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PROBLEMA 25 - LÁ VEM O SOL

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Fernanda Jorge Martins – 3º Período @fernandamartins.med 
 
 APG III 
LÁ VEM O SOL 
 
Objetivos: 
1. Relembrar a Histofisiologia da Melanina e os efeitos fisiológicos dos Raios UV na Pele; 
2. Listar os tipos de Câncer de pele; 
3. Estudar a Etiologia e Fisiopatologia do Câncer De Pele; 
4. Entender as diferenças entre lesões hipercrômicas malignas e benignas; 
5. Compreender as manifestações clínicas, o diagnóstico e o tratamento do Câncer de Pele; 
6. Relacionar o uso do protetor solar com a prevenção do Câncer de Pele; 
 
Histofisiologia da Melanina 
 A Melanina é o pigmento marrom que 
produz as diversas tonalidades e cores da 
pele, cabelo e olhos. A coloração 
(pigmentação) é determinada pela 
quantidade de melanina na pele; 
 Sem a melanina, a pele teria uma cor 
branco-pálida, com tons de rosa, devido ao 
sangue que flui sob a pele. As pessoas de 
cor clara produzem muito pouca melanina, já 
as de cor escura, possuem uma maior 
quantidade deste pigmento; 
 Pessoas com albinismo têm pouca ou 
nenhuma melanina e, portanto, sua pele tem 
o aspecto branco ou rosa pálido. Geralmente, 
a melanina é distribuída de forma bem 
uniforme na pele, mas às vezes as pessoas 
têm manchas ou placas de pele com mais 
melanina; 
 Os exemplos dessas manchas incluem 
sardas, manchas senis (lentiginas) e 
melasma. 
 
 
Melanócitos 
 São células da epiderme que 
sintetizam tirosina e produz a melanina. Elas 
se encontram espalhadas entre as demais 
células na camada mais profunda (chamada 
camada basal, que fica na epiderme). Depois 
de a melanina ser produzida, difunde-se para 
outras células cutâneas próximas. 
 
 
Fernanda Jorge Martins – 3º Período @fernandamartins.med 
 
 APG III 
Câncer de Pele 
 O câncer da pele responde por 33% 
de todos os diagnósticos desta doença no 
Brasil, sendo que o Instituto Nacional do 
Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 
185 mil novos casos; 
 O tipo mais comum, o câncer da pele 
não melanoma, tem letalidade baixa, porém 
seus números são muito altos. A doença é 
provocada pelo crescimento anormal e 
descontrolado das células que compõem a 
pele; 
 Essas células se dispõem formando 
camadas e, de acordo com as que forem 
afetadas, são definidos os diferentes tipos de 
câncer; 
 Os mais comuns são os carcinomas 
basocelulares e os espinocelulares, 
responsáveis por 177 mil novos casos da 
doença por ano; 
 Mais raro e letal que os carcinomas, o 
melanoma é o tipo mais agressivo de câncer 
da pele e registra 8,4 mil casos anualmente. 
 
Tipos 
 Carcinoma Basocelular (CBC): O mais 
prevalente dentre todos os tipos. O CBC 
surge nas células basais, que se encontram 
na camada mais profunda da epiderme (a 
camada superior da pele). Tem baixa 
letalidade e pode ser curado em caso de 
detecção precoce. Os CBCs surgem mais 
frequentemente em regiões expostas ao sol, 
como face, orelhas, pescoço, couro 
cabeludo, ombros e costas. Podem se 
desenvolver também nas áreas não 
expostas, ainda que mais raramente. Em 
alguns casos, além da exposição ao sol, há 
outros fatores que desencadeiam seu 
surgimento. Certas manifestações do CBC 
podem se assemelhar a lesões não 
cancerígenas, como eczema ou psoríase. 
Somente um médico especializado pode 
diagnosticar e prescrever a opção de 
tratamento mais indicada. O tipo mais 
encontrado é o CBC nódulo-ulcerativo, que 
se traduz como uma pápula vermelha, 
brilhosa, com uma crosta central, que pode 
sangrar com facilidade; 
 Carcinoma Espinocelular (CEC): 
Segundo mais prevalente dentre todos os 
tipos de câncer. Manifesta-se nas células 
escamosas, que constituem a maior parte 
das camadas superiores da pele. Pode se 
desenvolver em todas as partes do corpo, 
embora seja mais comum nas áreas 
expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro 
cabeludo, pescoço etc. A pele nessas 
regiões, normalmente, apresenta sinais de 
dano solar, como enrugamento, mudanças 
na pigmentação e perda de elasticidade. O 
CEC é duas vezes mais frequente em 
homens do que em mulheres. Assim como 
outros tipos de câncer da pele, a exposição 
excessiva ao sol é a principal causa do CEC, 
mas não a única. Alguns casos da doença 
estão associados a feridas crônicas e 
cicatrizes na pele, uso de drogas 
antirrejeição de órgãos transplantados e 
Fernanda Jorge Martins – 3º Período @fernandamartins.med 
 
 APG III 
exposição a certos agentes químicos ou à 
radiação. Normalmente, os CECs têm 
coloração avermelhada e se apresentam na 
forma de machucados ou feridas espessos e 
descamativos, que não cicatrizam e sangram 
ocasionalmente. Eles podem ter aparência 
similar à das verrugas. Somente um médico 
especializado pode fazer o diagnóstico 
correto; 
 Melanoma: Tipo menos frequente 
dentre todos os cânceres da pele, o 
melanoma tem o pior prognóstico e o mais 
alto índice de mortalidade. Embora o 
diagnóstico de melanoma normalmente traga 
medo e apreensão aos pacientes, as 
chances de cura são de mais de 90%, 
quando há detecção precoce da doença. O 
melanoma, em geral, tem a aparência de 
uma pinta ou de um sinal na pele, em tons 
acastanhados ou enegrecidos. Porém, a 
“pinta” ou o “sinal”, em geral, mudam de cor, 
de formato ou de tamanho, e podem causar 
sangramento. Por isso, é importante observar 
a própria pele constantemente, e procurar 
imediatamente um dermatologista caso 
detecte qualquer lesão suspeita. Essas 
lesões podem surgir em áreas difíceis de 
serem visualizadas pelo paciente, embora 
sejam mais comuns nas pernas, em 
mulheres; nos troncos, nos homens; e 
pescoço e rosto em ambos os sexos. Além 
disso, vale lembrar que uma lesão 
considerada “normal” para um leigo, pode ser 
suspeita para um médico. 
 
- Pessoas de pele clara e que se queimam 
com facilidade quando se expõem ao sol, 
com fototipos I e II, têm mais risco de 
desenvolver a doença, que também pode 
manifestar-se em indivíduos negros ou de 
fototipos mais altos, ainda que mais 
raramente. O melanoma tem origem nos 
melanócitos, as células que produzem 
melanina, o pigmento que dá cor à pele. 
Normalmente, surge nas áreas do corpo mais 
expostas à radiação solar. Em estágios 
iniciais, o melanoma se desenvolve apenas 
na camada mais superficial da pele, o que 
facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. 
Nos estágios mais avançados, a lesão é mais 
profunda e espessa, o que aumenta a 
chance de se espalhar para outros órgãos 
(metástase) e diminui as possibilidades de 
cura. Por isso, o diagnóstico precoce do 
melanoma é fundamental. Embora apresente 
pior prognóstico, avanços na medicina e o 
recente entendimento das mutações 
genéticas, que levam ao desenvolvimento 
dos melanomas, possibilitaram que pessoas 
com melanoma avançado hoje tenham 
aumento na sobrevida e na qualidade de 
vida; 
- A hereditariedade desempenha um papel 
central no desenvolvimento do melanoma. 
Por isso, familiares de pacientes 
diagnosticados com a doença devem se 
submeter a exames preventivos 
regularmente. O risco aumenta quando há 
casos registrados em familiares de primeiro 
grau; 
Fernanda Jorge Martins – 3º Período @fernandamartins.med 
 
 APG III 
- Atualmente, testes genéticos são capazes 
de determinar quais mutações levam ao 
desenvolvimento do melanoma avançado 
(como BRAF, cKIT, NRAS, CDKN2A, CDK4) 
e, assim, possibilitam a escolha do melhor 
tratamento para cada paciente. Apesar de 
ser raramente curável, já é possível viver 
com qualidade, controlando o melanoma 
metastático por longo prazo. 
 
Fatores de Risco 
 História familiar de câncer de pele; 
 Pessoas de pele e olhos claros, com 
cabelos ruivos ou loiros; 
 Pessoas que trabalham 
frequentemente expostas ao sol sem 
proteção adequada; 
 Exposição prolongada e repetida ao 
sol na infância e adolescência. 
 
Diagnóstico 
 O diagnóstico dos 3 tipos de câncer de 
pele ocorre através dabiópsia. Além disso, 
deve-se considerar avaliação histológica. No 
melanoma existem determinadas 
características preocupantes conhecidas 
como o ABCDE do melanoma: 
 
 
Lesão Benigna x Lesão Maligna 
 Lesão Benigna: Tem células que 
crescem lentamente e semelhante às do 
tecido normal. Na maioria dos casos pode 
ser totalmente removido (cura) por meio de 
cirurgia; 
 Lesão Maligna: As células multiplicam-
se rapidamente e têm a capacidade de 
“invadir” estruturas próximas ao local de 
origem. A cura neste tipo de tumor depende 
do diagnóstico precoce e do tratamento 
adotado. 
 
Sintomas 
 Manchas pruriginosas (que coçam), 
descamativas ou que sangram; 
 Sinais ou pintas que mudam de 
tamanho, forma ou cor; 
 Feridas que não cicatrizam em 4 
semanas. 
Fernanda Jorge Martins – 3º Período @fernandamartins.med 
 
 APG III 
Tratamento 
 Cirurgia excisional: remoção do tumor 
com um bisturi, e também de uma borda 
adicional de pele sadia, como margem de 
segurança. Os tecidos removidos são 
examinados ao microscópio, para aferir se 
foram extraídas todas as células cancerosas. 
A técnica possui altos índices de cura, e 
pode ser empregada no caso de tumores 
recorrentes; 
 Curetagem e eletrodissecção: usadas 
em tumores menores, promovem a raspagem 
da lesão com cureta, enquanto um bisturi 
elétrico destrói as células cancerígenas. Para 
não deixar vestígios de células tumorais, 
repete-se o procedimento algumas vezes. 
Não recomendáveis para tumores mais 
invasivos; 
 Criocirurgia: promove a destruição do 
tumor por meio do congelamento com 
nitrogênio líquido. A técnica tem taxa de cura 
menor do que a cirurgia excisional, mas pode 
ser uma boa opção em casos de tumores 
pequenos ou recorrentes. Não há cortes ou 
sangramentos. Também não é recomendável 
para tumores mais invasivos; 
 Cirurgia a laser: remove as células 
tumorais usando o laser de dióxido de 
carbono ou erbium YAG laser. Por não 
causar sangramentos, é uma opção eficiente 
para aqueles que têm desordens 
sanguíneas; 
 Cirurgia Micrográfica de Mohs: o 
cirurgião retira o tumor e um fragmento de 
pele ao redor com uma cureta. Em seguida, 
esse material é analisado ao microscópio. Tal 
procedimento é repetido sucessivamente, até 
não restarem vestígios de células 
tumorais. A técnica preserva boa parte dos 
tecidos sadios, e é indicada para casos de 
tumores mal-delimitados ou em áreas críticas 
principalmente do rosto, onde cirurgias 
amplas levam a cicatrizes extensas e 
desfiguração; 
 Terapia Fotodinâmica (PDT): o médico 
aplica um agente fotossensibilizante, como o 
ácido 5-aminolevulínico (5-ALA) na pele 
lesada. Após algumas horas, as áreas são 
expostas a uma luz intensa que ativa o 5-
ALA e destrói as células tumorais, com 
mínimos danos aos tecidos sadios; 
 Além das modalidades cirúrgicas, a 
radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia 
e as medicações orais e tópicas são outras 
opções de tratamentos para os carcinomas. 
Somente um médico especializado em 
câncer da pele pode avaliar e prescrever o 
tipo mais adequado de terapia. 
 
Prevenção 
 A principal recomendação para a 
prevenção do câncer de pele é evitar a 
exposição ao sol, principalmente nos 
horários em que os raios solares são mais 
intensos (entre 10h e 16h), bem 
como utilizar óculos de sol com proteção 
UV, roupas que protegem o corpo, chapéus 
de abas largas, sombrinhas e guarda-sol; 
Fernanda Jorge Martins – 3º Período @fernandamartins.med 
 
 APG III 
 Atualmente, estão disponíveis no 
mercado roupas e acessórios com proteção 
UV, que dão maior proteção contra os raios 
solares. Em caso de exposição solar 
necessária, principalmente em torno do 
meio-dia, recomenda-se a procura por 
áreas cobertas que forneçam sombra, como 
embaixo de árvores, marquises e toldos, 
com o objetivo de minimizar os efeitos da 
radiação solar; 
 O uso de filtro solar com fator 
de proteção solar (FPS) 15 ou mais é 
fundamental, principalmente quando a 
exposição ao sol é inevitável. O filtro solar 
deve ser aplicado corretamente, uma vez 
que o real fator de proteção desses produtos 
varia com a espessura da camada de creme 
aplicada, a frequência da aplicação, a 
perspiração e a exposição à água. De 
mesmo modo, deve ser utilizado também o 
protetor labial. 
Recomendações especiais devem ser 
direcionadas aos bebês e às crianças, por 
ser, a infância, o período da vida mais 
suscetível aos efeitos danosos da radiação 
UV que se manifestam mais tardiamente na 
fase adulta. 
Nas atividades ocupacionais, pode ser 
necessário reformular as jornadas de 
trabalho ou a organização das tarefas 
desenvolvidas ao longo do dia. 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
1. AGÊNCIA SAÚDE. Câncer de pele: o 
que é, causas, sintomas, tratamento e 
prevenção. Disponível em: 
<https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-
z/cancer-de-pele>. Acesso em: 23 jun. 2021. 
2. Câncer da pele - Sociedade Brasileira 
de Dermatologia. Disponível em: 
<https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/do
encas-e-problemas/cancer-da-pele/64/>. 
Acesso em: 23 jun. 2021.

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