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9 Causas de extinção de punibilidade

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· Morte do agente: Partindo do princípio de que a pena não pode ultrapassar a pessoa do infrator, devemos considerar que, se este infrator morre, imediatamente ocorre a extinção da punibilidade do mesmo, valendo tal situação inclusive para as penas de multa. Para a aplicação de tal extinção, é obrigatória a apresentação da certidão de óbito.
· Anistia: É uma causa motivada por política criminal e ocorre quando o Estado ordena que determinados fatos se tornam impuníveis por motivo de utilidade pública social. Inicialmente tal causa era usada exclusivamente a crimes políticos, porém, em certas hipóteses é utilizada em crimes normais. Tendo em vista esta possibilidade, a lei determinou que este instituto não é cabível nos rimes hediondos, tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e terrorismo.
· Graça e indulto: Graça é uma forma de clemência soberana e destina-se a pessoa determinada e não a um fato. É semelhante ao indulto individual, porém, na reforma da parte geral do Código Pena sua nomenclatura foi mantida. Tal instituto pode ser total ou parcial. No caso do total ele abrange todas as sanções impostas ao apenado. Na parcial, ou comutação é feita a redução ou substituição as sansão. A competência para indultar pertence ao Presidente da República, mas ela pode delegar a atribuição a Ministro de Estado ou outras autoridades, não sendo necessário pedido dos interessados. O indulto faz extinguir apenas os sansões que nele foram incluídas.
· Abolitio criminis: Deixando uma lei nova de considerar uma conduta como crime, o mesmo é abolido. Quando isso ocorre deve haver a retroatividade penal da lei mais benéficas, fazendo com que aqueles que estejam a cumprir pena, ou mesmo estejam sendo processados por fatos que lei nova deixou de considerar como crime tenham extintas a sua punibilidade.
· Prescrição:  é perda do direito estatal de punir o transgressor da norma penal, dado o decurso do tempo, uma vez que o direito de punir deve ser exercido dentro do prazo legalmente estabelecido.
· Decadência: Tal causa de extinção da punibilidade limita-se a procedimento que dependam de uma participação da vítima para serem iniciados. Quando esta vítima deixa de tomar as atitudes que dela eram esperadas em um prazo previamente estipulado, o Estado, assim como ela própria perde o direito de processar aquele réu. Quando a decadência ocorre existe a perda de possibilidade de ingresso de ação privada ou representação. O prazo comum para a decadência é de seis meses contados do dia em que a vítima fica sabendo quem foi o autor do crime ou do dia em que se esgota o prazo para oferecimento da denúncia.
· Perempção: Perempção nada mais é que uma sanção processual que consiste na perda do direito de prosseguir na ação penal privada, ou seja, a sansão jurídica cominada ao querelante em decorrência de sua inércia. Existem basicamente quatro hipótese que geram a perempção. A um. Quando o querelante deixa de dar andamento no processo durante 30 dias seguidos de maneira injustificada. A dois. Quando ocorre o falecimento do querelante ou o mesmo fica incapaz se dentro de 60 dias seus sucessores não derem seguimento ao processo. A três. Quando o querelante deixa de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente ou não para formular pedido de condenação nas alegações finais. A quatro. Quando o querelante é pessoa jurídica e esta é extinta sem deixar sucessores.
· Renúncia e Perdão: Renúncia é a desistência em propor ação penal privada. Perdão é a desistência no prosseguimento de ação penal privada. A semelhança entre os dois institutos encontra-se no momento de sua ocorrência sendo que a renúncia existe antes da propositura da ação a o perdão após seu início.
· Perdão Judicial: É o instituto pelo qual o estado, através do juiz, embora reconhecendo a coexistência de elementos objetivos e subjetivos que demonstram a existência do delito, deixa de aplicar a pena desde que apresente determinadas circunstâncias excepcionais previstas em lei e que tornam desnecessária a imposição do sansão. Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. 
· Retratação: Neste ato o agente reconhece o erro que cometeu e o denúncia a autoridade, retirando o que anteriormente havia dito. Pode ocorrer nos crimes de calúnia, difamação, falso testemunho e falsa perícia. 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
	
	
	
· João, por força de divergência ideológica, publicou, em 03 de fevereiro de 2019, artigo ofensivo à honra de Mário, dizendo que este, quando no exercício de função pública na Prefeitura do município de São Caetano, desviou verba da educação em benefício de empresa de familiares. Mário, inconformado com a falsa notícia, apresentou queixa-crime em face de João, sendo a inicial recebida em 02 de maio de 2019. Após observância do procedimento adequado, o juiz designou data para a realização da audiência de instrução e julgamento, sendo as partes intimadas. No dia da audiência, apenas o querelado João e sua defesa técnica compareceram. Diante da ausência injustificada do querelante, poderá a defesa de João requerer ao juiz o reconhecimento da perempção, que é causa de extinção da punibilidade. Art 60 - III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
· A respeito do perdão constitucional anistia, assinale a alternativa correta. Via de regra, o beneficiário da anistia não poderá recusá-la. Contudo a recusa torna- se possível caso a anistia seja condicionada, bastando que o destinatário recuse as condições impostas. 
· Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue-se a punibilidade pela retroatividade de lei que não mais considera o fato criminoso. Abolitio criminis.
· Reconhecida a prática de um fato típico, ilícito e culpável, o Estado tem o poder/dever de punir o seu infrator. Todavia, há situações que fazem desaparecer o poder punitivo estatal, sendo correto afirmar, de acordo com o Código Penal, que:  a sentença que conceder o perdão judicial, após reconhecimento da materialidade e autoria, não será considerada para efeitos de reincidência; 
· O perdão judicial poderá ser aplicado quando, devidamente previsto em lei, as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a própria sanção se torne desnecessária. Sobre o tema, é correto afirmar que: a sentença que aplica perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência, em que pese haja reconhecimento da prova da materialidade e da autoria;
· O indulto, a graça e a anistia são trazidas pelo Código Penal, em seu artigo 107, inciso II, como causas de extinção da punibilidade. Apesar disso, são institutos que não se confundem. Sobre tais causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que: o indulto gera a extinção dos efeitos penais primários, mas não os secundários, permanecendo íntegros, também, os efeitos civis da condenação;
· É(são) causa(s) de extinção da punibilidade presente(s) apenas em relação a crimes de ação penal pública de iniciativa privada: perdão do ofendido; V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
· É causa extintiva da punibilidade do agente, a retroatividade de lei que deixa de considerar o fato como criminoso. Abolitio criminis.
· São causas extintivas da punibilidade o perdão aceito nos crimes de ação penal privada e a graça. 
· Assinale a alternativa correta que completa o enunciado a seguir: Segundo o Código Penal brasileiro, o perdão doofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa (...) obsta ao prosseguimento da ação penal. Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação.
· Trata‐se de causa extintiva da punibilidade consistente na exclusão, por lei ordinária com efeitos retroativos, de um ou mais fatos criminosos do campo de incidência do Direito Penal, a anistia. A ANISTIA é uma CLEMÊNCIA conferida através de LEI ORDINÁRIA, sendo de competência do CONGRESSO NACIONAL.
· Com relação às causas de extinção da punibilidade previstas no artigo 107 do Código Penal, assinale a alternativa correta. A perempção é causa de extinção de punibilidade exclusiva da ação penal privada. Ocorre PEREMPÇÃO quando o titular da ação (autor) fica PARADO, fica INERTE.
· Assinale a afirmativa correta. A reparação do dano extingue a punibilidade do peculato culposo, se ocorre antes da sentença condenatória irrecorrível. 
· José cumpria pena privativa de liberdade de dois anos de reclusão pela prática de determinado crime político. Durante a execução de sua pena, ele foi beneficiado por uma Lei Penal, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República, que determinou a declaração da extinção da punibilidade de todos os detentos que haviam praticado o mesmo crime político que ele. Nessa situação hipotética, é correto afirmar que José foi beneficiado pelo(a) anistia. essa causa de extinção da punibilidade destina-se, em regra, a crimes políticos (anistia especial), abrangendo, excepcionalmente, crimes comuns.
· Nos termos do artigo 107 do Código Penal, extingue-se a punibilidade pela retroatividade de lei que não mais considera o fato criminoso.
· A respeito do perdão constitucional anistia, assinale a alternativa correta. Via de regra, o beneficiário da anistia não poderá recusá-la. Contudo a recusa torna- se possível caso a anistia seja condicionada, bastando que o destinatário recuse as condições impostas.
· De acordo com o Código Penal, qual alternativa corresponde à causa de extinção da punibilidade? A retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.

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