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Estudo de Caso Leandra

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FACULDADE CARAJÁS
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
LEANDRA DA SILVA BRITO
LESÃO POR PRESSÃO EM REGIÃO TROCANTÉRICA: Um estudo de caso
MARABÁ-PA
 2021
LEANDRA DA SILVA BRITO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR
Estudo de caso apresentado à Faculdade Carajás como requisito para obtenção de nota no Estágio Supervisionado I.
Preceptora: LUZINETE FERREIRA
MARABÁ-PA
 2021
 				AGRADECIMENTOS
Primeiramente à Deus, pelas bençãos e oportunidade de estar terminando uma faculdade, pelos ensinamentos e por tudo que tens me proporcionado.
Aos meus familiares, em especial o meu pai Manuel Lucivaldo e minha tia Ana Lúcia que em meio as dificuldades e a distância, sempre me apoiaram e me incentivaram. Obrigada por toda educação e formação como pessoa.
Aos companheiros de estágio, especialmente o G4, Larissa, Max, Evily, Emelly, Melissa e aos profissionais da unidade pelo companheirismo, humildade e acolhimento durante esse período. 
À Faculdade Carajás e a coordenação do curso de enfermagem por todo apoio aos estagiários e formação como futuros profissionais qualificados.
Por fim e de grande importância, à supervisora de estágio Luzinete Ferreira pelo profissionalismo, amizade, ensinamentos, paciência e dedicação aos alunos. E aos pacientes por dar a oportunidade aos estagiários de exercer as práticas de enfermagem.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 								 05
2 REFERENCIAL TEÓRICO						 06
3 METODOLOGIA								 10
4 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS							 16
REFERÊNCIAS									 17
ANEXOS										 18
1 INTRODUÇÃO
O estudo de caso pode ser utilizado afim de contribuir para o conhecimento das pessoas, seja de forma individual ou grupal. É um método de pesquisa que possui características próprias, objetiva descrever, explorar e explicar determinadas situações e eventos. O pesquisador precisa identificar as limitações e os pontos fortes do estudo (ANDRADE et al., 2017).
No entanto, o enfermeiro precisa organizar seus pensamentos críticos e tomadas de decisões. Para isso, foi criada a SAE que significa Sistematização da Assistência de Enfermagem. Esse método é aplicado com base no conhecimento técnico-científico para exercer as práticas assistenciais garantindo cuidados necessários e prevenção de agravos.
A SAE avalia a saúde do indivíduo e da comunidade holisticamente, está regulamentada pela lei do exercício profissional n° 7489 de 25 de junho de 1986. Dessa forma, o profissional desencadeia assistência segura e possibilita a valorização e reconhecimento da enfermagem pelos usuários (OLIVEIRA, 2018).
Somado a isso, a pesquisa elaborada constitui um estudo descritivo e exploratório de abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada pela acadêmica do 8° período de enfermagem, Leandra da Silva Brito no bairro Nova Marabá na cidade de Marabá interior do estado do Pará, na residência de uma paciente portadora de lesão por pressão que se encontra acamada. 
Sendo assim, o objetivo geral desse estudo é elaborar coleta de dados de uma paciente com LPP a domicílio e desenvolver a Sistematização da Assistência de Enfermagem. Os objetivos específicos: identificar os problemas relacionados e avaliar o estado de saúde geral da paciente, prestar assistência e investigar os possíveis tratamentos realizados.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 A pele
A pele é o revestimento do organismo que isola os componentes orgânicos do meio externo. Composta por três camadas essenciais, como a epiderme, derme e hipoderme. Representa mais de 15% do peso corpóreo e apresenta em sua composição, pelos, glândulas sudoríparas, sebáceas, terminações nervosas entre outras (Sampaio, Rivitti, 2015).
2.2 Lesão Por Pressão
Conhecida anteriormente como úlcera por pressão ou escara, a lesão por pressão se refere a danos na pele e tecidos subjacentes que geralmente ocorre sobre proeminência óssea resultante de pressão prolongada, está relacionada também a dispositivos médicos (sonda, cateteres e outros). Esse problema acomete principalmente pacientes acamados, seja em internação hospitalar ou domicílio, provoca consequências negativas como dor, prolonga o tempo de internação e dificulta a recuperação da saúde do paciente. É muito evidente o uso da escala de braden quando o paciente possui riscos para esse problema (RABEH, 2020). 
2.2.1 Formação da lesão por pressão
Quando não se avalia a pele do paciente a fim de se atentar as pressões, ocorre comprimento de vasos sanguíneos e a pele acaba ficando sem oxigênio e nutrientes, os tecidos morrem e consequentemente a lesão se forma. É importante lembrar, que a vermelhidão na pele íntegra pode indicar o desenvolvimento da lesão.
2.2.2 Fatores de risco
De acordo com o Guia para Prevenção de Lesão Por Pressão da USP (2020), existem vários fatores, como a imobilidade da pessoa acamada e em cadeira de rodas, o estado nutricional, alterações do nível de consciência, período prolongado de internação, comorbidades (diabetes e doenças vasculares), tabagismo, idade, umidade (perda do controle de micção e evacuação). A maior parte das lesões se formam na região sacral, no trocanter e maléolo.
2.2.3 Classificação
A LPP pode ser classificada em estágio I, II, III e IV. São eles:
IMAGEM 1: ESTÁGIO I: Pele íntegra com eritema que não embranquece.
Fonte: DOENÇAS CRÔNICAS (2020)
IMAGEM 2: ESTÁGIO II: Perda da pele em sua espessura parcial com exposição da derme.
Fonte: Doenças Crônicas (2020)
IMAGEM 3: ESTÁGIO III: Perda da pele em sua espessura total, a camada de lipídio, tecido de granulação e esfacelo podem estar presentes.
Fonte: Doenças Crônicas (2020)
IMAGEM 4: ESTÁGIO IV: Perda da pele em sua espessura total e tissular com exposição de músculo, tendão, ligamento e osso. A profundidade varia conforme a localização anatômica. Escara e esfacelo presente.
Fonte: Doenças Crônicas (2020)
2.2.4 Manifestações Clínicas
Segundo o Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2017), O paciente apresenta lesão podendo ocasionar infecção leve, moderada ou grave com presença de calor, eritema, edema, secreção purulenta e presença de odor fétido, tecido necrótico e granulação, além de febre, dor e sangramento. 
	2.2.5 Tratamento
Para um excelente tratamento, é importante observar e avaliar a lesão para poder classifica-la. Avaliar o aspecto, localização, o tamanho, profundidade, presença de exsudato. Realizar mensuração e registro em fotos com a autorização do paciente ou familiar para verificar a evolução da ferida, se informar sobre o tempo de existência, se atentar a sinais de inflamações entre outros (HEMORIO, 2020).
Deve-se manter o ambiente úmido, manter hidratação, nutrição adequada, tratar a dor, permitir troca gasosa, proteger a ferida contra agressão externa, remover o excesso de humidade. Além disso, precisa realizar higiene adequada por meio de curativos todos os dias com as devidas coberturas necessárias a cada situação. Se atentar a mudança de decúbito de 2 em 2 horas e prevenção de agravos, podendo ser utilizado travesseiros, coxins, colchão de casca de ovo, entre outros para reduzir a pressão a fim de evitar comprimir os locais com proeminência óssea (HEMORIO, 2020).
Em alguns casos, realiza-se o desbridamento, que consiste em remover tecidos necrosados e desvitalizados que prejudicam o processo de cicatrização. Principais tipos de desbridamento: enzimático: colagenase, papaína, autolítico: hidrogel, mecânico: traumático, cirúrgico: remoção de tecidos em centro cirúrgico e biológico: utilização de larvas ( HEMORIO, 2020).
2.2.6 Prognóstico médico
Embora a cura requeira semanas, o prognóstico nas fases iniciais das LPP é excelente com o tratamento adequado. Após 6 meses de tratamento, desaparecem 70% no estágio II, 50% no estágio III e 30% no estágio IV. Elas se desenvolvem em pacientes que apresentam distúrbios significativos que prejudicam a cicatrização de feridas(diabetes, doença arterial periférica, desnutrição). É necessário melhorar o tratamento para que o resultado não seja a longo prazo (MANUAL MSD, 2021).
3 METODOLOGIA
Este trabalho se refere a um estude de caso, descritivo e exploratório de abordagem qualitativa. Realizado na folha 13 em Nova Marabá, prox. Ao Centro de Saúde Hiroshi Matsuda, na residência de uma paciente que se encontra acamada.
Os dados foram coletados a partir de uma entrevista com a cuidadora da paciente cuja é sua nora, com a intenção de obter informações necessárias e um melhor direcionamento ao tema deste estudo. Também participou da entrevista o filho mais velho da paciente para auxiliar nas respostas que foram obtidas. Não foi possível ter acesso ao prontuário da paciente. Assim, o estudo tornou-se limitado.
Em relação a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que se trata das diretrizes e normas que regulamentam as pesquisas que envolvem seres humanos (HELENA, 2007), foram respeitados seus princípios durante as visitas ao domicílio, os aspectos éticos e legais.
4 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
A Sistematização da Assistência de Enfermagem ou Processo de Enfermagem é uma tecnologia do cuidado que visa orientar a sequência do raciocínio clínico do profissional e a melhora da qualidade de saúde. É importante compreender que isso necessita de uma mudança cultural e que demarca o papel do enfermeiro viabilizando empregar seus saberes técnico-científico. Para isso, existem as fases da SAE, sendo elas: HISTÓRICO DE ENFERMAGEM, DIAGNÓSTICO, PLANEJAMENTO, IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO (OLIVEIRA, 2018). 
Histórico de enfermagem
Compreende a fase de coleta de dados, conhecer o histórico do paciente, exame físico, entrevista, informações que podem ser obtidas diretamente com o paciente ou familiares para identificar os problemas do paciente e se haverá algum impedimento em procedimentos a serem realizados (CEEN, 2020).
	
Identificação da paciente
NOME: Maria de Jesus Pereira
DATA DE NASCIMENTO: 24/12/1929
IDADE: 91 Anos
SEXO: Feminino
ESTADO CIVIL: Solteira
PROFISSÃO: Desempregada
NATURALIDADE: Santana do Cariri/Ce
QUEIXA PRINCIPAL: “Dor nos quadris e dificuldade para evacuar”
Historia da Doença Atual
Paciente apresenta Lesão Por Pressão a +/- 1 ano e meio, que iniciou com vermelhidão e que foi se agravando devido a falta de mobilidade e a idade avançada. Foi observado que ela sente fortes dores quando deita em decúbito lateral, pois a lesão se encontra nessas regiões, a ferida apresenta estágio III, com tecido de granulação, fibrina e secretiva. A dor se agrava conforme a movimentação e melhora quando deita-se em decúbito dorsal ou ventral. A paciente foi internada recentemente e recebeu tratamento para a lesão, febre e perda de peso. 
História da Patologia Pregressa
	A cuidadora relata que a paciente não possui hipertensão, diabetes, nunca usou drogas, bebidas alcóolicas. Foi hospitalizada a +/- 1 ano com COVID-19, usou sonda nasoenteral para viabilizar a alimentação. Faz uso de omeprazol 20mg, itraconazol 100mg e colagenase 30g e que recentemente houve aparecimento de bolhas em sua pele.
	Hábitos de vida
	Paciente reside em casa de alvenaria sendo de quatro cômodos com o filho mais velho e sua nora, a casa possui rede de água (COSAMPA), esgoto e energia elétrica. É solteira com 11 filhos, analfabeta. Segundo informações colhidas, a paciente alimenta-se com auxílio mais de 3 vezes ao dia. As comidas são batidas no liquidificador (arroz, feijão, carne), ingere mingau de aveia e mucilon. Não pratica exercícios físicos, não deambula, dorme a noite toda com travesseiro entre as pernas para melhorar a posição, não costuma manter mudança de decúbito de 2 em 2 horas. Seus curativos são realizados 1 vez ao dia após o banho. Cuidadora relata banho de 1 a 2 vezes por dia.
	Exame Físico
No exame físico, é realizado investigações do corpo do paciente para determinar seu estado de saúde. Costuma ser realizado de forma céfalo podálico de todos os sistemas do organismo incluindo peso, altura e sinais vitais (MACONEQUI, 2021).
	A paciente em estudo, encontra-se COTE, verbalizando algumas frases de difícil entendimento. Couro cabeludo íntegro e limpo, abertura ocular espontânea, pupilas isocóricas, mucosas normocoradas, sem desvio de septo nasal, boca pouco higienizada, apresenta ausência de glânglios infartados. Tórax simétrico com boa expansibilidade, murmúrios vesiculares presentes. Bulhas cardíacas rítmicas e nomofonéticas em 2 T. Abdome flácido, plano, com ruídos hidroaéreos presentes, MMII edemaciados, aceita dieta oferecida, evacuações a cada 4 dias e diurese presente.
	Diagnóstico de enfermagem
	 Nessa etapa, são reunidas todas as informações do paciente e interpretações que precisam ser baseadas em literaturas específicas com dados científicos, o profissional necessita saber realizar pensamento crítico sobre a situação, a causa mais provável da queixa, os problemas e condutas indicadas, para possivelmente pensar sobre os cuidados que o indivíduo deve receber (CEEN, 2020)
	A partir dos dados da paciente, definiu-se os seguintes diagnósticos de enfermagem:
1- Integridade da pele prejudicada, relacionada a imobilidade, as feridas já existentes e a idade;
2- Dor crônica relacionada a lesão;
3- Constipação, relacionada a fraqueza de músculos abdominais;
4- Volume de líquidos excessivos, relacionado ao edema.
INTERVENÇÕES, JUSTIFICATIVAS E RESULTADOS ESPERADOS
	INTERVENÇÃO
	JUSTIFICATIVA
	RESULTADOS ESPERADOS
	1- Realizar Curativos (assepsia, aplicar coberturas necessárias como AGE e colagenase) 
	Promover a recuperação tecidual.
	Evitar infecções e desenvolver a cicatrização com excelência em curto prazo.
	2- Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas.
	Diminuir o tempo de atrito da pele sobre a superfície.
	Melhorar e prevenir lesões.
	3- Manter lençóis esticados e sem dobras, evitar deixar objetos próximos a paciente.
	Evitar traumas no tecido cutâneo
	Prevenir o desenvolvimento de novas feridas.
	4- Controle da dor: observar pistas não verbais de desconforto, verificar o que melhora ou piora.
	Alívio de dor ou redução da dor até o nível de conforto do paciente.
	Amenizar desconforto e estresse.
	5- Administrar medicamentos prescritos
	Possibilitar tratamento adequado
	Evolução de melhora do quadro.
	6- Orientar hidratação
	Evitar ressecamento da pele
	Eliminar fator de risco para lesão.
	7- Controlar a Nutrição, orientar a ingestão de frutas laxantes como mamão e dieta rica em fibras.
	Melhorar função intestinal
	Evitar e melhorar constipações
	8- Controle de hipervolemia
	Reduzir volume extra e intracelular
	Prevenir complicações
	9- Elevar os membros inferiores
	Drenagem de edema
	Diminuir os inchaços
Evolução de enfermagem
A evolução de enfermagem está relacionada a etapa de avaliação do paciente, determina se os serviços prestados e as condutas tem alcançado os resultados que foram previsto (CEEN, 2020). 
Evolução de enfermagem realizada em 11/ 06/ 2021
Paciente M.J.P, 91 anos, solteira, acamada em domicílio, há 1 ano e 2 meses ficou submetida 15 dias de internação hospitalar por COVID-19, admitindo-se ao HMM em 12/04/20 com alta no dia 27/04/2020, COTE, verbalizando com dificuldade, gemente e estressada. Apresenta-se couro cabeludo íntegro, pele e mucosas normocoradas, flácidas e com perda de elasticidade, sem presença gânglios infartados, tórax simétrico com MV+. Bulhas normofonéticas em 2t, abdômen plano com RHA +. Lesão Por Pressão em regiões de trocantes direito e esquerdo medindo aproximadamente 7cm cada com tecido de granulação e esfacelo e leve profundidade, realizado curativo oclusivo com AGE e colagenase, edema em MMII. Aceita dieta oferecida por V.O, diurese presente e evacuações ausentes. Paciente até o presente momento faz uso de medicamentos prescritos como omeprazol, itraconazol e colagenase. Segue aos cuidados de enfermagem em período de visita domiciar e de sua cuidadora--------------------------------------------------------------------------------------------.PA: 100X80 mmHg FC: 70 Bpm	FR: 20 irpm	 T: 36,6 °C
							Leandra da Silva Brito
							Acadêmica de enfermagem
							Faculdade Carajás
Prognóstico de enfermagem
Observou-se que a paciente possui baixa probabilidade de melhora e que esta será em um tempo prolongado devido a idade avançada, a dependência de terceiros para as atividades diárias.							
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo demonstrou elevada incidência de LPP em pacientes acamados durante as visitas domiciliares. É um dos grandes problemas de saúde pública que seja consequências negativas, como no caso em questão, dependência de terceiros até mesmo para atividades mais simples e desconfortos. Nesse sentido, a SAE proporciona o cuidado necessário a esse paciente e direciona a família a se adaptar ao caso e agir de forma humanizada.
Portanto, o presente estudo foi de grande relevância para acrescentar conhecimentos em diversos aspectos a certa da LPP, ao atendimento, a interação com a família, a importância de avaliar com paciência e clareza os pacientes de cada domicílio, pois a avaliação em saúde promove a prevenção de doenças e obtém cuidados precoces. 
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Selma Regina et al. o estudo de caso como método de pesquisa em enfermagem: uma revisão integrativa. Https://doi.org/10.1590/0104-07072017005360016 , Texto Contexto Enferm, 2017.
Oliveira MR, Almeida PC, Moreira TMM, Torres RAM. Sistematização da assistência de enfermagem: percepção e conhecimento da enfermagem Brasileira. Rev Bras Enferm. 2019;72(6):1547-53. doi: http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2018-0606.
SAMPAIO, Evandro A; RIVITTI, Sebastião. Anatomia e Fisiologia: Manual de de Dermatologia Clínica. 1°. ed. [S. l.: s. n.], 2014. 746 p. v. 1.
RABH, Soraia A; CALIRI, Maria Helena; AGUIAR, Júlia Maria. Guia para prevenção da Lesão Por Pressão: Orientações para pacientes adultos e familiares. [S. l.]: Feridas Crônicas, Fevereiro 2020.
LOBATO, Caroline. TeleCondutas: Lesão Por Pressão. Telessaúde, Porto Alegre, 2015.
ANEXOS
Obs: Não foi possível ter acesso ao prontuário da paciente e a cuidadora não soube relatar exames, e procedimentos realizados anteriormente.
OMEPRAZOL 
Apresentação
Uso oral, adulo e pediátrico. Cápsula Dura de Liberação Retardada 20 mg, embalagem com 28 e 56 cápsulas.
Propriedade
Apresenta propriedade anti-inflamatória e em sua composição: manitol, sacarose, fosfato de sódio, carbonato de cálcio, álcool cetílico, dióxido de titânio. 
Indicações 
Indicado para prevenir Ulceras gástricas, tratar certas condições em que ocorra muita produção de ácido no estômago. É usado para tratar úlceras gástricas (estômago) e duodenais (intestino) e refluxo gastroesofágico (quando o suco gástrico do estômago volta para o esôfago). 
Muitas vezes o omeprazol é usado também na combinação com outros antibióticos para tratar as úlceras associadas às infecções causadas pela bactéria Helycobacter pylori.. Também é utilizado para condição que causa acidez, azia, arrotos ou indigestão. Pode ser usado também para evitar sangramento do trato gastrintestinal superior em pacientes seriamente doentes. 
Contra indicações
O omeprazol não deve ser usado em pessoas com hipersensibilidade conhecida ao omeprazol ou a qualquer componente de sua formulação.
Reações adversas
Dor no estômago, pernas ou no peito; bolha ou sangramento labial; urina escura ou com sangue; calafrios, feridas ou úlceras na boca, queimação ou dor ao urinar; febre; dor generalizada, desconforto ou fraqueza, perda de apetite, alergias entre outros.
Interações 
O uso de omeprazol com alguns tipos de medicamentos não é recomendado, mas poderá ser necessário. Nestes casos, o médico poderá alterar a dose e a frequência dos medicamentos: atazanavir, clorazepato, delavirdine, metotrexato. Muitos medicamentos não devem ser utilizados junto com a alimentação ou com certos tipos de alimentos, pois podem ocorrer algumas alterações. A utilização de álcool e tabaco também pode causar interações.
Cuidados de enfermagem
Atentar para a forma de apresentação, a dosagem e a via de administração prescritas pelo médico. Atentar para sinais e sintomas dos efeitos colaterais.
ITRACONAZOL
Apresentação
Cápsula dura 100 mg, embalagens com 4, 10 ou 15 cápsulas e embalagem hospitalar com 450 ou 500 cápsulas. Uso adulto.
Propriedade
Antifúngico, inibe a formação de componentes da membrana celular os fungos. Possui sacarose, hipromelose, corante azul brilhante FCF, corante vermelho DC 33, metilparabeno, gelatina e água purificada.
Indicações
Este medicamento é indicado para o candidíase vulvovaginal, apresenta Indicações dermatológicas, mucosas e oftalmológicas e para micoses sistêmicas e tropicais de incidência rara.
Contraindicações
Se for alérgico a qualquer componente do medicamento, grávidas, e aos pacientes com insuficiência cardíada.
Reações adversas
Tremor, insuficiência cardíaca, pancreatite, dispineia, edema entre outras.
Interação
O itraconazol é metabolizado principalmente pela CYP3A4. Outras substâncias que compartilham desta via metabólica ou que modificam a atividade da CYP3A4 podem influenciar a farmacocinética do itraconazol A coadministração de itraconazol com indutores moderados ou potentes da CYP3A4 pode diminuir a biodisponibilidade do itraconazol e hidróxi-itraconazol a ponto de reduzir a eficácia.
Cuidados de enfermagem
	Recomenda-se monitorar o paciente, verificar se a dosagem recomendada está de acordo com a necessidade deste, atentar-se aos sinais de efeitos adversos. Explicar ao paciente ou ao cuidador para que serve o medicamento e a via de administração adequada.
 COLAGENASE
Apresentação
Pomada dermatológica 0,6 u/g. embalagens contendo 1 bisnaga de alumínio de 10 g, 30 g e 50 g + espátula plástica. emalagem com 10 bisnagas de alumínio de 30 g + espátula plástica. uso tópico adulto e pediátrico
Propriedade
Possui propriedade de decompor o colágeno em seu estado nativo, apresenta colagenase que são as únicas enzimas proteolíticas capazes de digerir filamentos de colágeno natural. 
Indicações
 	É destinada para o tratamento de lesões da pele em que é indicado o desbridamento (retirada de tecido desvitalizado) em feridas, úlceras e lesões necróticas (com tecido desvitalizado) em geral. promove o preparo do leito (área) da ferida através da limpeza enzimática das áreas lesadas, com uma cicatrização uniforme e de forma mais rápida.
Contraindicações
É contraindicada às pessoas com hipersensibilidade (alergia) à colagenase ou a qualquer outro componente da formulação. este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Reações adversas
Ardência e dor, prurido, eritema, irritação da pele, eczema: irritação com presença de bolhas, alergias.
Interação
Não deve ser utilizada com detergentes, hexaclorofeno, sabões ou soluções ácidas, pois a atividade da colagenase será inibida (deixará de funcionar). Gramicidina e tetraciclinas não devem ser utilizados localmente com essa pomada. quando suspeitar-se que tais agentes foram utilizados, o local deve ser cuidadosamente limpo por lavagens repetidas com soro fisiológico estéril antes da aplicação da pomada. 
Cuidados de enfermagem
Avaliar a ferida do paciente a fim de verificar o uso adequado da colagenase, manter humidade para garantir sucesso no tratamento enzimático da ferida, o local deve estar úmido o suficiente durante o tratamento; desta forma, não se deve procurar secar a lesão, pois a presença de umidade aumenta a atividade enzimática. SEGUE ILUSTRAÇÃO DA LESÃO POR PRESSÃO DA PACIENTE EM ESTUDO: 
 
	Fonte: Acervo próprio
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