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SAUDE DOS POVOS RIBEIRINHOS

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Centro Universitário do Norte -
Curso: Biomedicina 
 
 
 
Andressa de Oliveira Passos - 98774
Angélica Braga de Brito Maciel - 95363
Roberta Mariana de Carvalha - 92586
Luiz Felipe Farias dos Santos - 91855
 
 
 
 
 
 
 
 
SAÚDE DOS POVOS RIBEIRINHOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO, ACRE
2021
Andressa de Oliveira Passos - 98774
Angélica Braga de Brito Maciel - 95363
Roberta Mariana de Carvalha - 92586
Luiz Felipe Farias dos Santos - 91855
 
 
 
 
  
 
 
 
 
 
SAÚDE DOS POVOS RIBEIRINHOS 
 
 
 
 
 
Trabalho acadêmico elaborado
como requisito na avaliação da B2, da disciplina de Saúde dos povos tradicionais da Amazônia no curso de Biomedicina.
Orientador: Prof.ª Kennedy 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO, ACRE
2021
RESUMO 
OBJETIVO
Esse trabalho acadêmico tem como objetivo descrever as características da saúde dos povos ribeirinhos e do seu acesso a serviços de saúde. 
MÉTODOS
Estudo descritivo, teórico, que conta como bases outros artigos elaborados por outros acadêmicos que promoveram pesquisa de campo em relação aos povos ribeirinhos e tiveram acesso é legitimaram informações sobre o acesso dos mesmos à saúde. 
RESULTADOS
Pôde-se ter como resultado que uma grande parcela dos ribeirinhos, utilizam pequenas embarcações para conseguir acessar as redes de saúde mais próximas, e para que isso ocorra eles chegam a percorrer um longo trajeto. Tendo essa informação em vista, é correto afirmar que entre as atribulações encontradas em meio ao caminho, há escassez de atendimento para esse povo e o longo trajeto percorrido para chegar até esses centros de saúde continuam sendo sua maior adversidade.
CONCLUSÃO
O presente trabalho teve como objetivo contribuir para debates teóricos sobre aspectos das comunidades ribeirinhas, socioeconomia, saúde desse povo e as limitações geográficas que colaboram para o surgimento de barreiras em relação ao acesso limitado aos serviços de saúde e uma melhoria das condições de vida dos ribeirinhos.
1. INTRODUÇÃO 
As populações ribeirinhas são descendentes de uma variedade de grupos étnicos e populações tradicionais, historicamente constituída pelo processo de colonização e miscigenação, sendo assim esse povo é resultado dos intercâmbios históricos entre diferente povos e etnias. Destacando os principais agentes que compõem esse mosaico os povos indígenas mesclados com nordestinos e outros migrantes e vivem às margens dos rios e lagos. Esses habitantes sobrevivem de pesca, caça, agricultura familiar e subsídios providos de programas sociais do governo federal. Suas comunidades necessitam de recursos básicos, como saneamento e eletricidade, e dependem das áreas urbanas para aquisição de bens de consumo e assistência a saúde. O deslocamento até as áreas urbanas é por via fluvial, realizado com pequenas embarcações, em viagens que podem durar de alguns minutos a dias de navegação. Levando em consideração as condições adversas da região, os ribeirinhos estão expostos a doenças infecciosas (malária, parasitoses, doença de Chagas) associadas a morbidades típicas dos grandes centros urbanos, como hipertensão e diabetes.
[...] vivem em agrupamentos comunitários com várias famílias, localizados, como o próprio termo sugere, ao longo dos rios e seus tributários (lagos). A localização espacial nas áreas de várzea, nos barrancos, os saberes sócio históricos que determinam o modo de produção singular, o modo de vida no interior das comunidades ribeirinhas, concorrem para a determinação da identidade sociocultural desses atores (CHAVES, 2001, p. 78).
Os ribeirinhos são um exemplo da população tradicional da Amazônia, mediante esse fator deve ser levado em consideração a sua relação com a natureza como uma referência. Abrangendo assim esse tópico, desde a sua relação com a água, seus sistemas classificatórios da fauna e flora formam um extenso patrimônio cultural. 
Importante ressaltar que os rios influenciam de forma notável as comunidades ribeirinhas. Desde a construção de suas casas, uma vez que elas são construídas de frente para os rios, o que acaba possibilitando que as embarcações as evidenciem, até a utilização desses mesmos canais fluviais para buscar atendimentos básicos. Levando isto em relevância, pôde-se determinar que há uma severa desigualdade de acesso à saúde, apesar de a Constituição Federal de 1988 garantir o direito ao acesso universal e igualitário à saúde a todos os cuidadões naturalmente nascido no Brasil, existe provas de que o acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo um desafio a este povo se levado em consonância com as demais regiões brasileiras, é isto se deve a região habitada pelos ribeirinhos, seus meio de transporte, das desavenças encontradas no caminho, além, de fatores ainda mais alarmante em relação ao próprio sistema de saúde como a não obtenção de vaga ou senha e o fato de não haver médicos para o atendimento dessa classe trabalhadora.
As limitações oriundas da escassez ao acesso de serviços de saúde se dar por um contexto multifatorial e complexo, que implica diretamente na forma de vida daquela população. Desta forma esse trabalho tem como teor aborda as dificuldades de acesso a serviços de saúde dos povos ribeirinhos. 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1. DEMOGRAFIA 
A dispersão do território habitado pela população ribeirinha, é banhada por extensas bacias hidrográficas e coberta pela floresta tropical do planeta, este fator impõem severas desigualdades em relação ao acesso a postos de saúde.
O trajeto para chegar aos centros de atendimento de saúde são geralmente longos podendo dura até mesmo dias, e possuem certas despesas para a sua locomoção. Este fator acaba por causar uma desmotivação para esse povo reduzir a busca por esses centros. 
2.2 . SOCIOECONOMIA DA POPULAÇÃO RIBEIRINHA
Ao se levar em consideração a base socioeconômica dos ribeirinhos, é de suma importância pautar qualquer problema de saúde e o ônus econômico que geri esses indivíduos e suas famílias. Há também de ser considerar a distância de acesso a serviços de saúde, a duração das viagem, os custos que são gerados por conta do deslocamento (as pequenas embarcações de madeira necessitam de combustível), e nos casos que exigir internação, os custos que serão cobrados devido hospedagem e alimentação dos acompanhantes, pois geralmente os ribeirinhos não possuem moradias em zonas urbanas. Sem falar que isso acarreta na interrupção das suas atividades diárias sendo as mesmas sua fonte de renda, como agricultura e pesca. O que acaba por afetar sua renda já limitada, e por conta deste fator ocorre que o mesmo acaba por procurar ajuda na própria comunidade e gerando consequentemente um agravamento no seu estado de saúde. 
A população ribeirinha apresenta baixa escolaridade e nível econômico. As principais atividades executadas por essa população são a pesca e a agricultura familiar. Os mesmos, tem como principal meio de transporte, embarcações rústicas feitas de madeira movida a motor (rabeta), que promove a locomoção dos mesmo até as zonas urbanas.
Em relação a sua baixa escolaridade, pôde-se levar em conta que isto tem uma grande consequência em como sua saúde é gerida. E isto se dar pelo fato de que historicamente populações são destituídas de condições favoráveis à melhoria de qualidade de vida, o que inclui acesso a escola, saúde, água potável e saneamento básico. Além, de que há um grande índice das crianças que compõem esse povo não frequentar as redes escolares e uma alta taxa de mortalidade comparado as crianças que possuem condições econômicas favoráveis. 
As limitações educacionais acabam por impedir o desenvolvimento econômico, acarretando assim também, a privação de o acesso a bens de consumo (alimentos, medicamentos, plano de saúde), o que ocasiona um impacto negativo na expectativa de vida dos povos ribeirinhos. Além, de que a saúde preventiva é limitada por contas das limitações de atendimento do processo saúde-doença e do modo de prevenção de morbidade e promoção de saúde. 
2.3. LEGISLAÇÃO DE ACESSO A SAÚDE DOS RIBEIRINHOS 
A saúderibeirinha é dada mediante a Política Nacional de Atenção Básica, implementada no país, pelas Portarias MS/GM nº 2.488 e 2.490, voltadas para a implantação e operacionalização das atividades de saúde, bem as Equipes de Saúde das Famílias Ribeirinhas (ESFR) e Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), sobretudo na região amazônica. As Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR) desempenham a maior parte de suas funções em Unidades Básicas de Saúde (UBS), localizadas em comunidades pertencentes a áreas em que estão acrescentadas, cujo acesso é por rio. Pela grande dispersão territorial, essas áreas necessitam de embarcações para atender às comunidades dispersas no território. 
Em função dessa particularidade, as eSFRs devem ser compostas por, no mínimo: um médico, um enfermeiro e um auxiliar ou técnico de enfermagem. Entretanto, uma equipe de Saúde da Família Ribeirinhas também pode contar com profissionais de saúde bucal, e outros profissionais de nível superior, além de profissionais de nível médio. O número máximo de Agentes Comunitários de. Saúde (ACS) é 24 ESFR - Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas: desempenham a maior parte de suas funções em Unidades Básicas de Saúde construídas/localizadas nas comunidades pertencentes à área adscrita e cujo acesso se dá por rio ESFF- Equipe de saúde das Famílias Fluvias: Desempenham suas funções em Unidades Básicas de Saúde Fluvias (UBSF).
 A Portaria nº GM/MS 837, de 09 de maio de 2014, no Anexo LVII da Portaria de Consolidação nº02, de 28 de setembro de 2017, redefine novo arranjo organizacional para essas equipes de saúde, voltadas para famílias ribeirinhas. Esse novo arranjo inclui a possibilidade de solicitação, por parte do gestor municipal, ao Ministério da Saúde de custeio para manutenção de embarcações de pequeno porte, de unidades de apoio e de inclusão de novos profissionais na Equipe de Saúde da Família Ribeirinha. Com esse apoio logístico é garantido o deslocamento dos profissionais de saúde no atendimento às comunidades ribeirinhas e, inclusive, a manutenção dos ambientes para que a equipe possa organizar o atendimento para essa população. A possibilidade de incluir na equipe mínima outros profissionais de nível superior, assim como profissionais de nível médio e o número máximo de ACS, visa melhorar o acesso e da resolutividade das eSFRs. Sendo assim a equipe que vai suprir a demanda dos povos ribeirinhos é constituída por: Agentes comunitários de saúde, Microscopistas, auxiliar ou técnico de enfermagem, Técnico em saúde bucal além de enfermeiros, Médicos e até mesmo dentistas.
3 DISCURSÕES FINAIS 
Diante dos fatos apresentados os Ribeirinhos são aqueles que residem nas proximidades dos rios e têm a pesca artesanal como principal atividade de sobrevivência. Cultivam pequenos roçados para consumo próprio e também podem praticar atividades extrativistas e de subsistência, sua locomoção e por meios de canoas e embarcações de rabetas, movida a motor São pessoas humildes que não tem , oportunidades, baixa renda , sem direito alimentos, remédios educação, saúde sem expectativa de melhorias, não tem acesso a saneamento básico, agua tratada, energia, e consequentemente estão expostos a doenças e contaminação , tendo em vista que sua maior dificuldade  enfrentadas pela população, e por causa da precariedade dos serviços de saúde, tem que viajar, de barco, por longos períodos Dependendo do município, são 16 horas de viagem. Outro problema comum é no fornecimento de água potável, o que causa doenças, sobretudo às crianças, que sofrem com tudo isso.
  as dificuldades enfrentadas pela população, e por causa da precariedade dos serviços de saúde, tem que viajar, de barco, muitas vezes por longos períodos Dependendo do município, são 16 horas de viagem. Outro problema comum é no fornecimento de água potável, o que causa doenças, sobretudo às crianças 
As Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR) desempenham a maior parte de suas funções em Unidades Básicas de Saúde (UBS), localizadas em comunidades pertencentes a áreas em que estão acrescentadas, porém o acesso é por rio e dificulta muito essa promoção a Essas Famílias que sofrem em diversas partes do País.
KADRI, Michele Rocha El et al . Unidade Básica de Saúde Fluvial: um novo modelo da Atenção Básica para a Amazônia, Brasil. Interface (Botucatu), Botucatu, 2019.
GUIMARAES, Ananias Facundes et al . Acesso a serviços de saúde por ribeirinhos de um município no interior do estado do Amazonas, Brasil. Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua, 2020. 
LIRA, Talita de Melo; CHAVES, Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues. Comunidades ribeirinhas na Amazônia: organização sociocultural e política. Interações (Campo Grande), Campo Grande, 2016.

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