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RESUMO – CARDIOLOGIA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) TAQUIARRITIMIAS DISTÚRBIOS DO RITMO • Arritmias Ventriculares (QRS alargado > 3 quadradinhos): foco originando nos próprios ventrículos. • Arritmias Supraventriculares (QRS estreito < 3 quadradinhos): foco originando acima dos ventrículos. • FC: entre 50 e 100 bpm. • ÂP: entre - 30 e +90. • Dependendo da pressão intratorácica, o retorno venoso vai aumentar ou diminuir dentro das cavidades cardíacas, influenciando a quantidade sangue dentro do coração, ou seja, varia com a respiração. • Ritmo sinusal irregular: comum em crianças. • Aumento gradativo, ou seja, vai aumentando conforme a demanda e necessidade do organismo (situações fisiológicas: corrida, susto, fármacos e situações patológicas: choque séptico, anemia, desidratação, febre, dor, ansiedade). • Não é patológico, sendo que é uma consequência e não causa de problema. ARRITMIAS ATRIAIS • É comum ter uma pausa sistólica após a extrassístole, para o sistema de condução se readequar. • Para diferenciar a origem da extrassístole, ou seja, se é ventricular (QRS alargado) ou supraventricular (QRS estreito), é necessário o ECG. • Causas: distúrbios hidroeletrolíticos, disparos anormais provocados por feixes anormais, cardiopatia estrutural (sobrecargas), paciente que infartou, estímulos adrenérgicos intensos (susto e ansiedade), medicamentos, entre outros. • Morfologias iguais entre os QRS e parecidos ao ritmo sinusal. • BRD ou BRE: ritmo sinusal seguindo de QRS alargado e faz extrassístole supraventricular também pega a mesma morfologia do QRS precedente. RESUMO – CARDIOLOGIA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • Extrassístole Supraventricular Atrial: batimentos gerados fora de hora nos átrios. Onda P (falsificada) fora de hora e morfologia diferente do ritmo sinusal. Onda P caindo em cima da onda T. Encurtando o ritmo cardíaco. • Extrassístole Supraventricular Juncional. batimentos gerados fora de hora no nó AV. Não enxerga onda P antes da extrassístole, pois não se originaram nos átrios. • Período refratário: localizado entre o começo do QRS até o final da onda T, ou seja, todo o período da atividade elétrica ventricular. Nesse período, um batimento fora de hora que aparecer no momento do ritmo sinusal irá ser anulado, uma vez que é um mecanismo de defesa do organismo. Exemplo: No momento em que os ventrículos estão fazendo o QRS. • Aberrancia de condução: extrassístole com morfologia diferente (aberrante) devido à diferença do tempo de saída do período refratário entre os ramos D e E, suspendo um dos ramos. • O ramo direito é mais lento para sair do período refratário. • Dispara e desce no momento que o ramo D ainda está bloqueado, ou seja, no período refratário, e vai seguir pelo ramo E gerando QRS com morfologia diferente. • Se os dois ramos estiverem no período refratário não vai acontecer nada, pois o estímulo será bloqueado. • Não tem onda P precedendo a extrassístole. • Ritmo Atrial Multifocal ou Ectópico. • Cada hora o disparo acontece em um local diferente. • Não consegue ter uma sequência sinusal para avaliar. • As ondas P mudam de morfologia em uma mesma derivação. • TPSV: Taquicardia Paroxística Supra Ventricular. • Característica ecocardiográfica própria. • Ausência de onda P, ritmo regular, QRS estreito. • Quando o paciente já está em TPSV é muito difícil diferenciar se é atrial ou juncional. • Taquicardia Atrial: se for possível observa onda P. • Taquicardia Juncional: se não for possível enxergar onda P. • Crises repetidas de TPSV: pesquisar se não apresenta nenhuma alteração no sistema de condução que predispões essa condição. RESUMO – CARDIOLOGIA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • Vias a mais no sistema de condução, podendo hiper estimular os ventrículos, gerando um círculo no circuito. • Podem desencadear crises de TPSV. • Olhar o ECG sinusal do paciente para saber se apresenta ou não a Síndrome. • Característica do ECG: intervalo PR curto (< 12 segundos) e presença de onda Delta (base do QRS alargado formando um triangulo de base). • Assintomático quando está em ritmo sinusal, podendo ter sintomas quando fazer crises de TPSV. • Estudo Eletro Fisiológico: vai introduzir um cateter dentro do coração e procurar onde está essa via acessória. Em seguida, vai inserir um cateter de ablação e queimar e gerar a inativação do feixe anômalo. Se o paciente tiver crises frequentes e ECG com Síndrome de Wolff ou normais, devo encaminhá-lo para cirurgia de ablação. • Arritmias com disparos anormais nos átrios que perde o comando sinusal. • Onda F: ondas em “dentes de serra”. • Frequência Atrial: de um “serrote” ao outro < 350 bpm. • Frequência Ventricular ou de Pulso: de um QRS ao outro. • No ritmo sinusal a FA coincide com a FV. • Frequência Atrial: > 350 bpm. • Não é sinusal, pois não tem onda P. • Tem alto risco de fenômenos tromboembólicos. RESUMO – CARDIOLOGIA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) • FA de alta resposta: QRS mais próximos. • FA de baixa resposta: QRS mais afastados. • Para definir a FV pega o período entre a maior e a menor, pois ela não é fixa. Exemplo: entre 75 e 80 bpm. • Pode-se também calcular várias FC e calcular a média. CONDUTA FA E FLUTTER ATRIAL: • Paciente instável: cardioversão elétrica imediata. • Paciente estável: Quanto tempo está em arritmia? Mais ou menos de 48 horas? Quando iniciou os sintomas? • + 48 horas: risco de ter trombos. Não posso no 1º momento reverter para o ritmo sinusal, pois pode empurrar o trombo e aumentar o risco de eventos tromboembólicos. Faço controle de frequência, diminuindo a passagem dos estímulos pelo nó AV, prescrevendo drogas bradicardizantes, como Atenolol e Metoprolol (betabloqueadores) ou Digoxina (digital). Utilizar anticoagulantes e manter por 3 semanas no mínimo e, em seguida, tentar reverter para o ritmo sinusal. OBS: Quando utilizado o Marevan (Varfarina) deve-se associar à Heparina, pois demora de 3 a 4 dias para iniciar seu efeito. Internar o paciente e prescrever um antiarrítmico (Amiodarona) e, se não reverter, pode-se utilizar a cardioversão elétrica. Manter anticoagulantes durante 4 semanas. • - 48 horas: pode reverter no momento. Prescrever um antiarrítmico (Amiodarona). Prescrever anticoagulantes durante 4 semanas. ARRTIMIAS VENTRICULARES • TV sustentada: dura mais de 30 segundos. • TV não sustentada: dura menos de 30 segundos. • Ruim de reverter. • QRS “torcendo” na linha de base. • Amiodarona, Hidroxicloroquina, Glucantime e ADT podem desencadear TdP. RESUMO – CARDIOLOGIA | GUILHERME GOMES (@GUI.GS) TAQUICARDIA ATRIAL (SUPRA) COM ABERRANCIA DE CONDUÇÃO x TAQUICARDIA VENTRICULAR. • Na emergência, TRATAR COMO TV (90 a 95% dos casos)! Mais perigoso e prognóstico menos favorável. • Tratando TV também trata TSV com aberrancia, mas o inverso não ocorre. • Dissociação AV: ondas P perdidas ao longo do ECG. • Estável: Amiodarona. • Instável: Cardioversão elétrica. • Se for realmente um TV, deve-se avaliar a necessidade de marca-passo (CDI). • Em salvas = pareadas: uma atrás da outra. • Bigeminismo: quando alterna o batimento sinusal com a extrassístole. • Absoluto: começo do QRS até metade da onda T. O estímulo não é conduzido, ou seja, é anulado. • Relativo: final da repolarização. Pode desestruturar o sistema de condução e gerar uma arritmia mais grave. • Cardioversão elétrica sincroniza: o aparelho dispara um choque elétrico fora do período refratário relativo, a fim de sincronizar com a atividade elétrica ventricular e não gerar uma arritmia mais grave. RITMOS DE PCR: • PCR = ausência de pulso. • Ritmos não chocáveis: AESP (qualquer ritmo organizado que não tenhapulso, isto é, não resulta em contração) e Assistolia (não tem atividade elétrica, tendo apenas uma linha reta). • Tratados com manobra de reanimação (compressão) e adrenalina (2/2 ou 3/3 minutos). • Ritmos chocáveis: TV sem pulso (instável ou estável) e FV (linha de base tremida e QRS esquisito). • Tratados com manobra de reanimação (compressão), choque (desfibrilar) e adrenalina (2/2 ou 3/3 minutos).
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