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TABELA RESUMO (MAD II) 01. Nome da doença 02. Locais de infecção no organismo humano 03. Como o patógeno acometeu o ser humano? Transmissão. Importante saber se o patógeno faz parte da microbiota ou não e saber os reservatórios possíveis dos patógenos (outros animais, por exemplo) 04. Agente Etiológico (patógeno) 05. Grupo de patógeno (bactéria, fungo, vírus, protozoário , helminto ou príon) 06. Característica s gerais do patógeno (estrutura, morfologia, fatores de crescimento, características bioquímicas etc.) 07. Principais fatores de virulência 08. Mecanismos imune contra o patógeno: barreiras, respostas inata e adaptativa (levar em consideração o grupo de patógeno e se esse é intracelular obrigatório, intracelular facultativo ou extracelular) 09. Manifestações clínicas associadas aos principais fatores de virulência do patógeno e resposta imune do ser humano 01 Paracoccidioidomicos e (Rural, demora progressão, roda de leme) Sistêmica Pela inalação de conídios do fungo presentes na terra. Infecção se dá pela inalação ou penetração pela mucosa de propágulos. O estabelecimento da doença requer contato prolongado, crônico, com solo contaminado (considerar em trabalhadores rurais, Paracoccidioide s brasiliensis Fungos No paciente aparece como leveduras multibrotantes com aspecto de “roda de leme”. Dimorfismo térmico. ●Capacidade de sintetizar melanina ○Reduz a fagocitose por macrófagos ○Resistência a antifúngicos (anfotericina B) ●Glicoproteína gp43 ○Liga-se a laminina, aumentando a adesão do fungo às Inalação de conídios. Nos alvéolos ocorre a conversão da forma filamentosa para a forma leveduriforme. Do pulmão pode ocorrer disseminação hematogênica, que pode ser assintomática. A resposta imune apresenta padrão neutrofílico e granulomatoso. →Quadro agudo: Considerar em paciente: •População rural • Com ulceração de mucosas • Pode causar pneumonia Forma aguda: -Linfadenomegalia - Lesões verruciformes ulceradas - Lesões pápulo- nodulares - Progressão de 2 anos de tratamento garimpeiros e também da construção civil). células epiteliais Acomete sistema reticuloendotelial. →Quadro crônico: Semelhante a tuberculose. Sistêmicas - Resposta imune com formação de granulomas → Resposta Th1 – formação de granulomas compactos e resolução da doença. Forma crônica (pulmonar): Progressão da doença (meses a anos): tosse persistente, escarro purulento, dor torácica, perda de peso, dispneia e febre. As lesões pulmonares são nodulares, infiltrativas, fibróticas e cavitárias. 02 Histoplasmose (Cavernas – morcegos) Multiplica dentro de macrófagos Sistêmica Exposições a poleiro de aves, cavernas e construções deterioradas ou projetos de renovação urbana envolvendo escavação e demolição. Esporos se disseminam a partir de fezes de aves e morcegos Primo infecção ocorre nos pulmões por inalação do fungo. Quadro semelhante a tuberculose pulmonar, sendo primeira suspeita Histoplasma capsulatum Fungos A forma leveduriforme sobrevive e se multiplica dentro dos macrófagos, se disseminando por via hematogênica dentro dessas células. Dimorfismo térmico. Consegue sobreviver dentro dos macrófagos. A forma leveduriforme sobrevive e se multiplica dentro dos macrófagos, se disseminando por via hematogênica dentro dessas células. Considerar em paciente •Viajante/visitante de cavernas. Assintomático em 90% do casos de exposição de pequena intensidade. Pode ter também: Infecção pulmonar aguda. Histoplasmose pulmonar crônica. Infecção disseminada. em pacientes com teste de tuberculina negativo. 03 Coccidioidomicose Conhecida como: Febre do Vale. Doença dos caçadores de Tatu (ou arqueólogos, p.e.; mais prevalente no semi- árido) Sistêmica Inalação do antrosporo e desenvolvimento de esférula. Coccidioides immitis Fungos As esférulas contêm uma grande quantidade de esporos e permitem que o fungo cause a doença mesmo com uma menor carga fúngica. Dimorfismo térmico As esférulas contêm uma grande quantidade de esporos e permitem que o fungo cause a doença mesmo com uma menor carga fúngica. Pode ser assintomático. Ou pacientes apresentam manifestações de doença respiratória aguda, simulando gripe, com febre, sudorese noturna, tosse e/ou dor torácica tipo pleurítica. Ou uma forma mais grave: 1) lesões nodulares ou cavitárias, às vezes representando achado radiológico casual; 2) doença pulmonar fibrocavitária; 3) disseminação miliar pulmonar, diagnóstico diferencial com a TB 04 Meningite criptococócica Meningoencefalite (Pombo – cápsula espessa) Sistêmica Oportunist a Pela inalação de células (aerossois) do fungo presentes solos ricos em fezes de aves e Cryptococcus neoformans Cryptococcus gattii Fungos Leveduriforme ▪ Espessa cápsula ▪ Cresce bem em solos ricos em nitrogênio Cápsula, melanina e as enzimas: fosfolipase, proteinase, urease e O fungo é inalado, atingindo primeiramente os pulmões. Tem tropismo pelo sistema nervoso Variação: Desde um processo assintomático até uma pneumonia bilateral fulminante. disseminação hematogênica do fungo até as meninges. Produz a doença clínica em indivíduos suscetíveis. (excretas de aves). fenol-oxidase central (SNC), podendo causar meningite Infecção se dá em pacientes imunossuprimidos . Infiltrados nodulares podem aparecer em apenas um lobo pulmonar ou ser bilaterais, tornando-se mais difusos em infecções mais graves. A cavitação é rara. C. neoformans é o agente mais comum de meningite fúngica e tende a ocorrer em pacientes com baixa imunidade celular. Doença pode ser crônica, fatal, se não tratado. As meninges e o tecido cerebral subjacente são envolvidos. Observa-se febre, dores de cabeça, meningismo, distúrbios visuais, alterações mentais e convulsões. 05 Candidíase (Microbiota) Oportunist a Faz parte da microbiota humana. Sintomas são apresentados principalmente em pacientes imunodeprimidos Candida albicans Fungos ▪ Dimorfismo independente de temperatura ▪ Faz parte da microbiota humana ▪ Infecções Dimorfismo não térmico. • Dimorfismo (variação de antígenos da parede) • Adesinas • Produção de Colonização em humanos: trato GI (da boca até o reto). Também podem ser comensais na vagina e na uretra, na pele e Importante causador de infecções nosocomiais Pode causar infecções clinicamente evidentes . Pelo crescimento exacerbado de um fungo da microbiota humana (disbiose), encontrado ao longo de todo trato digestivo. importantes em pacientes que vivem com HIV (PVHIV) Principais infecções são causadas por contaminação endógena. Transmissão exógena associada ao uso de soluções contaminadas, nutrição parenteral, transdutores de pressão vascular, válvulas cardíacas e córneas. enzimas (proteinases e fosfolipases) • Cândida- toxina (CT) sob as unhas das mãos e dos pés. É o agente etiológico mais comum da candidíase humana, além de ser encontrada em humanos e animais, já foi isolada do ar, da água e do solo. praticamente em qualquer sistema orgânico. ● Infecções de Mucosas Oral (sapinho) ● Infecções de Mucosa Vaginal ● Infecções cutâneas: vesiculopustulares , eritematosas e pruriginosas ● Onicomicose e paroníquia ● Candidíase Mucocutânea Crônica: lesões granulomatosas, desfigurantes ● Infecções Urinárias: desde cistites até abscessos renais ● Candidíase sistêmica: colonização de tecidos profundos, como vísceras abdominais,coração, olhos, ossos e articulações e o cérebro ● Candidíase do SNC ● Infecções cardíacas ● Infecções em ossos e articulações 06 Aspergilose (Bolor – não invasivo) Oportunist a Pela inalação de esporos fúngicos crescendo em matéria orgânica vegetal. O fígado é o órgão mais afetado. Aspergillus fumigatus Fungos ● Produzem a toxina AFLATOXINA (carcinógeno), podendo contaminar a cadeia alimentar, chegando até o homem ● Fígado é o órgão mais afetado Esporos, mas na verdade ele não é muito virulento Aspergillus fumigatus pode causar: ● Aspergilose Alérgica Broncopulmonar – atinge os pulmões e em pacientes com asma ● Aspergiloma em pacientes com cavidades pulmonares preexistente (não invadem tecidos pulmonares) ● Aspergilose disseminada – em pacientes imunossuprimidos , fungo invade a partir dos pulmões ALERGIAS • Inalação de esporos • Aspergillus fumigatus - Aspergilose Alérgica Broncopulmonar. • Resposta de hipersensibilidade imediata mediada por IgE • Rinite, asma brônquica, alveolite e pneumonite • Forma cutânea • Pápulas, pústulas, nódulos, abscessos, lesões necrosantes • Foco primário (pulmonar) • Bola fúngica, podendo estar associado a tuberculose • Disseminação hematogênica • Aspergilose invasiva (nosocomial) •Imunossuprimidos 01. Nome da doença 02. Locais de infecção no organismo humano 03. Como o patógeno acometeu o ser humano? Transmissão. Importante saber se o patógeno faz parte da microbiota ou não e saber os reservatórios possíveis dos patógenos (outros animais, por exemplo) 04. Agente Etiológico (patógeno) 05. Grupo de patógeno (bactéria, fungo, vírus, protozoário , helminto ou príon) 06. Característica s gerais do patógeno (estrutura, morfologia, fatores de crescimento, características bioquímicas etc.) 07. Principais fatores de virulência 08. Mecanismos imune contra o patógeno: barreiras, respostas inata e adaptativa (levar em consideração o grupo de patógeno e se esse é intracelular obrigatório, intracelular facultativo ou extracelular) 09. Manifestações clínicas associadas aos principais fatores de virulência do patógeno e resposta imune do ser humano 01 Pitiríase Versicolor (Tinea Versicolor) Micose superficial Observada em áreas seborreica s do corpo, tórax, ombros, abdome etc. e em áreas inusitadas, como pálpebras e pênis Faz parte da microbiota da pele - folículo pilosos/ Natureza: saprofítico Malassezia furfur Fungos Levedura lipofílica (dependente de lipídios) Lipases HIPOCROMIA pode ser atribuída ao ácido azelaico que interfere na melogênese e a hipercromia pode ser estar atribuída ao aumento da distribuição de melanossomas. Hipocromia: Lesões visíveis após exposição ao sol Característica da lesão: lesão macular, finamente descamativa, de tamanho, forma e cor variáveis hipocrômica ou hipercrômica, observada em áreas seborreicas do corpo, tórax, ombros, abdome etc. e em áreas inusitadas, como pálpebras e pênis 02 Dermatite seborreica Micose Faz parte da Malassezia Fungos Levedura Lipases -- Descamação superficial Couro cabeludo microbiota da pele / Natureza: saprofítico globosa lipofílica (dependente de lipídios) da pele. 03 Tinea Nigra Micose superficial Comum causar lesões em regiões palpar e plantar (mas pode acometer outras áreas) Presente no meio ambiente Hortaea werneckii Fungos Fungo melanizado Evasão da fagocitose Fatores predisponentes: hiperhidrose, fatores ambientais Lesão macular, pouco descamativa, de cor marrom a negro, comum em regiões palpar e plantar (outras áreas podem ser acometidas) 04 Piedra Branca Micose superficial Micose que acomete a parte livre dos pelos, formando concreções de colorações brancas (pelos axilares e pubianos, raro de cabelo) Presente em haste livre de pelos/cabelos Trichosporon spp. (Ex.: Trichosporon beigelli) Fungos Característica s da lesão: nódulos claros ao redor dos pelos de qualquer parte do corpo e cabelos Fungo produtor de queratinase -- Nódulos macios, pastosos, e por conta da cor branca, são associados à caspas (mas não é caspa!!) 05 Piedra Preta/Negra Micose superficial Micose que acomete a Haste livre de cabelos (encontrado somente em cabelos) Piedraria hortae Fungos Nódulos endurecidos de coloração escura fortemente Fungo melanizado -- Nódulos endurecidos de coloração escura fortemente aderido parte livre dos pelos, formando concreções de colorações pretas. (Cabelo) aderido 06 Tinea Capitis Micoses cutâneas (dermatofit oses) (Couro cabeludo, sobrancelh a e cílios) Invadem a pele, pelos e unhas (camadas queratinizadas) Trichophyton tonsurans Microsporum canis Fungos Trichophyton tonsurans. artroconídios do fungo em seu interior – ENDOTRIX Microsporum canis. artroconídios por fora dele - ECTOTRIX Queratinase e outras enzimas (elastase, colagenase e dnase) -- Trichophyton tonsurans. Pequenas e múltiplas áreas de alopécia, geralmente parciais. : Microsporum canis. Poucas e grandes áreas de alopécia. 07 Tinea Barbae Micoses cutâneas (dermatofit oses) Barba Invadem a pele, pelos e unhas (camadas queratinizadas) Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton Fungos ▪ Invadem a pele, pelos (camadas queratinizadas ) Queratinase e outras enzimas (elastase, colagenase e dnase) -- ▪ Manchas inflamatórias na pele ▪ Lesão de tonsura no pelo 08 Tinea Corporis Micoses cutâneas (dermatofit oses) Corpo Invadem a pele, pelos e unhas (camadas queratinizadas) Localização preferencial nos braços, face e pescoço Trichophyton rubrum, Epidermophyton flocosum Fungos ▪ Comum em atletas com contato corpo a corpo ▪ Quando contraída de animais, o proceso inflamatório é maior ▪ Em geral, prurido asociado à Queratinase e outras enzimas (elastase, colagenase e dnase) ▪ Lesões extensas: investigar imunodepressão ▪ Lesões anulares, área central clara e descamativa, borda avermelhada, isoladas ou confluentes, podendo-se observar vesículas ou pústulas em sua borda lesão 09 Tinea Cruris Micoses cutâneas (dermatofit oses) Virilha Pode atingir coxas, períneo, nádegas e região pubiana Invadem a pele, pelos e unhas (camadas queratinizadas) Trichophyton rubrum, T. mentagrophytes e Epidermophyton flocosum Fungos Comum em obesos, DM, imunodeficient es, acamados, idosos etc. Queratinase e outras enzimas (elastase, colagenase e dnase) -- Manchas inflamatórias na pele 10 Tinea Pedis Micoses cutâneas (dermatofit oses) Pé ▪ Conhecido como pé de atleta (dermatofit ose mais comum) Invadem a pele, pelos e unhas (camadas queratinizadas) Aguda: Tricophyton mentagrophytes Crônica: Tricophyton rubrum. Fungos Esporos encontrados em pisos de piscinas, vestiários Queratinase e outras enzimas (elastase, colagenase e dnase) -- Aguda: Tricophyton mentagrophytes Eczematóide (vesículas plantares e digitais). Crônica: Tricophyton rubrum. Lesões eritematosa descamativas em toda região plantar, acompanhadas de discreta ou nenhuma inflamação. 11 Tinea Unguium ONICOMICOSE Micoses cutâneas (dermatofit oses) Unha Destruição Invadem a pele, pelos e unhas (camadas queratinizadas) ▪ Trichophyton rubrum, ▪ Trichophyton mentagrophytes ▪Epidermophyto n flocosum Fungos Fungos antropofílicos Queratinase e outras enzimas (elastase, colagenase e dnase) -- Invasão das hifas – unhas amareladas, quebradiças, espessas e esfarelada da lâmina ungueal 12 EsporotricoseMicoses subcutâne as ▪ Forma cutânea disseminad a (menos comum) ▪ Forma localizada ou cutânea fixa ▪ Forma linfocutâne a (mais comum) Acomete pele, tecido subcutâne o e linfonodos regionais ▪ Proveniente do solo, vegetais, madeira ▪ Pode estar relacionado à ocupação profissional (ex.: jardineiro) ▪ Comum em climas quentes ▪ Animais podem agir como vetores do fungo (gatos, principalmente) Sporothrix schenckii. Há outras espécies Fungos Fungo dimórfico ▪ Dimorfismo ▪Termotolerân cia ▪ Produção de melanina, que acaba fazendo parte da parede celular fúngica (evasão da fagocitose) Inoculação traumática de solo, vegetais ou matéria orgânica contaminada com o fungo e transmissão zoonótica (comum em caçadores e associação com gatos infectados) ▪ Lesão primária (porta de entrada): nódulo pequeno que pode ulcerar. ▪ 2 semanas após o aparecimento da primeira lesão: cordão endurecido que segue por um vaso linfático em direção ao linfonodo; ▪ Nesse cordão, surgem nódulos subcutâneos linfáticos indolores que se estendem ao longo do curso de drenagem da lesão primária ▪ Com o tempo, os nódulos podem ulcerar e liberar pus.
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