decorre do fato de o cromossomo X dos afetados 
apresentar uma falha na porção subterminal de seu braço longo (Xq27.3), quando suas células são cultivadas 
em condições de deficiência de ácido fólico ou que afetem o metabolismo das bases nitrogenadas 
necessárias para a síntese do DNA - esse cromossomo é denominado de X frágil (fra (x)) e sua detecção no 
exame dos cromossomos mostra que o indivíduo com retardo mental tem a síndrome do cromossomo X 
frágil. 
• Afeta homens e mulheres (menos grave); 
• Penetrancia do gene é incompleta pois entre os homens portadores do gene cerca de 20% não 
manifestam nenhum sinal clínico, o que ocorre também com cerca de 65% das portadoras; 
• Portadores assintomáticos não manifestam o fra(X). 
Quadro Clínico: O comprometimento mental dos afetados pela síndrome do cromossomo X frágil é variável, 
podendo ir desde uma dificuldade de aprendizado até um retardo profundo. 42% dos homens tem retardo 
mental grave, já nas mulheres predomina o retardo mental leve. 
 
• A primeira queixa que leva o paciente ao consultório é geralmente o atraso na aquisição da fala, 
associado a uma hiperatividade importante. 
− A fala continua sempre comprometida, pois é repetitiva, com alterações de ritmo e fluência, 
observando-se também problemas de articulação. 
• Algumas características de autismo são também frequentes: o contato pelo olhar e pelo tato é 
evitado, ocorrem movimentos estereotipados das mãos e mordidas no dorso das mãos que chegam 
a provocar calosidades. -mais evidente em homens; 
• O aumento do volume testicular (macrorquidia) é uma característica muito frequente entre os 
afetados adultos, estando presente em cerca de 80% dos casos; 
• Face alongada, frontal alto e proeminonte, cristas supra-orbitais salientes, hipoplasia da porção 
mediana da face, orelhas grandes e em abano e queixo proeminente; 
• Pés planos hiperextensibilidade das articulações, pele frouxa, hipoplasia da cartilagem auricular, 
prolapso da valvula mitral e dilatação do arco aórtico. 
Beatriz Marinelli, 8º termo 
Atenção Integral à Saúde da Criança 
Herança da Síndrome 
 
Diagnóstico: A grande variabilidade de sinais complica muito o diagnóstico da síndrome do cromossomo X 
frágil em bases apenas clínicas. Com isso, torna-se fundamental a realização de exame citogenético ou 
molecular em casos de retardo mental inespecífico, para investigar a síndrome do cromossomo X frágil. Além 
disso é recomendada a análise cromossômica. 
• Abordagem do gene FMR1 e a descoberta da alteração que causa a síndrome do cromossomo Xfrágil 
tomaram possível a identificação dos indivíduos fenotipicamente normais portadores da pré-
mutação por meio da análise do DNA; 
• Também permite diagnóstico portadores da mutação completa no primeiro trimestre de gestação 
por meio do estudo do DNA das células das vilosidades coriônicas; 
• O método mais comumente utilizado para o diagnóstico é o "Southern blotting”, que permite a 
detecção das grandes amplificações com segurança, além de ser eficiente para a identificação das 
pré-mutações; 
• PCR é especialmente útil para a determinação mais precisa do número de repetições no gene normal 
ou nas pré-mutações. 
Tratamento: não há tratamento especifico para a síndrome do cromossomo X frágil, mas, embora não haja 
cura, existem intervenções que podem ser efetivas para vários de seus sinais e sintomas. O ideal é uma ação 
médica que inclua a manutenção da saúde e, quando necessária, a farmacoterapia para problemas 
comportamentais, em associação com um programa de educação especial e terapias para as dificuldades de 
linguagem, motoras e psicológicas. 
Bibliografia: 
• MARCONDES, E. Pediatria Básica. 9.ed / ver. ampl., São Paulo: Sarvier, 2005-2011

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