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Obstetrícia, Miguel, 24/06/19 Bolsa Rota É a rotura prematura de membranas ou amniorrexe prematura (SEM RELAÇÃO COM PREMATURIDADE). Pode estar acompanhada ou não de infecção. Quadro clínico: na maioria dos casos paciente chega com queixa de saída de líquido e ao exame especular verifica-se que está vazando líquido amniótico. No exame físico a altura uterina estará diminuída. Quando há a queixa de vazamento de líquido, mas nada se verifica no exame especular, exame físico (mesmo comprimindo o fundo uterino) há exames laboratoriais. O pH vaginal é de 4,5 mais ou menos, o pH do líquido amniótico é de 7 ou 7,5. Quando ele escorre, ele muda o pH vaginal que estará mais básico. Também pode-se colher o muco cervical (teste de cristalização/teste de samambaia) que, ao ser colocado entre lâmina e lamínula, se positivo, cristaliza, forma como uma folha de samambaia. ILA (índice de líquido amniótico) observa-se no ultrassom. O valor de referencia é 8 a 18cm, acima é polidrâmnio, abaixo é oligodrâmnio, que pode ser pela bolsa rota. Corrimento ou secreção fétida pode apresentar uma bactéria. Uma das principais causas de rotura de bolsa é a infecção ascendente da vagina, que enfraquece a tensão das bolsas; aumento de pressão na cavidade (como a gemelaridade ou polidrâmnio) e algumas cirurgias que enfraquecem o colo, predispondo uma protusão da bolsa e sua rotura. Indica-se cerclagem de 12 até 20 semanas, para não correr o risco de suturar a bolsa também, caso ela esteja protusa no canal endovaginal. Causas para bolsa rota: · Cerclagem · Conização: quando se faz um procedimento cirúrgico que retira um pedaço do colo, como um CA, por exemplo, deixando-o mais fraco. · Infecção ascendente vaginal · Gemelaridade Paciente com dor em hipogástrico, secreção purulenta vaginal e curva térmica: sepssemia fetal, sinais tardios de infecção. Diagnostico laboratorial: hemograma seriado para verificar se aumenta leucocitose ou desvio a esquerda, VHS alterado (>10mm) e PCR (</= 2mg/%). Esses exames são feitos antes dos sinais tardios de infecção, obtendo bom prognóstico. Ultrassom com doppler para verificar se o feto está reativo (provocando um estímulo fetal, como aumentar a FC por um barulho externo alto, cardiotopografia). O feto não reativo pode estar infectado e em sofrimento fetal. Um sinal, também, é a diminuição dos movimentos respiratórios. Conduta: Se não tem infecção: · Gestação >35 semanas: aguarda 24h pra trabalho de parto espontâneo, se não entrar o parto deve ser estimulado (ocitocina ou misoprostol). Se não resolver, faz-se cesárea · Gestação <34 semanas, feto viável: hiperhidratação (4 a 5l de ringer simples) que não pode ser feita antes de um ECG ou ECO, para verificar função cardíaca e também um exame para função renal. Ao hiperhidratar a paciente, o intenso fluxo banhando o feto impede proliferação bacteriana ascendente e estimula o feto a produzir cortisol, incentivando a maturação pulmonar. O ruim dessa conduta é que a paciente é mantida internada de 4 a 8 semanas, pela tentativa de prolongar a gestação. COM INFECÇÃO: interrompe gestação independente da idade da gestação. Dá corticoide para a gestante.
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