Coloração diferencial de microrganismos

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Samara Pires- MED25
Microbiologi�
Coloração diferencial de Fontana-Tribondeau e de tinta nankin
(aula prática)
1. Coloração de Fontana-Tribondeau
● Usada para corar bactérias muito delgadas e pequenas, já que elas se coram
fracamente pelo Gram.
● Técnica: impregnar bactéria com prata para aumentar o diâmetro da
bactéria e facilitar sua observação.
● Utilizada para todas as bactérias espiraladas, como Leptospira, Borrelia,
Treponema pallidum. Essa última pode ser encontrada em lesão genital ou
em outras localizações da fase primária da sífilis adquirida. Em laboratório,
pode-se fazer a raspagem do dente de uma pessoa e encontrar outras
bactérias do gênero Treponema.
● Na aula prática → colocar uma gota de água, adicionar o material raspado e
fazer o esfregaço na lâmina. Soluções utilizadas:
- Solução de Ruge (1 minuto): fixação química formada por ácido acético
glacial e formalina. Lavar com água destilada.
- Solução Mordente: ácido tânico. Posteriormente, deve-se aquecer o
material com lamparina por 1 minuto e lavar com água destilada
novamente.
- Solução de nitrato de prata: cobrir o esfregaço com a solução de prata
e aquecer por 4 minutos. Lavar com água destilada e secar.
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Obs.: as bactérias espiraladas são mais delicadas, por isso não podem ser fixadas
pelo calor. Por isso, faz-se a fixação química.
2. Coloração negativa tinta nankin
● Utilizada para identificar a cápsula bacteriana e a cápsula de fungos, pois
são formadas por polissacarídeos hidrossolúveis e não se coram
normalmente. Ela não cora a cápsula, mas sim permite a observação;
● Na imagem abaixo, encontram-se blastoconídeos de Cryptococcus
neoformans com cápsula evidenciada.
● Base da técnica: corar tudo (até o vidro) → o que não se cora é a cápsula
bacteriana;
● Importância da cápsula: aderência e proteção contra dessecação e sistema
imunológico do hospedeiro;
● Tinta nankin ou tinta da China → partículas finas de carbono que não
penetram na cápsula polissacarídica nem na célula bacteriana. Para corar o
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corpo da bactéria, utiliza-se solução de fucsina diluída (vermelha), por isso a
cápsula não fica corada e forma-se um halo luminoso ao redor da bactéria.
● Em laboratório: fazer o esfregaço bacteriano → espalhar a tinta nankin →
fixar pelo calor (pode ser antes ou depois da tinta nankin) → adicionar a
fucsina diluída → lavar em água corrente → secar em papel toalha
delicadamente.