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PUERPÉRIO PATOLÓGICO

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PUERPÉRIO PATOLÓGICO 
Infecção puerperal. Hemorragia pós-parto. Afecções das 
mamas. Transtornos psiquiátricos. 
INFECÇÃO PUERPERAL 
Fatores de risco anteparto: anemia, alimentação, atividade 
sexual e rotura prematura de membranas – causa infecção 
coroamniotica. 
Fatores de risco intraparto: Contaminação bacteriana 
(exame genital; luvas, instrumentário; traumas: lacerações 
de tecidos, tecidos desvitalizados, ferimentos intra-
operatórios; hemorragias – hematomas que podem 
infectar-se secundariamente). 
3 portas de entrada da infecção: cicatriz placentária, 
decídua muito final, cicatriz operatória (caso de cesárea). 
Microrganismos que vivem dentro da vagina ou do útero, 
mas que viram patológicos na presença de vários tecidos 
necróticos ou hematomas. 
 
Clamidia é a bactéria associada a infecção endometrial tardia 
(pós 10 dias). 
INFECÇÕES DO PERÍNEO, VAGINA E COLO 
Fasciite necrosante: complicação rara. Acomete as áreas de 
sutura, lacerações gerando extensa necrose que pode 
espalhar-se até os músculos e fáscias. Normalmente a flora 
é polimicrobiana. O incidente é característico para as 
diabéticas e as pessoas com imunidade baixa. A infecção 
aparece após 3-5 dia pós parto e, as vezes, parece somente 
uma infecção pélvica banal. Pode levar a septicemia e morte. 
Tratamento: drenagem eficiente, debridamento cirúrgico 
agressivo e tratamento antibiótico de espectro amplo com 
monitorização em CTI. 
Infecção da episiorrafia: trajeto avermelhado, edematoso, 
dolorido e através dos fios de sutura escorre um líquido 
purulento. 
Gentamicina 240mg/dia se paciente até 70kg OU 320mg/da 
se paciente com +70kg IV dose única por 7-10 dias. 
ASSOCIADO CO: Clindamicina 600mg IV 6/6h ou 900mg IV 
8/8h. 
INFECÇÕES DO ÚTERO 
Forma mais comum  endometrite aguda: começa com 3-4 
dias após o parto. 
Sintomas: febre; útero mole, dolorido, hipoinvoluído (tríade 
de Brumm); lóquios fétidos, purulentos; alteração do estado 
geral. Não tem sinais de irritação periotenal!!! 
Tratamento: Clindamicina 900mg IV 8/8h. Gentamicina 
1,5mg/kg IV 8/8h. em caso de sepse ou suspeita de infecção 
por enterococo adicionar ampicilina ao esquema 2g IV 6/6h. 
INFECÇÃO DA PAREDE ABDOMINAL 
Hiperemia, calor, celulite e secreção purulenta. 
Tratamento: Gentamicina 240mg/dia até 70kg OU 
320mg/dia se +70kg IV dose única por 7-10 dias. ASSOCIADO 
COM: Oxaciclina 1g IV 4/4h por 24h. Após – trocar para 
cefalexina 500mg VO 8/8h ou cefadroxil 500mg VO 8/8h. 
COMPLICAÇÕES: Salpingites e perisalpingites. Abscessos 
ovarianos. Peritonite. Tromboflebite pélvica: atb + heparina. 
Sepse e choque séptico = Tratamento é o mesmo da 
endometrite! 
PATOLOGIA PUERPERAL EXTRAVAGINAL 
Trombose venosa profunda: Assintomática, alto risco de 
induzir embolia pulmonar. 
Trombose venosa superficial: Limitada ao sistema de veias 
safenas. Pode ser tratada com analgésicos, repouso e meia 
elástica. 
Trombose venosa profunda da perna: Dor e edema da 
perna e da coxa, acompanhada de espasmo arterial reflexo 
que determina palidez e extremidades geladas. Tratamento 
com heparina. 
HEMORRAGIA PUERPERAL 
Sangramento excessivo que torna a paciente assintomática 
(vertigem, síncope, hipotensão, taquicardia e oligúria). 
Principal causa de mortalidade materna. Primária: até 24h 
no pós-parto. Secundária: após 24h até 6-12 semanas do pós 
parto. 
Causas: 4Ts – tônus, trauma, tecido e trombo. 
1 – Atonia uterina. 2 – Lacerações d trajeto. 3 – Retenção 
placentária ou de fragmentos. 4 – Coagulopatia. 5 – 
Placentação anormal. 6 – Rotura uterina. 7 – Inversão 
uterina. 
Prevenção: 10UI de ocitocina IM durante a dequitação. 
Fatores de risco: anestesia geral, hipotensão, TP 
prolongado, TP muito rápido, atonia anterior, super 
distensão do útero (gemelaridade, polidramnio, 
macrossomia). 
Diagnóstico: sangramento vaginal – não necessariamente 
volumoso. Causa hipovolemia séria. Útero subinvoluido, 
acima da cicatriz umbilical, flácido e depressivo. 
Conduta em atonia uterina: Ocitocina (5UI em bolus IV ou 
10-20UI em 500ml de SF 30gts-min). SF ou ringer lactado (2-
3L). Metilergonovina 0,2mg IM. Misoprostol 400mg VO ou 
VR. Suturas (B-Lynch). Ligadura das artérias uterinas. 
Ligadura das artérias hipogástricas. Embolização seletiva das 
artérias uterinas. Histerectomia. Manobra de Hamilton. 
 
 
Conduta em retenção placentária: 
 
HEMATOMAS VULVARES E VAGINAIS 
Desenvolvimento rápido. Doloridas. Involução ou drenagem. 
Tumefação dolorida e tensa. Variedades subperitoneais e 
supravaginais necessitam de laparotomia. 
INVERSÃO UTERINA 
Tração exagerada do cordão umbilical. Placenta firmemente 
aderida ao útero. Esvaziamento súbito. 
Clínica: dor aguda e hemorragia precoce que leva ao choque 
rapidamente, fundo uterino deprimido ao exame. 
Tratamento: 2 acessos venosos calibrosos (hemotransfusão 
e SF) + Manobra de Taxe. Uterolíticos: 
betamimeticos/sulfato de Mg. Ocitocina em altas doses. 
 
 
AFECÇÕES DAS MAMAS 
Anomalias dos mamilos: Mamilos invaginados ou achatados 
produzindo dificuldades ao amamentar. Fissuras que podem 
aparecer ao nível dos mamilos (porta de entrada dos 
germes). FOTOS 
MASTITE PUERPERAL: Inflamação do parênquima das 
glândulas mamárias (dor, rubor, calor e febre), precedida de 
ingurgitamento dos seios. St. Aureus. Analgésicos, 
antitérmicos, esvaziar a mama, atb – cefalexina 10-14 dias. 
Manter aleitamento. 
ABCESSO MAMÁRIO: Coleção purulenta no parênquima 
mamário. 
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS 
A PSICOSE PÓS PARTO: Se manifesta como uma síndrome 
depressiva e tendência de suicídio e infaticídio. 
Blues puerperal: 60% das puérperas. Tristeza e choro fácil, 
gosta o RN, deseja amamentar, início no 3 dia e desaparece 
no 14 dia. Pode evoluir para depressão. 
Depressão pós parto: 4 semanas de puerpério. Depressão 
maior. 
O tratamento é psiquiátrico. 
DOENÇA HEMORROIDÁRIA – Queixa frequente das 
pacientes. Aparecimento ou o agravamento de doença 
hemorroidária. Partos traumáticos. Recém-nascidos 
grandes. 
AMENORREIA PÓS-PARTO (Sd de Asherman): Causado 
pelos traumas de curetagem, infecção uterina, 
vulnerabilidade anormal da mucosa uterina. 
COMPLICAÇÕES PÓS ANESTESIA: Complicações 
respiratórias – laringoespasmo e a pneumonia de aspiração 
(aspiração de vomito). Cefaleia pos-raquianestesia.

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