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Fármacos que atuam no Sistema digestório

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Fármacos que atuam no Sistema 
digestório
Aparelho Digestório 
O aparelho digestório é responsável por 
várias funções que vão desde a apreensão 
do alimento a eliminação do material que 
não foi aproveitado. 
O que muda entre as espécies são os 
processos digestivos, os animais 
poligástricos são mais complexos do que os 
monogástricos, e os processos digestivos 
dos carnívoros são diferentes dos 
herbívoros. 
 
O trato digestivo possui funções de 
motilidade, liberação de secreções, ação 
enzimática, absorção de nutrientes e 
eliminação e eventos hemodinâmicos. 
Estimulantes do Apetite – 
Orexígenos ou Orexifênicos 
É administrado quando o animal entra em 
estado de anorexia (inapetência) completa 
ou parcial que muitas vezes é 
acompanhada de várias patologias, 
ocorrendo justamente quando o animal 
tem maior necessidade de nutrientes para 
repor o organismo debilitado. 
Há dois mecanismos reguladores da 
ingestão de alimento: 
◈ Curto prazo: responsável pela ingestão 
de alimento, regulando a fome. 
◈ Longo prazo: regula os estoques de 
nutrientes, impedindo o estoque de se 
tornar muito alto ou muito baixo. 
 ◇ Hipotálamo ventromedial – centro da 
saciedade. 
 ◇ Hipotálamo lateral – centro da fome. 
◈ Tônicos amargos: noz vômica, amargo de 
genciana, quássia. Entram em desuso 
◈ Vitaminas do complexo B: fazem parte da 
manutenção do apetite e participam do 
metabolismo. 
◈ Zinco: gera uma acuidade do paladar, ou 
seja, é a capacidade de percepção, no caso 
dos alimentos. Uma vez que a inapetência 
é uma característica importante e precoce 
em animais com deficiência de zinco, 
sugere que o zinco possa ser utilizado com 
a finalidade de estimulação do apetite. 
◈ Esteroides anabolizantes: em geral, são 
substâncias que aumentam a retenção pelo 
organismo, de nutrientes fornecidos pela 
alimentação. Em especial aumento a 
retenção de nitrogênio proteico e não 
proteico (ureia) presentes nos alimentos e 
sua subsequente transformação em 
proteína, particularmente nos músculos 
esqueléticos, portanto, produzem um 
aumento da massa muscular e do peso dos 
animais. 
◈ Anti-histamínicos: possui o mecanismo 
desconhecido. 
 ◇ Ciproheptadina – 0,2 a 0,5 mg/Kg via 
oral, 10 a 20 minutos antes da 
alimentação, orexígeno para cães e gatos. 
◈ Fenodiazepínicos: o mecanismo de efeito 
é atribuído à supressão do centro da 
saciedade localizado no hipotálamo 
ventromedial. 
◇ Diazepam em gatos – 0,05 – 0,15 mg/Kg 
IV, SID. 
FreeText
@vettstudy.g
◇ Elfazepam em bovinos e ovinos. 
Demulcentes, protetores de 
mucosa, emolientes, 
adsorventes e 
adstringentes 
Possuem funções de lubrificar, recobrir, 
proteger ou aliviar a irritação da mucosa. 
Os demulcentes são substâncias de alto 
peso molecular que fazem efeito nas 
primeiras porções do trato digestivo, ou 
seja, da boca até o estômago. 
Enquanto os protetores de mucosa são 
substâncias insolúveis e quimicamente 
inertes (sem atividade ou movimentos 
próprios) que atuam nas porções finais do 
trato digestivo. 
Já os emolientes são substâncias 
gordurosas ou oleosas utilizadas em geral 
sobre a pele e eventualmente em 
membranas mucosas. 
Os adsorventes são substâncias que, por 
meio de forças eletroestáticas, atraem 
outras (adsorvato), fixando-as sobre sua 
superfície. 
 ◇ Carvão ativado é o mais eficiente 
adsorvente conhecido, que pode ser obtido 
a partir da queima controlada (com baixo 
teor de oxigênio) de madeiras de alta 
dureza a altas temperaturas (800 a 100°C), 
a fim de manter-se sua estrutura porosa, 
responsável pela sua grande área oferecida 
para adsorção, por outro lado o trissilicato 
de alumínio é um adsorvente que, ao 
entrar em contato com o conteúdo 
estomacal, forma dióxido de silicone 
gelatinoso que possui a função protetora 
da mucosa. 
Por fim as substâncias adstringentes 
possuem a capacidade de precipitar 
(formar um sólido durante a reação 
química) a camada superficial proteica das 
células, formando uma película protetora 
(insolúvel), sobre a superfície. Atualmente, 
são mais utilizados sobre a pele do que 
sobre as membranas mucosas e em 
particular, no intestino são 
desaconselhados, pois podem causar uma 
película protetora sobre o microrganismo 
causador de diarreia, impedindo a atuação 
do antimicrobiano. 
 ◇ Ex: ácido tânico (se houver lesão da 
mucosa, pode ser absorvido e causar 
necrose hepática centrolobular), íons 
metálicos (zinco). 
 
Antiácidos 
◈ Hidróxido de alumínio: possui uma ação 
local no estômago, assim uma molécula de 
hidróxido de alumínio reage com três 
moléculas de ácido clorídrico, formando 
cloreto de alumínio e água, sendo assim, os 
sais de alumínio são mais potentes devido 
a sua ligação a três moléculas. O hidróxido 
de alumínio tem função farmacológica útil, 
pois exerce função demulcente e 
adsorvente e além disso, pode ter ação 
constipadora e por isso, muitas vezes são 
usados em associação com os sais de 
magnésio, que tem função laxativa e a 
finalidade da associação é justamente 
reduzir os efeitos colaterais. O uso 
prolongado de hidróxido de alumínio pode 
causar efeitos indesejáveis, uma vez que 
possuem efeito adstringente, interferem 
na absorção de fosfatos por intermédio da 
formação de fosfato de alumínio no 
intestino, levando a hipofosfatúria e 
hipofosfatemia. 
Bloqueadores de Secreção 
de Ácido Clorídrico (HCl) 
Uso desses agentes na medVet vem se 
ampliando à medida que se melhoram os 
métodos de diagnóstico das lesões 
gástricas. 
O controle da liberação dessa secreção 
(HCl) é realizado pela acetilcolina (cia nervo 
vago ou estimulo vagal), que atua em 
receptores muscarínicos e pela gastrina, 
ambas promovendo a liberação de 
histamina (que atuam me receptores do 
tipo H2), esta, de HCl. Este último 
FreeText
@vettstudy.g
mecanismo exerce controle parcial de sua 
própria liberação por meio de um 
mecanismo de retroalimentação negativo 
sobre a gastrina. 
 
A secreção gástrica pelas células parietais 
da mucosa gástrica é estimulada pela 
acetilcolina, histamina e gastrina. As 
ligações da acetilcolina, histamina e 
gastrina com seus receptores resulta na 
ativação de proteínas-quinases, que por 
sua vez, estimulam a bomba de prótons 
H+/K+ATPase a secretar íons de hidrogênio 
em troca de K+ para o lúmen do estômago. 
Em contraste, a ligação de prostaglandina 
E2 e somastatina aos receptores diminui a 
produção de ácido gástrico. 
◈ Antagonistas muscarínicos: Pirenzenpina 
e telenzepina. Estes agentes, além de 
reduzirem em 40 a 50% a secreção gástrica 
basal de ácido clorídrico, podem também 
retardar o esvaziamento gástrico, 
permitindo interação mais longa entre o 
ácido e o antiácido, quando associados. Por 
outro lado, os efeitos colaterais (boca seca, 
dificuldade visual e constipação intestina) 
limitam a utilização destes agentes. 
◈ Antagonistas anti-histamínicos do tipo 
H2: Cimetidina, ranitidina, famotidina e 
nizatidina. São bem absorvidos pela via 
oral e são eliminados principalmente pela 
urina, cerca de 60% destes agentes pode 
ser excretado de forma inalterada através 
desta via, bloqueiam o receptor da 
histamina na célula parietal. 
◈ Inibidores da bomba gástrica de HCl: 
Omeprazol e lansoprazol. Estes agentes 
bloqueiam reversivelmente a bomba de 
prótons localizada na membrana das 
células parietais responsáveis pela 
secreção de ácido clorídrico, chamada 
H+K+ATPase, esta bomba troca íons de 
hidrogênio por potássio. 
◈ Prostraglandinas (PGE2 e PGI2): a PGE2 e 
PGI2 são as principais prostaglandinas 
sintetizadas pela mucosa gástrica, e elas 
inibem a secreção de HCl e estimulam a 
secreção do muco protetor, chamado de 
efeito citoprotetor. 
O Misoprostol é um análogo (que tem 
função semelhante, mas de origem 
embrionária distinta) sintético da PGE1 
introduzindo na terapêutica dos estados de 
hipersecreçãogástrica que tem como 
efeito colateral o aumento da motilidade 
uterina e intestinal. 
◈ Sucralfato: complexo formado de 
sacarose sulfatada e hidróxido de alumínio. 
Admite-se que seu mecanismo de ação 
está relacionado com sua capacidade de 
formar um complexo com exsudato do 
tecido lesado, produzindo uma barreira 
protetora sobre a mucosa. Acredita-se 
também que o Sucralfato estimula a 
produção de prostaglandina, que por sua 
vez, aumenta a produção de muco pelas 
células epiteliais superficiais da mucosa 
gástrica, e ainda inativa a pepsina (enzima 
digestiva que é produzida pelas paredes do 
estômago, sendo ativada pela presença de 
suco gástrico, e tem como função 
desdobrar as proteínas em pépticos mais 
simples). 
Esse medicamento pode ser útil na 
prevenção de úlceras gástricas induzidas 
pelos anti-inflamatórios não esteroidais. 
Eméticos 
O vômito ou êmese/emese espontâneo 
representa um mecanismo de defesa do 
organismo para remover material 
deglutido ou refluído das primeiras 
porções do intestino, este também pode 
ser induzido pelo uso de eméticos, ou seja, 
eméticos são medicamentos utilizados 
para produção da emese, principalmente 
em situações de intoxicação, visando 
impedir ou reduzir a absorção do agente 
FreeText
@vettstudy.g
tóxico ingerido e que ainda está presente 
no estômago. 
A emese é acompanhada de uma série de 
alterações orgânicas: 
 ◇ 1 - Inicia-se pela abolição da motilidade 
gástrica (fase de náuseas no homem). 
◇ 2 – Seguida pelo fechamento do piloro 
(parte mais distal do estômago). 
◇ 3 – Abertura da cárdia (parte/região 
entre esôfago e estômago). 
◇ 4 – Contração simultânea do diafragma e 
musculatura abdominal. 
◇ 5 – Expulsão do conteúdo gástrico pela 
boca. 
O vômito ainda é precedido ou simultâneo 
a sialorreia, aumento da secreção do trato 
respiratório, tosse, queda da pressão 
arterial, sudorese, taquicardia e respiração 
irregular. 
A emese pode ser produzida por 
estimulação da mucosa gástrica (por 
substâncias irritantes) ou por distúrbios do 
aparelho vestibular (cinetose – qualquer 
distúrbio causado por um movimento não 
habitual do corpo) ou por origem central 
(infecções virais, febre ou toxemia). 
A emese não ocorre em equinos, 
ruminantes, roedores, cobaias e coelhos. 
Em equinos com infecção grave, pode 
ocorrer regurgitação do conteúdo gástrico 
por via oronasal. 
◈ Eméticos de ação local/irritantes: 
produzem irritação da mucosa gástrica e 
consequentemente induzem o vômito, são 
usadas com está finalidade soluções a 1% 
de sulfato de zinco ou cobre, cloreto de 
sódio (utilizado na forma sólida, colocado 
sobre a base da língua ou fornecimento em 
solução concentrada levemente aquecida), 
água oxigenada para cães (na concentração 
de 3% causa vômito reflexo, por distensão 
estomacal, concentrações maiores podem 
induzir quadros eméticos graves, 
geralmente administrada na dose de 1 a 2 
mL/Kg, o vômito ocorre após 10 minutos, a 
dose pode ser repetida caso não ocorra 
vômito no período de 20 minutos após a 
primeira administração, não deve ser 
negligenciada a possibilidade de aspiração 
de espuma do peróxido de hidrogênio e 
com isso levar a morte do animal). 
◈ Eméticos de ação central: a apomorfina é 
o principal emético de ação central, um 
potente agonista de receptores 
dopaminérgicos, que atua na zona 
deflagradora dos quimiorreceptores (zona 
extensora do sistema nervoso). A 
apomorfina é um opioide obtido a partir da 
exposição da morfina ao ácido clorídrico, 
porém não tem efeitos analgésicos. O 
vômito ocorre entre 2 a 3 minutos após a 
administração parenteral, podendo 
continuar por 5 a 15 minutos, 
posteriormente, segue-se um período de 
depressão em parte, deve-se ao efeito 
depressor da apomorfina. Os cães são 
mais susceptíveis ao vômito induzindo pela 
apomorfina do que os gatos, porque os 
gatos possuem menor número de 
receptores dopaminérgicos na ZDQ. 
A xilazina, é um medicamento usado 
amplamente para produzir efeito sedativo, 
analgesia e miorrelaxamento, quando 
administrada pela via SC ou IM, pode 
também causar vômito dentro de poucos 
minutos após a administração, 
particularmente em gatos. A xilazina é uma 
agonista de receptores alfa 2 – 
adrenérgicos, esses receptores estão 
presentes na ZDQ (Zona Desencadeante do 
Quimiorreceptor) e também no centro do 
vômito em maior número nos gatos do que 
nos cães, esse fato explica a xilazina é mais 
efetiva para indução do vômito em gatos 
(cerca de 90% em relação aos cães 50%). 
Antieméticos 
A emese prolongada pode causar exaustão, 
desidratação, hiponatremia (baixo sódio 
circulante), hipocloremia e quando grave 
até mesmo alcalose em consequência da 
perda excessiva do ácido clorídrico 
gástrico. Nesta situação faz-se necessário o 
emprego de antieméticos, que podem 
atuar tanto localmente reduzindo a 
irritação gástrica como no SNC. 
FreeText
@vettstudy.g
Alimentos de fácil digestão de consistência 
pastosa e frios, podem exercer um certo 
efeito sedante sobre a mucosa gástrica, da 
mesma forma que a água cloroformada 
(0,25%) e soluções com anestésicos locais 
(lidocaína) administrados por via oral. 
◈ Bloqueadores dopaminérgicos – ação 
central: metoclopramida, bromoprida e 
domperidona. Os bloqueadores de 
receptores dopaminérgicos além de 
favorecer o esvaziamento gástrico, estes 
medicamentos são desprovidos de efeitos 
sedativos, que são comuns com outros 
antagonistas dopaminérgicos como os 
derivados fenotiazinicos e butirogenonas. 
O efeito antiemético dessas substâncias é 
atribuído ao bloqueio dos receptores 
dopaminérgicos da ZDQ, cuja estimulação 
induz a e estímulos que atingem 
diretamente o centro do vômito. 
◈ Agentes anticolinérgicos – ação central: 
pelo fato de reduzirem as secreções e a 
motilidade do trato digestivo, podem 
também apresentar efeito antiemético. 
Dentre esses agentes, recomenda-se em 
particular a escopolamina, principalmente 
para o controle de cinetose (qualquer 
distúrbio causado por um movimento não 
habitual do corpo), em cães emprega-se a 
dose de 0,03 mg/Kg, não recomendada 
para gatos. 
◈ Anti-histamínicos – ação central: 
Dimenidrinato (dramin) e a difenidramina. 
Esses medicamentos reduzem os impulsos 
provenientes do aparelho vestibular (onde 
há receptores (H1) que atingem o centro 
do vômito e também bloqueiam receptores 
de H1 da ZDQ. Os cães tem maior número 
de receptores H1 na ZDQ do que os gatos e 
por isso respondem melhor ao efeito 
antiemético dos anti-histamínicos. 
◈ Piridoxina – Vitamina B6 – ação central: 
não se conhece os mecanismos envolvidos, 
especula-se a participação do fosfato de 
piridoxal ativando a enzima descarboxilase 
do ácido glutâmico responsável pela 
conversão do ácido glutâmico em ácido Y-
aminobutírico (GABA), principal 
neurotransmissor inibitório do SNC, 
exercendo, assim efeito inibitório sobre o 
centro do vômito, por outro lado sabe-se 
também, que a diminuição da vitB6 reduz 
as concentrações centrais de norepinefrina 
e serotonina sugerindo eventual 
participação destes neurotransmissores no 
controle do vômito. 
◈ Antagonista de receptores da serotonina 
(5-HT3) – ação central: Ondansetrona. Tem-
se mostrado eficaz no tratamento de 
náuseas induzida por antineoplásicos e 
mais recentemente como antiemético 
perioperatório em humanos. O efeito 
antiemético é consequência do bloqueio 
de receptores de 5-HT3 (serotonina) da 
ZDQ e daquele localizados perifericamente 
nos terminais nervosos vagais. 
◈ Antagonista de receptores da 
neurocinina 1 – ação central: Maropitant 
(cerenia), é um antagonista dos receptores 
da neurocinina 1, que atua inibindo a 
ligação da substancia P, que é 
neutopeptídeo da família das taquicininas, 
a substância P é encontrada em 
concentrações significativas nos núcleos 
que constituem o centro do vômito, ou 
seja,o Maropitant é um antagonista dos 
receptores da neurocinina que bloqueia a 
ação farmacológica da substância P no 
SNC. 
Uso VO e parenteral somente em cães. 
◈ Antieméticos – ação periférica: atuam 
sobre a mucosa gástrica diminuindo a 
irritação gástrica produzem ação sedativa 
com efeito de curta duração. 
 ◇ Ex: gelo picado, bebidas gasosas. 
Antidiarreicos ou 
Constipantes 
A diarreia é mais comum em animais 
jovens e a desidratação que acompanha 
este quadro é a causa mais frequente de 
mortes, acredita-se que a fisiopatologia da 
diarreia está associada a um quadro de 
hipersecreção (com perda de fluido para o 
lúmen intestical, por intermédio de 
mecanismos que envolvem AMPc, GMPc, 
FreeText
@vettstudy.g
calmodulina e Ca++) ou má absorção de 
nutrientes no intestino, embora pesquisas 
nessa área do conhecimento tenham 
avançado bastante, o tratamento da 
diarreia ainda é feito considerando-se 
necessidade imperiosa da hidratação do 
animal (IV ou VO), identificação e combate 
do agente infeccioso responsável pelo 
processo e se necessário o emprego de 
antidiarreicos. 
◈ Depressores da motilidade: os 
anticolinérgicos atuam diminuindo a 
motilidade e as secreções do trato 
digestivo e os opioides aumentam o tônus 
da musculatura circular do intestino e do 
esfíncter, bem como redução da secreção 
podendo ser direta ou indiretamente. 
◈ Adsorventes/protetores de mucosa: 
Pectina, caulim, sais de bismuto, carvão 
ativado, floratil, Yakult e probióticos. Agem 
através de forças eletrostáticas, atraem 
moléculas fixando-as sobre a superfície. 
Catárticos 
São medicamentos que favorecem a 
eliminação das fezes, são chamados de 
purgantes quando promovem a eliminação 
das fezes de consistência diarreica e 
laxantes quando as fezes tem consistência 
normal. Alguns laxantes quando se 
aumenta a dose podem exercer efeito 
purgante, por sua vez purgantes quando se 
reduz a dose apresentam efeito laxante e 
há também aqueles cujo o efeito é 
exclusivamente laxante ou purgante, 
independente da dose empregada. 
◈ Catárticos emolientes ou lubrificantes: 
lubrificam e amolecem as fezes impedindo 
a sua dessecação, exercem efeito 
sobretudo laxante. O óleo mineral 
(parafina liquida, vaselina liquida ou óleo 
de parafina) é uma mistura de 
hidrocarbonetos líquidos obtidos do 
petróleo administrado por VO que tem 
efeito laxante e não digerido e 
praticamente não é absorvido pelo 
organismo, quando utilizado por 2 a 3 dias, 
este óleo penetra nas fezes amolecendo-as 
e, por recobrir a mucosa intestinal, pode 
reduzir a absorção de água. Enquanto o 
óleo vegetal (óleo de amêndoas, oliva, etc) 
também podem ser usados como laxantes, 
porém, como são hidrolisados pela lipase 
intestina e absorvidos, há necessidade de 
se administrar uma dose que supere a 
capacidade de hidrólise dessa enzima para 
que o efeito seja observado, o uso de óleos 
laxantes tem a desvantagem de reduzir a 
absorção das vitaminas lipossolúveis. Já os 
docusatos (de sódio, cálcio e potássio) são 
surfactantes (detergentes) que facilitam a 
entrada de água e gordura no bolo fecal, 
amolecendo-o e facilitando sua eliminação 
acredita-se que também alteram a 
absorção de água e eletrólitos e produzem 
efeito sobre a mucosa intestinal. 
◈ Catárticos formadores de massa e/ou 
coloides hidrófilos: são usados 
principalmente em pequenos animais e 
exercem função essencialmente laxante, a 
este grupo pertencem os o 
policarbopolissacarídeos naturais, 
semissintéticos e celulose obtida de 
sementes (de plantago – planta do gênero 
Psyllium), casca de sementes (farelos), 
algas e etc. Esses agentes, que também são 
indigeríveis, têm também propriedade 
hidrófilas, promovendo amolecimento das 
fezes e aumentando seu volume, e 
consequentemente, distendendo as fibras 
musculares do intestino, induzindo 
reflexamente o aumento da motilidade 
intestinal e efeito laxante. 
◈ Catárticos irritantes: promovem a 
irritação da mucosa intestinal ou inibem a 
absorção de água, eletrólitos e nutrientes o 
ainda estimula os plexos intramurais 
aumentando a motilidade intestinal e 
causando, consequentemente, o efeito 
catártico. Os exemplos de antraquinônicos 
são plantas que possuem glicosídios que, 
após a administração VO, sofrem a ação da 
flora presente no cólon, liberando a 
aglicona, que é absorvida moderadamente, 
esta porção absorvida pode ser excretada 
na bile (com possíveis efeitos no ID), na 
FreeText
@vettstudy.g
saliva, na urina e no leito. Estes catárticos 
podem ter efeito laxante ou purgante 
dependendo da dose administrada. 
O óleo de rícino/mamona/carrapateira é 
hidrolisado no ID pela lipase intestinal, 
liberando glicerol + ácido ricinoleico, 
responsáveis pelo efeito catártico, 
principalmente o ácido ricinoleico. 
O difenilmetano o mais utilizado na 
medVet é o felftaleín, seu efeito é 
inconstante nas diferentes espécies, sendo 
seu uso restrito a suínos, cães e gatos. A 
principal vantagem é o efeito prolongado 
devido a parte absorvida sofrer o ciclo 
êntero-hepático, o efeito aparece dentro 
de 4 a 6 horas. 
◈ Catárticos osmóticos/salinos: são pouco 
ou lentamente absorvidos, exercendo 
atividade osmótica no lúmen intestinal, 
assim atraindo água para a região como 
isso há a distensão das fibras musculares 
lisas intestinais e, reflexamente, aumento 
do peristaltismo produzindo efeito laxante 
ou purgante dependendo da dose. 
Hepatoprotetores 
É um medicamento ou suplemento que 
protege o fígado de doenças. Ele também 
alivia desconfortos na região e ajuda quem 
sofre de distúrbios gastrointestinais. São 
agentes hepatotrópicos e os agente 
lipotrópicos. 
◈ Colina: agente lipotrópico que promove a 
conversão da gordura hepática em 
fosfolipídios que contenham colina, 
previne a esteatose hepática (degeneração 
gordurosa). 
◈ Metionina: favorece a metilação de 
substâncias químicas (biotransformação), 
facilitando a eliminação do organismo, não 
pode ser utilizada em insuficientes 
hepáticos. 
◈ SAME (S-Adenosil Metionina): formado a 
partir da metionina do fígado, cofator 
enzimático, antioxidantes. 
◈ Vitamina B12: faz parte da formação da 
colina. 
◈ Vitamina E e Selênio: efeito antioxidante. 
◈ Ácido ursodesocicólico - Ursacol: 
colerético e colagogo (aumenta a secreção 
e a contração biliar), evita colestase 
(retenção de bile nas vias biliares). 
 
Transfaunação 
Transferência do fluido ruminal fresco ( 2 a 
3 L), contém bactérias viáveis (1011/mL) e 
protozoários (106), fatores de fermentação 
(ácidos graxos, minerais, vitaminas e 
proteínas microbianas). 
Antiespumantes 
Facilitam a eliminação de gases contidos no 
trato digestório, dificultam a formação de 
espuma nos líquidos digestivos impedindo 
a formação de bolhas ou rompendo as já 
formadas favorecendo a eliminação dos 
gases através das eructações ou dos flatos. 
Utilizado em caso de timpanismo e 
necessita de sonda. 
 ◇ Ex: dimeticona (Luftal), dimeticona + 
metilcelulose (ruminol, timpanil). 
Antifermentativos 
Diminuem ou previnem a fermentação 
excessiva da celulose no rúmen ou cólon 
consequentemente diminuindo a formação 
de gases, utilizado em casos de timpanismo 
em ruminantes e cólica timpânica em 
equinos. 
 ◇ Ex: terebintina e a formalina. 
Acidificantes 
Ruminorreticulares 
Usados para tratar estase ruminal, pH 
maior que 7,5 ou indigestão, intoxicação 
aguda por ureia. 
 ◇ Ex: ácido acético (vinagre), ácido 
propanoico, ácido lático. 
Moduladores da Motilidade 
– Pró-Cinéticos 
Estimulam, ordenam e restauram a 
motilidade gástrica, pilórica e ID, usado na 
atonia ruminal e cólica equina. 
◈ Neostigmina: carbamato – poucos efeitos 
FreeText
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colaterais. 
◈ Carbacol: tende causar contrações 
espásticas incoordenadas bem como 
paralisia reticular e timpanismo 
espontâneo. 
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