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INFECÇÃO PELO HIV E DOENÇAS OPORTUNISTAS Literatura: Último PCDT – aids.com.br VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – HIV -Retrovírus com genoma RNA, da Família Retroviridae (retrovírus) e subfamília Lentivirinae. -Grupo dos retrovírus citopáticos e não- oncogênicos -Enzima transcriptase reversa: traduz o RNA viral em DNA dupla fita -Transcrição do RNA viral para uma cópia DNA integrar-se ao genoma do hospedeiro -Partícula que fará a ligação por glicoproteínas ( gp120 e gp 41) → ligantes do vírus → tem afinidade pelas células CD4, onde quando ocorre a fusão e a transcrição/replicação do vírus através de material genético RNA → DNA dupla fita Que células o HIV infecta? HIV-RNA & HIV-DNA: -Linfócitos TCD4+ naive (virgens de tratamento) -Linfócitos TCD4+ de memória -Macrófagos, monócitos, micróglia e astrócitos -Não infecta células permanentes (ex.: SNC: neurônios ou oligodendrócitos) PATOGENIA -Glicoproteína gp120 liga-se na célula LTCD4+ (onde há o receptor, no capsídeo viral) -Expõe o sítio de ligação CCR5 e CXCR4 -Ativação da gp41: fusão do envelope externo do vírus e a membrana da célula -Citoplasma → processo de transcrição reversa -RNA genômico evolui para DNA dupla fita, formando DNA pró viral TROPISMO CELULAR -Nos megacariócitos na medula, as plaquetas tem uma afinidade por doenças oportunistas Quais são os santuários do HIV? (mais carga viral, resposta mais expressiva da doença) -Barreiras hemato-celulares • SNC • Órgãos genitais -Trato gastrintestinal (GALT = gut asssociated lymphoid tissue) -Medula óssea -Linfonodos INFECÇÃO PELO HIV E INFLAMAÇÃO -Infecção aguda: marcadores plasmáticos de fase aguda (alfa 1 anti-tripsina e amiloide A) e liberação de citocinas inflamatórias -Células dendríticas da submucosa intestinal: primeiras a produzirem grande quantidade de citocinas, com a evolução da infecção -Monócitos, macrófagos, células Natural Killer e células T também apresentam evolução pela infecção do HIV -Linfonodos regionais : alvo (maior concentração) -Gut Associated Lymphoid Tissue – “ GALT “ : alvo preferencial do vírus HIV. Linfócitos T ativados) → tecido linfóide mucosa intestinal → > quantidade de células ativadas. -Disseminação de produtos bacterianos para circulação sanguínea e contribui sobremaneira para o processo de disfunção e ativação imune que caracteriza a evolução da doença. -Para parâmetro de controle: colhe TCD4 para ver como está a carga viral atual do paciente -Linfócitos T CD8+ citotóxicos: ocorre após a infecção pelo HIV e sua atividade antiviral. Modula a evolução da doença, com redução da carga viral e lenta progressão clinica -Carga viral plasmática com redução após a fase de infecção aguda, a ativação imune persiste no estágio crônico da doença → quando tem o vírus HIV, tem aumento na carga viral com aumento da soroconversão, que começa a reduzir na fase aguda -Aumento de citocinas pro-inflamatórias : TNF, IL-1, IL-6, elevação da proteína C reativa, dímero D, havendo também aumento da produção e da destruição de LT- CD4+ e de linfócitos B. -Níveis de marcadores inflamatórios e sem tratamento com terapia Antirretroviral (TARV); -Avanço e melhora na sobrevida dos pacientes com TARV -Complicações crônicas não relacionadas diretamente a infecção pelo HIV: doenças cardiovasculares, alterações hepáticas, renais e ósseas, neoplasias e perda das funções neurocognitivas. HISTÓRIA NATURAL – HIV -Amplo espectro de apresentações -Fase aguda até a fase avançada da doença -Tempo médio entre o contágio e o aparecimento da doença: 10 anos VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA - HIV Definição – ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo, atingindo os linfócitos T CD4 +. FORMAS DE TRANSMISSÃO -Sexual • Homossexual ou heterossexual (sêmen ou secreções vaginais) • Número de parceiros sexuais -Sanguínea • Receptores de sangue ou hemoderivados • Usuários de drogas injetáveis -Vertical • Transplacentária (5 a 10%); perinatal / pós-natal (20%) -Ocupacional • Profissional de saúde: acidente per-cutâneo (risco de ~ 0,3%) o Transplante de órgãos INFECÇÃO AGUDA -Primeiras semanas da infecção pelo HIV, até o aparecimento dos anticorpos anti- HIV (soroconversão) -4ª semana após a infecção -Carga viral alta -Manifestações Clínicas: Síndrome Retroviral Aguda SÍNDROME RETROVIRAL AGUDA – SRA -1ª e 3ª semana de infecção -50-90%: SRA -Autolimitada: desaparecimento de 3 a 4 semanas -Sintomas >14 dias: associada a progressão mais rápida da doença. -A sorologia para HIV geralmente negativa -PCR Carga viral -Febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia, cefaleia, sudorese -Linfadenomegalia, principalmente cadeias cervicais anterior e posterior, submandibular, occipital e axilar -Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia, anorexia e -Exantema -É muito importante que o médico, diante de um quadro viral agudo, considere a infecção pelo HIV entre os dx possíveis e investigue potenciais fontes de exposição ao vírus. Diagnósticos diferenciais: síndromes monolike → mononucleose (adenopatia, febre, exantema, faringite prolongada) LATÊNCIA CLÍNICA E FASE SINTOMÁTICA -Exame físico normal -Linfadenopatia pode persistir após a infecção aguda. -Episódios infecciosos mais frequentes são: infecções respiratórias ou tuberculose -Progressão da doença → sintomas constitucionais -Diarreia crônica, Herpes Zoster (atenção importante sobre sistema imune) SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA -Progressão da Imunossupressão -Contagem de LT-CD4+ abaixo de 200 células/mm3 (marco de imunossupressão, abaixo de 200 aparecem as doenças oportunistas – PROVA) -Infecções oportunistas e neoplasias -Pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptocócica e retinite por citomegalovírus. DIAGNÓSTICO E EXAMES DE ABORDAGEM Testes rápidos: detectar o vírus para o início precoce do tratamento -É crescente a distribuição de teste rápido para o SUS (11,8M/2017 – 12,5M/2018) -Teste rápido de HIV: realizar dois testes se o primeiro for positivo -Sorologia http://www.google.com.br/url?url=http://www.rztcomunicacaodigital.com/gratis-cadastre-se-para-assistir-ao-curso-introdutorio-escrita-profissional/&rct=j&frm=1&q=&esrc=s&sa=U&ved=0CBwQ9QEwAzgUahUKEwiU_Yy8kYTGAhWxMowKHQ8xAJI&usg=AFQjCNG2wYU0AEHqLGMato6pKQN-yqwsow EXAMES SOLICITADOS NA PRIMEIRA CONSULTA DO PACIENTE HIV+ Genotipagem: testar se há evolução ou não do vírus → não faz no SUS, é liberado somente para gestantes Vírus tem alterações metabólicas → importância dos exames laboratoriais Importância da toxo → CD4 abaixo de 100 tem risco de neurotoxoplasmose → reativar um protozoário que ele já tem, reativando a doença Prova tuberculínica → para impedir uma possível reativação da doença RASTREAMENTO DE NEOPLASIAS – PREVENTIVO QUANDO INICIAR O TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL -O início do imediato da TARV está recomendado para todos os PVHIV, independentemente do seu estágio clínico e/ou imunológico. -A TARV deve ser iniciada quando a PVHIV estiver informada sobre seus benefícios e riscos, além de fortemente motivada e preparada para o tratamento, respeitando- se a autonomia do indivíduo. Deve-se enfatizar que a TARV, uma vez iniciada, não deverá ser interrompida. Em nenhuma situação deverá haver qualquer tipo de coerção para início da TARV. TARV reduz viremia abaixo do limite de detecção, mas não é suficiente para: -Extinguir os reservatórios do HIV -Induzir resposta eficaz contra o HIV Os reservatórios virais latentes são formados precocemente durante a infecção aguda e são fontes estáveis de persistência viral, abrigando cópias latentes de vírus integrados, que são “invisíveis” ao sistema imune e não afetadas pela TARV -Depois de 4 semanas de fase aguda o vírus fica em latência, o que pode vir a durar anos COMORBIDADES NÃO INFECCIOSAS-HIV-Antes de 1996: mortalidade superior a 20% ao ano -Tratamento efetivo com antirretrovirais: taxa < 2% ao ano no intervalo de dez anos. -Efeitos degenerativos da doença em outros âmbitos de sua saúde -Melhora nos efeitos adversos do medicamento -Alterações metabólicas: perfil lipídico e a indução de alterações vasculares -Cardiomiopatia pelo HIV -Síndrome metabólica : dislipidemia, resistência insulínica, anormalidade na distribuição de gordura corporal levando a lipodistrofia e hipertensão arterial -Nefropatia pelo HIV -Osteopenia e Osteoporose -Alterações Neurocognitivas -Alterações Psiquiátricas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS INFECÇÕES OPORTUNISTAS/CD4+ AIDS DOENÇAS OPORTUNISTAS Apresentadas por sistemas: -Nervoso central/retina -Respiratório -Digestório -Linfohematopoiético (linfoma) -Pele, mucosas e anexos -Gênito-urinário -Músculo -Ósteo-articular INFECÇÕES OPORTUNISTAS -Protozoários: Toxoplasmose, Criptosporidose, Isosporíase -Fungos: Pneumocystis carinii, Candidíase, Criptococose, -Histoplasmose, Coccidiodomicose -Bactérias: Mycobacterium avium, Micobacteria tuberculosis -Septicemia por Salmonela, infecção múltipla ou recorrente por -Bactéria piogênica -Vírus: Citomegalovirose, Herpes Simplex, Herpes Zoster, -Sarcoma de Kaposi (HHV-8): + frequente (20% dos pacientes com AIDS) -Linfomas não-Hodgkin -Neoplasias Intraepiteliais cervicais -LEMP SINAIS CONSTITUTIVOS DA AIDS Wasting Syndrome: -Síndrome consuptiva associada ao HIV/AIDS -Muito raro atualmente, prof já viu 2 ou 3 casos em TL -Paciente com muita perda muscular – caquético Emagrecimento: Sinais na face -Lipoatrofia facial Sistema nervoso – doenças em destaque: -Neurotoxoplasmose (encefalite) -Linfoma do SNC -Retinite por CMV -Meningite por criptococos -Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP) -Encefalite herpética -Encefalopatias mielites e neurites periféricas pelo HIV, CMV e idiopáticas Neurotoxoplasmose: Causa mais comum de lesões expansivas cerebrais em PVHIV • A apresentação clínica é variada, de acordo com a topografia das lesões cerebrais e, habitualmente, tem curso subagudo. As manifestações clínicas mais comuns são cefaleia, sinais focais (hemiparesia, disfasia e outras alterações motoras). Febre, convulsões e alteração do estado mental podem estar presentes. • Os pacientes com toxoplasmose cerebral apresentam, geralmente, contagem de LT-CD4+ abaixo de 100 céls/mm³. • A TC de crânio e sem contraste endovenoso é o exame de imagem preferencial para o dx de NTX, em razão de sua maior disponibilidade na rede. • • A TARV pode ser iniciada nas duas primeiras semanas de tto antiparasitário. Meningite por Criptococos: A criptococose é a causa mais frequente de meningite oportunista nos PVHIV. -Os pacientes podem apresentar-se com meningite ou meningoencefalite, habitualmente, de curso subagudo. As manifestações clínicas mais comuns são febre, mal-estar geral, náuseas e/ou vômitos e rebaixamento do nível de consciência. Além disso, o impacto sistêmico é frequente, podendo haver envolvimento pulmonar (por exemplo, consolidação lobar, infiltrados nodulares ou intersticiais) e cutâneo (por exemplo, pápulas umbilicadas semelhantes às lesões de molusco contagioso). -Sinais meníngeos nem sempre estão presentes; entretanto, na manifestação de hipertensão craniana (HIC), pode haver vômitos, diplopia, confusão mental (confundidos com quadros psiquiátricos), coma e papiledema. Fatores relacionados com pior prognóstico na meningite ou meningoencefalite criptocócica: 1. Contagem de leucócitos < 20 céls/mm³ no LCR; 2. Rebaixamento do nível de consciência; 3. Hipertensão intracraniana não controlada; 4. Elevada carga fúngica liquórica (ex. titulação de aglutinação com látex superior a 1:1024 ou titulação do ensio de fluxo lateral ou superior a 1:160). -Os pacientes com meningite ou meningoencefalite criptocócica apresentam, geralmente, contagem de LTCD4+ abaixo de 100 céls/mm³. Tratamento: Anfotericina B e fluconazol. Liquor de alívio por 10 dias consecutivos. Em duas medidas está normal: encerra o caso. No 10° dia ainda persiste → pede avaliação do neuro, que deve precisar de uma derivação no SNC para drenar esse líquido até que o tto resolva a infecção Ganciglovir: antiviral caro, 21 a 28 dias, tóxico para a medula, pode dar IR Exame de escolha: fundoscopia Avaliar sempre risco de meningite -Doenças em órgãos causados pelo CMV ocorrem em pacientes com avançada imunossupressão, tipicamente com contagem LTCD4+ abaixo de 50 céls/mm³, que frequentemente não estão em uso de TARV ou estão em falha virológica ao esquema prescrito. -Alta CV-HIV (acima de 100000 cópias/mL) também pode ser considerada um fator de risco para IO pelo CMV. -O diagnóstico é sugerido pelo aspecto endoscópico de ulceração clássica da mucosa, mediante biópsia identificando células com inclusão intranuclear (“olhos de coruja”), bem como dados clínicos e laboratoriais de imunodepressão avançada. Testes para detectar viremia (PCR ou antigenemia) não são bons preditores de doença ativa ou recorrência em PVHIV. Não se recomenda tratar viremia na ausência de evidência de lesão orgânica. Resultados negativos de antigenemia ou PCR plasmático não excluem a doença por CMV em órgãos. -A presença de anticorpos para CMV não é útil no dx, embora IgG negativo indique pouca probabilidade de ser o CMV o causador da doença investigada. -O tto de primeira escolha é a administração endovenosa de ganciclovir 5 mg/kg a cada doze horas, por 14 a 21 dias. -Após o término da fase de indução, recomenda-se terapia de manutenção com ganciclovir 5mg/kg/dia ou, alternativamente, foscarnet 90 mg/kg/dia. A interrupção da profilaxia secundária deve ser considerada para pacientes com elevação sustentada da contagem de LTCD4+ acima de 100 céls/mm³ durante pelo menos três a seis meses, em uso regular de TARV. -A melhor forma de prevenir a doença por CMV ou sua recidiva é a instituição da TARV e manutenção da contagem de LTCD4+ acima de 100 céls/mm³. Sistema Respiratório – doenças em destaque: -Pneumocistose -Tuberculose (miliar ou cavitaria) -Infecções fúngicas (Histoplasmose, PB micose) -Pneumonias bacterianas de repetição -Pneumonite por CMV -Sarcoma de Kaposi (disseminada) Pneumocistose: -A PCP é a causa mais comum de doença pulmonar oportunista em PVHIV com contagem de LTCD4+ abaixo de 200 céls/mm³. -O início dos sintomas é tipicamente insidioso, sendo as manifestações clínicas mais comuns: febre (mais de 80% dos casos), tosse seca e dispneia progressiva. Fadiga e perda de peso também são sintomas frequentes. Tosse com expectoração purulenta é uma manifestação rara de PCP e, portanto, sua presença deve levantar suspeita de infecção bacteriana secundária (pneumonia bacteriana). -Os principais achados ao exame físico incluem taquipneia, taquicardia e ausculta pulmonar normal ou com estertores finos ao final da expiração. Sibilos, sinais de condensação pulmonar ou derrame pleural são raramente encontrados. O exame físico é normal em até 50% dos casos. -O achado radiográfico mais típico de PCP é o infiltrado intersticial peri-hilar e simétrico. Pneumatoceles e pneumotórax também podem ser observados. Ressalta-se que o RX de tórax pode ser normal em até um quarto dos casos de PCP; nessa situação, a TC pode revelar atenuação pulmonar em vidro fosco. Tratamento para pneumocistose: bactrim, de preferência endovenoso, e corticoide para diminuir os processos inflamatórios (começa com ele para dps dar o atb, principalmente nos primeiros 3 dias em que há uma maior lise) RX: infiltrado em vidro fosco, mas que não acomete periferia como o covid (esse é intersticial difuso) -Uso de corticoide na pneumocistose: Indica-se a associação de corticosteroides ao tto de PCP nos casos de PaO2 < 70 mmHg em ar ambienteou gradiente alvéolo-capilar > 35 mmHg: prednisona 40mg oral duas vezes ao dia por cinco dias, reduzida à metade a cada cinco dias, até completar os 21 dias de tratamento. Alternativamente, pode-se utilizar metilprednisolona endovenosa equivalente a 75% da dose da prednisona. -Suporte ventilatório não invasivo (CPAP) ou invasivo por meio de intubação orotraqueal pode ser necessário em casos de insuficiência respiratória. A necessidade de suporte ventilatório está associada a um pior prognóstico, com mortalidade de apx 60%. Profilaxia secundária: Deverá ser instituída após tratamento e deverá ser realizada com SMX-TMP na dose de 160-800 mg três vezes por semana ou 80-400 mg/dia até alcançar LTCD4+ acima de 200 céls/mm³ por pelo menos três meses. -Em pacientes sem uso de ARV, recomenda-se o início da TARV após duas semanas de tratamento da PCP. HISTOPLASMOSE DISSEMINADA E HIV -Fungo que tem invasão na medula óssea → pode fazer pancitopenia -Imunosupressão mais severa -A contagem de LTCD4+ abaixo de 150 céls/mm³ aumenta o risco de doença por Histoplasmose na forma disseminada. -A pneumonia é a principal forma de apresentação, sendo o infiltrado pulmonar retículo- nodular difuso o achado radiológico mais característico. Os principais sinais e sintomas clínicos são febre, perda de peso, hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia, alterações pulmonares e lesões mucocutâneas numerosas, que se iniciam como pápulas, progredindo para pequenos nódulos umbilicados e úlceras. O achado de pancitopenia é frequente, sendo menos comum o comprometimento osteoarticular, gastrintestinal e do SNC. Sistema digestório – doenças em destaque: -Candidíase oral e esofágica -Diarreia por Isospora belli -Diarreia por Cryptosporidium parvum -Úlceras esofágicas por CMV • Diarreia por CMV, micobactérias não tuberculosas (M. avium) • Sarcoma de Kaposi (disseminado) Candidíase oral – preditor de HIV+: -As candidíases orofaríngea e esofágica são comuns em pacientes com imunossupressão pelo HIV sendo observados, geralmente, em pacientes com contagem de LTCD4+ inferior a 200 céls/mm³. -O principal agente da candidíase é a Candida albicans. O sintoma mais comum de candidíase orofaríngea é o aparecimento de placas removíveis esbranquiçadas. Pode se apresentar também como quelite angular ou pápulas eritematosas na mucosa. -Os sintomas típicos de candidíase esofágica incluem dor retroesternal difusa, disfagia e/ou odinofagia, normalmente sem febre. A candidíase oral está presente na grande maioria dos casos e, geralmente, os pacientes apresentam LTCD4+ ainda mais baixos (inferiores a 100 céls/mm³). Tratamento: Diarreia por Isospora e HIV: Diarreia por Cryptosporidium: Pele, mucosa e anexos – doenças em destaque: -Sarcoma de Kaposi -Herpes Zooster -Leucopasia pilosa da língua -Erupção pápulo-prurítica do HIV Hipersensibilidade a drogas: -Sulfas -Anticonvulsivantes -Antirretrovirais, etc... SARCOMA DE KAPOSI -Doença causada pelo HVV8 -Tem que fazer biópsia na lesão, muito comum em mucosa oral -Tratamento: antirretroviral de poucas lesões ou quimioterapia + antirretroviral se muitas lesões -Broncoscopia, conoloscopia e endoscopia para investigar lesões em mucosa HERPES ZOOSTER -Reativação do vírus da catapora -Lesões em face ou em mais de 2 dermátomos: internar o paciente e fazer endovenoso pelo menos de 24 a 48h. Fazer exame de liquor. Ambulatorialmente: aciclovir, valtex LEUCOPLASIA PILOSA -Confunde com candidíase oral. Tto: antirretroviral LINFOHEMATOPOIÉTICO Linfoma: -Gânglios -Mucosa -SNC Anemia, leucopenia e linfopenia, plaquetopenia (pancitopenia) -Secundária ao HIV -Histoplasmose -Micobacterioses não tuberculosas -Secundária a drogas -Contato com Heptein-Baar → IgG → imunossupressão → doença -Diagnóstico diferencial: neurotoxo -Lesão única em SNC Sistema gênito urinário – principais: -DSTs • Herpes genital (extenso) • HPV (condilomas gigantes) -Câncer do colo uterino • Ca invasivo -Nefropatia associada ao HIV LEISHMANIOSE E HIV -Leishmaniose visceral: a doença é caracterizada principalmente pela síndrome de hepatoesplenomegalia febril, associada sobretudo a citopenias. Em pacientes coinfectados, observa-se manifestação clínica semelhante à de pacientes sem infecção pelo HIV; entretanto, manifestações atípicas, com comprometimento de pleura pulmonar, esôfago e intestino também são relatadas. Essas manifestações clínicas da LV são semelhantes às de muitas doenças oportunistas, o que geralmente dificulta o diagnóstico. -Hepatoesplenomegalia, febre -Muito comum na região de Três Lagoas → região endêmica -TTO: Glucantime (nefrotóxico, cardiotóxico) por 28 dias → complicado para paciente HIV Tratamento: Anfo lipossomal Profilaxia: PROFILAXIA PRIMÁRIA -Paciente não teve doença oportunista, mas chega com TCD4 baixo (<200) → dá bactrim (sulfa + trimetoprima) -Se CD4 abaixo de 50: azitromicina 1x por semana dose de 1x só
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