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PAPER CORRIDA PARA INICIANTES

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2
CORRIDA DE RUA PARA INICIANTES
Alane Menezes da Silva Leal ¹
Erika Ruana Silva Ribas2
Flávia dos Santos Souza3
Heitor Batista Noronha Santos4
Vanessa Filgueiras da Rocha5
Verônica Florêncio Oliveira Mascarenhas 6
 Arquimedes Filho7	
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo apresentar e discutir as técnicas e biomecânicas da corrida de rua e trazer as principais lesões relacionadas a corrida de rua. A corrida de rua começou a se consolidar. As primeiras corridas de rua tiveram o seu início no século XVII, praticadas por trabalhadores. O símbolo fundamental da história da corrida foram os primeiros jogos olímpicos marcados pela histórica Maratona Olímpica que aconteceu na cidade de Atenas no dia 10 de abril de 1896. A busca pela prática da corrida de rua teve um aumento na década de 70, com expansão no mundo, chegando ao Brasil na década de 1990. Para tal, foram utilizadas as bases de dados Google Acadêmico e Scielo dos quais foram selecionados artigos científicos publicados entre os anos 2004 a 2018 acerca do tema. Foram feitas entre o mês de março de 2021 a junho de 2021. Os descritores utilizados foram: Corrida de rua, técnicas, iniciantes. Dentre os resultados percebeu-se que a corrida de rua por ser um exercício aeróbico pode favorecer a população de jovens, adultos e idosos, contribuindo para a prevenção de alterações de humor, a atenuação da depressão, da ansiedade e da agressividade, assim como repercuti no autoconceito e na autoimagem de modo positivo Sendo assim, o estudo apontou que a corrida de rua é uma prática de livre acesso e de custo baixo podendo ser realizado ao ar livre como em parques, pistas de caminhadas, e pode ser realizada por qualquer indivíduo seja do sexo masculino ou feminino e de qualquer faixa etária, demonstrando assim que este esporte é extremamente benéfico.
Palavras-chave: Corrida de rua, técnicas, iniciantes
ABSTRACT
The present work aims to present and discuss the techniques and biomechanics of street running and bring the main injuries related to street running. The street race started to consolidate. The first street races started in the 17th century, practiced by workers. The fundamental symbol of the history of the race was the first Olympic games marked by the historic Olympic Marathon that took place in the city of Athens on April 10, 1896. The search for the practice of street running increased in the 70s, with expansion in the world, arriving in Brazil in the 1990s. For this purpose, the Google Scholar and Scielo databases were used, from which scientific articles published between the years 2004 to 2018 on the subject were selected. They were carried out between March 2021 and June 2021. The descriptors used were: Street running, techniques, beginners. Among the results, it was noticed that street running for being an aerobic exercise can favor the population of young people, adults and the elderly, contributing to the prevention of mood changes, the attenuation of depression, anxiety and aggression, as well as repercussions. in self-concept and self-image in a positive way Therefore, the study pointed out that street running is a practice of free access and low cost and can be performed outdoors as in parks, hiking trails, and can be performed by any individual whether male or female and of any age group, thus demonstrating that this sport is extremely beneficial.
Key words: Street racing, techniques, beginners
1. INTRODUÇÃO
Segundo Santos et al, 2018, foi na Inglaterra que a corrida começou a se consolidar. As primeiras corridas de rua tiveram o seu início no século XVII, praticadas por trabalhadores. O símbolo fundamental da história da corrida foram os primeiros jogos olímpicos marcados pela histórica Maratona Olímpica que aconteceu na cidade de Atenas no dia 10 de abril de 1896. A busca pela prática da corrida de rua teve um aumento na década de 70, com expansão no mundo, chegando ao Brasil na década de 1990. A corrida de rua é o esporte mais praticado em dois estados brasileiros, o rio de Janeiro e São Paulo, sendo que o Brasil conta com mais de quatro milhões de atletas ativos praticantes dessa modalidade.
A realização de exercícios de maneira exaustiva, sem orientação ou de forma inadequada, pode contribuir para o aumento do número de lesões esportivas e estas estão associadas a fatores intrínsecos e extrínsecos. Dentre os fatores intrínsecos destacam-se a idade, o sexo, a experiência, aptidão, além de outros aspectos. Os fatores extrínsecos são o treinamento, o tipo de atividade e as condições climáticas, entre outras (HINO et al, 2009).
Em corridas de média e longa distância, as estratégias utilizadas podem ser classificadas conforme a distribuição da velocidade ao longo da prova em estratégia constante, estratégia negativa ou decrescente, estratégia positiva ou crescente e estratégias variáveis. A melhor estratégia de corrida será aquela capaz de poupar as reservas fisiológicas, permitindo que o atleta termine a corrida no menor tempo possível (CARMO et al, 2012)
As corridas de rua são bem populares em todo o mundo, sendo praticadas em sua maioria por atletas amadores que buscam uma melhor qualidade de vida por meio da prática esportiva. Essa grande procura se dá devido ao baixo custo e os benefícios que apresentam, como melhora na sensibilidade a insulina, redução de quantidades de gordura corporal e concentrações de triglicerídeos, LDL e colesterol total, aumentos de massa magra e óssea, potência aeróbica e capacidade antioxidante, redução da pressão arterial pós-exercício, ou seja, todos fatores importantes e relevantes na melhora da qualidade de vida.
Esse trabalho justifica-se por que este esporte é considerado um fenômeno sociocultural contemporâneo com grande número de adeptos, tanto pela facilidade em sua prática, o baixo custo e pelos benefícios para a saúde que proporciona aos seus praticantes, sejam fisiológicos, sociais ou psicológicos. pois, este esporte é uma modalidade cuja prática tem se popularizado. 
Tendo em vista da importância da prática do esporte, o presente trabalho tem como objetivos apresentar e discutir as técnicas e biomecânicas da corrida de rua e trazer as principais lesões relacionadas a corrida de rua.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 HISTÓRIA DA CORRIDA DE RUA
De acordo com Dallari, 2009 as primeiras corridas de rua tiveram início no século XVIII e se consolidando na Inglaterra praticadas por trabalhadores. Assim como outros esportes populares, a corrida de rua surgiu proveniente de trabalhadores em horários de lazer e recreações. A classe trabalhadora sempre teve um papel importante nas criações de esportes de valores históricos e não foi diferente com a corrida de rua. A primeira competição com classificação e medida de tempo aconteceu em 1837, e o seu percurso tinha uma distância de 84 km.
Com a popularidade se propagando rapidamente ao longo das décadas, não demorou para se tornar um esporte olímpico, e assim se tornar uma modalidade cada vez mais respeitada e admirada em todo âmbito esportivo. O marco fundamental da história das corridas de rua foi a maratona Olímpica, realizada no dia 10 de abril de 1896 na cidade Atenas, assim a corrida de rua virou o esporte que mais representava os jogos olímpicos (DALLARI, 2009).
Por volta de 1970, aconteceu o “jogging boom” baseado na teoria do médico norte americano Kenneth Cooper que difundiu seu famoso “Teste de Cooper”. A partir daí as Corridas de Rua cresceram de forma sem precedentes na história. Ainda nesta década surgiram muitas provas de Corrida de Rua em que se tinham a participação da população juntamente com atletas de Elite separados em pelotões distintos. Uma modalidade acessível para a população mundial, a tendência foi sua prática de forma avassaladora. Nos Estados Unidos é considerado hoje o “país da corrida”, devido ao grande número de praticantes, realmente são números expressivos, aproximadamente há 40 milhões de corredores e 17 milhões participam de eventos organizados. Fazendo um paralelocom o Brasil, têm-se aqui 4 milhões de corredores, em que 250 mil participam de corridas de rua (GONÇALVES, 2007).
Com o crescimento significativo desse esporte, e com sua valorização nos jogos olímpicos, milhares de pessoas ao redor do mundo iniciaram sua prática, não diferente no Brasil. Atualmente a corrida de rua é uma das modalidades esportivas mais praticadas no Brasil (EVANGELISTA, 2010). 
Com o passar do tempo, vários estudos comprovaram que essa modalidade pode causar benefícios significativos para saúde dos seus praticantes, assim propulsando à uma melhor qualidade de vida. Essa grande popularidade da corrida de rua é normalmente associada com os numerosos benefícios à saúde, como diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares, obesidade e diminuição da mortalidade, também por motivos estéticos proporcionados pela prática regular da corrida (FUZIKI, 2012).
 
2.2 PRINCIPAIS LESÕES EM CORREDORES
Segundo Silva e Oliveira, 2011, existe um aumento considerável do índice de lesões quando o praticante não realiza a atividade corretamente ou pratica de forma exaustiva e sem controle. 
A prática de esportes seja em âmbito amador ou profissional, requer a observação e respeito aos princípios científicos do treinamento, principalmente o da individualidade biológica, para que a atividade física não se torne um fator gerador de problemas ao funcionamento do organismo, que redundem em lesões desportivas (SOUZA e OLIVEIRA, 2011).
Assim como em outras modalidades, também na prática da corrida as lesões podem ser resultantes de um traumatismo externo ou ter uma causa interna. As lesões de causa externa são consideradas como de ação antagonista (exógena), ocasionadas por traumas sob a forma de pressão, tração (como no caso de colisões, golpes e quedas) e também causadas pelo material ou pelas instalações desportivas. As lesões de causa interna ocorrem por um desequilíbrio entre o esforço a que o atleta é submetido e a capacidade de tolerar uma determinada solicitação ou pelos desgastes que acontecem no aparelho de sustentação e de movimentação de forma lenta, a princípio despercebidas e que, em longo prazo, são reconhecidas como perturbações patológicas, por solicitações sempre repetidas dos tecidos próximas ao limite de tolerância. Esta é uma lesão ação agonista (autógena), causada pela falta de coordenação, modificação súbita de direção ou por excesso de treinamento (SOUZA, 2011). 
A corrida é uma das atividades mais populares durante a qual lesões por sobre uso podem ocorrer. Esse tipo de lesão do sistema musculoesquelético ocorre quando uma estrutura é submetida a sobrecargas repetidas vezes, cada uma delas abaixo do limiar de lesão aguda, com períodos insuficientes de recuperação. Este é um acometimento musculoesquelético que ocorre durante a corrida e causa restrição na velocidade, distância, duração ou frequência da prática da modalidade por pelo menos uma semana (SILVA e GONÇALVES, 2007) 
A prática de corrida pode causar lesões principalmente em joelhos, tornozelos e pés em até 83% dos atletas amadores ou competitivos e prejudicar sua qualidade de vida, seja de forma temporária ou definitiva. A região anatômica mais acometida é o joelho e as lesões mais frequentes são as tendinopatias e lesões musculares (SILVA et al). 
Lesões musculoesqueléticas associadas a treinamento para corrida de rua indicam síndrome femoropatelar e tendinopatias estão entre lesões mais frequentes entre corredores. Joelho foi a região mais acometida, assim como observado em diversos outros estudos. Essa alta taxa de lesões no joelho normalmente é atribuída à grande magnitude das forças de impacto presentes no membro inferior durante a corrida, que pode variar de um e meio a três vezes o peso corporal. Membros inferiores são focos frequentes de lesões de sobrecarga, das quais se destaca a fratura por estresse da tíbia. Essa lesão desenvolve-se por meio de sobrecarga repetitiva que altera a homeostase óssea, aumentando atividade osteoclástica, com reparação inadequada. Recente meta-análise revelou que incidência de lesões em praticantes de corrida varia de 19,4% a 79,3% sendo articulação do joelho a mais acometida. (ALMEIDA, 2018) 
Particularmente no pé e tornozelo as forças externas são absorvidas pelas estruturas passivas (tendões, ligamentos, fáscia e osso) e pelos tecidos contráteis (músculos) periarticulares. Em muitos esportes que envolvem salto e aterrissagem existe um alto índice de lesões na articulação do tornozelo de origem traumática os quais podem ocasionar disfunções. Estima-se que as entorses de tornozelo correspondam de 10 a 33% de todas as lesões desportivas e estes atletas quando sofrem entorse de tornozelo têm maior probabilidade de lesionar o mesmo local anatômico, o que pode resultar em instabilidade articular, que é um dos principais fatores apontados como predisponentes a recorrência dessas lesões (SILVA e GONÇALVES, 2007).
O ciclo da marcha é dividido em uma fase de apoio e uma fase de balanço. No indivíduo sem disfunção, a fase de apoio começa quando o calcanhar toca o solo, seguida pelo aplainamento do pé. O instante no qual a fase de balanço do pé passa a fase de apoio é chamado de apoio médio, que é seguido pela retirada do calcanhar e o peso corporal é suportado pelo antepé. A fase de apoio termina com a retirada dos dedos, quando o restante do pé deixa o solo. Na corrida normal, a face lateral do pé toca o solo primeiro, com a tíbia em rotação externa. À medida que a fase de apoio progride, o peso do corpo é colocado ao longo do pé e a tíbia realiza rotação interna, produzindo uma rápida inversão e pronação do calcâneo, que dissipa as forças de contato, proporcionando uma transição suave adaptando-se, assim, às superfícies. A atividade elétrica dos grupos musculares no contato com o solo provê estabilidade à articulação principalmente devido à ação do músculo tibial posterior (SILVA e GONÇALVES, 2007). 
Silva e Oliveira, 2011 informa que a importância do pé funcionar de forma adequada é indispensável para qualquer indivíduo, principalmente para atletas corredores de rua. São estabelecidas funções importantes como: base dinâmica de apoio, trazendo uma estrutura maleável e adaptável, proporciona aos membros inferiores maior equilíbrio, e atenua as forças de impacto, tornando uma estrutura estável na fase de apoio final.
2.3 TÉCNICAS E BIOMECÂNICA DA CORRIDA
A biomecânica do corpo humano funciona adaptando o corpo às condições impostas pelo meio (BROCHADO, 2016). Na prática desportiva, a biomecânica tem por objetivo estudar o padrão de determinado exercício através de análises de movimento e da resultante de forças externas atuantes na prática em questão (RODRIGUES, 2019). 
A corrida é caracterizada por uma série de saltos e possui uma importante característica que a diferencia da marcha, é a existência de uma fase onde nenhum dos membros inferiores tem contato com o solo, conhecida como fase de duplo balanço ou fase aérea (BROCHADO, 2016).
A corrida por ser uma atividade que se realiza desde a infância, muitas vezes pensa-se, incorretamente, que o ato de correr é um processo simples (SILVESTRIN, 2018). Embora seja classificada como uma atividade de deslocamento natural do ser humano, a corrida corresponde a uma atividade motora complexa que envolve ações do sistema nervoso e grande parte dos músculos do corpo (RODRIGUES, 2019).
Silvestrin, 2018 afirma que a naturalidade da corrida é, muitas vezes, assustadora. Afinal, basta colocar um pé na frente do outro, fazer um pequeno esforço e lá se vai mais um corredor em seu exercício diário. Mas a prática tem armadilhas traiçoeiras, como o descaso com os exames de saúde e a falta de informações básicas para evitar as lesões, tão comuns aos corredores. Sendo assim, é necessário compreender a técnica como um todo, mas segui-las de maneiras separadas.
Silvestrin, 2018 ainda afirma que os princípios fundamentais são: respiração, movimentos dos braços, pisada e aterrissagem, frequências das passadas, educativos de corrida, postura e o cadete e a técnicade corrida.
A respiração é uma parte fundamental do treinamento para a corrida. Respirar corretamente pode diminuir o cansaço, melhorar o ritmo da corrida e evitar a sensação de falta de ar durante uma prova. É nessa fase em que os músculos receberão o oxigênio necessário para que tenham força para realização da atividade física. Nesse processo, o corredor inala o ar em dois tempos, o que seria o correspondente a uma pisada com cada pé, e também exala o ar nesses mesmos dois tempos, ou seja, duas pisadas. Por ser uma técnica bem compassada, permite que a respiração seja curta e superficial, dando forças para que o atleta consiga manter o fôlego durante toda a atividade. A respiração não deve ser profunda, e sim mais rápida. Evite o cansaço inspirando pelo nariz e expirando pela boca (SILVESTRIN, 2018).
Já os movimentos dos braços, de uma maneira geral, visando um melhor desempenho na corrida através da técnica mais apropriada, o ideal é que o atleta movimente os braços paralelos ao corpo, ou seja, na mesma direção da corrida, tendo em vista uma menor resistência do ar durante o deslocamento. Além disso, que mantivesse mãos e ombros relaxados, visando um menor gasto energético com uma musculatura não essencial e, por último, que deixasse os cotovelos próximos ao corpo e numa angulação de 90° membros esses que, quando mal utilizados, podem vir a atrapalhar a execução da corrida e que, quando bem aproveitados, auxiliam no equilíbrio do corpo balanceando o movimento das pernas, contribuindo para a propulsão à frente e na impulsão para cima (SILVESTRIN, 2018).
Na pisada e aterrissagem é necessário que a parte conhecida como médio pé busque o solo primeiro, o que leva a reduzir o impacto e permiti um deslocamento mais suave, além de reduzir o risco de lesões. Essa técnica de deslocamento possibilita que o atleta ganhe velocidade, pois o impulsiona para frente, ao contrário da aterrissagem com os calcanhares, que acaba por produzir um vetor contrário ao sentido de deslocamento, reduzindo a velocidade do corredor e causando impacto em toda a estrutura óssea da perna. (SILVESTRIN, 2018).
Segundo Silvestrin, 2018 a frequência das passadas está diretamente ligada à pisada e à aterrissagem, uma vez que quando se abre a passada, as chances de que os calcanhares toquem primeiro ao solo e produzam um vetor contrário ao deslocamento do atleta e, assim, prejudiquem seu desempenho, são muito maiores. A maneira mais eficaz de se aumentar a velocidade é aumentar a frequência das passadas, ou seja, pisar mais vezes por minuto. Entretanto, esta deve ser uma pisada de qualidade e que permita que se tenha uma boa aterrissagem, vindo a impulsionar o atleta para frente desta forma é aconselhável que o pé não passe da linha do quadril. 
Rodrigues, 2019 fala que a distância percorrida por cada passo completo durante a corrida é chamada amplitude da passada ou comprimento da passada e o número de passos dados em um determinado período é a frequência da passada. Desse modo, a velocidade é determinada pelo produto da frequência pela amplitude da passada. O ciclo inicia-se com o contato de um dos pés com o solo e terminando com o mesmo pé tocando a superfície e a passada termina com o pé contralateral tocando a superfície. 
O elemento chave para se atingir a eficiência técnica e a otimização da performance é a manutenção, durante o maior tempo possível da frequência e do comprimento ótimos de passada ao longo da corrida (RODRIGUES, 2019).
 	A técnica de corrida é alcançada com muita pratica e por isso existem diversos exercícios educativos que servem para aprimorar a técnica do atleta. Esses exercícios acabam por contribuir para a melhora da coordenação motora, assim como para possibilitar uma economia de energia, resultando, consequentemente, numa corrida mais eficiente (SILVESTRIN, 2018).
QUADRO 1: Exercícios educativos
 
	Skipping alto e baixo
	visa a correção da passada; consiste na corrida com o levantamento dos joelhos
	Hopserlauf
	visa melhorar a postura do quadril; consiste em elevar braços e pernas de maneira alternada, realizando um salto a cada elevação
	Dribbling
	visa fortalecer o tornozelo; consiste em elevar os calcanhares de maneira alternada e sem tirar os pés do chão, com movimento dos braços
	Anfersen
	visa corrigir os movimentos das pernas “para trás” durante o deslocamento; consiste em elevar os calcanhares alternadamente até a altura dos
glúteos
	Kick-out
	também conhecido como soldadinho
FONTE: Silvestrin, 2018
 Silvestrin, 2018 diz que o atleta deve se concentrar quando se trata da postura:
1 – Cabeça: olhe para frente, na linha do horizonte;
2 – Ombro: devem estar relaxados. Evite correr com os braços elevados e tensionados;
3 – Braço: paralelos, mantendo os cotovelos flexionados em 90°. Omovimento é um cíclico de pêndulo de modo alternado.;
4 – Tronco: tronco e pescoço eretos, e alongados, ligeiramente projetados à frente;
5 – Joelho: ao tocar o chão, o joelho deve estar ligeiramente flexionado;
6 – Tornozelos: deixe-os relaxados, para que quando toquem o chão realizem a flexão (dobrar) e ajudem no amortecimento.
2.4 PLANILHA DE TREINO DE CORRIDA PARA INICIANTES6 SEMANA
1 SEMANA
 4 SEMANA
3 SEMANA
5 SEMANA
2 SEMANA
	
	Segunda
	Terça
	Quarta
	Quinta
	Sexta
	Sábado
	Domingo
	
	30 Min
Caminhada Leve
	Musculação
	35 Min
Caminhada Leve
	Alongamento
	40 Min
Caminhada Leve
	Musculação
	Descans
	
	5 Min caminhada leve(aquecimento)+25min intercalados em 30 seg de corrida leve e 1 min de caminhada leve.
	Musculação
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+25min intercalados em 30 seg de corrida leve e 1 min de caminhada leve.
	Alongamento
	5 Min caminhada leve(aquecimento)+25min intercalados em 30 seg de corrida leve e 1 min de caminhada leve.
	Musculação
	Descans
	
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+25min intercalados em 1 min de corrida leve e 1 min de caminhada leve+5min caminhada (aferrecimento).
	Musculação
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+25min intercalados em 1 min de corrida leve e 1 min de caminhada leve+5min caminhada (aferrecimento).
	Alongamento
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+25min intercalados em 1 min de corrida leve e 1 min de caminhada leve+5min caminhada (aferrecimento).
	Musculação
	Descans
	
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+30min intercalados em 1:30 min de corrida leve e 30 seg de caminhada moderada + 5min caminhada (aferrecimento).
	Musculação
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+30min intercalados em 1:30 min de corrida leve e 30 seg de caminhada moderada + 5min caminhada (aferrecimento).
	Alongamento
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+30min intercalados em 1:30 min de corrida leve e 30 seg de caminhada moderada + 5min caminhada (aferrecimento).
	Musculação
	Descans
	
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+30min intercalados em 2 min corrida leve e 1 min caminhada leve+ 5min caminhada(aferreciment)
	Musculação
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+30min intercalados em 2 min corrida leve e 1 min caminhada leve+ 5min caminhada(aferreciment)
	Alongamento
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+30min intercalados em 2 min corrida leve e 1 min caminhada leve+ 5min caminhada(aferreciment)
	Musculação
	Descans
	
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+ 30min intercalados em 3 min de corrida moderada e 1 min de caminhada leve+ 5min caminhada(aferre)
	Musculação
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+ 30min intercalados em 3 min de corrida moderada e 1 min de caminhada leve+ 5min caminhada(aferren)
	Alongamento
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+ 30min intercalados em 3 min de corrida moderada e 1 min de caminhada leve+ 5min caminhada(aferren)
	Musculação
	Descans
7 SEMANA
	
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+ 30min intercalados em 4 min de trote e 1 min de caminhada leve+ 5min de caminhada (aferrecimento).
	Musculação
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+ 30min intercalados em 4 min de trote e 1 min de caminhada leve+ 5min de caminhada (aferrecimento).
	Alongamento
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+ 30min intercalados em 4 min de trote e 1 min de caminhada leve+ 5min de caminhada(aferrecimento).
	Musculação
	Descans
	
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+30min intercalados em 5 min de corrida moderada e 30 seg de caminhada leve+ 5min caminhada (aferrecimen)
	Musculação
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+30min intercalados em 5 min de corrida moderada e 30 seg de caminhada leve+ 5min caminhada (aferrecimen)
	Alongamento
	5 Min caminhada leve (aquecimento)+30min intercalados em 5 min de corrida moderada e 30 seg de caminhada leve+ 5min caminhada (aferrecimen)
	Musculação
	Descans
FONTE: (CORPORE, 2007)8 SEMANA
A fase dos iniciantes é caracterizada por pessoas que nunca praticaram a modalidade e não conseguem correr por muito tempo. A fase iniciante termina após 1 meses de treinamentos regulares (2 a 3x/semana), passando assim, para a fase praticante (CORPORE, 2007).
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	Para realização deste trabalho a metodologia utilizada foi por meio de revisão bibliográfica com métodos de abordagem qualitativa, em que, representa um importante instrumento utilizado para a construção de um processo de investigação, sua finalidade é colocar o pesquisador em contato com o que já se produziu a respeito do seu tema. A revisão bibliográfica representa esclarecimentos científicos, por meio de conhecimentos conceituados, acessíveis a partir de uma temática e contribui para o pesquisador adquirir informações para sua pesquisa e propor seu ponto de vista de acordo com o que foi descrito pelo autor (LAKATOS; MARCONI, 2009).
Para tal, foram utilizadas as bases de dados Google Acadêmico e Scielo dos quais foram selecionados artigos científicos publicados entre os anos 2004 a 2018 acerca do tema.
As coletas de dados foram feitas entre o mês de março de 2021 a maio de 2021, utilizando os seguintes descritores: Corrida de rua, técnicas, iniciantes. Os critérios de inclusão da pesquisa foram artigos em língua portuguesa com informações pertinentes aos objetivos do trabalho, já os critérios de exclusão foram os artigos que não possuem relação direta com os objetivos proposto no trabalho.
As análises dos resultados foram apresentadas em forma de texto que atendem aos critérios de inclusão anteriormente descritos. Sua elaboração foi realizada respeitando os princípios éticos e morais, conforme estabelecidos pelas normas da ABNT.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Embora seja classificada como uma atividade de deslocamento natural do ser humano, a corrida corresponde a uma atividade motora complexa que envolve ações do sistema nervoso e grande parte dos músculos do corpo (RODRIGUES, 2019).
Correr fortalece o sistema cardiorrespiratório fazendo com que o organismo realize essa tarefa com menos esforço por mais tempo, isso porque mobiliza grandes massas musculares, é dinâmico e de intensidade moderada a alta (CREF 2/RS, 2019). 
De acordo com Kühn 2018, praticantes de corrida de rua podem começar a buscar esses serviços por diversos motivos como: melhoria do condicionamento e desempenho físico, perda de peso, saúde, bem-estar, divertimento, convívio social, busca por atividades prazerosas e a cada vez mais, superar limites ou até mesmo fatores sociais.
Logo, o praticante de corrida pode se beneficiar de sua pratica por razões diversas. As pessoas podem correr por motivos que melhoram algum aspecto de sua vida, como por exemplo: parar de fumar, iniciar uma vida mais ativa na terceira idade, sair do sedentarismo, etc. A corrida de rua, por ser um exercício aeróbico pode favorecer a população de jovens, adultos e idosos, contribuindo para a prevenção de alterações de humor, a atenuação da depressão, da ansiedade e da agressividade, assim como repercuti no autoconceito e na autoimagem de modo positivo (RIBEIRO, 2014). 
O corpo humano produz através da corrida endorfinas evidenciando um estado de tranquilidade e de prazer, e os benefícios da corrida começam a se manifestar no corredor com uma maior disposição para suas atividades profissionais, aumento de auto estima e auto confiança (CASTRO, 2014).
A corrida pode ser realizada em qualquer lugar, de modo geral não necessita de equipamento específico e por não ser um esporte coletivo, não depende de outros para o sucesso da prática. Por ser uma modalidade de fácil aceso, qualquer pessoa saudável é capaz de praticá-la. Além disso, os exercícios aeróbios, incluindo a corrida, têm sido considerados como um importante componente de estilo de vida saudável. Esta opinião tem sido reforçada por novas evidências científicas vinculando o exercício aeróbio regular com uma série de benefícios tais como: diminuição na concentração de triglicerídeos (TG), lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e do colesterol total (CT) (KÜHN, 2018). 
Assim como qualquer outro esporte, a corrida possui as suas peculiaridades estas que, quando bem estudadas e analisadas, podem permitir que o atleta potencialize o seu desempenho e obtenha melhores índices, trazendo grandes benefícios não só a nível de coordenação motora, mas também no nível de fortalecimento muscular e ajuda na economia de esforço durante os treinos e competições (SILVESTRIN, 2018).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através desta pesquisa podemos concluir que o exercício físico pode ser todo o tipo de movimento executado em benefício das capacidades físicas e melhoria no rendimento do praticante. Sendo assim a prática da corrida de rua pode ser considerada um exercício físico que traz benefícios à saúde em diversos aspectos como físico e psicológicos. 
Ao iniciar a pratica de corrida de rua o praticante melhora no rendimento em suas rotinas diárias, saúde, perca de peso, melhora autoestima e prazer, controle de pressão arterial, resistência física, melhora na capacidade cardiovascular, condicionamento físico e como isso garante uma ótima qualidade de vida ao ser humano.
A corrida de rua é uma prática de livre acesso e de custo baixo podendo ser realizado ao ar livre como em parques, pistas de caminhadas, e pode ser realizada por qualquer indivíduo seja do sexo masculino ou feminino e de qualquer faixa etária, demonstrando assim que este esporte é extremamente benéfico.
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