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Processo do trabalho - Conciliação, acordo judicial e extrajudicial

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
PROCESSO DO TRABALHO
AULA SOBRE CONCILIAÇÃO
ACORDO JUDICIAL E EXTRAJUDICIAL
CCP – COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - Art. 625-A E SS DA CLT 
As empresas e os sindicatos podem instituir Comissões de Conciliação Prévia, de composição paritária, com representante dos empregados e dos empregadores, com a atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas. 
As Comissões de Conciliação Prévia têm prazo de dez dias para a realização da sessão de tentativa de conciliação a partir da provocação do interessado. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo. 
DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL – ART. 885-B E SS DA CLT 
As partes celebrar acordo extrajudicial e pedir homologação judicial. O art. 855- B, prescreve que o processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. 
Atenção!!! As partes não poderão ser representadas por advogado comum. E, faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. 
Conforme art. 855-C, a possibilidade de celebrar acordo extrajudicial não prejudica o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 da CLT e não afasta a aplicação da multa prevista no § 8º art. 477 desta Consolidação. 
Nos termos do art. 855-D, no prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença. 
A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo. (Art. 855-E). 
ARBITRAGEM: Conforme o art. 507-A, nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. 
NULIDADES 
Meras irregularidades sem consequências: Alguns atos processuais podem não se revestir de formalidades legais, mas não trazerem consequência alguma para a validade do processo, tais como uso de abreviaturas ou termos lavrados com tinta clara ou lápis (CPC, art. 272, §3º). 
Irregularidades com sanções extraprocessuais: Alguns atos praticados sem observância de alguns requisitos legais geram apenas sanções fora do processo (geralmente, de ordem disciplinar), como é o caso do juiz que retarda, sem justificativa, a prática de algum ato (CPC, art. 143, II). 
Irregularidades que acarretam nulidades processuais: Há, aqui, uma consequência processual de acordo com a gravidade da nulidade, que, por isso pode ser relativa ou absoluta. 
Irregularidades que acarretam a inexistência do ato processual: A sentença sem assinatura do juiz é, segundo entendimento quase unânime, inexistente. A própria lei instrumental civil prevê expressamente que os atos processuais não ratificados praticados por advogado que atua sem instrumento de mandato são considerados inexistentes (CPC, art. 104, §2º). 
A nulidade absoluta é imposta quando determinado ato fere norma fundamentada no interesse público, de ordem pública absoluta. As partes não têm o poder de dispor em relação a um interesse público e, se assim o fizerem, restará configurada a nulidade absoluta, ou seja, mesmo estando às partes de acordo com o ato praticado, versando este sobre norma de interesse público, de ordem pública absoluta, estará presente tal nulidade. Esta nulidade compromete todo o processo. Como exemplo de fato que acarretaria a nulidade absoluta podemos citar as regras de competência funcional. Caso as partes não observem tais regras haverá a nulidade absoluta. Desta forma, se o juiz não decretar esta nulidade de ofício, o processo estará viciado pela nulidade absoluta e, por isso, não poderá ser apreciado pelo juízo incompetente. 
Já a nulidade relativa representa um vício sanável, posto que decorre da ofensa ao interesse da parte, isto é, quando a norma desrespeitada tiver por base o interesse da parte e não o público. Sendo assim, esta nulidade desaparecerá se a parte interessada sanar o vício que a determina. Por exemplo, não estando a parte devidamente representada, o juiz designará um prazo para que este vício seja sanado e, o sendo, o processo prosseguirá normalmente. 
Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes. 
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. 
§ 2º O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade competente, fundamentando sua decisão. 
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende. 
Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam consequência. 
Súmula nº 427 do TST. Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
DAS PARTES E PROCURADORES 
 • Capacidade de ser parte: aptidão de ser titular de direitos e deveres 
• Capacidade processual: aptidão para a prática de atos processuais sem a necessidade de assistência ou representação. 
• Litisconsórcio – cumulação de lides, com pluralidades de pessoas no polo ativo ou passivo. Lembrar do NÃO prazo em dobro!!!! 
OJ 310 SDI-I. Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente. 
• Representação: absolutamente incapazes (art. 3º do CC) 
• Assistência: relativamente incapazes (art. 4º do CC) 
Art. 793 – CLT- A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou curador nomeado em juízo. 
• Pessoas jurídicas (CPC, art. 75, VIII): Representantes designados nos estatutos ou, se não designado, por seus diretores 
• Pessoas jurídicas de direito público: 
União/Estados/DF – Procuradores 
Municípios – prefeitos e procuradores 
Autarquias e fundações - procuradores 
OJ 318. 
I - Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome das autarquias e das fundações públicas. 
II – Os procuradores estaduais e municipais podem representar as respectivas autarquias e fundações públicas em juízo somente se designados pela lei da respectiva unidade da federação (art. 75, IV, do CPC de 2015) ou se investidos de instrumento de mandato válido. 
Súmula nº 436 do TST. 
I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandato e de comprovaçãodo ato de nomeação. 
II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. 
Súmula 395 
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) 
II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se anexado ao processo o respectivo instrumento no aludido prazo. 
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002).
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. 
V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instância recursal (art. 76 do CPC de 2015). 
Súmula nº 383 do TST 
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e não se conhece do recurso. 
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015). 
Lembrar!!! Art. 104 do CPC: para evitar decadência, prescrição ou ato urgente: ato condicional (prazo 15 dias, prorrogável por mais 15). 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA 
Com a reforma trabalhista sempre haverá honorários de sucumbência, sendo estes entre 5% a 15%, e devidos mesmo pelo beneficiário da justiça gratuita, se tiver créditos naquele processo ou em outro. 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. 
§ 1º Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. 
§ 2º Ao fixar os honorários, o juízo observará: 
I - o grau de zelo do profissional; 
II - o lugar de prestação do serviço; 
III - a natureza e a importância da causa; 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
§ 3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários. 
§ 4º Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. 
§ 5º São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. 
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
 • Assistência Judiciária Gratuita – direito da parte de ter um advogado do Estado gratuitamente, bem como estar isenta das despesas e taxas. 
• Assistência Gratuita – direito à gratuidade de taxas, custas, emolumentos, honorários de perito, etc. 
No Processo do Trabalho, a Assistência Judiciária Gratuita está disciplinada no art. 14, § 1º, da Lei n. 5.584/70 
Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador. 
§ 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. 
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas. 
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde resida o empregado. 
Requisitos para a concessão da JUSTIÇA GRATUITA: 
CLT, no art. 790, § 3 º e §4º: 
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do regime geral de previdência social. 
§ 4º O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo. 
PRAZOS 
CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS 
COMO REGRA GERAL: os prazos processuais são contados excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o dia do vencimento. 
Atenção, com a reforma trabalhista os prazos passam a ser contados em dias úteis. 
Art. 774 a 776 da CLT: 
Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. 
§ 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes hipóteses: 
I - quando o juízo entender necessário; 
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. 
§ 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito. 
Art. 776 - O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos escrivães ou secretários. 
Também há três Súmulas que frequentemente são cobradas no exame de ordem: 
Súmula nº 1 do TST
Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
Súmula nº 385 do TST 
I – Incumbe à parte o ônus de provar, quando da interposição do recurso, a existência de feriado local que autorize a prorrogação do prazo recursal (art. 1.003, § 6º, do CPCde 2015). No caso de o recorrente alegar a existência de feriado local e não o comprovar no momento da interposição do recurso, cumpre ao relator conceder o prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício (art. 932, parágrafo único, do CPC de 2015), sob pena de não conhecimento se da comprovação depender a tempestividade recursal; 
II – Na hipótese de feriado forense, incumbirá à autoridade que proferir a decisão de admissibilidade certificar o expediente nos autos; 
III – Admite-se a reconsideração da análise da tempestividade do recurso, mediante prova documental superveniente, em agravo de instrumento, agravo interno, agravo regimental, ou embargos de declaração, desde que, em momento anterior, não tenha havido a concessão de prazo para a comprovação da ausência de expediente forense. 
Súmula nº 262 do TST 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem os prazos recursais. 
SUSPENSÃO: a contagem é paralisada e retoma de onde parou. 
Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive. 
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo. 
§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento. 
INTERRUPÇÃO: a contagem é inutilizada e recomeça-se a contagem do início. Ex: Embargos de Declaração. Art. 897-A, §3º da CLT. 
Também é importante lembrar do DECRETO 779/69 que refere que: 
Art. 1º Nos processos perante a Justiça do Trabalho, constituem privilégio da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das autarquias ou fundações de direito público federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica: 
II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841, "in fine", da Consolidação das Leis do Trabalho; 
III - o prazo em dobro para recurso; 
PROCEDIMENTOS 
RITO SUMÁRIO 
Demandas de até 2 SM 
Restrição de recursos: matéria constitucional e ED 
RITO SUMARÍSSIMO 
O procedimento sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho pelo advento da Lei n. 9.957, de 12-1-2000, que incluiu os arts. 852-A a 852-I na CLT. 
Segundo o diploma consolidado alterado, os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário-mínimo vigente na data do ajuizamento da ação serão processados pelo rito sumaríssimo (CLT, art. 852-A). 
Estarão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que seja parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. 
Assim, possui algumas peculiaridades: 
Audiência Una; 
Sentença não precisa de relatório; 
São ouvidas apenas 2 testemunhas por parte; 
Petição inicial deve indicar obrigatoriamente o valor de cada pedido na ação; 
Não se admite a citação por edital; 
Audiência deve ser marcada em no máximo 45 dias; 
RITO ORDINÁRIO 
O procedimento ordinário dos dissídios individuais, no processo trabalhista, está regulado, de forma esparsa entre o art. 763 e o art. 852 da CLT. As reclamatórias trabalhistas que se submetem ao rito ordinário são as de valores que ultrapassem 40 (quarenta) salários mínimos, na data de seu ajuizamento. 
No rito ordinário deve ocorrer obrigatoriamente 2 audiências: de conciliação e de instrução. 
Para compreender os requisitos da petição inicial trabalhista é prudente analisar os fundamentos do CPC e da CLT: 
Art. 283 CPC - A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação. 
Art. 396 CPC- Compete à parte instruir a petição inicial (art. 283) ou a resposta (art. 297) com os documentos destinados a provar-lhe as alegações. 
Art. 787 CLT- A reclamação escrita deverá ser formulada em duas vias e desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. 
Art. 830 CLT- O documento oferecido para prova só será aceito se estiver no original ou em certidão autêntica, ou quando conferida a respectiva pública forma ou cópia perante o juiz ou tribunal.
Art. 840 CLT- A reclamação poderá ser escrita ou verbal. Atenção!!! Artigo alterado: 
§ 1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1º deste artigo. 
§ 3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.” 
As partes, conforme dispõe o art. 840 da CLT, poderão realizar a petição inicial na forma oral, observando o seguinte: 
Art. 731 CLT - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. 
Ou seja, incorrerá na pena de perempção provisória aquele que não retornar quando fizer reclamação verbal. E, a mesma penalidade é aplicada quando o reclamante por duas vezes seguidas não comparecer na audiência inicial ou una. 
Art. 732 CLT - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o art. 844.

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