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Resumo Ciclo Cardíaco - Natália

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1 I N T R O D U Ç Ã O
Sístole: Pré-ejeção – contração isovolumétrica 
Analisamos os eventos que ocorrem nas camaras esquerdas e, quando nos referimos a sístole, fazemos
referência a contração do ventrículo esquerdo (VE), e diástole, ao relaxamento do ventrículo esquerdo. Mas é
importante ressaltar que estes eventos também ocorrem nas câmaras direitas do coração, porém com menor
pressão.
Bulhas é o nome dado aos sons realizados pelo fechamento das valvas. B1 corresponde ao fechamento das
valvas atrioventriculares - mitral (M1) e tricúspide (T1) - e B2 das semilunares – aórtica (A1) e pulmonar (P2).
O ciclo cardíaco nada mais é do que uma sequência de eventos que possibilita a ejeção sanguínea de forma
coordenada para a circulação sistêmica. As etapas do ciclo cardíaco são:
1.
 Ejeção (Rápida ou Lenta) 
 
 2.Diástole: Relaxamento isovolumétrico 
 Enchimento rápido 
 Enchimento lento 
 Contração atrial (pré-sistole ou telediástole)
2 E S T R U T U R A S A N A T Ô M I C A S
Valva tricúspide: valva atrioventricular que separa o átrio direito do ventrículo direito, permite fluxo unidirecional
em direção ao ventrículo (apresenta três válvulas ou cúspides). 
Valva mitral: valva atrioventricular que separa o átrio e o ventrículo esquerdos. Permite fluxo unidirecional para
o ventrículo esquerdo (apresenta duas válvulas ou cúspides). 
Valva pulmonar: valva com três cúspides que permite fluxo unidirecional do ventrículo direito para as artérias
pulmonares. 
Valva aórtica: valva que apresenta três cúspides e permite fluxo unidirecional do ventrículo esquerdo para a
aorta.
Atrios: câmaras que recebem sangue da circulação sistêmica (átrio direito) e da circulação pulmonar (átrio
esquerdo)
Ventrículos: câmaras que ejetam sangue dos ventrículos para a circulação sistêmica (ventrículo esquerdo) e
para a circulação pulmonar (ventrículo direito)
3 C O N T R A Ç Ã O I S O V O L U M É T R I C A 
O inicio da contração do miocárdio leva a um aumento da pressão nos ventrículos, que fecha as valvas
atrioventriculares. Essa contração ocorre sem alteração do volume ventricular (isovolumétrica = mesmo
volume). 
Todas as válvulas estão fechadas e será esta a fase em que haverá maior consumo de oxigênio. 
Esta etapa termina com a abertura das valvas semilunares (valvas aórtica e pulmonar) e contração
volumétrica do músculo cardíaco. A válvula pulmonar se abre a 15 mmHg e a válvula aórtica a 80 mmHg.
Assim, devido a menor pressão necessária para se abrir a válvula pulmonar, ela se abre primeiro. 
Características principais: 
 O fechamento das valvas atrioventriculares gera o som da primeira bulha (B1) 
Todas as válvulas estão fechadas 
 Maior consumo de oxigênio 
Ventrículos estão cheios de sangue 
 Objetiva a abertura das válvulas no fim desta fase: Pulmonar a 15mmHg (abre antes) Aórtica a 80mmHg (abre
depois)
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by Natália Rangel
CICLO CARDÍACO
By: Natália Rangel
4 E J E Ç Ã O R Á P I D A E L E N T A 
Na ejeção rápida, o sangue passa dos ventrículos para as artérias aorta e pulmonar a favor do gradiente de
pressão com grande velocidade, pois no início da ejeção há uma maior diferença de pressão entre os
ventrículos e as grandes artérias. A medida que o sangue passa para a aorta e para as arterias pulmonares, o
gradiente de pressão diminui e o fluxo de sangue é menor, tem-se uma redução da velocidade de ejeção,
caracterizando a ejeção lenta. Essa etapa termina com o fechamento das valvas semilunares, que tem A2
como primeiro evento, antecedendo P2. 
Características principais: 
 Fase em que há a passagem do sangue dos ventrículos para as grandes artérias 
 Na ejeção rápida ocorre cerca de 70% do esvaziamento ventricular 
 A abertura da valva aórtica ocorre a 80mmHg, o pico pressórico arterial ocorre na ejeção rápida a 120 mmHg.
(Esse fenômeno ocorre entre 280 a 320 ms)
O tempo de ejeção diminui na insuficiência cardíaca e aumenta na estenose aórtica 
No fechamento da valva aórtica forma-se a incisura dicrótica da onda pressórica arterial 
O volume de sangue restante no ventrículo é conhecido como volume sistólico final, fisiologicamente, em torno
de 40 a 50 ml. 
O volume ejetado é chamado de débito sistólico, que corresponde a cerca de 70 ml 
A fração de ejeção (FE) corresponde a razão entre o débito sistólico e o volume diastólico final, normalmente
está próxima a 60%.
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5 R E L A X A M E N T O I S O V O L U M É T R I C O 
No início desta fase as valvas semilunares se fecham. Assim, todas as válvulas do coração estão fechadas e os
átrios continuam recebendo sangue. O relaxamento diminui a pressão nos ventrículos sem alterar seu volume
(isovolumétrico), fazendo com que as válvulas atrioventriculares se abram, momento em que acaba esta fase. 
A valva tricúspide se abre primeiro, devido a menor pressão de abertura (menor pressão na artéria pulmonar
que na aorta). Ao se realizar um ecocardiograma, pode-se quantificar o TRIV - "tempo de relaxamento
isovolumétrico", que leva cerca de ~90ms. 
Alterações nesse tempo podem ser por: Aumento: HAS, doença coronariana; Diminuição: estenose mitral
Fase em que o sangue flui dos átrios para os ventrículos. 
O enchimento rápido ocorre no primeiro terço da diástole e contribui majoritariamente para o enchimento
ventricular, devido ao maior gradiente de pressão no início da diástole.
O enchimento lento representa também um terço da diástole e contribui com uma porção menor do enchimento
ventricular. 
A diástole em geral é mais longa que a sístole, tempo necessário para que haja enchimento ventricular
adequado. 
Esta fase é encurtada quando há um aumento da frequência cardíaca. 
Juntos os enchimentos rápidos e lentos correspondem a 80% do enchimento ventricular
Características principais: 
Correspondem a 80% do enchimento ventricular 
É a fase encurtada na taquicardia 
1.
2.
Corresponde ao terço final da diástole, também conhecido como telediástole. 
Contribui com 20% do débito cardíaco. No paciente com taquicardia corresponde a 70% do débito. 
Pacientes que perdem esta função, como ocorre na fibrilação atrial, não há redução significativa do debito cardíaco a
ponto de causar sintomatologia em repouso, entretanto, durante o exercício, esses pacientes não conseguem ejetar
adequadamente o sangue e o acumulam nas veias pulmonares, podendo apresentar dispneia por congestão
pulmonar retrógrada. 
Características principais: 
Contração ativa da musculatura atrial - corresponde a 20% do débito cardíaco em frequência cardíaca normal 
Na taquicardia, corresponde a 70% do débito cardíaco 
O volume total de sangue no ventrículo ao fim da diástole corresponde ao volume diastólico final
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E N C H I M E N T O R Á P I D O E L E N T O 
C O N T R A Ç Ã O A T R I A L 
C U R V A S D E P R E S S Ã O A T R I A L ( V E N O S A ) 
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Caraterísticas principais: 
Fase em que todas as válvulas estão fechadas, ocorre a segunda bulha B2 
Enchimento atrial contínuo 
Redução da pressão interventricular 
Tricúspide abre primeiro depois a mitral 
Duração de 90ms 
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Podemos observar três diferentes curvas e duas deflexões quando observamos o grafico de pressões atrial
(Observado na imagem a cima). 
É importante ter aqui o conceito que o átrio direito é o reflexo da pressão venosa central, uma vez que a circulação
sistêmica desemboca nele. 
As curvas observadas na imagem se dão por: 
Curva A: aumento da pressão atrial causado pela contração atrial 
Curva C: ocorre quando os ventrículos começam a se contrair, é gerada pelo abaulamento da valva atrioventricular
fechada em direção ao átrio 
Colapso X: redução da pressão pelo relaxamento atrial, que ocorre durante a sístole. 
Curva V: Ocorre ao fim da contração ventricular e corresponde ao enchimento lento dos átrios pelas veias cava. 
Colapso Y: esvaziamento atrial que ocorre no enchimento ventricular. 
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São bulhas que ocorremdurante a diástole e não correspondem ao fechamento valvar, mas sim a alterações
hemodinâmicas no interior das câmaras ventriculares. 
Existem duas bulhas acessórias, que em geral indicam patologias: 
B3: bulha acessória que ocorre durante o enchimento rápido no início da diástole e ocorre devido ao turbilhonamento
do sangue que segue para o ventrículo quando há uma sobrecarga de volume no ventrículo, como o que ocorre na
insuficiência cardíaca. Pode ser fisiológica em crianças na gestação ou em atletas. 
B4: bulha acessória que ocorre ao fim da diástole, devido a propulsão sanguínea efetuada pela contração atrial
contra um ventrículo exposto a uma sobrecarga pressórica. B4 não ocorre em pacientes que não apresentam
contração atrial (fibrilação atrial) 
1.
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B U L H A S A C E S S Ó R I A S 9
By: Natália Rangel
Analisamos os eventos que ocorrem nas camaras esquerdas e, quando nos referimos a sístole, fazemos referência
a contração do ventrículo esquerdo (VE), e diástole, ao relaxamento do ventrículo esquerdo. Mas é importante
ressaltar que estes eventos também ocorrem nas câmaras direitas do coração, porém com menor pressão.
Bulhas é o nome dado aos sons realizados pelo fechamento das valvas. B1 corresponde ao fechamento das valvas
atrioventriculares - mitral (M1) e tricúspide (T1) - e B2 das semilunares – aórtica (A1) e pulmonar (P2).
A pressão é maior nas câmaras esquerdas que nas direitas 
O esvaziamento do ventrículo direito (VD) começa antes do esquerdo, mesmo a contração iniciando-se antes do
lado esquerdo, devido a menor pressão da artéria pulmonar a ser vencida. 
A inspiração aumenta a negatividade da pressão intratorácica e acentua a pressão intra-abdominal, aumenta o
retorno venoso para o coração direito, aumentando o tempo de sístole do VD e causando o desdobramento
fisiológico da segunda bulha.
Pré-carga: Grau de distensão do músculo imediatamente antes da contração ventricular. Geralmente referida como
a pressão diastólica ventricular final. 
Pós-carga: Resistência na artéria à saída do ventrículo ou a resistência vascular ao bombeamento ventricular. Força
de contração necessária para vencer a resistência vascular periférica 
Débito cardíaco: é o volume de sangue bombeado pelo coração em um minuto. Este é calculado pela frequência
cardíaca multiplicado pelo volume sistólico 
A pressão arterial média é o resultado do produto do débito cardíaco pela resistência vascular periférica (dada pelo
sistema arterial)
Em situações fisiológicas, o retorno venoso é igual ao débito cardíaco.
O trabalho cardíaco é a quantidade de energia que o coração transfere, pela aplicação de uma força, para gerar
deslocamento do sangue, bombeando-o.
Fases do ciclo cardíaco no diagrama volume x pressão: 
Fase I: Período de enchimento. O ventrículo começa a diástole com 50 mL (Volume sistólico final), e se enche até
120 mL (Volume diastólico final), causando um pequeno aumento na pressão intraventricular, de cerca de 5 mmHg. 
Fase II: Contração isovolumétrica. O volume ventricular não se altera, mas sua pressão interna aumenta até,
aproximadamente, 80 mmHg, excedendo a pressão aórtica e provocando a abertura da valva aórtica. 
Fase III: Período de ejeção. A pressão aumenta ainda mais (até 120 mmHg) pela contração do ventrículo, o sangue é
bombeado pela aorta, e o volume do ventrículo diminui até 50 ml (Volume sistólico final). 
Fase IV: Relaxamento isovolumétrico. A pressão intraventricular cai, provocando um pequeno refluxo de sangue da
aorta para o ventrículo esquerdo, que causa o fechamento da valva aórtica. Como as valvas estão fechadas, não
ocorre variação do volume. 
A área EW (‘external work’) corresponde ao trabalho efetivo do ventrículo. Quando o coração bombeia maior
quantidade de sangue, por aumento do retorno venoso, a área do diagrama alarga muito, deslocando-se à direita. 
1.
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O B S E R V A Ç Õ E S11
Fonte: Resumo do Jaleko "O CICLO CARDÍACO E SEUS COMPONTENTES"
Acesso em: 23/03/2021
By: Natália Rangel
T R A B A L H O C A R D Í A C O 10