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AULA 3 E 4– TESTES SOROLÓGICOS DANIELA F RANCO O objetivo dos testes sorológicos é detectar imunoglobulinas. Queremos ver as ligações de antígeno e anticorpo para ver se está (IgM) ou já teve (IgG) determinada doença. Se ela já teve precisamos saber quais são as imunoglobulinas. Podemos procurar os antígenos ou os anticorpos. ▪ Se vou fazer busca de antígeno precisamos de qual tipo de fluido biológico? Precisamos procurar um pedaço do vírus como por exemplo dengue, o fluido usado é o sangue, e o fluido biológico para procurarmos o anticorpo podemos usar o plasma que veio do sangue. ▪ Quando pensamos em imunocomplexo precisamos lembrar que temos a resposta imune inata que não é específica e algumas fazem a apresentação dos antígenos para os linfócitos como TCD4 (direciona a galera). Ele apresenta o problema para o TCD8 e o linfócito B, e o B vira plasmócito e ele vai secretar as imunoglobulinas. Elas fazem a opsonização, neutralização e ativa complemento. Na expansão clonal temos vários anticorpos (policlonais, IgM e IgG) sendo produzidos específica para o antígeno. Para cada ponto do antígeno ele produz um anticorpo para poder destruir. Então ele faz a expansão clonal poli clonal (para vários pontos). Meu organismo reconhece qual ponto específico que ataca as células e começa a ter anticorpo de memória específica. Se a chave que faz mal ele produz um específico para a chave, então é um anticorpo de memória específica então ele faz um anticorpo monoclonal específico para o problema. DIAG NÓS TICO S OR OLÓG ICO DAS INF ECÇÕES Se a pessoa já teve contato com a doença podemos verificar a presença de IgG. Detecção de anticorpos: Importância Diagnóstica Imunoglobulinas – Produzidas em resposta a estímulos antigênicos. Moléculas funcionais e heterogêneas que se ligam aos antígenos para ação efetora. 5 classes: IgM, IgG, IgA, IgD e IgE Detecção de IgM: Infecção recente (infecção aguda) Detecção de IgG: Infecções anteriores; Pacientes vacinados No lab. clínico determinamos o estado imunológico ou as vezes conseguimos saber se ela já teve contato com as doenças. O IgM é o primeiro a subir, o IgG demora mais. IgM demora mais em torno de 7 dias. Características dos anticorpos: O anticorpo IgM tem 5 ligados (penta). Tem a porção FAB vai se lidar ao antígeno, é a porção variável, é onde é específico para cada antígeno. A porção FC é não variável, se liga nas nossas células, (realiza a ação) tem opsonização, ativação de sistema complemente, etc. Epítopo é a região do microrganismo onde o anticorpo se liga. Quando tem poli clonal tem vários anticorpos se ligando a vários epítopos. Monoclonal sabe exatamente onde se ligar, é um epítopo só. São ligações não covalente e reversíveis, são ligações fracas, mas que juntas ficam fortes, porém liga e desliga. O linfócito B produz um tipo de anticorpo só, policlonal é quando vários linfócitos produzem vários diferentes anticorpos para vários epítopos, depois de um tempo o corpo produz um anticorpo monoclonal (escolhe qual é o melhor epítopo para combater), específico para um epítopo. Os linfócitos que produziu os anticorpos se multiplicam (fazem expansão clonal) para deter os microrganismos. Afinidade entre o anticorpo e o epítopo, melhor afinidade, mais específico será. Especificidade: (da ligação) quando melhor o encaixe melhor a afinidade e mais específico a interação, que interfere nos cálculos. Quando mais específico, menos sensível. A reação cruzada, existem epítopos muito semelhantes aí não consegue distinguir os subtipos. Pode achar que está com dengue e ter Zika, por que o epítopo é muito parecido. Tem um falso positivo. PRODUZINDO ANTICORPOS Poli clonal: Usa animais para produzir anticorpos, injeta o antígeno e o animal vai produzir anticorpos, depois de um tempo o linfócito B teve a expansão e tem anticorpos poli clonais. Monoclonal; em vez de injetar problema no animal, pode fazer in vitro, faz a seleção e separa as células do linfócito B. Pega o mieloma (linhagem cancerígena) e forma um híbrido com linfócito B do animal (se diferenciando em plasmócito) e junta com células, e essa vai secretar imunoglobulina. Separa uma por uma; Cada célula produz um anticorpo que reconhece um epítopo, tem o monoclonal. MÉTODOS S OR OLÓG ICOS : Reagentes não marcados (A ligação do Ac altera o estado físico do Ag) ▪ Reação de aglutinação ▪ Reação de precipitação Reagentes marcados ▪ RIA ▪ ELISA ▪ IF, citometria de fluxo ▪ Western Blotting. IMUNOF LUOR ES CÊNCIA Tem uma substância no anticorpo ai se tiver antígeno quando coloca a luz da pra ver ai o teste é positivo. Baseia- se na capacidade das moléculas de Ac se ligarem covalentemente a fluoro cromos sem perder sua reatividade específica com o Ag. FLUOROCROMOS O resultado é analisado em microscópio de fluorescência. Técnicas de Imunofluorescência (IF) Combinam corantes fluorescentes (fluoresceína) com anticorpos e quando expostos à luz UV AC fluorescentes. Testes IF diretos: vai detectar antígeno, procura direto no tecido em dúvida. Se tem antígeno na amostra tem formação de imunocomplexo, anticorpo é marcado com florocromo. Na lâmina vem fluido biológico, supondo que tenha antígeno nessa amostra, o kit do laboratório tem anticorpo marcado com florocromo, se tem antígeno na amostra forma o imunocomplexo (eles se ligam), faz lavagem, que não é suficiente para desmanchar o complexo (mas se tiver só o antígeno ele desmancha e o reste da negativo pois não fica colorido). No microscópio de fluorescente vai emitir luz que estimula o florocromo a brilhar, aí brilho é positivo. Testes IF indiretos: busca anticorpo, busca no sangue (soro). No kit tem que ter antígeno, aí na amostra vai ter anticorpo e eles vão se ligar. O anticorpo aqui está sem florocromo, coloca anti-anticorpo que possui florocromo. EXEMPL O: SÍ FI L IS TESTE TREPONÊMI COS Imunofluore sc ê nc ia indire ta. Te m inte raç ão Ac e spe c ífic os do soro c om o Ag tre pononê mic os pré - fixados e m lâmina de mic rosc opia. Re ve laç ão anti - IgG/IgM humano marc ada c om isotioc ianato de fluore sc eína (florocromo). CITOMETRIA DE FL UXO É uma imunofluorescência modificada. Além da fluorescência tem contagem de células e tamanho por fluxo. É um aparelho que conta células e consegue diferenciar por tamanho, complexidade (pelo o que tem dentro da célula) e consegue identificar a marcação do florocromo. Utilizado para fazer hemograma. Fala quem é CD4 e CD8 e ele identifica. Mais sensível e mais específico. ➢Separação de células marcadas por fluorescência ➢ Anticorpos dirigidos contra moléculas de membrana ou Antígenos do Conjunto de Diferenciação (CD) ➢ Cada Ac é marcado com um fluorocromo diferente ➢ Teste qualitativo (sim/não) e quantitativo (quantas) IMUNOHISTOQUÍMICA Em vez de brilho tem enzima, que sofre reação química e onde tem ligação antígeno e anticorpo fica marrom. ➢ Detecção de células infectadas em cortes histológicos ➢ As amostras são, então, incubadas com substratos enzimáticos (quando Ac está marcado com enzima), gerando uma coloração castanha ou vermelha, que reflete a distribuição do antígeno alvo no tecido/célula analisado. AUL A 4 REAÇÕES DE AGL UTINAÇÃO Na aglutinação que ocorre no lab. não tem ação da coagulação porque só teremos dentro do tubo hemácia sensibilizada e o epítopo. Se aglutina tem ligação do antígeno com o anticorpo. AGLUTINAÇÃO DIRETA: detectam anticorpo contra quantidade relativamente grandes de antígenos celulares como hemácias, bactérias e fungos AGLUTINAÇÃO INDIRETA OU PASSIVA: os anticorpos contra antígenos solúveis podem ser detectados por testes de aglutinação. Os antígenos são adsorvidos em partículas como bentonita ou mais frequentemente esferas de látex minúsculas. O aglutinado é ospontinhos, significa que antígeno e anticorpo se ligaram. Semi-quantitativo: é a titulação da concentração de anticorpo. ➢ TIPAGEM SANGUÍNEA: No reagente tem anticorpo contra A ou B ai vê o que acontece. Se coloca anti-A e aglutina no A significa que tem antígeno A. No sangue tipo O não aglutina, pois não tem antígeno. ➢ TESTE DE COOMBS: O fator Rh é um dos dois grupos de antígenos eritrocitários de importância clínica, envolvido nas reações transfusionais hemolíticas e na doença hemolítica do recém-nascido. Material analisado é o sangue hemaglutinação, quando reações de aglutinação envolvem a agregação de hemácias. O anticorpo precisa do soro. Teste de Coombs direto: detectar IgG ligados a hemácias de um indivíduo. Tem a mostra de sangue do paciente, coloca reagente com anticorpos e vê se reconhece o anticorpo presente na amostra. consiste em detectar a presença de IgG ligados às hemácias de um indivíduo > detecção da anemia hemolítica Teste de Coombs indireto: quero saber se tem anticorpo, ele não está ligado na hemácia, vai pegar o soro. Se o paciente tiver o anticorpo, o regente vem com hemácias e o anticorpo se liga, e ocorre ligação. Depois vem reagente de coombs que tem anticorpos que reconhecem anticorpo, e tem aglutinação. Significa que o paciente tem ANTI-D (a mãe nativa teve um feto + e desenvolve o anti-D, por isso que na hemácia dela não se liga, por isso precisa colocar outra). ➢ VDRL Técnica para saber concentração de partículas do treponema. Quando mais treponema no soro e tiver aglutinação, maior o título da reação (prognóstico ruim). Se pensar em anticorpo é ao contrário (melhor pro organismo). Diluição seriada: pega o sangue, centrifuga e betem uma parte com soro. E faz diluição seriada com o soro para verificar a concentração de antígeno ou anticorpo para ter dimensão do problema. A diluição serve para diminuir a concentração de soluto, diluição em serie logarítmica na base 2, vai diluindo. ½ significa que eu peguei uma porção de soro mais uma porção de solvente. ¼ usa 1 de soro e 3 de solvente. No laboratório fazemos isso dividindo em vários tubos. Pegamos 12 tubos ex, cada um tem 200 mcl. Adicionamos no primeiro 200 (200/400à ½), pegamos 200 do primeiro frasco e colocamos no segundo (1/2/2à 1/4), ai pegamos no segundo frasco e passamos para o terceiro (1/4/2à 1/8). Diluindo em escala logarítmica dilui ½ e aglutinou, pesquisando anticorpo, só que outro dilui até o 1/128 então o título desse de anticorpo é maior porque ele está bem mais diluído e ainda assim encontra os anticorpos. Se fosse antígeno quem estaria com mais antígeno é o que está mais diluído. Se em ½ aglutina e ¼ não aglutina mais, tem menos anticorpo, se no 1/254 aglutina significa que tem mais anticorpo, ele ta melhor que o 1/4. Se fosse antígeno o do 1/254 é pior. TESTE IMUNOENZIMÁTICO - ELISA Se gue a me sma ide ia da imunofluorescê nc ia s ó q u e e m ve z de fluoroc romo c oloc a um substrato dife re nte. EL I SA DI RETO : Procura antígeno, na plaquinha vai ter já ligado um anticorpo que reconhece o problema que está pesquisando. A amostra do paciente vai ter antígeno, digamos que seja positivo, vai ligar antígeno anticorpo. Se for negativa não acontece nada. O anticorpo é conjugado com uma enzima, se for positivo tem reação imunoenzimática que fica colorido na plaquinha. Joga substrato e vê tem alteração de cor. Só muda de cor se ocorrer a formação de imunocomplexo. EL I SA I NDI RETO : Nessa estamos procurando o anticorpo. Na placa teremos o antígeno, e o fluido biológico usado usamos o soro do paciente. O anticorpo (do paciente, amostra) reconhece o anti anticorpo (a gente adicionou) e ele tem enzima ligada a ele, quando joga o substrato o ambiente muda de cor. Se o resultado der bem no cut off: limiar de detecção. Será que é positivo ou negativo? Para isso precisamos fazer um outro tipo de ensaio mais específico. Mais sensível e mais especifico que o Elisa. (Western Blottng) WESTERN BL OTTING Vai detectar proteína de partícula viral. Tem um marcador de peso molecular, e esse me fala o tamanho das proteínas, compara com o tamanho das proteínas do vírus. E coloca anticorpos específicos para as proteínas virais detectadas, e depois visualiza por quimiofluorescencia, e conseguimos visualizar as proteínas virais. Se aparecer nessa fita é positivo, tem certeza que a proteína do vírus está lá. O Elisa é bom para triagem porem esse é mais sensível e mais específico. IMUNOCROMATO GRAFIA DE FL UXO L ATERAL – TESTE RÁ PIDO Se for anticorpo o fluido biológico é sangue. Tem 3 áreas, coloca no fluido biológico no começo, tem a linha teste a e a linha controle. Na região que não aparece nada tem anticorpo, na linha teste tem anticorpo também, e na linha controle tem anticorpo também. Se for covid, eu tenho anticorpo marcado com ouro coloidal (deixa rosa) e esse fica na região onde não enxergamos nada, o anticorpo reconhece esse negócio. Pinga (soro) no começo e vai andando se o paciente for positivo o antígeno liga com o anticorpo (contra a covid por exemplo) e vai andando levando os anticorpos ligados na covid, e na linha teste tem anticorpo contra covid, liga tudo. Na linha controle reconhece o anticorpo do início por isso sempre da positivo nessa linha, é um anti – anticorpo da primeira área. Resultados: IgG e IgM da pra ver. Quando não tem linha controle o teste está inválido. Se for de antígeno pega nasofaringe em vez de soro, mas o mecanismo é o mesmo só inverte se tem anticorpo ou anti- anticorpo. ENSAIO DE NEUTRAL IZAÇÃO Consegue detectar quanto de anticorpo tem naquela diluição seriada. O anticorpo faz neutralização (não deixa vírus entrar nas células) e faz isso pra ver a resposta imune do paciente (imunidade humoral). Pega soro do paciente (mede anticorpo) para saber se é neutralizante ou não, preciso de partículas virais, para ver se o anticorpo se liga e neutraliza o vírus. Faz a diluição seriada na base 10, e junto com o soro do paciente coloca concentração que eu conheço de vírus, por exemplo, 100 partículas virais junto cm soro do paciente, pois quando eu colocar na células vai ter 100 placas de lise, e contamos pra ver se o anticorpo está fazendo neutralização.
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