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ENSINO REMOTO NO OLHAR DO PROFESSOR1 REMOTE LEARNING IN THE TEACHER'S VIEW Rute Albuquerque Rodrigues da Silva2 RESUMO A educação tem passado por muitas transformações, principalmente pela grande evolução das tecnologias da informação (TICs) e, neste cenário de Pandemia, o ensino presencial teve que se transformar em Ensino Remoto, onde o uso dessas tecnologias se tornou essencial. O presente artigo abordará uma reflexão a respeito da visão do Professor frente o Ensino Remoto, durante a pandemia. O objetivo geral, que norteou este trabalho, foi analisar a visão dos docentes, quanto as habilidades e ferramentas necessárias para o exercício da docência, no Ensino Remoto. Além de conceituar Ensino Remoto e apresentar as competências necessárias para o exercício da docência nesta modalidade. O trabalho foi realizado através de uma pesquisa básica e descritiva. A metodologia de abordagem quantitativa e qualitativa, realizada através de dois procedimentos técnicos; a pesquisa bibliográfica baseada na obra de diversos autores e a pesquisa de campo, onde foi realizada coleta de dados, via aplicação de questionário online, aberto. Por intermédio desta pesquisa, foi percebido que determinados professores não sabem a verdadeira definição de Ensino Remoto, e que mesmo sem formação, se sentem preparados para atuar nesta modalidade de ensino. Palavras-chave: Ensino Remoto. Competências. Professor. ABSTRACT Education has undergone many transformations, mainly due to the great evolution of information technologies (ICTs) and, in this Pandemic scenario, face-to-face teaching had to become Remote Learning, where the use of technologies became essential. This article will address a reflection on the Teacher's view of Remote Learning, during a pandemic. The general objective, which guided this work, was to analyze a view of the teachers, regarding the skills and tools necessary for the exercise of teaching, in Remote Learning. In addition to conceptualizing Remote Teaching and presenting the necessary skills for teaching in this modality. The work was carried out through a basic and descriptive research. The quantitative and qualitative approach methodology carried out through two technical procedures; bibliographic research based on the work of several authors and field research, where data collection was carried out, via an online, open questionnaire. Through this research, it was realized that certain teachers do not know the true definition of Remote Learning, and that even without training, they feel prepared to work in this type of teaching. Keywords: Remote Learning. Skills. Teacher. 1 Artigo apresentado em dezembro de 2020 ao Curso de Complementação pedagógica R2- Pedagogia do Grupo Educacional IBRA, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em Pedagogia. 2 Aluna do curso de Complementação Pedagogia do Grupo Educacional IBRA. E-mail: rute.jornalista@gmail.com. Bacharel em Sistemas de Informação pela FIP (Faculdades Integradas Paulista) – Pós-Graduada em Gestão Administrativa na Educação pela ESAB e Educação a distância: Gestão e Tutoria pela UNIASSELVI. mailto:rute.jornalista@gmail.com 2 1. INTRODUÇÃO O mundo todo está vivendo, de maneira massiva, os impactos da pandemia de Covid-19; e não é diferente na área da educação; especialmente neste momento em que pais, alunos e professores estão se “adaptando” às pressas, sobretudo, a esta nova realidade, que é o Ensino Remoto. Nos últimos meses, os professores precisaram reinventar sua maneira de ministrar aulas e de se relacionar com seus estudantes. Colocaram em prática, competências como: criatividade e pensamento crítico; especialmente, empregando imenso esforço pelo direito das crianças à educação. Em tal ambiente, e em meio às circunstâncias provocadas pela situação, fica claro que as tecnologias da informação e comunicação na educação, se tornaram uma grande realidade; e o ensino remoto, agora figura como uma alternativa essencial para trocas de conhecimento, especialmente neste momento tão atípico. Essa modalidade toma, a cada dia, espaços relevantes nos papéis de professores e alunos, no tocante à transformação, especialmente no processo de ensino-aprendizagem, onde um novo tipo de educador se faz necessário; visando acomodar, neste novo ambiente, todas as possibilidades que esta nova realidade das tecnologias oferece. É evidente que novos hábitos são incorporados... E, o tempo todo, essas novas vivências sociais vão produzindo, visível transformação e expansão do saber, especialmente nas vidas dos que são alcançados por elas. Fica, portanto, impossível conceber hoje, um modelo de Educação, que não esteja afinado com essa nova realidade. Neste contexto, o presente artigo busca abordar o Tema “Ensino Remoto no Olhar do Professor”, onde a incorporação destas ferramentas, se faz necessária e buscará produzir novas formas de trabalho e competências profissionais, provendo, também, possibilidades que viabilizem novas alternativas de tecnologias e/ou ferramentas educacionais, permitindo, por exemplo, que um professor possa ir muito além da sua área de conhecimento. Ante a tal “desafio”, surgem questionamentos, a saber: o professor conhece o que é ensino Remoto? Como é visão dele ante a esta realidade? Qual deve ser o seu papel no exercício da docência no ensino Remoto? Quais as competências 3 necessárias para o exercício da docência nesta modalidade de ensino? Este professor tem que estar preparado para o uso das tecnologias? Buscando responder a estes questionamentos, elaboramos essa pesquisa fazendo uma análise quantitativa, qualitativa e descritiva, com levantamento bibliográfico e pesquisa de campo. Sendo que, durante a pesquisa, foi observado que a maioria confunde Ensino Remoto com Educação a Distância. São vários os artigos que abordam, exclusivamente, o Ensino a Distância, e poucos argumentam a respeito de como deve ser o Ensino Remoto, sua gestão, sua avaliação e as leis que o regem; pouquíssimos, também, são os materiais que tratam sobre a visão do docente em relação a este assunto. 2. ALGUMAS DEFINIÇÕES E CONCEITOS SOBRE ENSINO REMOTO Na literatura atual não definição exata do termo Ensino Remoto; assim que, estudando o significado de cada palavra, o termo “Ensino” refere-se à “Ação ou efeito de ensinar; ... de transmitir de conhecimentos”. (MICHAELIS-online), e o termo “Remoto” retrata algo “Distante, (no tempo ou no espaço); que pode ser acessado e operado a distância, por meio de uma linha de comunicações.” (MICHAELIS-online). Assim sendo, podemos definir ensino remoto como um procedimento de ensino- aprendizagem que utiliza meios tecnológicos para a transmissão de conhecimento com a aproximação, entre quem ensina e quem aprende. Neste sentido, aqui no Brasil, tivemos medidas tomadas por parte do governo Bolsonaro-Mourão, que ocorreram no dia 1 de abril de 2020, com a flexibilização dos dias letivos por meio da medida provisória nº 934 (BRASIL, 2020). Ocorrendo, em 28 de abril, do mesmo mês, por intermédio da divulgação de orientações, ofertada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), em conformidade colaborativa do Ministério da Educação (MEC) (BRASIL, 2020). As orientações divulgadas neste documento destinavam-se a todos os níveis educativos, propondo como solução o ensino remoto. Assim sendo, a Portaria nº 5447, publicada em 16 de junho pelo MEC, que possui vigência até 31 de dezembro de 2020 e segue em consonância com as orientações do CNE, “Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais, enquanto durar a situação de pandemia do novo coronavírus” (BRASIL, 2020). As flexibilizações providas por tais medidas influenciam na 4 finalidade das atividades escolares; essas são mantidas para alcançar a carga horária e dias letivos obrigatórios. O ensino remoto, conceito reforçadodurante a Pandemia do COVID-19, “não é EAD e muito menos, Educação Online”. Santos (2020) busca destacar a possibilidade do ensino remoto, provocar e permitir “encontros afetuosos e boas dinâmicas curriculares”, sendo que tais práticas, “repetem modelos massivos e subutilizam os potenciais da cibercultura na educação, causando tédio, desânimo e muita exaustão física e mental de professores e alunos”, o que notadamente tem sido visto nesta população. O Ensino Remoto, no contexto do Coronavírus são atividades de ensino mediadas pela tecnologia e que são orientadas pelos princípios da educação presencial. 3. A ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA DESENVOLVIDA A pesquisa constituiu-se numa análise quantitativa, qualitativa, descritiva, com levantamento bibliográfico e pesquisa de campo. Conforme definição de Gil (1999). “...A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente relacionada ao problema.” (GIL, 1999, p. 19). Nesse sentido, a abordagem qualitativa foi escolhida como forma de análise, pois: “se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis (MINAYO, 1999, p. 21-22).” Para a realização desta investigação foi utilizado, como instrumento de pesquisa, o questionário, que “é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas” (LAKATOS e MARCONI, 2001, p. 98), que devem ser respondidas sem a presença do investigador. Optou-se, portanto, por esse tipo de coleta dos dados, porque o instrumento poderia ser disponibilizado online (enviado link por e-mail e WhatsApp), observando- https://blog.ipog.edu.br/tecnologia/industria-4-0-a-era-dos-sistemas-inteligentes-e-da-convergencia-digital/ 5 se as regras de distanciamento social. Foi construído o questionário usando o Google Forms e a figura 1 mostra a tela inicial do instrumento: Figura 1: Pesquisa disponibilizada através do Google Forms Os sujeitos da pesquisa foram 46 professores (40 mulheres e 06 homens), sendo 89,1% do setor público e 10,9% setor privado; 10,9% Lecionam na Educação Infantil, 39,2% lecionam no Ensino Fundamental (anos iniciais), 28,1% Ensino Fundamental (Anos finais) e 21,8% lecionam no Ensino Médio. Não se determinou uma faixa etária, como pode-se verificar conforme gráfico abaixo: Gráfico 1 - Faixa Etária Fonte: Dados da pesquisa Para realizar a Análise dos dados foram utilizados apenas os aplicativos Word e Excel, ambos da Microsoft. Seguiu-se os seguintes passos: 1. Leitura e análise detalhada dos textos, com o intuito de fragmentá-los, chegando a unidades constituintes. 6 2. Estabelecimento de relações entre as respostas para se chegar a uma classificação. 3. Captação dos novos conteúdos que surgiram da classificação feita. 4. Construção do metatexto resultante dos processos anteriores. 4. RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO 4.1. A visão do docente em relação ao ensino remoto Durante toda a pesquisa, objetivou-se analisar qual é a visão do docente frente ao Ensino Remoto, em meio a Pandemia. Assim sendo, os resultados foram construídos em base a ordem dos objetivos propostos. Sendo, contudo, construída a discussão por questão abordada pelo instrumento de pesquisa; e diante dos questionamentos realizados, procurou-se delimitar a abrangência das dimensões do modelo seguido nas repostas, em cada pergunta. Quando a questão foi: “O que entende por Ensino Remoto?”, tivemos variadas respostas, como: “Ensino não presencial”; “Aulas online”; “Um ensino realizado de forma online” e “Ensino que utiliza recursos remotos (internet, fone, celular, rádio etc.)”. Pôde-se perceber que os docentes, na sua maioria, confundem Ensino Remoto com Educação a Distância. Como podemos ver nesta resposta: “É uma espécie de educação à distância (EaD) improvisado. Os professores, na sua maioria, não têm preparo suficiente para a metodologia à distância e portanto, fazem tudo às pressas a base do improviso para que na urgência os alunos possam estudar em suas casas, e fazer de conta que estão aprendendo.” (Prof X) Obviamente, o ensino remoto é ministrado por um professor que o faz, por meio de aulas ao vivo ou gravadas, utilizando videoconferência ou outro recurso similar. Outro fator importante, nesse processo, é a carga horária; pois ela é a mesma das aulas presenciais, mantendo, inclusive, a frequência, bem como mais atividades síncronas; ou seja, mais centrada no professor. Devem ser cumpridas todas as aulas da semana. Como vemos nessas respostas: “Um ensino que propõe atividades, que deveriam ser aplicadas presencialmente, para serem feitas à distância.”; assim que, “O ensino remoto https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2020/04/09/demanda-por-chamadas-de-video-continua-aumentando-dizem-microsoft-wickr-e-zoom.ghtml 7 preconiza a transmissão em tempo real das aulas.”; “Manter a rotina de aula por meio virtual no mesmo horário em que o presencial”, “é o ensino com distanciamento, diferente do EAD.” Ensino Remoto não é EAD. Ensino a Distância, como os autores Belloni (2006), Moore e Kearsley (2007, p. 1) concordam, é uma modalidade de educação em que professores e alunos estão separados. E que para existir EAD é essencial o uso de uma determinada tecnologia. Portanto, Educação a Distância implica, não somente a distância física, mas, também, a comunicação; a troca de conhecimento que se dá quando todos os participantes estejam conectados. No entanto, Educação à distância, caracteriza-se por uma estrutura sistemática, com princípios definidos, que preconizam um modelo virtual de ensino e aprendizagem ancorado em um desenho instrucional/educacional centrado no desenvolvimento de competências e em princípios como o construtivismo, a autonomia, a interação e a colaboração. Possui Tutor/Monitor como suporte de maneira atemporal. “O ensino remoto praticado atualmente [na pandemia] assemelha-se a EAD apenas no que se refere a uma educação mediada pela tecnologia. Mas os princípios seguem sendo os mesmos da educação presencial”. (Renata Costa, professora de tecnologia do Centro Universitário Brazcubas.) 4.2. A visão do docente em relação as tecnologias e seu preparo ao ensino remoto Evidentemente, que nas orientações, publicadas pelo Governo, sobretudo, nas portarias, não há menções sobre condições de ensino dos professores e de aprendizagem (para aqueles que conseguem ter acesso a alguma atividade educativa escolar). Nem mesmo, fala-se em qual seria a formação adequada ao professor que, em determinado momento, viu-se em Ensino Remoto. Quando a questão foi: “O(a) professor(a) precisa saber utilizar as tecnologias, para o Ensino Remoto?”, 93,5% dos professores responderam que sim. Conforme gráfico: https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/tag/tecnologia/ 8 Gráfico 2 - Saber utilizar tecnologias Fonte: Dados da pesquisa Diante deste contexto, podemos afirmar que há uma consciência da necessidade da inserção das TICs na Educação. A tecnologia estará presente no “novo normal” da escola, mas não de qualquer maneira, a formação contínua do corpo docente ganha relevância. Quando a questão foi: “Recebeu formação para o Ensino Remoto?”, 65,2% dos professores responderam que não. Conforme gráfico: Gráfico 3 - Formação Fonte: Dados da pesquisa Migrar de um ensino presencial, estimulado por uma interação física entre público e infraestrutura física disponível e submeter-se ao ensino remoto é um desafio para alunos e professores,ainda mais sem receber formação adequada. Neste contexto, Melo e Maia (2019) observam a importância que os professores têm de estar cientes das possibilidades de que podem se servir, com o uso das 9 tecnologias digitais. Assim, compreende-se que as TICs podem agregar valores motivacionais a qualquer modalidade de ensino. As tecnologias da informática que integram a rede mundial de computadores, com ilimitadas formas de produção de conhecimentos colocam-nos diante de experiências que auxiliam o desenvolvimento da nossa inteligência. Consequentemente viabilizam uma formação essencial para lidar com os avanços tecnológicos de hoje. [Pimentel e Nicolau, 2018, p.45] No modo instantâneo, que assaltou o ambiente escolar, professores que não estavam familiarizados com metodologias digitais, tais como web conferências e videoaulas, possivelmente, apresentarão resistências para aceitarem a nova forma de ensinar e aprender devido a dificuldades vivenciadas. O mais interessante foi perceber que, mesmo não tendo recebido formação adequada para o Ensino Remoto, 56,5% dos professores, se sentem preparados. Conforme gráfico: Gráfico 4 - Preparados Fonte: Dados da pesquisa Quando a questão foi: “Durante a pandemia, qual ferramenta está utilizando para dar aula?”, podemos ver que as ferramentas como Google Classroom e Google Meet, são as mais utilizadas. 10 Gráfico 5 - Ferramentas Fonte: Dados da pesquisa Mas, analisando as respostas individualmente, podemos verificar que: ✓ Professores da Educação Infantil: mantém interação com os pais e alunos, enviando áudios e vídeos através do WhatsApp ou Facebook; ✓ Professores Ensino Fundamental (1º ao 5º): a maioria utiliza Plataforma fornecida pela Prefeitura, sem interação síncrona com os alunos, atividades entregues via plataforma ou impressas, poucas utilizam plataforma de interação; ✓ Professores Ensino Fundamental (6º ao 9º) e Ensino Médio: utilizam Google Meet ou Google Classroom, interação síncrona e assíncrona com os alunos. É surpreendente, a vontade de fazer acontecer que profissionais, de diferentes idades, diferentes Etapas e em diferentes cidades, tiveram, para se familiarizar a algo que não dominavam e seguir com as aulas em Ensino Remoto. Reinventar. Essa foi a palavra de ordem, pois aprender a dar aulas, de uma maneira radicalmente diferente; e sem nunca terem experimentado este formato, foi algo realmente espetacular. Uma experiência, impar, apesar de tudo e todos. 11 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os dados apresentados neste trabalho mostraram as visões de um grupo de professores em relação ao Ensino Remoto. Este estudo buscou ampliar os resultados, trazendo um conhecimento, sobre o que pensam os docentes a respeito desta modalidade de ensino... Verificou-se que há grande confusão quanto ao que é Educação a Distância e Ensino Remoto; e que estes profissionais ainda apresentam certa insegurança; e, mesmo assim, decidiram aceitar o desafio. Quanto a formação adequada para atuar no Ensino Remoto, foi possível observar que a maioria dos docentes não teve a devida formação; assim sendo, boa parte procurou, sozinha, suprir suas necessidades. Quanto as competências necessárias, do ponto de vista didático: o docente, ao ensinar remotamente, segue enfrentando o mesmo desafio do ensino convencional, que enfrenta em sala de aula presencial, cabendo-lhe toda organização didática do ensino aplicado. Assim que, partindo da ótica da pedagogia, é possível conceber que o ensino remoto inclui o mestre e o aluno, no seio do que se conhece como a quinta revolução, a saber, na relação do ser humano com a tecnologia em si, sobretudo, com a ação indispensável da inteligência artificial, reclamando novos protocolos éticos que envolvam, sobretudo, direta e efetivamente, responsabilidade e eficiência do ambiente escolar; atendendo plenamente, tudo que diz respeito ao domínio de competências digitais [habilidades e atitudes]. Evidentemente, que quanto as Habilidades do professor, sobretudo quanto da sua atuação, independentemente do ambiente onde aconteça, é sempre um desafio. Ele sempre é passivo de surpresas; às vezes com situações inesperadas e desafiadoras que o impulsionarão a propor soluções de caráter imediato; e o mesmo ocorre no ensino remoto. As estratégias e métodos, também poderão ser diferentes, mas os componentes curriculares, os conteúdos, a avaliação e a interação entre os que integram o ambiente, terão a mesma igualdade e relevância. Aqui vimos que professores tiveram que se adaptar ao novo modelo de ensino, e isso motivou situações de superação, sobretudo no ambiente da disciplina pessoal e da criatividade... Onde foi colocado em prática, a gestão das ideias e do conhecimento, buscando viabilizar, também, a igualdade para todos, de modo 12 inovador, através das várias ferramentas tecnológicas (Internet, TV, Rádio, Aplicativos, lives por plataformas online, dentre outras) que viabilizassem e produzissem tal interação. Afinal, o professor deverá conviver com essas duas modalidades de ensino: Presencial e online? Considerando tudo o que vimos, sem sombra de dúvida, podemos concluir que o Ensino Remoto veio para ficar!... Ele veio agregar valor ao ensino presencial e que todos (gestores, professores, pais e alunos), tiveram e seguirão tendo, através das diferentes práticas e ferramentas, que se adaptar, principalmente neste momento de pandemia, a este novo modelo de educação, o Ensino Híbrido. 13 REFERÊNCIAS BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 4. ed. São Paulo: Autores associados, 2006 BRASIL. Medida provisória nº 934, de 01 de abril de 2020. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 01 abr. 2020. Edição: 63-A, Seção: 1 – Extra, p. 1. BRASIL. Parecer CNE/CP nº 9/2020. Publicado no D.O.U. de 1º/6/2020, Seção 1, Pág.32. BRASIL. Portaria nº 5447, de 16 de junho de 2020. Publicado em: 17/06/2020, Edição: 114, Seção: 1, Página: 62. COSTA, Renata. Entrevista para Desafios da Educação. Disponível em: <https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/coronavirus-ensino-remoto/>. Acesso em: 14/11/2020. GIL, Antonio C. Métodos e Técnicas em pesquisa social. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1999. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia do Trabalho Científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. São Paulo: Atlas, 2001. MELO, Elvis Medeiros de; MAIA, Dennys Leite (2019).“Uma Análise Exploratória de Dados sobre o Uso do Smartphone por Estudantes de PósGraduação em Tecnologias Educacionais”, Revista Tecnologias na Educação, v. 31, p. 1-20. Disponível em: <https://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2019/12/Art2-Ano-11- vol31-Dezembro-2019.pdf> Acesso em: 14/11/2020. MICHAELIS. Dicionário online. Disponível em:<https://michaelis.uol.com.br> Acesso em: 14/11/2020. MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 1999. MOORE, Michael e KEARSLEY Greg, Educação a Distância: Uma Visão Integrada, Thomson, 2007. PIMENTEL, Lucas; NICOLAU, Marcos (2018). “Os Jogos de Tabuleiro e a Construção do Pensamento Computacional em Sala de Aula”, In: Anais do III Congresso sobre Tecnologias na Educação (Ctrl+E 2018), Fortaleza. <http://ceur- ws.org/Vol-2185/CtrlE_2018_paper_11.pdf>. Acesso em: 14/112020. SANTOS, Edméa. EAD, palavra proibida. Educação online, pouca gente sabe o que é. Ensino remoto, o que temos. Notícias, Revista Docência e Cibercultura, agosto de 2020, online. ISSN: 2594-9004. Disponível em: <https://www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119 >. Acesso em: 14/11/2020. https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/coronavirus-ensino-remoto/ https://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2019/12/Art2-Ano-11-vol31-Dezembro-2019.pdfhttps://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2019/12/Art2-Ano-11-vol31-Dezembro-2019.pdf https://michaelis.uol.com.br/ http://ceur-ws.org/Vol-2185/CtrlE_2018_paper_11.pdf http://ceur-ws.org/Vol-2185/CtrlE_2018_paper_11.pdf https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119 https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119
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