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Artigo Científico - Rute Albuquerque - IBRA

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ENSINO REMOTO NO OLHAR DO PROFESSOR1 
REMOTE LEARNING IN THE TEACHER'S VIEW 
 
 
 
Rute Albuquerque Rodrigues da Silva2 
 
 
 
RESUMO 
 
A educação tem passado por muitas transformações, principalmente pela grande evolução das 
tecnologias da informação (TICs) e, neste cenário de Pandemia, o ensino presencial teve que se 
transformar em Ensino Remoto, onde o uso dessas tecnologias se tornou essencial. O presente 
artigo abordará uma reflexão a respeito da visão do Professor frente o Ensino Remoto, durante a 
pandemia. O objetivo geral, que norteou este trabalho, foi analisar a visão dos docentes, quanto as 
habilidades e ferramentas necessárias para o exercício da docência, no Ensino Remoto. Além de 
conceituar Ensino Remoto e apresentar as competências necessárias para o exercício da docência 
nesta modalidade. O trabalho foi realizado através de uma pesquisa básica e descritiva. A 
metodologia de abordagem quantitativa e qualitativa, realizada através de dois procedimentos 
técnicos; a pesquisa bibliográfica baseada na obra de diversos autores e a pesquisa de campo, 
onde foi realizada coleta de dados, via aplicação de questionário online, aberto. Por intermédio 
desta pesquisa, foi percebido que determinados professores não sabem a verdadeira definição de 
Ensino Remoto, e que mesmo sem formação, se sentem preparados para atuar nesta modalidade 
de ensino. 
 
Palavras-chave: Ensino Remoto. Competências. Professor. 
 
 
ABSTRACT 
 
Education has undergone many transformations, mainly due to the great evolution of information 
technologies (ICTs) and, in this Pandemic scenario, face-to-face teaching had to become Remote 
Learning, where the use of technologies became essential. This article will address a reflection on the 
Teacher's view of Remote Learning, during a pandemic. The general objective, which guided this 
work, was to analyze a view of the teachers, regarding the skills and tools necessary for the exercise 
of teaching, in Remote Learning. In addition to conceptualizing Remote Teaching and presenting the 
necessary skills for teaching in this modality. The work was carried out through a basic and descriptive 
research. The quantitative and qualitative approach methodology carried out through two technical 
procedures; bibliographic research based on the work of several authors and field research, where 
data collection was carried out, via an online, open questionnaire. Through this research, it was 
realized that certain teachers do not know the true definition of Remote Learning, and that even 
without training, they feel prepared to work in this type of teaching. 
 
Keywords: Remote Learning. Skills. Teacher. 
 
 
1 Artigo apresentado em dezembro de 2020 ao Curso de Complementação pedagógica R2-
Pedagogia do Grupo Educacional IBRA, como requisito parcial à obtenção do título de Licenciado em 
Pedagogia. 
2 Aluna do curso de Complementação Pedagogia do Grupo Educacional IBRA. E-mail: 
rute.jornalista@gmail.com. Bacharel em Sistemas de Informação pela FIP (Faculdades Integradas 
Paulista) – Pós-Graduada em Gestão Administrativa na Educação pela ESAB e Educação a distância: 
Gestão e Tutoria pela UNIASSELVI. 
mailto:rute.jornalista@gmail.com
2 
1. INTRODUÇÃO 
 
O mundo todo está vivendo, de maneira massiva, os impactos da pandemia 
de Covid-19; e não é diferente na área da educação; especialmente neste momento 
em que pais, alunos e professores estão se “adaptando” às pressas, sobretudo, a 
esta nova realidade, que é o Ensino Remoto. 
Nos últimos meses, os professores precisaram reinventar sua maneira de 
ministrar aulas e de se relacionar com seus estudantes. Colocaram em prática, 
competências como: criatividade e pensamento crítico; especialmente, empregando 
imenso esforço pelo direito das crianças à educação. 
Em tal ambiente, e em meio às circunstâncias provocadas pela situação, fica 
claro que as tecnologias da informação e comunicação na educação, se tornaram 
uma grande realidade; e o ensino remoto, agora figura como uma alternativa 
essencial para trocas de conhecimento, especialmente neste momento tão atípico. 
Essa modalidade toma, a cada dia, espaços relevantes nos papéis de 
professores e alunos, no tocante à transformação, especialmente no processo de 
ensino-aprendizagem, onde um novo tipo de educador se faz necessário; visando 
acomodar, neste novo ambiente, todas as possibilidades que esta nova realidade 
das tecnologias oferece. É evidente que novos hábitos são incorporados... E, o 
tempo todo, essas novas vivências sociais vão produzindo, visível transformação e 
expansão do saber, especialmente nas vidas dos que são alcançados por elas. Fica, 
portanto, impossível conceber hoje, um modelo de Educação, que não esteja 
afinado com essa nova realidade. 
Neste contexto, o presente artigo busca abordar o Tema “Ensino Remoto no 
Olhar do Professor”, onde a incorporação destas ferramentas, se faz necessária e 
buscará produzir novas formas de trabalho e competências profissionais, provendo, 
também, possibilidades que viabilizem novas alternativas de tecnologias e/ou 
ferramentas educacionais, permitindo, por exemplo, que um professor possa ir muito 
além da sua área de conhecimento. 
Ante a tal “desafio”, surgem questionamentos, a saber: o professor conhece o 
que é ensino Remoto? Como é visão dele ante a esta realidade? Qual deve ser o 
seu papel no exercício da docência no ensino Remoto? Quais as competências 
3 
necessárias para o exercício da docência nesta modalidade de ensino? Este 
professor tem que estar preparado para o uso das tecnologias? 
Buscando responder a estes questionamentos, elaboramos essa pesquisa 
fazendo uma análise quantitativa, qualitativa e descritiva, com levantamento 
bibliográfico e pesquisa de campo. Sendo que, durante a pesquisa, foi observado 
que a maioria confunde Ensino Remoto com Educação a Distância. São vários os 
artigos que abordam, exclusivamente, o Ensino a Distância, e poucos argumentam a 
respeito de como deve ser o Ensino Remoto, sua gestão, sua avaliação e as leis que 
o regem; pouquíssimos, também, são os materiais que tratam sobre a visão do 
docente em relação a este assunto. 
 
2. ALGUMAS DEFINIÇÕES E CONCEITOS SOBRE ENSINO REMOTO 
 
Na literatura atual não definição exata do termo Ensino Remoto; assim que, 
estudando o significado de cada palavra, o termo “Ensino” refere-se à “Ação ou 
efeito de ensinar; ... de transmitir de conhecimentos”. (MICHAELIS-online), e o termo 
“Remoto” retrata algo “Distante, (no tempo ou no espaço); que pode ser acessado e 
operado a distância, por meio de uma linha de comunicações.” (MICHAELIS-online). 
Assim sendo, podemos definir ensino remoto como um procedimento de ensino-
aprendizagem que utiliza meios tecnológicos para a transmissão de conhecimento 
com a aproximação, entre quem ensina e quem aprende. 
Neste sentido, aqui no Brasil, tivemos medidas tomadas por parte do governo 
Bolsonaro-Mourão, que ocorreram no dia 1 de abril de 2020, com a flexibilização dos 
dias letivos por meio da medida provisória nº 934 (BRASIL, 2020). Ocorrendo, em 28 
de abril, do mesmo mês, por intermédio da divulgação de orientações, ofertada pelo 
Conselho Nacional de Educação (CNE), em conformidade colaborativa do Ministério 
da Educação (MEC) (BRASIL, 2020). As orientações divulgadas neste documento 
destinavam-se a todos os níveis educativos, propondo como solução o ensino 
remoto. 
Assim sendo, a Portaria nº 5447, publicada em 16 de junho pelo MEC, que 
possui vigência até 31 de dezembro de 2020 e segue em consonância com as 
orientações do CNE, “Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas 
em meios digitais, enquanto durar a situação de pandemia do novo coronavírus” 
(BRASIL, 2020). As flexibilizações providas por tais medidas influenciam na 
4 
finalidade das atividades escolares; essas são mantidas para alcançar a carga 
horária e dias letivos obrigatórios. 
O ensino remoto, conceito reforçadodurante a Pandemia do COVID-19, “não 
é EAD e muito menos, Educação Online”. Santos (2020) busca destacar a 
possibilidade do ensino remoto, provocar e permitir “encontros afetuosos e boas 
dinâmicas curriculares”, sendo que tais práticas, “repetem modelos massivos e 
subutilizam os potenciais da cibercultura na educação, causando tédio, desânimo e 
muita exaustão física e mental de professores e alunos”, o que notadamente tem 
sido visto nesta população. 
O Ensino Remoto, no contexto do Coronavírus são atividades de ensino 
mediadas pela tecnologia e que são orientadas pelos princípios da educação 
presencial. 
 
3. A ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA DESENVOLVIDA 
 
A pesquisa constituiu-se numa análise quantitativa, qualitativa, descritiva, com 
levantamento bibliográfico e pesquisa de campo. Conforme definição de Gil (1999). 
“...A pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente 
para responder ao problema, ou então quando a informação disponível se 
encontra em tal estado de desordem que não possa ser adequadamente 
relacionada ao problema.” (GIL, 1999, p. 19). 
 
 Nesse sentido, a abordagem qualitativa foi escolhida como forma de análise, 
pois: 
“se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode 
ser quantificado. Ou seja, ela trabalha com o universo de significados, 
motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um 
espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que 
não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis (MINAYO, 1999, 
p. 21-22).” 
 
Para a realização desta investigação foi utilizado, como instrumento de 
pesquisa, o questionário, que “é um instrumento de coleta de dados, constituído por 
uma série ordenada de perguntas” (LAKATOS e MARCONI, 2001, p. 98), que devem 
ser respondidas sem a presença do investigador. 
Optou-se, portanto, por esse tipo de coleta dos dados, porque o instrumento 
poderia ser disponibilizado online (enviado link por e-mail e WhatsApp), observando-
https://blog.ipog.edu.br/tecnologia/industria-4-0-a-era-dos-sistemas-inteligentes-e-da-convergencia-digital/
5 
se as regras de distanciamento social. Foi construído o questionário usando o 
Google Forms e a figura 1 mostra a tela inicial do instrumento: 
Figura 1: Pesquisa disponibilizada através do Google Forms 
 
 
Os sujeitos da pesquisa foram 46 professores (40 mulheres e 06 homens), 
sendo 89,1% do setor público e 10,9% setor privado; 10,9% Lecionam na Educação 
Infantil, 39,2% lecionam no Ensino Fundamental (anos iniciais), 28,1% Ensino 
Fundamental (Anos finais) e 21,8% lecionam no Ensino Médio. 
Não se determinou uma faixa etária, como pode-se verificar conforme gráfico 
abaixo: 
Gráfico 1 - Faixa Etária 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Para realizar a Análise dos dados foram utilizados apenas os aplicativos Word 
e Excel, ambos da Microsoft. Seguiu-se os seguintes passos: 
 1. Leitura e análise detalhada dos textos, com o intuito de fragmentá-los, 
chegando a unidades constituintes. 
6 
2. Estabelecimento de relações entre as respostas para se chegar a uma 
classificação. 
3. Captação dos novos conteúdos que surgiram da classificação feita. 
4. Construção do metatexto resultante dos processos anteriores. 
 
4. RESULTADOS DA INVESTIGAÇÃO 
 
4.1. A visão do docente em relação ao ensino remoto 
 
Durante toda a pesquisa, objetivou-se analisar qual é a visão do docente 
frente ao Ensino Remoto, em meio a Pandemia. Assim sendo, os resultados foram 
construídos em base a ordem dos objetivos propostos. Sendo, contudo, construída a 
discussão por questão abordada pelo instrumento de pesquisa; e diante dos 
questionamentos realizados, procurou-se delimitar a abrangência das dimensões do 
modelo seguido nas repostas, em cada pergunta. 
Quando a questão foi: “O que entende por Ensino Remoto?”, tivemos 
variadas respostas, como: “Ensino não presencial”; “Aulas online”; “Um ensino 
realizado de forma online” e “Ensino que utiliza recursos remotos (internet, fone, 
celular, rádio etc.)”. Pôde-se perceber que os docentes, na sua maioria, confundem 
Ensino Remoto com Educação a Distância. Como podemos ver nesta resposta: 
“É uma espécie de educação à distância (EaD) improvisado. Os 
professores, na sua maioria, não têm preparo suficiente para a metodologia 
à distância e portanto, fazem tudo às pressas a base do improviso para que 
na urgência os alunos possam estudar em suas casas, e fazer de conta que 
estão aprendendo.” (Prof X) 
 
Obviamente, o ensino remoto é ministrado por um professor que o faz, por 
meio de aulas ao vivo ou gravadas, utilizando videoconferência ou outro recurso 
similar. 
Outro fator importante, nesse processo, é a carga horária; pois ela é a mesma 
das aulas presenciais, mantendo, inclusive, a frequência, bem como mais atividades 
síncronas; ou seja, mais centrada no professor. 
Devem ser cumpridas todas as aulas da semana. Como vemos nessas 
respostas: “Um ensino que propõe atividades, que deveriam ser aplicadas 
presencialmente, para serem feitas à distância.”; assim que, “O ensino remoto 
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2020/04/09/demanda-por-chamadas-de-video-continua-aumentando-dizem-microsoft-wickr-e-zoom.ghtml
7 
preconiza a transmissão em tempo real das aulas.”; “Manter a rotina de aula por 
meio virtual no mesmo horário em que o presencial”, “é o ensino com 
distanciamento, diferente do EAD.” 
Ensino Remoto não é EAD. Ensino a Distância, como os autores Belloni 
(2006), Moore e Kearsley (2007, p. 1) concordam, é uma modalidade de educação 
em que professores e alunos estão separados. E que para existir EAD é essencial o 
uso de uma determinada tecnologia. Portanto, Educação a Distância implica, não 
somente a distância física, mas, também, a comunicação; a troca de conhecimento 
que se dá quando todos os participantes estejam conectados. 
No entanto, Educação à distância, caracteriza-se por uma estrutura 
sistemática, com princípios definidos, que preconizam um modelo virtual de ensino e 
aprendizagem ancorado em um desenho instrucional/educacional centrado no 
desenvolvimento de competências e em princípios como o construtivismo, a 
autonomia, a interação e a colaboração. Possui Tutor/Monitor como suporte de 
maneira atemporal. 
“O ensino remoto praticado atualmente [na pandemia] assemelha-se a EAD 
apenas no que se refere a uma educação mediada pela tecnologia. Mas os 
princípios seguem sendo os mesmos da educação presencial”. (Renata 
Costa, professora de tecnologia do Centro Universitário Brazcubas.) 
 
4.2. A visão do docente em relação as tecnologias e seu preparo ao ensino 
remoto 
 
Evidentemente, que nas orientações, publicadas pelo Governo, sobretudo, 
nas portarias, não há menções sobre condições de ensino dos professores e de 
aprendizagem (para aqueles que conseguem ter acesso a alguma atividade 
educativa escolar). Nem mesmo, fala-se em qual seria a formação adequada ao 
professor que, em determinado momento, viu-se em Ensino Remoto. 
Quando a questão foi: “O(a) professor(a) precisa saber utilizar as 
tecnologias, para o Ensino Remoto?”, 93,5% dos professores responderam que 
sim. Conforme gráfico: 
https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/tag/tecnologia/
8 
Gráfico 2 - Saber utilizar tecnologias 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Diante deste contexto, podemos afirmar que há uma consciência da 
necessidade da inserção das TICs na Educação. A tecnologia estará presente no 
“novo normal” da escola, mas não de qualquer maneira, a formação contínua do 
corpo docente ganha relevância. 
 
Quando a questão foi: “Recebeu formação para o Ensino Remoto?”, 
65,2% dos professores responderam que não. Conforme gráfico: 
Gráfico 3 - Formação 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Migrar de um ensino presencial, estimulado por uma interação física entre 
público e infraestrutura física disponível e submeter-se ao ensino remoto é um 
desafio para alunos e professores,ainda mais sem receber formação adequada. 
Neste contexto, Melo e Maia (2019) observam a importância que os professores têm 
de estar cientes das possibilidades de que podem se servir, com o uso das 
9 
tecnologias digitais. Assim, compreende-se que as TICs podem agregar valores 
motivacionais a qualquer modalidade de ensino. 
As tecnologias da informática que integram a rede mundial de 
computadores, com ilimitadas formas de produção de conhecimentos 
colocam-nos diante de experiências que auxiliam o desenvolvimento da 
nossa inteligência. Consequentemente viabilizam uma formação essencial 
para lidar com os avanços tecnológicos de hoje. [Pimentel e Nicolau, 2018, 
p.45] 
 
No modo instantâneo, que assaltou o ambiente escolar, professores que não 
estavam familiarizados com metodologias digitais, tais como web conferências e 
videoaulas, possivelmente, apresentarão resistências para aceitarem a nova forma 
de ensinar e aprender devido a dificuldades vivenciadas. 
O mais interessante foi perceber que, mesmo não tendo recebido formação 
adequada para o Ensino Remoto, 56,5% dos professores, se sentem preparados. 
Conforme gráfico: 
 
Gráfico 4 - Preparados 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
Quando a questão foi: “Durante a pandemia, qual ferramenta está 
utilizando para dar aula?”, podemos ver que as ferramentas como Google 
Classroom e Google Meet, são as mais utilizadas. 
10 
Gráfico 5 - Ferramentas 
 
Fonte: Dados da pesquisa 
 
 Mas, analisando as respostas individualmente, podemos verificar que: 
 
✓ Professores da Educação Infantil: mantém interação com os pais e alunos, 
enviando áudios e vídeos através do WhatsApp ou Facebook; 
✓ Professores Ensino Fundamental (1º ao 5º): a maioria utiliza Plataforma 
fornecida pela Prefeitura, sem interação síncrona com os alunos, atividades 
entregues via plataforma ou impressas, poucas utilizam plataforma de 
interação; 
✓ Professores Ensino Fundamental (6º ao 9º) e Ensino Médio: utilizam 
Google Meet ou Google Classroom, interação síncrona e assíncrona com os 
alunos. 
 
É surpreendente, a vontade de fazer acontecer que profissionais, de 
diferentes idades, diferentes Etapas e em diferentes cidades, tiveram, para se 
familiarizar a algo que não dominavam e seguir com as aulas em Ensino Remoto. 
Reinventar. Essa foi a palavra de ordem, pois aprender a dar aulas, de uma maneira 
radicalmente diferente; e sem nunca terem experimentado este formato, foi algo 
realmente espetacular. Uma experiência, impar, apesar de tudo e todos. 
 
11 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os dados apresentados neste trabalho mostraram as visões de um grupo de 
professores em relação ao Ensino Remoto. Este estudo buscou ampliar os 
resultados, trazendo um conhecimento, sobre o que pensam os docentes a respeito 
desta modalidade de ensino... Verificou-se que há grande confusão quanto ao que é 
Educação a Distância e Ensino Remoto; e que estes profissionais ainda apresentam 
certa insegurança; e, mesmo assim, decidiram aceitar o desafio. 
Quanto a formação adequada para atuar no Ensino Remoto, foi possível 
observar que a maioria dos docentes não teve a devida formação; assim sendo, boa 
parte procurou, sozinha, suprir suas necessidades. 
Quanto as competências necessárias, do ponto de vista didático: o docente, 
ao ensinar remotamente, segue enfrentando o mesmo desafio do ensino 
convencional, que enfrenta em sala de aula presencial, cabendo-lhe toda 
organização didática do ensino aplicado. 
Assim que, partindo da ótica da pedagogia, é possível conceber que o ensino 
remoto inclui o mestre e o aluno, no seio do que se conhece como a quinta 
revolução, a saber, na relação do ser humano com a tecnologia em si, sobretudo, 
com a ação indispensável da inteligência artificial, reclamando novos protocolos 
éticos que envolvam, sobretudo, direta e efetivamente, responsabilidade e eficiência 
do ambiente escolar; atendendo plenamente, tudo que diz respeito ao domínio de 
competências digitais [habilidades e atitudes]. 
Evidentemente, que quanto as Habilidades do professor, sobretudo quanto da 
sua atuação, independentemente do ambiente onde aconteça, é sempre um desafio. 
Ele sempre é passivo de surpresas; às vezes com situações inesperadas e 
desafiadoras que o impulsionarão a propor soluções de caráter imediato; e o mesmo 
ocorre no ensino remoto. As estratégias e métodos, também poderão ser diferentes, 
mas os componentes curriculares, os conteúdos, a avaliação e a interação entre os 
que integram o ambiente, terão a mesma igualdade e relevância. 
Aqui vimos que professores tiveram que se adaptar ao novo modelo de 
ensino, e isso motivou situações de superação, sobretudo no ambiente da disciplina 
pessoal e da criatividade... Onde foi colocado em prática, a gestão das ideias e do 
conhecimento, buscando viabilizar, também, a igualdade para todos, de modo 
12 
inovador, através das várias ferramentas tecnológicas (Internet, TV, Rádio, 
Aplicativos, lives por plataformas online, dentre outras) que viabilizassem e 
produzissem tal interação. 
Afinal, o professor deverá conviver com essas duas modalidades de ensino: 
Presencial e online? 
Considerando tudo o que vimos, sem sombra de dúvida, podemos concluir 
que o Ensino Remoto veio para ficar!... Ele veio agregar valor ao ensino presencial e 
que todos (gestores, professores, pais e alunos), tiveram e seguirão tendo, através 
das diferentes práticas e ferramentas, que se adaptar, principalmente neste 
momento de pandemia, a este novo modelo de educação, o Ensino Híbrido. 
13 
REFERÊNCIAS 
 
BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 4. ed. São Paulo: Autores 
associados, 2006 
 
BRASIL. Medida provisória nº 934, de 01 de abril de 2020. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 01 abr. 2020. Edição: 
63-A, Seção: 1 – Extra, p. 1. 
 
BRASIL. Parecer CNE/CP nº 9/2020. Publicado no D.O.U. de 1º/6/2020, Seção 1, 
Pág.32. 
 
BRASIL. Portaria nº 5447, de 16 de junho de 2020. Publicado em: 17/06/2020, 
Edição: 114, Seção: 1, Página: 62. 
 
COSTA, Renata. Entrevista para Desafios da Educação. Disponível em: 
<https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/coronavirus-ensino-remoto/>. Acesso 
em: 14/11/2020. 
 
GIL, Antonio C. Métodos e Técnicas em pesquisa social. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 
1999. 
 
LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Maria de Andrade. Metodologia do Trabalho 
Científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, 
publicações e trabalhos científicos. São Paulo: Atlas, 2001. 
 
MELO, Elvis Medeiros de; MAIA, Dennys Leite (2019).“Uma Análise Exploratória 
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Disponível em: <https://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2019/12/Art2-Ano-11-
vol31-Dezembro-2019.pdf> Acesso em: 14/11/2020. 
 
MICHAELIS. Dicionário online. Disponível em:<https://michaelis.uol.com.br> 
Acesso em: 14/11/2020. 
 
MINAYO, Maria Cecília de Souza (Org.). Pesquisa social: teoria, método e 
criatividade. Petrópolis: Vozes, 1999. 
 
MOORE, Michael e KEARSLEY Greg, Educação a Distância: Uma Visão 
Integrada, Thomson, 2007. 
 
PIMENTEL, Lucas; NICOLAU, Marcos (2018). “Os Jogos de Tabuleiro e a 
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SANTOS, Edméa. EAD, palavra proibida. Educação online, pouca gente sabe o 
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https://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2019/12/Art2-Ano-11-vol31-Dezembro-2019.pdfhttps://tecedu.pro.br/wp-content/uploads/2019/12/Art2-Ano-11-vol31-Dezembro-2019.pdf
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https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119
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