Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O sistema genital masculino se dedica e tem como objetivo a reprodução, que é a capacidade de o ser vivo gerar outro ser vivo com as mesmas características genéticas. Através dessa importante função realizada pelo sistema reprodutor ocorre a perpetuação da espécie. Nos humanos a reprodução é sexuada, realizadas por célula especiais – os gametas (óvulo e espermatozóides) – e sua união (fecundação) vai resultar o zigoto, ponto de partida para a formação do novo ser vivo. Esses gametas possuem o início da sua função na puberdade e o final da sua função possui uma variação muito grande entre o homem e a mulher. A função gametogênica cessa mais cedo na mulher que no homem, e neste em idades extremamente variáveis. Assim, o sistema genital masculino é o conjunto de órgãos que formam, emitem e introduzem o líquido fecundante, esperma ou sêmen (através do gameta masculino, espermatozóide), nas vias do sistema genital feminino durante o ato sexual. *É a diferenciação e formação das características de um indivíduo, para o sexo feminino ou masculino. Isso se dá a partir dos 2º meses de vida intrauterina. DIVISÃO ESQUEMÁTICA 1. Gônadas: órgãos produtores de gametas = os testículos 2. Vias condutoras dos gametas ou vias espermáticas: onde percorrem os espermatozóides = túbulos e dúctulos dos testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra 3. Órgão de cópula: órgão que vai penetrar nas vias genitais femininas introduzindo o gameta masculino, o espermatozóide = pênis 4. Glândulas anexas: vesículas seminais, próstata e glândulas bulbo-uretrais; suas secreções vão facilitar a passagem dos espermatozóides nas vias genitais 5. Estruturais eréteis: o pênis possui três corpos eréteis que se enchem de sangue e se tornam rígidos e maiores = corpos cavernosos (2) e corpo esponjoso do pênis 6. Órgão genitais externos: o pênis e o escroto ou bolsa testicular (aloja os testículos) *Bolsa externa formada (externamente) por pele (fina, hiperpigmentada e com pêlos). Localizado atrás do pênis e abaixo da sínfise púbica. *É dividido pelo septo do escroto em dois compartimentos, cada um contendo um testículo. Esse septo externamente corresponde a rafe do escroto *Depois da pele há uma fáscia formada por tecido conjuntivo e tecido muscular, chamada de túnica dartos ou musculatura dartos. - Essa fáscia/túnica/musculatura tem função termoestática (temperatura favorável para a espermatogênese). Quando está frio, a túnica dartos se contrai e faz com que a pele do escroto se enrugue. *Internamente a túnica dartos há a fáscia espermática externa e interna. Essa fáscia é o envoltório de todas as estruturas que estão no escroto. Entre essas fáscias há a fáscia/musculatura cremastérica (m. cremaster) *Em contato com a túnica espermática interna está outra fáscia, a túnica vaginal. Ela é o envoltório do Sistema Reprodutor Masculino testículo e do epidídimo. É dividida em dois folhetos, a lâmina parietal e a lâmina visceral. A lâmina parietal está voltada para a túnica espermática interna e a lâmina visceral está voltada para o epidídimo e para o testículo. RELAÇÃO CLÍNICA: Entre a lâmina parietal e a lâmina visceral da túnica vaginal há a presença de um líquido para haver o deslizamento dessas túnicas. Quando há o acúmulo em excesso desse líquido ocorre uma condição patológica chamada de hidrocele. Essa condição achata o testículo podendo causar infertilidade. Quando há a presença de sangue ao invés do líquido, temos uma condição chamada de hematocele. (Imagens no Moore) *Depois da túnica vaginal há outra fáscia chamada de túnica albugínea. A túnica albugínea é bem espessa, formada por tecido conjuntivo fibroso. Ela é a túnica que está mais aderida ao TESTÍCULO, formando o envoltório do testículo. - Há algumas invaginações (septos do testículo) dessa túnica no testículo. Elas dividem o testículo em lóbulos. *Dentro dos lóbulos dos testículos localiza-se os túbulos seminíferos contorcidos, parênquima do testículo; são neles que há a produção dos espermatozóides (espermatogênese) *Quando os túbulos seminíferos contorcidos se aproximam do mediastino do testículo, eles se tornam retos (túbulos seminíferos retos), formando a rede do testículo.RELAÇÃO CLÍNICA: RELAÇÃO CLÍNICA: Espermatocele: é a formação de cistos na região do epidídimo, principalmente na cabeça do epidídimo. Esse cisto é formado por líquido. Torção do funículo espermático ou dos testículos *A rede testicular por sua vez dão origem aos dúctulos eferentes. Esses dúctulos conduzem os espermatozóides até o EPIDÍDIMO. *O EPIDÍDIMO é uma estrutura alongada, em forma de C, situada contra a margem posterior e superior do testículo, onde está intimamente aderida e pode ser sentido por palpação. É um enovelado a partir dos dúctulos eferentes. *É no epidídimo que os espermatozóides se alojam até o momento da ejaculação; Ele é o RESERVATÓRIO dos espermatozóides. - Ele é dividido em: cabeça, corpo e calda *A partir da sua calda, o epidídimo se torna mais espesso e volumoso e dá origem ao ducto deferente. Esse por sua vez conduz o espermatozóide do epidídimo para dentro da pelve. RELAÇÃO ANATÔMICA: Como dito, o TESTÍCULO é o órgão produtor do gameta masculino, o espermatozóide. Para esse espermatozóide ser produzido ele precisa estar em uma temperatura aproximada de 2ºC abaixo da temperatura corpórea. Por isso estão localizados fora da cavidade pélvica. Para haver essa produção é necessário que ele esteja à cerva de 35ºC aproximadamente. *Esses órgãos possuem origem na região renal. Eles nascem junto com os rins na cavidade abdominal. Com cerca de 2 meses de vida intra-uterina ele ainda se encontra na cavidade abdominal. *Os testículos são conduzidos para a bolsa testicular através de uma estrutura chamada de gubernáculo do testículo. Essa estrutura vai puxando os testículos para a região pélvica e ele atinge essa região a partir dos 3 meses de vida intra-uterina. *Eles começam a migrar para uma região mais inferior, a partir do 7º mês, passando por dentro do canal inguinal. No último mês antes do nascimento ele já ocupa a bolsa testicular. *O canal inguinal é uma estrutura/passagem que liga a bolsa testicular com a cavidade pélvica e abdominal. Para a passagem do ducto deferente até o ducto ejaculador. *Estruturas abdominais passam por dentro desse canal, como a fáscia transversal que ao adentrar o canal inguinal forma a fáscia espermática interna, o músculo oblíquo interno do abdome que atravessa o canal e forma o músculo cremaster e a fáscia do oblíquo externo do abdome forma a fáscia espermática externa. *O conjunto dessas estruturas (artérias, veias, linfáticos e nervos – plexo venoso – plexo pampiniforme) que passam pelo canal inguinal, dá-se o nome de funículo espermático. *O início do canal inguinal é caracterizado pelo anel inguinal profundo e no seu final, voltado para a bolsa testicular, anel inguinal superficial. TESTÍCULOS (região dos rins) POSIÇÃO ILÍACA POSIÇÃO INGUINAL *O principal conteúdo desse canal, nos homens, é o funículo espermático. Nas mulheres esse canal é ocupado pelo lig. redondo do útero. *Está relacionado com a descida dos testículos no desenvolvimento fetal. Criptorquidia ou Criptorquidismo: é uma condição onde o testículo não ocupa, ao nascimento e após, a bolsa testicular. - Essa condição futuramente pode causar infertilidade, câncer testicular, hérnias e torção testicular. *A partir da artéria aorta, parte as artérias ilíacas e a partir dessa surge uma ramificação que é a artéria gonadal ou artéria testicular. É ela que leva sangue para os testículos e osseus ramos levam para o epidídimo. *O retorno venoso se dá através das veias testiculares. As veias testiculares esquerda e direita se desembocam em lugares diferentes. A esquerda se desemboca na veia renal e a veia testicular direita se desemboca diretamente na veia cava inferior. ESCROTO 3 meses de vida intra-uterina 6 a 8 meses Nascimento RELAÇÃO CLÍNICA: RELAÇÃO CLÍNICA: Varicocele: A angulação das veias testiculares se dá de uma maneira diferente (não estão na mesma angulação). Isso é clinicamente importante, pois essa veia testicular pode se tornar varicosa, podendo causar uma condição nos testículos chamada de varicocele. Essa condição é caracterizada devido à angulação dessas veias, que dificulta o retorno venoso. É mais comum a varicocele ocorrer do lado esquerdo do que do lado direito. Espermiofagia fisiológica: é o nome dado a seleção natural do espermatozóide no epidídimo. *Quando necessário, os espermatozóides saem através dos ductos espermáticos e são conduzidos para o órgão de cópula masculino, o pênis, para assim serem conduzidos até o sistema genital feminino para ir ao encontro de um óvulo para haver a fecundação *São eles: ducto deferente, vesícula seminal e o ducto ejaculatório - Origina-se no e a partir do reservatório de espermatozóides, o epidídimo, e os conduz até o ducto ejaculatório. - Esse ducto vem desde região posterior do testículo, sobe em direção ao funículo espermático, atravessa o canal inguinal e a partir daí entra na pelve, sendo conduzido para a região posterior da bexiga urinária, onde ele se dilata formando a ampola do ducto deferente. - A partir daí ele forma junto com o ducto da vesícula seminal, o DUCTO EJACULATÓRIO. Que vai para dentro da PRÓSTATA. - Ele tem certa de 30 cm e possui 3 porções: perto do testículo (porção mais externa), porção inguinal e a porção pélvica. RELAÇÃO CLÍNICA: Vasectomia: Ela consiste na retirada de um pedaço do ducto deferente. As suas extremidades cortadas são amarradas fazendo com que os espermatozóides não sejam conduzidos por ali. Nessa cirurgia todos os outros conteúdos que formam o esperma, eles são mantidos, com exceção do espermatozóide *É o órgão que produz a secreção seminal que compõe o sêmen. O sêmen é composto pelo líquido da glândula seminal e espermatozóides. *Essa estrutura se localiza lateralmente a ampola do ducto deferente e posteriormente a bexiga urinária *Ela é uma das glândulas anexas do sist. genital masculino. *O ducto deferente (ampola do ducto deferente) + o ducto excretor da vesícula seminal = formam o DUCTO EJACULATÓRIO. *Esse ducto despeja tanto o espermatozóide quanto o líquido da glândula seminal (líquido seminal) dentro da porção prostática da uretra masculina *Nesse local o líquido seminal e o espermatozóide se juntam com o líquido prostático. Sendo assim, aqui, temos um sêmen formado por essas 3 componentes. *A próstata é um órgão pélvico, ímpar, situado inferiormente à bexiga (colo vesical) e atravessa toda a sua extensão pela parte prostática da uretra. *Ela produz o líquido prostático que como dito anteriormente compõe o sêmen. Esse líquido dá o odor característico do sêmen. Ele é despejado dentro da uretra prostática, em uma região chamada de seio prostático (região ocupada pela uretra prostática) onde há uma saliência da uretra chamada de colículo seminal *Ela é mais uma glândula anexa do sist. genital masculino. *São duas formações arredondadas, pequenas, situadas nas proximidades da parte membranácea da uretra. *Seus ductos desembocam e despejam seu conteúdo na uretra esponjosa/peniana. *Na porção peniana da uretra, o espermatozóide, o líquido seminal e o líquido prostático se juntam com o líquido da glândula bulbo-uretral. Todas essas secreções formam o sêmen. Essa composição de secreções do sêmen é necessária para que o espermatozóide chegue ao óvulo vivo, serve para manter a nutrição e a mobilidade desse espermatozóide. RELAÇÃO CLÍNICA: HPB – Hipertrofia prostática benigna: Comum em homens mais idosos. Essa condição é o aumento da próstata Câncer de próstata * 1. Intramural 2. Prostática 3. Membranácea 4. Esponjosa - Bulbar - Peniana - Glandar *Dentro da parte glandar da uretra masculina existe uma dilatação da uretra chamada de fossa navicular. *Ele é o órgão masculino de cópula. Um órgão externo desse sistema. Ele fica fixo e é formado por seus corpos eréteis: os 2 corpos cavernosos e o corpo esponjoso (abriga a uretra no seu interior). Eles são envolvidos por fáscias, túnicas fibrosas e externamente por pele fina e extremamente distensível. *A estrutura que envolve as estruturas eréteis é a túnica albugínea *O pênis possui raiz (porção fixa – ramos do pênis e bulbo do pênis) e corpo (parte livre) *Normalmente ele é flácido, mas quando seus tecidos lacunares se enchem de sangue, apresenta-se dilatado/inchado, com sensível aumento do seu volume e torna-se rígido, o que se dá o nome de ereção. *O corpo esponjoso possui duas dilatações: o bulbo do pênis (posterior) e a glande do pênis (anterior) - Na glande encontramos na sua extremidade o óstio externo da uretra - Ela está recoberta pelo prepúcio que é uma dupla camada de pele que recobre a glande do pênis. - Há também o frênulo do prepúcio que é uma prega mediana e inferior a glande. RELAÇÃO CLÍNICA: Fimose: é uma condição em que ocorre um estreitamento em graus variáveis do prepúcio. Quando esse estreitamento é acentuado a glande fica permanentemente recoberta Túbulo seminífero - Epidídimo - Ducto deferente - Ducto ejaculatório - Uretra - Canal Vaginal - Canal do colo do útero - Canal do istmo - Cavidade uterina - Tuba uterina - Fecundação na ampola da tuba uterina *Os espermatozóides são produzidos nos túbulos seminíferos contorcidos, que ao se aproximar do mediastino do testículo se “transformam” em túbulos seminíferos retos, formando a rede testicular. Essa rede dá origem aos dúctulos eferentes, que por sua vez encaminham os espermatozóides até o epidídimo. Do epidídimo eles são encaminhados até o ducto deferente. Esse ducto encaminha os espermatozóides até o ducto ejaculatório. O ducto ejaculatório encaminha os espermatozóides até a uretra masculina, na sua parte prostática onde eles irão sair em forma de ejaculação. Após serem ejaculados no canal vaginal, eles seguem através do óstio do útero até o canal do colo do útero, o canal do istmo e adentra a cavidade uterina, onde eles seguem em direção a tuba uterina, onde passa pela sua porção intramural e istmo para encontrar um óvulo e haver a fecundação na ampola da tuba uterina. *A ereção masculina é um processo neurovascular complexo que envolve 3 fenômenos: Obs.: Há um plexo que fica localizado posteriormente a próstata, ele dá origem ao nervo dorsal do pênis que é responsável pela ereção 1. RELAXAMENTO DO MÚSCULO LISO DO CORPO CAVERNOSO E ESPONJOSO (mais especificamente a glande) 2. AUMENTO DO FLUXO ARTERIAL PENIANO – VASODILATAÇÃO 3. RESTRIÇÃO DO FLUXO VENOSO DE SAÍDA – VENOCLUSÃO FISIOLÓGICA Na 1ª fase há um progressivo relaxamento do músculo liso arterial resultando em um rápido influxo de sangue no corpo cavernoso. Nessa fase há apenas uma leve elongação e um leve enchimento peniano. Na 2ª fase, conforme o fluxo sanguíneo continua, associa-se com aumento da pressão cavernosa. Na 3ª fase, o contínuo influxo de sangue e a progressiva distensão dos espaços sinusoidais comprimem o plexo venoso subtúnico contra a túnica albugínea. Esse mecanismo é chamado de mecanismo oclusivo venoso. Ele impedea saída de sangue através das veias, levando a um aumento da pressão intracavernosa. Obs.: a detumescência peniana é a volta do pênis ao seu estado flácido.
Compartilhar