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ç Anatomia da superfície: Relevos vasculares: − Veia jugular externa. − Artéria carótida comum. Relevos musculares: − Músculo esternocleidomastóideo: cabeça esternal e cabeça clavicular. − Incisura jugular. Relevos do esqueleto: − Proeminência laríngea. Vísceras do pescoço: As vísceras do pescoço estão dispostas em três camadas, nomeadas de acordo com sua função primária. Da região superficial para a profunda, elas são: Camada endócrina: − Glândula tireoide − Glândulas paratireoides Camada respiratória: − Laringe − Traqueia Camada alimentar: − Faringe − Esôfago Fáscia Cervical do pescoço: 1. Superficial. 2. Pré-traqueal: − Parte anterior do pescoço. − Lâmina muscular: envolve os músculos infrahióideos. − Lâmina visceral: envolve a glândula tireoide, traqueia e esôfago. 3. Pré-vertebral Limites dos trígonos do pescoço: Trígono anterior: − Mandíbula − Linha mediana anterior do pescoço − MECM Trígono posterior ou lateral: − Trapézio − Clavícula − MECM Figura 1. Glândula tireoide. Dissecção da face anterior do pescoço. Nesta amostra, há uma pequena glândula tireoide acessória à direita, situada sobre o músculo tíreo-hióideo, lateral à cartilagem tireóidea. A artéria tireóidea superior é distribuída primariamente para a parte anterossuperior da glândula. Características: Situa-se profundamente aos músculos esternotireoideo e esteno-hioideo, ao nível das vértebras C5 a T1. Consiste em dois lobos (direito e esquerdo) e um istmo, situados ântero-lateralmente à laringe e traqueia. Além disso, cerca de 50% das glândulas tireoides têm um lobo piramidal. Este lobo, que varia em tamanho, estende-se superiormente a partir do istmo da glândula tireoide, em geral à esquerda do plano mediano; o istmo pode ser incompleto ou ausente. O istmo une os dois lobos anteriormente ao 2º e 3º anéis traqueais. A glândula está envolta por uma fina cápsula fibrosa fina, que envia septos profundos para o interior da glândula. Possui relação, lateralmente, com artéria carótida comum, veia jugular interna e nervo vago. Sua cápsula está fixada à cartilagem cricóide e anéis da tireoide por tecido conectivo denso. Externamente à cápsula há uma bainha frouxa formada pela parte visceral da lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. Irrigação: Os vasos situam-se entre a capsula fibrosa e a bainha fascial frouxa. ✓ Artéria tireóidea superior: primeiros ramos das artérias carótidas externas, emitem os ramos anterior e posterior para suprir a face anterossuperior da glândula. ✓ Artéria tireóidea inferior: ramos dos troncos tireocervicais que se originam das artérias subclávias e chegam à face posterior da glândula. ✓ Artéria tireoide ima: presente em cerca de 10% das pessoas; origina-se do tronco braqueocefálico; entretanto, pode originar-se do arco da aorta ou das artérias carótida comum direita, subclávia ou torácica interna. Quando existente, essa pequena artéria ascende na face anterior da traqueia, emitindo pequenos ramos para ela. Drenagem venosa: ✓ Veia tireóidea superior: drena para a veia jugular interna. ✓ Veia tireóidea média: drena para a veia jugular interna. ✓ Veia tireóidea inferior: drena para a veia braquiocefálica. Inervação: ✓ Fibras vasomotoras dos gânglios simpáticos cervicais: superior, médio e inferior. ✓ Plexos cardíacos e periarteriais tireóideos. Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios (simpáticos) cervicais superiores, médios e inferiores. Eles chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos superior e inferior que acompanham as artérias tireóideas. Essas fibras são vasomotoras, não secretomotoras. Causam constrição dos vasos sanguíneos. A secreção endócrina da glândula tireoide é controlada por hormônios pela hipófise. Drenagem linfática: ✓ Linfonodos paratraqueais: drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. ✓ Linfonodos pré-laríngeos: drenam para os linfonodos cervicais superiores. ✓ Linfonodos pré-traqueais: drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Variações anatômicas: Em geral, as pequenas glândulas paratireoides ovais e achatadas situam-se externamente à cápsula tireóidea na metade medial da face posterior de cada lobo da glândula tireoide, dentro de sua bainha. Comumente são 4: − Duas glândulas paratireoides superiores: ao nível da margem inferior da cartilagem cricóide ou acima do ponto de entrada das artérias tireóideas inferiores na Glândula Tireoide. − Duas glândulas paratireoides inferiores: polo inferior da glândula tireoide ou um pouco abaixo do ponto de entrada arterial. Vasos: ✓ Supridas por ramos das artérias tireóideas inferiores. ✓ Veias paratireoides drenam para o Plexo Venoso na face anterior da Glândula Tireoide. Vasos linfáticos drenam para os linfonodos: ✓ Cervicais profundos ✓ Paratraqueais Inervação: ✓ Ramos tireóideos dos gânglios simpáticos cervicais; são vasomotores em vez de secreto-motores, porque as secreções endócrinas dessas glândulas são controladas por hormônios. Figura 2. Glândulas tireoide e paratireoides. A. A bainha da glândula tireoide foi dissecada da sua face posterior para mostrar as três glândulas paratireoides integradas. As duas glândulas paratireoides no lado direito são bastante baixas, e a glândula inferior. As glândulas suprarrenais, de cor amarelada em pessoas vivas, estão localizadas entre as faces superomedial dos rins e o diafragma, onde são circundadas por tecido conjuntivo contendo considerável cápsula adiposa. São revestidas por fáscia renal, pelas quais estão fixadas aos pilares do diafragma. Embora o nome “suprarrenal” sugira que os rins são a relação primária, a principal inserção das glândulas é aos pilares do diafragma. Elas são separadas dos rins por um septo fino (parte da fáscia renal). O formato e as relações das glândulas suprarrenais são diferentes nos dois lados. − A glândula direita piramidal é mais apical (situada sobre o polo superior) em relação ao rim esquerdo, situa-se anterolateralmente ao pilar direito do diafragma e faz contato com a VCI anteromedialmente e o fígado anterolateralmente. − A glândula esquerda em formato de crescente é medial à metade superior do rim esquerdo e tem relação com o baço, o estômago, o pâncreas e o pilar esquerdo do diafragma. Cada glândula tem um hilo, através do qual as veias e vasos linfáticos saem da glândula, enquanto as artérias e os nervos entram nas glândulas em diversos locais. As margens mediais das glândulas suprarrenais estão distantes 4 a 5 cm. Nessa área, da direita para a esquerda, estão a VCI, o pilar direito do diafragma, o gânglio celíaco, o tronco celíaco, a AMS e o pilar esquerdo do diafragma. Cada glândula suprarrenal tem duas partes: o córtex suprarrenal e a medula suprarrenal; essas partes têm diferentes origens embriológicas e diferentes funções. O córtex suprarrenal é derivado do mesoderma e secreta corticosteroides e androgênios. Esses hormônios causam retenção renal de sódio e água em resposta ao estresse, aumentando o volume sanguíneo e a pressão arterial. Também afetam músculos e órgãos como o coração e os pulmões. A medula suprarrenal é uma massa de tecido nervoso permeada por capilares e sinusoides derivados das células da crista neural associadas à parte simpática do sistema nervoso. As células cromafins da medula suprarrenal estão relacionadas com os neurônios dos gânglios simpáticos (pós-ganglionares) tanto em origem (células da crista neural) quanto em função. Essas células secretam catecolaminas (principalmente epinefrina) para a corrente sanguínea em resposta a sinais de neurônios pré-ganglionares. Os potentes hormônios medularesepinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) ativam o corpo para uma resposta de luta ou fuga ao estresse traumático. Também aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, dilatam os bronquíolos e modificam os padrões de fluxo sanguíneo, preparando para o exercício físico. Irrigação: A função endócrina das glândulas suprarrenais torna necessária sua abundante irrigação. As artérias suprarrenais ramificam-se livremente antes de entrarem em cada glândula, de modo que 50 a 60 artérias penetram a cápsula que cobre toda a superfície das glândulas. As artérias suprarrenais têm três origens: − Artérias suprarrenais superiores (6 a 8) das artérias frênicas inferiores − Artérias suprarrenais médias (L I) da parte abdominal da aorta, perto do nível de origem da AMS − Artérias suprarrenais inferiores (L I) das artérias renais. Drenagem venosa: A drenagem venosa das glândulas suprarrenais se faz para veias suprarrenais calibrosas. − A veia suprarrenal direita curta drena para a VCI, − A veia suprarrenal esquerda, mais longa, que frequentemente se une à veia frênica inferior, drena para a veia renal esquerda. Drenagem linfática: Os vasos linfáticos suprarrenais originam-se de um plexo situado profundamente à cápsula da glândula e de outro em sua medula. A linfa segue até os linfonodos lombares. Muitos vasos linfáticos saem das glândulas suprarrenais. Inervação: A rica inervação das glândulas suprarrenais provém do plexo celíaco e dos nervos esplâncnicos abdominopélvicos (maior, menor e imo). As fibras simpáticas pré-ganglionares mielínicas – derivadas principalmente do núcleo intermediolateral (IML), ou corno lateral, da substância cinzenta dos segmentos medulares T10–L1 – atravessam os gânglios paravertebrais e pré-vertebrais, sem fazer sinapse, e são distribuídas para as células cromafins na medula suprarrenal O pâncreas é uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal (exceto a cauda que é peritonizada), situada sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras L I e L II (o nível do plano transpilórico) na parede posterior do abdome. Glândula extraparietal do duodeno. É uma glândula exócrina e endócrina. ✓ Secreção exócrina (suco pancreático produzido pelas células acinares) que é liberada no duodeno através do ducto pancreático e do ducto acessório. ✓ Secreções endócrinas (glucagon e insulina, produzidos pelas ilhotas pancreáticas [de Langerhans]) que passam para o sangue Constituído de uma cabeça, corpo e cauda. A junção da cabeça com o corpo é denominada colo. ✓ Cabeça: duas proeminências; tubérculo omental e processo uncinado. − É a parte expandida da glândula que é circundada pela curvatura em forma de C do duodeno à direita dos vasos mesentéricos superiores logo abaixo do plano transpilórico. − Está firmemente fixada à face medial das partes descendente e horizontal do duodeno. − Processo uncinado: uma projeção da parte inferior da cabeça do pâncreas, estende-se medialmente para a esquerda, posteriormente aos vasos mesentéricos superiores; delimita a incisura pancreática. − Em seu trajeto para se abrir na parte descendente do duodeno, o ducto colédoco situa-se em um sulco na face posterossuperior da cabeça ou está inserido em sua substância. ✓ Colo: junção da cabeça com o corpo. − É curto (1,5 a 2 cm) e está situado sobre os vasos mesentéricos superiores, que deixam um sulco em sua face posterior. − A VMS une-se à veia esplênica posteriormente ao colo para formar a veia porta. ✓ Corpo: é o prosseguimento do colo e situa-se à esquerda dos vasos mesentéricos superiores, passando sobre a aorta e a vértebra L II, logo acima do plano transpilórico e posteriormente à bolsa omental. − A face anterior do corpo do pâncreas é coberta por peritônio, está situada no assoalho da bolsa omental e forma parte do leito do estômago. − A face posterior do corpo do pâncreas não tem peritônio e está em contato com a aorta, AMS, glândula suprarrenal esquerda, rim esquerdo e vasos renais esquerdos. ✓ Cauda − Abaixo do tronco celíaco e acima da flexura duodenojejunal. − Forma prismática com 3 superfícies (anterior, posterior e inferior) e 3 bordas (superior, inferior e anterior); − Ligamento esplenorrenal. Ductos: O ducto pancreático começa na cauda do pâncreas e atravessa o parênquima da glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem íntima relação com o ducto colédoco. O ducto pancreático e o ducto colédoco geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática (de Vater) curta e dilatada, que se abre na parte descendente do duodeno, no cume da papila maior do duodeno. Já o ducto pancreático acessório abre-se no duodeno no cume da papila menor do duodeno. Relações: Anterior: estômago, cólon transverso e duodeno. Posterior: − Atrás da cabeça: VCI, A. aorta, vasos renais e gonadais. − Atrás do colo: V. mesentérica superior e v. porta. − Atrás do corpo: diafragma, glândula suprarrenal esquerda, rim. − Atrás do copo e da cauda: veia lienal. Irrigação: Artéria gastroduodenal − A. Pancreaticoduodenal superior anterior e posterior. Artéria mesentérica superior: − A. Pancreaticoduodenal inferior anterior e posterior . Artéria esplênica: − A. pancreática dorsal. − A. pancreática inferior. − A. pancreática magna. − A. pancreática caudal. Drenagem venosa: A drenagem venosa do pâncreas é feita por meio das veias pancreáticas correspondentes, tributárias das partes esplênica e mesentérica superior da veia porta; a maioria delas drena para a veia esplênica. Drenagem linfática: Vasos linfáticos seguem os vasos sanguíneos. Linfonodos pancreaticoduodenais (maioria) e linfonodos pilóricos → linfonodos hepáticos, celíacos e mesentéricos superiores. Inervação: Os nervos do pâncreas são derivados dos nervos vago e esplâncnico abdominopélvico que atravessam o diafragma. As fibras parassimpáticas e simpáticas chegam ao pâncreas ao longo das artérias do plexo celíaco e do plexo mesentérico superior. Além das fibras simpáticas que seguem para os vasos sanguíneos, fibras simpáticas e parassimpáticas são distribuídas para as células acinares e ilhotas pancreáticas. As fibras parassimpáticas são secretomotoras, mas a secreção pancreática é mediada principalmente por secretina e colecistocinina, hormônios secretados pelas células epiteliais do duodeno e parte proximal da túnica mucosa intestinal sob o estímulo do conteúdo ácido do estômago.
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