Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Melhoramento genético em bovinos de leite Produção de leite = atividade econômica com papel social É um mercado gigantesco, mas ainda não somos autossuficientes População leiteira estimada em 20 milhões de matrizes = produzem 20 bilhões de litros de leite/ano (insuficientes para atender a demanda) Auto suficiência da produção de leite é meta possível de ser alcançada = desde que se estabeleçam políticas de fixação de preços justos aos produtores e de rigoroso controle de importações A meta do produtor de leite, ao executar um programa de melhoramento genético, é o de mudar a herança dos seus animais pela incorporação de novos genes capazes de imprimir-lhes maior produção e produtividade Em termos técnicos, seu objetivo é o de aumentar o ganho genético pelo uso racional de métodos de seleção e de reprodução Vaca Holandesa= a mais apta para produção de leite, tem em média de 100L de leite por dia Alta produção de leite com alta porcentagem de gordura, proteína e lactose Longa vida produtiva Problemas reprodutivos mínimos Conformação que reduz a incidência de mastite e doenças de casco Resistência a doenças Conversão alimentar eficiente NÃO pode medir a qualidade do animal só por meios visuais (beleza), só se fala que é bom depois de validar a produção dela e das matrizes O estabelecimento da lactação depende naturalmente da produção de um bezerro. Algumas fêmeas nascidas, senão todas, serão mantidas como animais de reposição ou para expansão de rebanho. Cada características é, em parte, herdada dos pais, mas também é influenciada por outros fatores. Por exemplo, uma vaca pode ter habilidade genética para produção de leite; porém, sua produção será reduzida em consequência de nutrição inadequada, parto complicado, período seco curto, mastite etc.... Portanto, a produção de leite é influenciada pela constituição genética do animal e por fatores ligados ao seu ambiente e manejo. Correlação genética entre característica de tipo e de produção deve ser positiva e alta para que a seleção de uma resulte em melhoramento da outra, caso contrário, pode levar até a prejuízo dá outra característica Vacas de tipo bom ou superior mostram maior longevidade, pois possuem membros fortes, úberes bem implantados e com bons ligamentos, mais chance de vida produtiva mais longa. Vantagens da seleção para longevidade: redução do custo anual das substituições, aumento da produção média do rebanho Desvantagens: o leite de vacas mais velhas é mais volumoso mas com qualidade baixa em termos de composição; algumas doenças são mais frequentes com o aumento da idade; ocorre declínio gradual da fertilidade após os 6 anos de idade. As correlações genéticas entre Tipo e Produção de leite são baixas. Se o criador deseja melhorar a produção de leite do seu rebanho selecionando apenas para tipo os resultados serão pobres. Seleção para melhoria estética só se justifica em rebanhos de elite e de alta produção de leite. Para a maioria dos produtores comerciais de leite, a única e eficaz alternativa é selecionar para produção de leite. Fertilidade: Capacidade da fêmea em apresentar puberdade precoce, altas taxas de ovulação e concepção, sobrevivência do embrião e do feto, pequeno intervalo entre parto e concepção (período de serviço) e regularidade na reprodução durante a vida útil. No macho é a capacidade do reprodutor em produzir gametas viáveis em qualidade e quantidade suficientes para efetuar a fecundação. Características de fertilidade possuem herdabilidade muito baixas ou próximas a zero, são pouco influenciadas pelos genes aditivos e dependem da qualidade da alimentação, cuidados profiláticos-sanitários, manejo reprodutivo, etc.. Reprodução e produção de leite - eventos fisiológicos determinantes da rentabilidade econômica da pecuária leiteira. Problemas reprodutivos - alongamento do intervalo entre partos - redução da produção de leite, do número de bezerros nascidos, da intensidade seletiva e ganhos genéticos advindos da seleção. Por outro lado, em raças tipicamente leiteiras a seleção tem priorizado a produção de leite, e alta produção de leite tem sido associada com reprodução deficiente. Balanço energético negativo Aumento da circulação da ocitocina Altas produções de leite - estresse pelo balanço energético negativo no início da lactação- provoca redução da fertilidade. Deve-se incorporar as características de fertilidade nos testes de progênie de touros. Produção de leite Produção de gordura do leite Reprodução (animais mais precoces, touros que produzem filhas que entrem em reprodução mais cedo) Tipo e conformação ( Longevidade produtiva Idade da vaca Duração da lactação, nem sempre é vantajoso a produção de 12 meses por causa do pico de lactação que prejudica a média de L Número de ordenhas, a média é 2 ordenhas diárias Teor de gordura no leite Aumenta o volume no leite, diminui a porcentagem de gordura. Aumenta a porcentagem de gordura, diminui o volume de leite Duração do período seco Intervalo entre partos, o ideal é de 12 meses Aparência geral Temperamento leiteiro, a vaca leiteira precisa ser dócil Sistema mamário, úbere bem encaixado Capacidade corporal – Seleção: “Capacidade de Transmissão Prevista” PTA = Predicted Transmitting Ability - (DEP) PTA é exclusivamente de bovinos leiteiros A PTA muda anualmente em função da base genética O valor genético de um animal pode ser calculado separadamente para cada característica e depende de medidas tomadas no próprio, nos parentes e outros animais com eles relacionados. A determinação do valor genético é muito mais acurada para touros com muitas filhas em diferentes rebanhos. O cálculo do mérito genético de vacas é deficiente, pois elas, em geral, vivem dentro de um só rebanho e produzem um número limitado de filhas. Os efeitos do meio ambiente provocam um desvio na expressão do genótipo, que o touro imprime nas filhas, fenotipicamente, positivo ou negativo, em relação a uma base genética predeterminada A base genética é um ponto de referência usados para avaliar o mérito dos animais. O objetivo básico do PTA é o de ordenar os touros de acordo com o seu genótipo. Um touro com um PTA de + 1.000 kg de leite não significa que suas filhas produzirão 1.000 kg a mais do que as demais vacas do rebanho/raça. A interpretação correta é a de que suas filhas produzirão em média 1.000 kg a mais do que a média das filhas dos touros usados na base genética. ACURÁCIA/CONFIABILIDADE (Reliability) é a exatidão dos PTAs. Um touro precisa ter cerca de 50 filhas em 50 rebanhos (uma filha/rebanho) para ter 80% de Confiabilidade do PTA para PL Um touro com um PTA acima de 90% apresenta pequenas variações no futuro. PTA com 70% de Confiabilidade muda mais (touros Jovens). A direção dessa mudança é desconhecida, podendo melhorar, piorar ou permanecer inalterada. O uso desses touros representa risco e oportunidade. A Confiabilidade decide o número de doses de sêmen a serem utilizadas Os valores do PTA tendem a mudar na medida em que mais filhas são avaliadas. Quanto maior o número de filhas maior a confiança nos valores do PTA e ele tende a mudar menos, no futuro. Sumários de touros: são publicações periódicas (anuais) e atualizadas A Base Genética, que é o ponto de referência para o cálculo do PTA, é atualizada de tempos em tempos. O processo genético contínuo dos rebanhos implica em valores crescentes de produção. A alteração da base genética não modifica o mérito dos touros, mas facilita a comparação entre eles. É importante salientar que uma base atualizada inclui animais de maior mérito genético. Portanto, alguns animais com PTA positivoantes da mudança, podem se tornar negativos. Qualquer programa de acasalamento deve ser planejado para um longo período de tempo, pois o processo de mudança genética é lento. Cada rebanho deve ser considerado como um conjunto de genes, tanto desejáveis quanto indesejáveis. O fluxo de genes para dentro do rebanho ocorre via introdução de animais e/ou de sêmen de fora deste. O fluxo de genes para fora do rebanho ocorre pelo descarte de vacas. A utilização de sêmen de touros provados é a ferramenta mais efetiva para o progresso genético A maioria dos descartes ocorrem por conta de a vaca não ter uma boa capacidade reprodutiva, mastite ou problema de casco Ao estabelecer a estratégia para um programa de acasalamento, o primeiro passo é a definição do objetivo zootécnico. O objetivo zootécnico deve levar em conta situação particular de cada propriedade e visar a produção de animais com desempenho máximo em relação ao ambiente ao qual serão submetidos. As características podem variar de acordo com a remuneração do leite, em cada região, determinando acasalamentos para aumentar o volume total de leite ou para aumentar os sólidos do leite. As características de conformação devem visar a correção de defeitos existentes no rebanho para características relacionadas a uma vida produtiva mais longa. O úbere é a característica que tem a maior relação com longevidade a produtiva, especialmente a colocação de tetas, a profundidade e o ligamento do úbere anterior. Vacas com profundidade de úbere intermediária permanecem mais tempo no rebanho. Úbere muito raso (próximo ao corpo) em geral indica baixa produção Úberes muito baixos são mais susceptíveis a mastite e injúrias. As pernas, principalmente as traseiras devem ser consideradas. Eliminar animais que possuem pés com má conformação, problemas de fertilidade, mastite. Ao estabelecer o objetivo zootécnico, o programa de seleção não deve conter mais do que quatro ou cinco características. A tentativa de corrigir muitas características ao mesmo tempo reduz consideravelmente a taxa de ganho genético. Uma vez estabelecido o objetivo zootécnico e identificadas as características a serem melhoradas, o próximo passo é a seleção de touros com base nos PTAs.
Compartilhar