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A LINGUAGEM E SUAS ALTERAÇÕES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPOS DE ANDRADE
AIMEE CESIA FERREIRA HUAMÁN 
PSICOPATOLOGIA 
A LINGUAGEM E SUAS ALTERAÇÕES
CURITIBA
2020
A LINGUAGEM E SUAS ALTERAÇÕES
A linguagem, é o principal instrumento de comunicação dos seres humanos, sendo fundamental na elaboração e na expressão do pensamento. Especificamente em relação à língua, é preciso diferenciar três elementos essenciais de qualquer língua ou idioma: o fonético, o semântico, e o sintático. 
Funções da linguagem: 
1. A função comunicativa; garante a socialização do indivíduo. 
2. A linguagem como suporte do pensamento; pensamento lógico e abstrato. 
3. A linguagem como instrumento de expressão dos estados emocionais; das vivências internas, subjetivas. 
4. A linguagem como afirmação do eu e de instituição das oposições eu/mundo, eu/tu, eu/outros.
5. A linguagem na sua dimensão artística e/ou lúdica; como elaboração e expressão, isto é, a linguagem como poesia, como literatura.
Piaget, Aponta para certa independência tanto cognitiva como neurofuncional entre o domínio da linguagem e os outros domínios cognitivos que comumente são associados à inteligência e ao pensamento. 
ALTERAÇÕES DA LINGUAGEM:
Alterações da linguagem secundárias a lesão neuronal identificável 
Tais alterações, ocorrem geralmente associadas a acidentes vasculares cerebrais, tumores cerebrais, malformações arterio-venosas, etc. 
AFASIA; É a perda da linguagem, falada e escrita, por incapacidade de compreender e utilizar os símbolos verbais, foi previamente adquirida no desenvolvimento cognitivo do indivíduo; tal perda se deve, a lesão neuronal do SNC. Os principais tipos de afasia:
1. Afasia de expressão ou de Broca: Fala com dificuldades. Não-fluente 
2. Afasia de compreensão ou de Wernicke: Fala muito defeituosa. Fluente 
3. Afasia global: Afasia grave, não-fluente.
AGRAFIA; É a perda, por lesão orgânica, da linguagem escrita, sem que haja qualquer déficit motor ou perda cognitiva global. Ocorre em forma pura e associada às afasias. 
ALEXIA; É a perda, de origem neurológica, da capacidade adquirida para a leitura. Dá-se associada às afasias e às agrafias. Pode ocorrer forma pura e isolada. 
DISARTRIA; É a incapacidade de articular corretamente as palavras devido a alterações neuronais referentes ao aparelho fonador. A articulação das consoantes labiais e dentais é muito defeituosa.
DISFONIA E DISFEMIA; É a alteração da linguagem falada sem qualquer lesão ou disfunção orgânica, determinada por conflitos e fatores psicogênicos.
1. A gagueira; Dificuldade ou da impossibilidade de pronunciar certas sílabas, no começo ou ao longo de uma frase.
DISLALIA; É a alteração da linguagem falada que resulta da deformação, da omissão ou da substituição dos fonemas. As dislalias orgânicas resultam de defeitos da língua, dos lábios, ou de qualquer outro componente do aparelho fonador. 
Alterações da linguagem associadas a transtornos psiquiátricos primários
LOGORRÉIA, TAQUIFASIA E LOQUACIDADE; Na logorréia, existe a produção aumentada e acelerada (taquifasia) da linguagem verbal, podendo haver perda da lógica do discurso. Descreve-se como pressão para falar.
1. Loquacidade é o aumento da fluência verbal sem qualquer prejuízo da lógico do discurso. 
BRADIFASIA; Oposta à taquifasia. O paciente fala muito vagarosamente, as palavras seguem-se umas às outras de forma lenta e difícil. Em geral, está associada a quadros depressivos graves, estados demenciais e esquizofrenia crônica ou com sintomas negativos. 
MUTISMO; Ausência de resposta verbal oral por parte do doente. O paciente fica no leito sem responder ao entrevistador. Os fatores causais associados ao mutismo são muito variáveis, podendo ser de natureza neurobiológica, psicótica ou psicogênica. 
PERSEVERAÇÃO E ESTEREOTIPIA VERBAL; há repetição automática de palavras ou trechos de frases, de modo e sem sentido. 
ECOLALIA; É a repetição da última ou das últimas palavras que o entrevistador falou ou dirigiu ao paciente. É um fenômeno quase automático, involuntário, realizado sem planejamento.
PALILALIA E LOGOCLONIA; Repetição automática e estereotipada pelo paciente da última ou das últimas palavras que ele próprio emitiu em seu discurso. Ela ocorre de forma involuntária, sem controle. 
1. A logoclonia; é a repetição automática e involuntária é a das últimas sílabas que o paciente pronunciou. 
TIQUES VERBAIS OU FONÉTICOS E COPROLALIA; Os tiques verbais são produções de fonemas ou palavras de forma recorrente, imprópria e irresistível.
1. A verbigeração; é a repetição, de forma monótona e sem sentido comunicativo aparente, de palavras, sílabas ou trechos de frases. 
2. A mussitação; é a produção repetitiva de uma voz muito baixa, murmurada, sem significado comunicativo, mais freqüentemente encontradas na esquizofrenia.
GLOSSOLALIA; fala pouco compreensível, um verdadeiro conglomerado ininteligível de sons (ou, no plano escrito, de letras ininteligíveis). A glossolalia é muito frequente nos cultos pentecostais, “fala em línguas estrangeiras” (sem nunca as ter estudado). 
A LINGUAGEM NA ESQUIZOFRENIA
A linguagem na esquizofrenia pode sofrer alterações muito peculiares. Tais alterações são indicativos de como o processo de pensar, a formação e a utilização de conceitos, juízos e raciocínios estão profundamente afetadas pela desestruturação esquizofrênica. Nos estados avançados de desorganização esquizofrênica, podem-se observar jargonofasia ou esquizofazia, também denominada salada de palavras. Trata-se, da produção de palavras e frases sem sentido, com fluxo verbal desorganizado e caótico. 
A LINGUAGEM DO PACIENTE COM DEMÊNCIA 
A demência se caracteriza pelo marcante predomínio de dificuldades linguísticas. Os problemas de linguagem incluem gagueira, falhas na fluência verbal, mutismos eletivos, dificuldades fonético-articulatórias ou qualidade incomum (no sentido de inadequada) da voz.

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