Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Docente: Valéria Morgiana G. D. M. Lima Discentes: Alessandra de Souza Silva, Karen Stephane Penaforte Farias e Rayane Cibele da Silva Nascimento Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino ANATOMIA DO TRATO GENITAL FEMININO Órgãos genitais externos: ● São denominados em conjunto, de pudendo feminino ou vulva. ● Deste conjunto fazem parte: ❏ os lábios maior e menor; ❏ vestíbulo da vagina; ❏ bulbo do vestíbulo; ❏ óstio vaginal; ❏ glândula vestibular maior; ❏ glândulas vestibulares menores; ❏ clitóris; ❏ uretra feminina. Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 1 ANATOMIA DO TRATO GENITAL FEMININO Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 2 Órgãos genitais internos: ● Ovários: produzem os óvulos e hormônios como estrógeno e progesterona, os quais controlam o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e atuam sobre o útero nos mecanismos de implantação do óvulo fecundado e início do desenvolvimento do embrião. ● Tubas uterinas: transportam os óvulos que romperam a superfície do ovário para a cavidade do útero. A tua uterina está incluída na borda superior do ligamento largo do útero. ANATOMIA DO TRATO GENITAL FEMININO Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 3 Órgãos genitais internos: ● Útero: situa-se na pelve, é um órgão muscular, oco, com cerca de 8 cm de comprimento, 5 cm de largura e 3 cm de espessura. Envolvido pelo ligamento largo, tem em geral a forma de uma pêra invertida e nele se distinguem três partes: corpo, istmo e colo. Fundo Corpo Istmo Colo ANATOMIA DO TRATO GENITAL FEMININO Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 4 Órgãos genitais internos: ● Útero: na sua estrutura apresenta três camadas: ❏ Interna ou endométrio: que sofre modificações com a fase do início do ciclo menstrual ou na gravidez ❏ Média ou miométrio: composta por fibras musculares lisas e constituí a maior parte da parede uterina ❏ Externa ou perimétrio: derivada do peritônio e constituída por uma túnica serosa e pela tuba subserosa. ANATOMIA DO TRATO GENITAL FEMININO 5 Órgãos genitais internos: ● Útero: ❏ Parte interna: canal cervical ou endocérvice, que é revestido por uma camada única de células cilíndricas produtoras de muco, o epitélio colunar simples. ❏ A parte externa, é chamada de ectocérvice e é revestida por um tecido de várias camadas de células planas que é o epitélio escamoso e estratificado. ❏ Entre esses dois epitélios, encontra-se a JEC, que é uma linha que pode estar tanto na ectocérvice como na endocérvice, dependendo da situação hormonal da mulher. ❏ Na infância e no período pós-menopausa, geralmente, a JEC situa-se dentro do canal cervical. Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino HISTOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 6 Epitélio escamoso estratificado não queratinizado ● Reveste os pequenos lábios da vulva, a vagina e a parte externa do colo uterino. ● Pode ser esquematicamente dividido em três zonas: ❏ A zona basal do epitélio é composta por uma ou duas camadas de células basais, situadas sobre a lâmina basal. Estas células são esféricas e aparentam um diâmetro em torno de 15µm, com núcleos relativamente grandes cada um em torno de 8 a 10µm. As células da camada basal representam a principal área de atividade mitótica permitindo a renovação do epitélio a cada 4 dias em média. ❏ A zona intermediária do epitélio escamoso é constituída por várias camadas de células que apresentam volume progressivamente maior, à medida que se aproximam da superfície epitelial. Essas células medem entre 15 a 40µm de diâmetro e seus núcleos têm tamanho entre 8 a 10µm, os núcleos são de forma esférica e possuem cromatina finamente granular, o citoplasma é basófilo e contém glicogênio. HISTOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 7 Epitélio escamoso estratificado não queratinizado Composta por 3 a 6 camadas de células maiores, com diâmetros entre 50 e 60µm. Camada Superficial Nas camadas superficiais as junções que antes ligavam as células intermediárias, deixam de existir, explicando assim o porquê de as células superficiais descamarem de forma isolada. Estas células encontram-se na fase final da maturação do epitélio escamoso, nas camadas mais superficiais, os núcleos tornam-se condensados e seus diâmetros reduzem para 5 a 6µm. Epitélio escamoso estratificado não queratinizado, tal como se observa na vagina, na porção vaginal do colo uterino (endocérvice) e nos pequenos lábios internos. Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 8 Epitélio endocervical ● É composto por uma camada única de células colunares altas, as quais apresentam uma altura em torno de 30µm e um diâmetro entre 7 e 8µm. ● A regeneração deste epitélio geralmente ocorre a partir das pequenas, triangulares e intercaladas células basais. Em certas condições patológicas, as células basais do epitélio endocervical podem aumentar seu número e tornarem-se visíveis à microscopia de lua, essa condição é chamada de hiperplasia das células de reserva endocérvice. HISTOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Epitélio endocervical composto de células colunares altas de citoplasma claro e núcleos ocupando uma posição basal. Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 9 Junção escamocolunar ● É a área do colo na qual o epitélio do tipo endocervical encontra o epitélio estratificado escamoso.; ● O termo zona de transição foi introduzido pelos colposcopistas e indica fundamentalmente, a mesma região; ● Teoricamente a junção escamocolunar ou zona de transformação, deve estar localizada na região do orifício externo da cérvice; ● As jovens, o epitélio endocervical é habitualmente encontrado na superfície ectocervical. Com o passar do tempo, o ectrópio costuma sofrer uma metaplasia escamosa, sendo substituída por epitélio escamoso estratificado. HISTOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Junção entre o epitélio escamoso da ectocérvice e o epitélio endocervical (zona de transformação). Desenho esquemático da zona de transformação. Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 10 Células do epitélio estratificado escamoso ● São encontradas nos esfregaços citológicos, são divididas em três tipos: superficiais, intermediárias e parabasais. ● Células escamosas superficiais: aparecem na maioria das vezes de forma isolada e raramente em aglomerados. Mede diâmetro em torno de 40 a 60µm. o núcleo é muito denso e picnótico, possui diâmetro entre 5 e 7µm. ❖ As características clássicas das células escamosas superficiais são mais bem observadas durante a fase estrogênica do ciclo menstrual. ❖ No entanto, também pode haver células superficiais anucleadas ou escamas, o qual o núcleo está ausente devido a uma excessiva queratinização do citoplasma, tornando-se espesso e assume coloração amarelada ou alaranjada. CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Células escamosas superficiais. Notar o citoplasma acidofílico (eosinofílico) e os pequenos núcleos pcinóticos circundados por um halo estreito. Células escamosas anucleadas ou escamas. Observa-se o citoplasma amarelo e a ausência de núcleos. Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino Células do epitélio estratificado escamoso ❏ Células escamosas intermediárias: são menores que as superficiais, com diâmetro entre 30 e 40µm. Estas células descamam isoladamente ou na forma de lâminas ou aglomerados; ❖ O núcleo é aberto e possui forma redonda ou ovalada, com diâmetro entre 8 e 10µm; ❖ Durante a gravidez a quantidade de glicogênio torna-se muito grande e pode levar ao deslocamento do núcleo em direção a periferia da célula. Osdepósitos de glicogênio coram-se em amarelo quando é utilizado o método de Papanicolau; ❖ Esses núcleos ‘nus’ são observados, principalmente durante a fase pré-menstrual do ciclo e durante a gravidez. CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 11 Citólise. O campo mostra bastonetes de lactobacilos que digeriram o glicogênio citoplasmático de células intermediárias deixando o núcleo desprovidos de citoplasma. Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino Células do epitélio estratificado escamoso ❏ Células escamosas parabasais: medem cerca de 15 e 30µm de diâmetro, seus núcleos ocupam uma grande porção delas. ❖ Quando essas células descamam espontaneamente do epitélio escamoso, elas costumam fazê-lo de forma isolada, apresentando um formato ovalado ou esférico. ❖ Já quando elas são removidas forçadamente, seja com espátulas ou escovas, é possível observar o alongamento ou deformação do seu citoplasma, nesse caso, elas costumam formar lâminas ou agrupamentos, os quais são característicos das células metaplásicas parabasais que se originam na zona de transformação ou no canal endocervical; ❖ Os núcleos das células parabasais são abertos e vesiculares e costumam ser idênticos aos das células intermediárias, eles medem entre 8 e 10µm de diâmetro e contém cromatina finamente granular, na qual por vezes é possível identificar um diminuto nucléolo. CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 12 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino Células glandulares endocervicais ● O aspecto dessas células nos esfregaços ginecológicos é bastante variável e depende da forma que estão posicionadas. ● Quando vistas em seu maior eixo, elas surgem como células colunares medindo entre 20 e 30µm de comprimento e 8 e 10µm de diâmetro. ● A configuração das células endocervicais também depende da fase do ciclo menstrual. Durante o período estrogênico, o citoplasma é relativamente denso e cianofilico e o núcleo esférico. CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 13 Uma lâmina de células endocervicais. Células endocervicais. Nota-se o citoplasma claro e abundante e os núcleos abertos e vesiculares localizados nas bases das células Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino Células glandulares endometriais ● O endométrio dá origem a dois tipos de células: as colunares ou cubóides, provenientes da superfície e das glândulas endometriais, e as células pequenas, oriundas do estroma endometrial; ● Durante o fluxo sanguíneo menstrual, as células endometriais podem surgir de forma isolada ou em grandes agrupamentos ou lâminas, de tamanhos variáveis, sendo habitualmente acompanhadas por eritrócitos e células inflamatórias; ● Nesses agrupamentos, as células epiteliais costumam ocupar uma posição periférica circundadas por células menores do estroma endometrial, as quais formam o núcleo denso do agrupamento. CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 14 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino Células glandulares endometriais ● As células epiteliais, posicionadas perifericamente, possuem um formato cubóide ou cilíndrico e seu citoplasma costuma ser vacuolizado. ❖ Núcleos: pequenos, porém podem conter diminutos nucléolos. ❖ Pequenas células estromais: são reconhecidas quando fazem parte de agrupamento. Seus núcleos são bastante compactos e o citoplasma é quase invisível. Quando as células endometriais estão presentes de modo isolado ou em pequenos agrupamentos, sua natureza nem sempre é tão evidente. As células epiteliais são pequenas (maior diâmetro entre 10 e 15um), de formato ovalado, cubóide ou, mais raramente, cilíndrico, apresentam núcleo esférico e seu citoplasma cianofílico apresenta vacuolização fina ou grosseira. Os limites citoplasmáticos podem ser irregulares. ❖ Por vezes, a fase do período menstrual ajuda no seu reconhecimento, uma vez que tais células são mais comuns durante os 10 primeiros dias do ciclo. CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 15 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino Células glandulares endometriais ● Em geral não é possível identificar as células estromais, exceto quando estão presentes nos agrupamentos ou durante o "êxodo"; ● O êxodo serve para eliminar os detritos das células endometriais no final do período de sangramento menstrual; ● Os macrófagos são células estromais do endométrio modificadas, as quais adquirem propriedades fagocíticas; ● As células epiteliais, obtidas por meio de aspiração ou raspagem direta do endométrio, apresentam um grau de conservação muito maior do que aquelas encontradas nos esfregaços cérvico-vaginais; ● A aspiração endometrial também pode produzir fragmentos de endométrio nos quais podem ser visíveis os lúmens das glândulas e, por vezes, células epiteliais arranjadas em forma de roseta. CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 16 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 17 Células glandulares endometriais ● Fase proliferativa: durante a fase proliferativa, as células epiteliais do endométrio, que apresentam formato cilíndrico ou cubóide, podem estar arranjadas em paliçadas ou como favos de mel, semelhante ao observado com as células endocervicais, ou podem surgir de forma isolada; ❖ Os núcleos dessas células apresentam cromatina finamente granulada.; ❖ Algumas células endometriais podem apresentar cílios em sua superfície; ❖ Ocasionalmente encontram-se células glandulares colunares aplainadas entre duas células adjacentes; tais células possuem um núcleo denso e são chamadas de células intercaladas. Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO 18 Células glandulares endometriais ● Fase secretora: as células glandulares endometriais aumentam de tamanho, passam a apresentar núcleos maiores e acumulam depósitos de glicogênio no interior de vacúolos citoplasmáticos; ❖ As células estromais podem aumentar de tamanho quando seu citoplasma passa a conter grandes quantidades de glicogênio, sendo às vezes reconhecidas como células deciduais; ❖ Nos aspirados endometriais, contendo muitas e bem fixadas células, é possível algumas vezes definir se a paciente se encontra na fase proliferativa ou secretora de seu ciclo menstrual; CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino 19 Células glandulares endometriais ● Endométrio pós-menopausa: nos esfregaços cérvico-vaginais de mulheres menopausadas é possível encontrar células endometriais quando elas apresentam hiperplasias ou carcinomas de endométrio ou durante o tratamento com estrogênios. ❖ As amostras aspiradas costumam ser pobres em elementos celulares e as poucas células glandulares são pequenas, com núcleo arredondado e circundado por uma faixa estreita de citoplasma. ❖ As células estromais são pequenas e raras. Tais esfregaços costumam conter macrófagos nucleados. Quando um aspirado endometrial, obtido de uma mulher menopausada, é rico em células, deve-se considerar a hipótese de existir uma hiperplasia ou um carcinoma. Fonte: Atlas de citopatologia ginecológica 20 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Células de reserva ● Elas são células pequenas, menores que as células parabasais, com elevada relação nucleocitoplasmática, exibindo citoplasma escasso, delicado, finamente vacuolizado, com limites mal definidos. ● Os núcleos são redondos ou ovais, centrais, com cromatina finamente granular ocasionalmente com cromocentros, fendas e, às vezes, pequeno nucléolo. ● Essas células se mostram isoladas ou dispostas em pequenos conjuntos, às vezes ligadas às células endocervicais, podendo se associar também às células metaplásicas imaturas. ●São raramente vistas em esfregaços e quando isoladas são indistinguíveis de histiócitos e células do estroma endometrial superficial. 21 CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Células de reserva ● A metaplasia escamosa é um evento fisiológico adaptativo que ocorre após a eversão do epitélio endocervical pela ação hormonal. O processo se inicia com as células de reserva subcilíndricas, que são pequenas, indiferenciadas e têm potencial de se diferenciarem em células glandulares endocervicais ou escamosas. ● Quando estimuladas pelo pH vaginal ácido, as células de reserva proliferam em múltiplas camadas (hiperplasia das células de reserva), representando a primeira etapa do processo de metaplasia escamosa. ● A seguir, as células de reserva adquirem características escamosas, constituindo a chamada metaplasia imatura. ● Nesse ponto as células metaplásicas começam a se estratificar e a desenvolver uma camada basal bem definida, representando a última etapa do processo, a metaplasia madura. 22 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Células em metaplasia escamosa ● As células provenientes das regiões de metaplasia escamosa costumam ter um tamanho semelhante ao das células parabasais. Além disso, estas células podem estar isoladas ou então formarem lâminas planas ou agrupamentos; ● Elas possuem um formato diferente das demais células parabasais, e geralmente são poligonais, com partes de seus citoplasmas estiradas na forma de projeções pontiagudas; ● Habitualmente as células metaplásicas apresentam limites bem demarcados e com citoplasma denso e cianofílico onde se encontram pequenos vacúolos. 23 Células parabasais metaplásicas. Notar o formato bizarro, o citoplasma basofílico e os núcleos esféricos. Pequenos vacúolos citoplasmáticos são eventualmente observados. Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Células em metaplasia escamosa ● Os vacúolos correspondem a presença de muco, o qual caracteriza células oriundas do epitélio endocervical. A presença de muco diferencia as células metaplásicas das células parabasais; ● As células metaplásicas possuem menos glicogênio do que aquelas que compõem o epitélio escamoso maduro; ● Seus núcleos de formato esférico ou oval, medem cerca de 8 e 10mm de diâmetro e costumam estar situados no centro da célula; ● Nas lâminas planas, as células escamosas metaplásicas podem apresentar formas irregulares e uma distribuição em mosaico, nos quais cada célula se ajusta aos contornos de suas vizinhas; ● E por vezes, essas células estão acompanhadas de células endocervicais colunares. 24 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Macrófagos (histiócitos) ● São células fagocíticas móveis de tamanhos e formas variáveis; ● Eles têm origem dos monócitos da medula óssea, que quando transformados em macrófagos são capazes de ingerir fragmentos de material estranho, principalmente bactérias e detritos celulares; ● O aspecto dos macrófagos nos esfregaços é variável, geralmente apresentam uma célula com diâmetro em torno de 10 a 20µm com núcleo único e reniforme, circundado por citoplasma basofilico de bordas imprecisas. 25 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Leucócitos ou glóbulos brancos ● São produzidos na medula óssea, possuem diâmetro variável entre 8 e 10µm e são representados por leucócitos polimorfonucleares e linfócitos. ● Em um esfregaço normal, poucos leucócitos são observados e geralmente estão localizados no interior do muco cervical. Plasmócitos ● São raros em esfregaços normais, se caracterizam por um núcleo excêntrico, cuja cromatina apresenta a clássica distribuição em “roda de carroça” 26 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino CITOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO Hemácias ou eritrócitos ● Tem forma de disco bicôncavo; ● São anucleados e contém grande quantidade de hemoglobina; ● Possui em média 7,5µm de diâmetro com 2,6µm de espessura próximo a sua borda e 0,8µm no centro; ● A presença de filamentos de fibrina, hemoglobina lisada ou homossiderina, indica um episódio anterior de sangramento, que pode ser um indicativo para busca de um carcinoma de endométrio. 27 Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino COMO É FEITO O EXAME? ● Uma vez que o objetivo é a coleta de material, é introduzido o espéculo (“bico de pato”) na vagina. Ele, por sua vez, permite a visualização do interior da vagina e do colo do útero. ● Uma vez introduzido, o médico realizará a inspeção visual local. Em seguida, ele provocará uma pequena escamação das paredes do colo uterino, com o auxílio de uma espátula de madeira e uma escovinha. 28 https://newslab.com.br/analogias-em-medicina-bico-de-pato/ O ideal é que o exame seja realizado pelo menos cinco dias após o término da menstruação. Para grávidas, “há recomendações conflitantes quanto à coleta de material endocervical em grávidas. Apesar de não haver evidências de que a coleta de espécime endocervical aumente o risco sobre a gestação outras fontes recomendam evitá-lo. Durante o período menstrual, adicionar gotas de ácido acético a 2% à solução fixadora, no intuito de melhorar a qualidade da amostra. Ainda assim, a presença de sangue pode alterar o resultado. RECOMENDAÇÕES PARA O EXAME Não ter relações sexuais, mesmo com camisinha, nos dois dias anteriores ao exame. Não realizar exame ginecológico com toque, ultrassonografia transvaginal e/ou ressonância magnética da pelve. Evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à realização do exame. Para mulheres com mais de 64 anos de idade e que nunca realizaram o exame citopatológico, é necessário realizar dois exames com intervalo de 1-3 anos. Se os dois exames forem negativos, exames adicionais podem ser dispensados. Mulheres virgens também podem se submeter ao exame, caso em que a coleta do material será feita por meio da utilização de espéculo próprio para esse tipo de caso. 29 https://medicoresponde.com.br/mulher-virgem-pode-fazer-o-preventivo/ https://medicoresponde.com.br/mulher-virgem-pode-fazer-o-preventivo/ Características anatômicas, histológicas e citológicas do colo uterino REFERÊNCIAS ARAÚJO, S. R.; Citologia e histopatologia básica do colo uterino para ginecologistas. Curitiba: VP Editora, 1999. DANGELO, J, G.; FATTINI, C, A.;. Anatomia humana: sistêmica e segmentar. 3. ed. São paulo: Atheneu, 2007. Pág. 189-193. JUNQUEIRA, L C; CARNEIRO, J.;. Histologia básica: texto e atlas. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 437-438 p. ISBN 978-85-277-2311-4. LIMA, D. N. O.; Técnico em citopatologia: Atlas de citopatologia ginecológica. 1. ed. Brasília-DF: CEPESC, 2012. SELLORS, J. W.; SANKARANARAYANAN, R.; Colposcopia e tratamento da neoplasia intra-epitelial cervical: manual para principiantes. Cap. 1, Washington, D.C.: OPAS, 2004. SIQUEIRA, G. S.; et al. Citopatologia como prevenção do câncer do colo uterino. Cadernos de Graduação - Ciências biológicas e da saúde Unit, Aracaju, v. 2, n.1, p. 37-49, Março, 2014. REFERENCIA CASO PRECISE TEM UMAS COISAS LEGAIS: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/tecnico_citopatologia_caderno_referencia_1.pdf Introdução à Citopatologia Ginecológico com correlações histológicas e clínicas 30 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/tecnico_citopatologia_caderno_referencia_1.pdf OBRIGADA!
Compartilhar