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Penal - Zamboni

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Conduta. 
ASPECTO OBJETIVO:
Comportamento humano;
 +
Comportamento voluntário (dirigido a um fim);
ASPECTO SUBJETIVO:
Dolo.
 ou
Culpa. 
(2013 - CESPE - PC-DF - Agente de Polícia) O crime culposo advém de uma conduta involuntária.
Causas de exclusão da conduta por ausência de voluntariedade.
Atos reflexos;
Sonambulismo;
Hipnose;
Coação Física Irresistível (vis absoluta). 
(2013 - FUNCAB - PC-ES - Escrivão de Polícia) Manoel estava cortando uma laranja com um canivete em seu sítio, distraído, quando seu primo, Paulo, por mera brincadeira, veio por trás e deu um grito. Em razão do susto, Manoel virou subitamente, ferindo Paulo no pescoço, provocando uma lesão que o levou a óbito. Logo, Manoel:
 a) não praticou crime, pois agiu por ato reflexo.
 b) praticou o crime de homicídio culposo.
 c) praticou o crime de homicídio doloso por dolo direto.
 d) praticou crime de homicídio doloso por dolo eventual.
 e) praticou crime de lesão corporal seguida de morte.
(2016 - CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Conhecimentos Gerais) A coação física e a coação moral irresistível excluem a conduta do agente, pois eliminam totalmente a vontade pelo emprego da força, de modo que o fato passa a ser atípico.
(2015 - CESPE - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Aquele que for fisicamente coagido, de forma irresistível, a praticar uma infração penal cometerá fato típico e ilícito, porém não culpável.
Dolo.
Previsão legal:
Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(2014 - IBFC - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Em	relação ao dolo o Código Penal adota as teorias:
 a) Da vontade e do assentimento. 
 b) Da vontade e da cognição.
 c) Da representação e do assentimento. 
 d) Da probabilidade e da cognição.
Dolo direto.
1º grau: O agente quer um resultado e vai em busca dele.
2º grau: O agente quer um resultado (busca um dolo de 1º grau) e, para alcançar este fim, escolhe um meio. Deste meio escolhido decorrem, necessariamente, consequências necessárias. (Por isto o dolo direto de 2º grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias). 
(2014 - VUNESP - PC-SP - Técnico de Laboratório) Condutor dirige seu veículo e vê seu maior desafeto atravessando a rua na faixa de pedestres. Estando próximo à faixa, o condutor, consciente, deliberada e intencionalmente, acelera seu veículo e o coloca na direção de seu desafeto, acabando por atropelá-lo e matá-lo. De acordo com o Código Penal, o crime cometido deve ser considerado
 a) culposo porque o agente deu causa ao resultado por imperícia.
 b) doloso porque o agente não atentou para a faixa de pedestres.
 c) doloso porque o agente tinha intenção de matar seu desafeto.
 d) culposo porque o agente deu causa ao resultado por negligência.
 e) culposo porque o agente deu causa ao resultado por imprudência.
(2014 - FGV - MPE-RJ - Estágio Forense) Jorge pretende matar seu desafeto Marcos. Para tanto, coloca uma bomba no jato particular que o levará para a cidade de Brasília. Com 45 minutos de voo, a aeronave executiva explode no ar em decorrência da detonação do artefato, vindo a falecer, além de Marcos, seu assessor Paulo e os dois pilotos que conduziam a aeronave. Considerando que, ao eleger esse meio para realizar o seu intento, Jorge sabia perfeitamente que as demais pessoas envolvidas também viriam a perder a vida, o elemento subjetivo de sua atuação em relação à morte de Paulo e dos dois pilotos é o:
 a) dolo alternativo;
 b) dolo eventual;
 c) dolo geral ou erro sucessivo;
 d) dolo normativo;
 e) dolo direto de 2º grau ou de consequências necessárias.
(2014 - CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Ricardo, com o objetivo de matar Maurício, detonou, por mecanismo remoto, uma bomba por ele instalada em um avião comercial a bordo do qual sabia que Maurício se encontrara, e, devido à explosão, todos os passageiros a bordo da aeronave morreram. Nessa situação hipotética, Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau no cometimento do delito contra Maurício e dolo direto de segundo grau no do delito contra todos os demais passageiros do avião.
(2016 - FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Processual) O dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências necessárias. 
Dolo eventual.
“O agente não quer causar o resultado, mas pratica uma conduta de risco, percebe o que ela pode causar e não se importa com a ocorrência do resultado (assume o risco).”
Previsão legal:
Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Elementos do crime culposo.
Conduta humana voluntária
Resultado lesivo involuntário
Violação de um dever objetivo de cuidado
Nexo de causalidade entre conduta e resultado
Previsibilidade
Tipicidade (Art. 18, II, p. único, CP). 
(2010 - CONSULTEC - TJ-BA - Juiz Leigo) Um médico, ao prescrever um remédio para um paciente, se esquece de informar que o medicamento não pode ser misturado com bebidas alcoólicas, sob pena de causar lesões ao sistema digestivo. O paciente, desavisado, toma o remédio após ingerir bebida alcoólica. Nesse caso, o médico incorre em:
 a) imprudência.
 b) imperícia.
 c) negligência.
 d) conduta atípica.
 e) dolo eventual.
(2011 - MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça) A imprudência é relacionada com a atitude positiva do agente, percebendo-se no seu atuar o desleixo, a desatenção ou a displicência.
(2013 - CESPE - DPF - Perito Criminal Federal - Cargo 10) A imprudência caracteriza-se pela omissão daquilo que razoavelmente se faz, ajustadas as condições emergentes às considerações que regem a conduta normal dos negócios humanos.
(2014 - FGV - SUSAMP - Advogado) São elementos do crime culposo: conduta voluntária, inobservância de um dever objetivo de cuidado; resultado lesivo não querido, tampouco assumido, pelo agente; nexo causal entre a conduta descuidada e o resultado; previsibilidade; tipicidade. 
(2016 - CESPE - TJ-DFT - Juiz) A conduta será culposa quando o agente der causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia e só poderá ser considerada crime se houver previsão do tipo penal na modalidade culposa.
Espécies de culpa.
Inconsciente (ex ignorantia)
Consciente (ex lascívia)
Dolo eventual x Culpa consciente x Culpa inconsciente.
Dolo eventual: O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco, percebe o que essa conduta de risco pode causar e não se importa com a ocorrência do resultado (assume o risco). 
Culpa consciente: O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco, percebe o que essa conduta de risco pode causar mas acredita, sinceramente, que nada vai acontecer. 
Culpa inconsciente: O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco e causa o resultado sem perceber. 
(2013 - FGV - TJ-AM - Analista Judiciário-Oficial de Justiça Avaliador e Leiloeiro) Os elementos listados a seguir devem estar presentes necessariamente em qualquer espécie de crime culposo, à exceção de um. Assinale-o.
 a) Inobservância do dever objetivo de cuidado.
 b) Previsão pelo agente.
 c) Tipicidade.
 d) Resultado lesivo
 e) Previsibilidade.
(2013 - CESPE - Polícia Federal - Escrivão da Polícia Federal) A culpa inconsciente distingue-se da culpa consciente no que diz respeito à previsão do resultado: na culpa consciente, o agente, embora prevendo o resultado, acredita sinceramente que pode evitá-lo; na culpa inconsciente, o resultado, embora previsível, não foi previstopelo agente.
(2014 - VUNESP - PC-SP - Atendente de Necrotério Policial) Aquele que antes de praticar o fato até hipotetiza que ele pode ocorrer, mas acredita, sinceramente, que o resultado não se verificará e, portanto, não admite previamente a possibilidade de o resultado advir, comete crime
 a) premeditado.
 b) doloso.
 c) tentado.
 d) intencional.
 e) culposo.
(2012 - VUNESP - DPE-MS - Defensor Público)
 a) Imprudência é uma omissão, uma ausência de precaução em relação ao ato realizado.
 b) Na culpa consciente, o resultado não é previsto pelo agente, embora previsível.
 c) O resultado involuntário trata de elemento do fato típico culposo.
(2012 - FCC - TJ-PE - Oficial de Justiça) Na culpa consciente, o agente
 a) prevê o resultado, mas não se importa que o mesmo venha a ocorrer.
 b) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por imprudência.
 c) prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não ocorrerá.
 d) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por negligência.
 e) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por imperícia.
(2016 - CESPE - TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Direito) Caracteriza-se o dolo eventual no caso de um caçador que, confiando em sua habilidade de atirador, dispara contra a caça, mas atinge um companheiro que se encontra próximo ao animal que ele desejava abater.
(2013 - FUNCAB - PC-ES - Médico Legista) Há mera culpa consciente, e não dolo eventual, quando o agente:
 a) atua sem se dar conta de que sua conduta é perigosa, e de que desatende aos cuidados necessários para evitar a produção do resultado típico, por puro desleixo e desatenção.
 b) não quer diretamente a realização do tipo, mas a aceita como possível ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado.
 c) conhece a periculosidade da sua conduta, prevê o resultado típico como possível, mas age deixando de observar a diligência a que estava obrigado, por confiar que este não se verificará.
 d) quer o resultado representado como fim de sua ação, sendo sua vontade dirigida à realização do fato típico.
(2015 - FCC - TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) A respeito do dolo e da culpa, é correto afirmar que
 a) na culpa consciente o agente prevê o resultado e admite a sua ocorrência como consequência provável da sua conduta.
 b) no dolo eventual o agente prevê a ocorrência do resultado, mas espera sinceramente que ele não aconteça.
 c) a imprudência é a ausência de precaução, a falta de adoção das cautelas exigíveis por parte do agente.
 d) a imperícia é a prática de conduta arriscada ou perigosa, aferida pelo comportamento do homem médio.
 e) é previsível o fato cujo possível superveniência não escapa à perspicácia comum.
(2014 - CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Age com dolo eventual o agente que prevê possíveis resultados ilícitos decorrentes da sua conduta, mas acredita que, com suas habilidades, será capaz de evitá-los.
(2008 - CESPE - TCU - Analista de Controle Externo - Auditoria Governamental) Durante um espetáculo de circo, Andrey, que é atirador de facas, obteve a concordância de Nádia, que estava na platéia, em participar da sua apresentação. Na hipótese de Andrey, embora prevendo que poderia lesionar Nádia, mas acreditando sinceramente que tal resultado não viesse a ocorrer, atingir Nádia com uma das facas, ele terá agido com dolo eventual.
(2007 - FCC - MPU - Analista - Processual) João, dirigindo um automóvel, com pressa de chegar ao seu destino, avançou com o veículo contra uma multidão, consciente do risco de ocasionar a morte de um ou mais pedestres, mas sem se importar com essa possibilidade. João agiu com culpa consciente.
Compensação de Culpas x Concorrência de Culpas
(2014 - CESPE - TJ-CE - Analista Judiciário - Execução de Mandados) O direito penal admite a compensação de culpas.
(2014 - VUNESP - DPE-MS - Defensor Público) A compensação de culpa deve ser aplicada para efeito de responsabilização do resultado lesivo causado no direito penal pátrio.
(2013 - CESPE - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) Verifica-se o fenômeno da compensação de culpas no caso em que um motorista desatento atropela um pedestre que imprudente e inopinadamente atravessa via pública em local inadequado, estando afastada, portanto, a culpabilidade do motorista.
Preterdolo.
Exemplos:
Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se da lesão resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Estupro 
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
(...)
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
(2010 - FCC - TRE-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) No crime preterdoloso, a conduta inicial é dolosa, mas o resultado dela advindo é culposo.
(2015 - VUNESP - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe) Se da lesão corporal dolosa resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado morte, nem assumiu o risco de produzi-lo, configura(m)-se:
 a) lesão culposa e homicídio culposo, cujas penas serão aplicadas cumulativamente.
 b) lesão corporal seguida de morte.
 c) homicídio culposo qualificado pela lesão.
 d) homicídio doloso (dolo eventual).
 e) homicídio doloso (dolo indireto).
(2014 - CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Ocorre crime preterdoloso quando o agente pratica dolosamente um fato do qual decorre um resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo resultado posterior, é necessário que este seja previsível.
 
Modos de Exteriorização da Conduta
Comissão
Omissão (omissão própria)
Comissão por omissão (omissão imprópria)
Crime comissivo.
Falsificação de documento público
 Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Furto
 Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Crime omissivo (omissão própria)
Omissão de socorro
 Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Comissão por Omissão (Omissão Imprópria)
Existência de DEVER JURÍDICO (causalidade normativa) de evitar um resultado (art. 13, § 2º, CP)
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(2013 - CESPE - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) O resultado típico dos crimes comissivos por omissão pode ser atribuído a qualquer pessoa, e não apenas aos indivíduos que tenham a obrigação jurídica de evitar o resultado.
(2016 - VUNESP - TJM-SP - Juiz de Direito Substituto) Segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente terá relevância penal se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade de evitá-lo.
(2008 - FGV - PC-RJ - Oficial de Cartório) José da Silva é guarda-vidas da piscina do clube Bonsucesso,muito frequentado por crianças. Todos os dias, a piscina do clube é aberta às 9 horas da manhã pelo servente João de Souza e José da Silva é sempre o primeiro a entrar na área da piscina e assumir seu posto no alto da cadeira de guarda-vidas. Contudo, no dia 1º de novembro de 2008, José da Silva não chegou no horário. Mesmo sabendo que a piscina é aberta às 9 horas, José chegou no clube somente às 10 horas e se deparou com uma cena macabra: duas crianças estavam mortas, afogadas na piscina. A partir do fragmento acima, assinale a alternativa correta. 
 a) José da Silva não praticou crime algum. 
 b) José da Silva praticou o crime de omissão de socorro (art. 135, do Código Penal). 
 c) José da Silva praticou o crime de homicídio culposo (art. 121, §3º, do Código Penal). 
 d) José da Silva praticou o crime de homicídio doloso na modalidade comissiva (art. 121, caput, do Código Penal). 
 e) José da Silva praticou o crime de homicídio doloso na modalidade comissiva por omissão, pois ele exercia a função de garantidor (art. 121, caput c/c art. 13, § 2º, do Código Penal). 
Resultado.
Resultado Jurídico (violação da norma)
Resultado Naturalístico (previsto no tipo penal)
(2014 - FGV - PROCEMPA - Analista Administrativo - Advogado) Não há crime sem resultado jurídico.
(2009 - CESPE - DPE-AL - Defensor Público) Todo crime tem resultado jurídico, porque sempre agride um bem tutelado pela norma.
(2014 - FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Não há crime sem:
 a) dolo. 
 b) resultado naturalístico.
 c) imprudência. 
 d) conduta. 
Crimes Materiais: O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este INDISPENSÁVEL à consumação. 
Exemplos:
Homicídio simples
 Art. 121. Matar alguém:
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Lesão corporal
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
 Pena - detenção, de três meses a um ano.
Crimes Formais: O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este DISPENSÁVEL à consumação. 
Exemplos:
 Extorsão
 Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Corrupção passiva
 Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Crimes de Mera Conduta: O tipo penal contém somente conduta, sem mencionar resultado naturalístico. 
Exemplos:
 Violação de domicílio
 Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
 Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
Posse irregular de arma de fogo de uso permitido (Lei 10.826/03)
 Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:
 Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
CRIMES MATERIAIS: O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este INDISPENSÁVEL à consumação. 
CRIMES FORMAIS: O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este DISPENSÁVEL à consumação. 
CRIMES DE MERA CONDUTA: O tipo penal contém somente conduta, sem mencionar resultado naturalístico. 
(2013 - FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) Nos crimes materiais o tipo descreve uma conduta e um resultado, não exigindo que este se produza para sua consumação.
(2013 - FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) Nos crimes formais o tipo descreve apenas uma conduta, não fazendo qualquer referência ao resultado, que não existe no campo naturalístico.
(2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) A extorsão é considerada pelo STJ como crime material, pois se consuma no momento da obtenção da vantagem indevida.
(2014 - CESPE - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto) Mateus tinha em seu poder fotos íntimas de sua ex-namorada Lúcia. Após o fim do namoro, ele exigiu de Lúcia o pagamento de determinada quantia em dinheiro para não publicar as fotos na Internet. Mateus não publicou as fotos e, antes de receber o valor exigido, foi preso. Nessa situação, deve ser imputado a Mateus o crime de tentativa de extorsão.
(2015 - FCC - CNMP - Técnico do CNMP - Segurança Institucional - adaptada) O agente enviou para mulher casada cópias de fotografias dela nua, tiradas em encontro amoroso que haviam mantido. Exigiu dela o pagamento de importância em dinheiro sob ameaça de, caso não atendido, revelar segredo íntimo de sua vida amorosa, enviando as fotos ao seu marido, aos filhos e às pessoas do seu meio social. A partir desse relato, é correto afirmar que a situação é tipificada como crime de extorsão na forma consumada, cuja pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa, pois o agente constrangeu a vítima com o objetivo de obter vantagem econômica.
Nexo causal.
Conceito legal de causa:
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non)
Causalidade psíquica. 
(2015 - FCC - TCE-CE - Conselheiro Substituto (Auditor) O Código Penal adota no seu art. 13 a teoria conditio sine qua non (condição sem a qual não). Por ela, imputa-se o resultado a quem também não deu causa.
(2013 - CESPE - DPE-RR - Defensor Público - adaptada) A teoria adotada pelo CP tem como inconveniente a possibilidade de se levar ad infinitum a pesquisa da causa, abrangendo todos os agentes das causas anteriores, sendo limitada pelo dolo ou culpa da conduta.
(2014 - VUNESP - TJ-SP - Juiz) A relação de causalidade relevante para o Direito Penal é a que é previsível ao agente. A cadeia causal, aparentemente infinita sob a ótica naturalística, é limitada pelo dolo ou pela culpa do agente.
(2013 - MPE-GO - MPE-GO - Promotor de Justiça);Dizia Binding, ironicamente, que a teoria da equivalência, a coberto de limites, levaria a punir-se como participe de adultério o carpinteiro que fabricou o leito em que se deita o par amoroso; (HUNGRIA, Nélson. Comentários ao Código Penal. Vol. I, Tomo 11, 53 ed., Rio de Janeiro: Forense, 1978, p. 66). Com o escopo de obstar esse regressus ad infinitum, deve-se interromper a cadeia causal no instante em que não houver dolo ou culpa por parte daquelas pessoas que tiveram alguma importância na produção do resultado.
(2013 - FCC - TCE-SP - Auditor do Tribunal de Contas) O Código Penal brasileiro considera causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
(2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) O estudo do nexo causal nos crimes de mera conduta é relevante, uma vez que se observa o elo entre a conduta humana propulsora do crime e o resultado naturalístico.
(2014 - VUNESP - TJ-SP - Juiz) A relação de causalidade tem relevância nos crimes materiais ou de resultado e nos formais ou de mera conduta.
(2013 - CESPE - DPE-RR - Defensor Público) De acordo com preceito expresso no CP, a relação de causalidade limita-se aos crimes materiais.
Tipicidade.
Formal.
Material.
Princípio da insignificância (bagatela própria)
Requisitos (STF): 
(A) mínima ofensividade da conduta do agente.
(B) ausência de periculosidade social da ação.
(C) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento.
(D) inexpressividade da lesão jurídica causada. 
(2015 - FCC - TJ-AL - JuizSubstituto) O chamado princípio da insignificância exclui a tipicidade formal da conduta. 
(2012 - FCC - TCE-AP - Analista de Controle Externo - Controle Externo) Denomina-se tipicidade a adequação do fato concreto com a descrição do fato delituoso contida na lei penal.
(2013 - CESPE - DPE-ES - Defensor Público) O princípio da insignificância ou da bagatela exclui
 a) a punibilidade.
 b) a executividade.
 c) a tipicidade material.
 d) a ilicitude formal.
 e) a culpabilidade.
(2012 - MPE-GO - MPE-GO - Promotor de Justiça) O princípio da insignificância não conta com reconhecimento normativo explícito da nossa legislação penal, seja comum ou especial;
 
(2016 - CESPE - TJ-DFT - Juiz) Por adequação social, nos termos da súmula 502, ainda que presentes a materialidade e a autoria, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas, não tipifica o crime em relação ao direito autoral previsto no art. 184, § 2.º, do CP.
Ilicitude ou antijuridicidade (2º elemento do crime)
CAUSAS DE EXCLUSÃO DA ILICITUDE. 
 Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Estado de necessidade.
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(2015 - VUNESP - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe) Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo iminente ou atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, ainda que nas circunstâncias seja exigível sacrifício.
(2013 - FCC - MPE-AM - Agente Técnico - Jurídico) Rivaldo ateou fogo em seu apartamento para receber o seguro correspondente. No entanto, não conseguiu sair do imóvel pelas portas e tentou escapar pela janela, com a utilização de uma corda, juntamente com a sua empregada Nair. A corda começou a romper-se e, em face da existência de perigo atual e inevitável para sua vida, fez Nair desprender-se da corda, cair e morrer, o que permitiu que descesse até o solo. Nesse caso, Rivaldo:
 a) não agiu em estado de necessidade, porque era razoável exigir-se o sacrifício do direito próprio em situação de perigo.
 b) agiu em estado de necessidade, porque não podia de outra forma salvar-se da situação de perigo.
 c) não agiu em estado de necessidade, porque a situação de perigo foi provocada por sua vontade.
 d) agiu em estado de necessidade, porque o perigo era atual e inevitável.
 e) agiu em estado de necessidade, porque o perigo era eventual e abstrato.
(2016 - FGV - CODEBA - Analista Portuário - Advogado) Diego e Júlio César, que exercem a mesma função, estão trabalhando dentro de um armazém localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um incêndio no local em razão de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma pequena porta que permite a saída dos trabalhadores do armazém, mas em razão da rapidez com que o fogo se espalha, apenas dá tempo para que um dos trabalhadores saia sem se queimar. Quando Diego, que estava mais próximo da porta, vai sair, Júlio César, desesperado por ver que se queimaria se esperasse a saída do companheiro, dá um soco na cabeça do colega de trabalho e passa à sua frente, deixando o armazém. Diego sofre uma queda, tem parte do corpo queimada, mas também consegue sair vivo do local. Em razão do ocorrido, Diego ficou com debilidade permanente de membro. Considerando apenas os fatos narrados na situação hipotética, é correto afirmar que a conduta de Júlio César
 a) configura crime de lesão corporal grave, sendo o fato típico, ilícito e culpável. 
 b) está amparada pelo instituto da legítima defesa, causa de exclusão da ilicitude.
 c) configura crime de lesão corporal gravíssima, sendo o fato típico, ilícito e culpável. 
 d) está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da ilicitude. 
 e) está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da culpabilidade. 
Legítima defesa.
 Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(2014 - Aroeira - PC-TO - Agente de Polícia) Para salvar sua vida, M. C. mata um cão feroz que, por instinto, o atacava. Neste caso, M. C. agiu acobertado pela seguinte excludente da ilicitude:
 a) legítima defesa. 
 b) estado de necessidade. 
 c) estrito cumprimento do dever legal
 d) exercício regular de direito.
(2014 - FUNDEP - DPE-MG - Defensor Público) Analise o caso a seguir. Para repelir a arremetida de um cão feroz, o agente usa uma arma de fogo matando o animal. O animal tinha sido instado ao ataque pelo seu dono, o que era do conhecimento do agente. O agente praticou o fato
 a) em estado de necessidade.
 b) em legítima defesa.
 c) em exercício regular de direito.
 d) em inexigibilidade de outra conduta.
(2013 - UEG - PC-GO - Delegado de Polícia) Policial que, encontrando-se em situação de troca de tiros com delinquente, acerta um deles causando-lhe a morte, poderá ter excluída a ilicitude pela causa justificante:
 a) estado de necessidade
 b) legítima defesa
 c) exercício regular de direito
 d) estrito cumprimento do dever legal
(2013 - CESPE - PC-DF - Escrivão de Polícia) Henrique é dono de um feroz cão de guarda, puro de origem e premiado em vários concursos, que vive trancado dentro de casa. Em determinado dia, esse cão escapou da coleira, pulou a cerca do jardim da casa de Henrique e atacou Lucas, um menino que brincava na calçada. Ato contínuo, José, tio de Lucas, como única forma de salvar a criança, matou o cão. Nessa situação hipotética, José agiu em legítima defesa de terceiro.
(2012 - FGV - PC-MA - Escrivão de Polícia) Aquele que mata um cachorro que o atacava por ordem de terceira pessoa, pode alegar a presença da excludente da legítima defesa.
Estrito cumprimento de um dever legal.
Exercício regular de um direito. 
(2012 - CESPE - TJ-AC - Técnico Judiciário - Área Judiciária) A execução de pena de morte feita pelo carrasco, em um sistema jurídico que admita essa modalidade de pena, é exemplo clássico de estrito cumprimento de dever legal.
(2013 - UEG - PC-GO - Escrivão de Polícia Civil) O oficial de justiça que, acompanhando o cumprimento de uma ordem judicial de busca e apreensão pela polícia, diante da recusa do morador em facultar a entrada na residência, determina o arrombamento da porta pelos agentes policiais, atua em 
 a) estado de necessidade
 b) obediência hierárquica
 c) exercício regular de um direito
 d) estrito cumprimento do dever legal
(2015 - FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Ângelo Asdrúbal, reconhecido mundialmente como notável lutador de boxe, já tendo sido campeão brasileiro e vice-campeão mundial na categoria de pesos médios ligeiros, em uma luta com Custódio na busca pela indicação para disputa do cinturão de campeão, obedecendo rigorosamente às regras do esporte lhe desfere diversos socos, os quais vêm a causar lesões gravíssimas em seu adversário (Custódio), ocasionando a morte. Analisando o caso proposto, pode-se afirmar que Ângelo:
 a) praticou lesões corporais culposas (culpa inconsciente).
 b) praticou lesões corporais de natureza grave, em razão dos ferimentos.
 c) não será responsabilizado por ter agido em estrito cumprimento do dever legal.
 d) não será responsabilizado porter agido em exercício regular de direito.
 e) praticou lesões corporais dolosas (dolo eventual).
(2014 - FCC - MPE-PA - Promotor de Justiça) Segundo sua classificação doutrinária dominante, o chamado ofendículo pode mais precisamente caracterizar situação de exclusão de
 a) antijuridicidade.
 b) tipicidade.
 c) periculosidade.
 d) culpabilidade.
 e) punibilidade.
(2013 - IBFC - PC-RJ - Oficial de Cartório) O castigo moderado aplicado pelos pais aos filhos menores, com objetivo de correção, constitui regular exercício do poder familiar e ato penalmente lícito.
(2014 - PUC-PR - TJ-PR - Juiz Substituto) Para que se possa reconhecer o instituto consentimento do ofendido, doutrina enumera alguns requisitos que deverão ser preenchidos pelo agente, dentre eles que o ofendido seja capaz de consentir; que o bem sobre o qual recaia a conduta do agente seja indisponível, que o consentimento tenha sido dado posteriormente à conduta do agente.
(2015 - FCC - TJ-AL - Juiz Substituto) O consentimento do ofendido pode conduzir à exclusão da tipicidade.
(2013 - MPE-GO - MPE-GO - Promotor de Justiça) Na doutrina nacional, prospera o entendimento de que o consentimento do ofendido pode excluir a tipicidade do fato ou a ilicitude.
Excesso.
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(2015 - FCC - TCE-CE - Conselheiro Substituto (Auditor) Nas hipóteses de excludentes de ilicitude: não há excesso doloso ou culposo.
(2014 - MPE-SC - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina) Segundo a doutrina majoritária, em apenas uma das causas de exclusão de ilicitude previstas no artigo 23 do Código Penal Brasileiro, a legítima defesa, pode ocorrer excesso doloso.
(2014 - FUNCAB - PC-MT - Investigador) Acrásio encontrava-se detido em uma delegacia da polícia civil por ter ameaçado a vida de um terceiro. Lá, apresentou comportamento violento e incontido: debatia-se contra as grades, agredia outros detentos e dirigia impropérios contra os policiais. Após os outros detentos serem retirados da cela, Acrásio foi algemado, momento em que passou a provocar e a ofender Sinfrônio, policial que o guardava, que, em seguida, adentrou a cela e lhe desferiu vários golpes de cassetete, causando em Acrásio graves lesões (constatadas por laudo pericial), agressão que somente cessou após a intervenção de outro policial. Logo, a conduta do policial Sinfrônio não configurou crime, haja vista estar sob a exclusão de ilicitude legítima defesa, em face das provocações e agressões verbais proferidas pelo detido.
Culpabilidade.
Conceito. 
Elementos da culpabilidade:
1) Imputabilidade
2) Potencial Consciência da Ilicitude
3) Exigibilidade de conduta diversa
(2014 - FGV - MPE-RJ) Entende-se por culpabilidade:
 a) a relação de contrariedade formal entre uma conduta típica e o ordenamento jurídico, tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa; 
 b) a relação de contrariedade formal e material entre uma conduta típica e o ordenamento jurídico, tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a inexigibilidade de conduta diversa;
 c) a adequação formal e material entre uma conduta dolosa e/ou culposa frente a uma norma legal incriminadora, pressupondo-se ainda a sua prévia antijuridicidade;
 d) o juízo de reprovabilidade que se exerce sobre uma determinada pessoa que pratica um fato típico e antijurídico, tendo como requisitos a imputabilidade, a potencial consciência da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa;
 
(2015 - VUNESP - MPE-SP - Analista de Promotoria) A imputabilidade é um dos elementos da culpabilidade, ao lado da potencial consciência sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta diversa.
Imputabilidade.
Causas de Inimputabilidade:
A) Inimputabilidade em razão de anomalia psíquica (art. 26, CP);
B) Inimputabilidade em razão da menoridade (art. 27, CP e art. 228, CF/88);
C) Inimputabilidade em razão da embriaguez (art. 28, II, CP). 
Inimputabilidade por anomalia psíquica.
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Semi-imputabilidade. 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
(2015 - FCC - TJ-RR - Juiz Substituto) Se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, não era inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, a pena será reduzida de um a dois terços, não se admitindo, porém, a substituição por medida de segurança.
(2015 - VUNESP - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe) Considere que determinado sujeito, portador de desenvolvimento mental incompleto, ao tempo da ação tinha plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato, mas era inteiramente incapaz de determinar-se de acordo com esse entendimento – o que fora clinicamente atestado nos autos em perícia oficial. Em consonância com o texto legal do art. 26 do CP, ao proferir sentença deve o juiz reconhecer sua
 a) inimputabilidade.
 b) imputabilidade.
 c) semi-imputabilidade, absolvendo-lhe e aplicando-lhe medida de segurança.
 d) semi-imputabilidade, condenando-lhe e aplicando-lhe pena diminuída.
 e) semi-imputabilidade, condenando-lhe e aplicando-lhe medida de segurança.
 
Inimputabilidade pela menoridade:
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Constituição Federal: 
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
(2015 - MPE-BA - MPE-BA - Promotor de Justiça Substituto) O Código Penal Brasileiro adotou o critério biológico em relação à inimputabilidade em razão da idade e o critério biopsicológico em relação à inimputabilidade em razão de doença mental. 
(2014 - ND - PC-TO - Escrivão de Polícia Civil) Os menores de dezoito anos que já tenham se casado ou constituído negócio próprio são considerados penalmente:
 a) inimputáveis.
 b) semi-imputáveis.
 c) responsáveis.
 d) capazes.
Inimputabilidade por embriaguez:
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Embriaguez
 II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Embriaguez não acidental (voluntária ou culposa): Seja completa, seja incompleta, não há relevância penal. 
Embriaguez acidental (caso fortuito ou força maior): Se completa, isenta de pena (art. 28, § 1º, CP);Se incompleta, diminui a pena (art. 28, § 2º, CP). 
Embriaguez patológica: Pode acarretar a inimputabilidade por doença mental (art. 26, CP)
Embriaguez preordenada: Seja completa, seja incompleta, agrava a pena (art. 61, II, “I”, CP). 
(2015 - FGV - DPE-RO - Analista da Defensoria Pública - Analista Jurídico) Joana foi para a festa de aniversário de sua melhor amiga em uma boate e, feliz pela comemoração, passou a ingerir bebida alcoólica em quantidade exagerada. Ao final da festa, Joana estava completamente alcoolizada, apesar de ela não ter tido intenção de ficar nesse estado. Saindo da boate, deparou-se com sua inimiga Gabriela e, alterada pela bebida, jogou um copo de vidro na cabeça desta, causando-lhe lesões graves. Diante dessa situação, considerando apenas os fatos narrados e que esses foram provados, é correto afirmar que Joana:
a) deverá ser absolvida impropriamente, com aplicação de medida de segurança, pois estava inimputável no momento dos fatos;
b) deverá ser condenada, pois houve embriaguez voluntária e apenas a embriaguez culposa exclui a imputabilidade;
c) deverá ser condenada, pois a embriaguez culposa não exclui a imputabilidade;
d) deverá ser absolvida, pois houve embriaguez completa e decorrente de caso fortuito ou força maior;
e) deverá ser absolvida por ausência de culpabilidade, sem aplicação de medida de segurança, já que a inimputabilidade era apenas momentânea.
(2013 - CESPE - SEGESP-AL - Papiloscopista) Se uma pessoa, de forma voluntária, embriagar-se completamente com o objetivo de matar seu desafeto e, no instante do ato, estiver incapaz de entender o caráter ilícito do fato, estará, por essa razão, isenta de pena.	
Potencial consciência da ilicitude.
“Possibilidade do agente conhecer a antissocialidade, imoralidade de sua conduta, de acordo com suas condições educacionais e culturais”
Erro de proibição (causa de exclusão da potencial consciência da ilicitude): 
 Erro sobre a ilicitude do fato (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
 Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(2014 - ACAFE - PC-SC - Agente de Polícia) O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena e, se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
(2008 - VUNESP - TJ-SP - Juiz) Após a morte da mãe, A recebeu, durante um ano, a pensão previdenciária daquela, depositada mensalmente em sua conta bancária, em virtude de ser procuradora da primeira. Descoberto o fato, A foi denunciada por apropriação indébita. Se a sentença concluir que a acusada (em razão de sua incultura, pouca vivência, etc.) não tinha percepção da antijuricidade de sua conduta, estará reconhecendo que a mesma agiu em erro de proibição. 
(2009 - VUNESP - TJ-SP - Juiz) Depois de haver saído do restaurante onde havia almoçado, Tício, homem de pouco cultivo, percebeu que lá havia esquecido sua carteira e voltou para recuperá-la, mas não mais a encontrou. Acreditando ter o direito de fazer justiça pelas próprias mãos, tomou para si objeto pertencente ao dono do referido restaurante, supostamente de valor igual ao seu prejuízo. Esse fato pode configurar erro de proibição. 
(2015 - FUNIVERSA - Secretaria da Criança - DF - Especialista Socioeducativo - Direito e Legislação) Alícia, estrangeira, grávida de três meses e proveniente de país que não coíbe o aborto, ingeriu substância abortiva acreditando não ser proibido fazê-lo no Brasil. Nesse caso hipotético, o fato descrito poderá configurar erro de proibição.
Exigibilidade de conduta diversa.
“Possibilidade do direito poder exigir, de determinada pessoa, um comportamento de acordo com o direito”
Causas de inexigibilidade de conduta diversa (art. 22, CP): 
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Coação moral irresistível.
Obediência à ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico. 
(2015 - FCC - TCM-GO - Procurador do Ministério Público de Contas) Na obediência hierárquica é dispensável a existência de relação de direito público entre superior e subordinado.
(2012 - FCC - TJ-PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) Tendo agido na estrita obediência a ordem não manifestamente ilegal, pode, dentre outros, invocar em sua defesa a causa excludente da culpabilidade da obediência hierárquica o 
 a) funcionário público em relação ao chefe ao qual é subordinado.
 b) empregado em relação ao seu empregador.
 c) fiel praticante de culto religioso em relação ao sacerdote.
 d) filho em relação ao pai.
 e) tutelado em relação ao tutor.
(2014 - CESPE - TJ-DFT - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Segundo a doutrina majoritária, para o reconhecimento da obediência hierárquica, causa excludente da culpabilidade, não é exigida comprovação da relação de direito público entre coator e coato.
(2012 - CESPE - TJ-AC - Técnico Judiciário - Área Judiciária) A coação irresistível, que constitui causa de exclusão da culpabilidade, é a coação moral, porquanto a coação física atinge diretamente a voluntariedade do ato, eliminando, se irresistível, a própria conduta.
(2013 - VUNESP - TJ-SP - Advogado) O gerente de uma determinada agência bancária, após longa sessão de tortura psicológica infligida a ele pelos bandidos, fornece a chave para abertura do cofre da agência bancária. Sua conduta encontra guarida na excludente de;
 a) ilicitude denominada legítima defesa.
 b) ilicitude denominada obediência hierárquica.
 c) culpabilidade denominada actio libera in causa.
 d) ilicitude denominada coação física irresistível.
 e) culpabilidade denominada coação moral irresistível.
(2013 – FUNCAB - PC-ES - Escrivão de Polícia) Joaquim, mediante um soco desferido contra o rosto da frágil Maria, obrigou-a a assinar um cheque no valor de R$ 5.000,00, utilizando-o para saldar uma dívida em um comércio, sabendo que não existia tal importância no banco. O cheque foi depositado e devolvido. Assim, Maria:
 a) praticou o crime de estelionato (fraude no pagamento pormeio de cheque).
 b) não praticou crime, pois estava sob coação física irresistível.
 c) não praticou crime, pois estava sob coação moral irresistível.
 d) não praticou crime, pois estava sob estado de necessidade.
 e) não praticou crime, pois estava sob legítima defesa.
Iter criminis (fases do crime).
Cogitação
Atos de preparação
Atos de execução
Consumãção
Cogitação.
(2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) Dado o princípio da alteridade, a atitude meramente interna do agente não pode ser incriminada, razão pela qual não se pune a cogitação.
Atos de preparação.
(2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) No direito brasileiro, os atos preparatórios não são puníveis em nenhuma circunstância, nem mesmo como tipo penal autônomo.
Institutos que cuidam da conduta do agente que adentrou na fase de execução, mas não alcançou a consumação:
Tentativa (art. 14, II, CP);
Crime impossível (art. 17, CP);
Desistência voluntária (art. 15, 1ª parte, CP);
Arrependimento eficaz (art. 15, 2ª parte, CP). 
Tentativa.
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
(...)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime impossível. 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Desistênciavoluntária e arrependimento eficaz.
 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.
Arrependimento posterior.
Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. 
(2015 - CESPE - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Configura-se tentativa incruenta no caso de o agente não conseguir atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta.
(2015 - CESPE - DPU - Defensor Público Federal de Segunda Categoria) Configura-se a desistência voluntária ainda que não tenha partido espontaneamente do agente a ideia de abandonar o propósito criminoso, com o resultado de deixar de prosseguir na execução do crime.
(2015 - CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário - Administrativa) Um agente alvejou vítima com disparo e, embora tenha iniciado a execução do ilícito, não exauriu toda a sua potencialidade lesiva ante a falha da arma de fogo empregada, fugindo do local do crime em seguida. Nessa situação hipotética, a atitude do agente configura tentativa perfeita ou crime falho, pois a execução foi concluída, mas o crime não se consumou.
(2015 - CESPE - DPE-PE - Defensor Público) O STJ tem firmado entendimento de que, na tentativa incruenta de homicídio qualificado, deve-se reduzir a pena eventualmente aplicada ao autor do fato em dois terços.
(2014 - FCC - TRT - 18ª Região (GO) - Juiz do Trabalho) Na desistência voluntária e no arrependimento eficaz o agente só responde pelos atos já praticados, se típicos.
(2015 - CESPE - TRE-MT - Analista Judiciário - Judiciária) De acordo com a doutrina majoritária, a espontaneidade não é requisito para o reconhecimento da desistência voluntária e do arrependimento eficaz.
(2014 - FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Segurança e Transporte) Paulo, sabendo que seu desafeto Pedro não sabia nadar e desejando matá-lo, jogou-o nas águas, durante a travessia de um braço de mar. Todavia, ficou com pena da vítima, mergulhou e a retirou, antes que se afogasse. Nesse caso, ocorreu:
 a) desistência voluntária.
 b) arrependimento eficaz
 c) crime tentado
 d) crime putativo.
 e) crime impossível
(2014 - CESPE - TCE-PB - Procurador) Pune-se a tentativa ainda que, por ineficácia do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, o resultado ilícito almejado nunca possa ser alcançado.
(2013 - CESPE - AGU - Procurador Federal) Entende-se que o arrependimento eficaz se configura quando o agente, no curso do iter criminis, podendo continuar com os atos de execução, deixa de fazê-lo por desistir de praticar o crime.
(2014 - CESPE - TJ-SE - Analista Judiciário - Direito) Configura crime impossível a tentativa de subtrair bens de estabelecimento comercial que tem sistema de monitoramento eletrônico por câmeras que possibilitam completa observação da movimentação do agente por agentes de segurança privada.
(2015 - CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Judiciária) Em se tratando do delito de furto, havendo subsequente arrependimento do agente e devolução voluntária da res substracta antes do oferecimento da denúncia, fica caracterizado o arrependimento eficaz, devendo a pena, nesse caso, ser reduzida de um a dois terços.
(2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor)  De acordo com o artigo pertinente do CP, a restituição da coisa, quando cabível e desde que feita até o recebimento da denúncia, é condição indispensável para a redução da pena em razão do arrependimento posterior, mas a recusa do ofendido em receber a coisa de volta inviabilizará a referida causa de diminuição da pena.
Erro. 
Erro de tipo essencial
Erro de tipo acidental
(2011 - FCC - DPE-RS - Defensor Público) O erro de tipo essencial tem como consequência jurídica a exclusão do dolo e, portanto, a exclusão da tipicidade dolosa da conduta, podendo, no caso penal concreto, ser vencível ou invencível.
(2009 - FCC - TJ-AP - Juiz) Quanto ao erro sobre elementos do tipo, e possível afirmar que,
 a) se acidental, exclui o dolo e a culpa.
 b) se evitável, exclui o dolo, mas não a culpa, ainda que o tipo não preveja a forma culposa.
 c) se evitável exclui a culpa, mas não o dolo.
 d) se inevitável, exclui o dolo e a culpa.
(2015 - FCC - DPE-MA - Defensor Público) Se o agente oferece propina a um empregado de uma sociedade de economia mista, supondo ser funcionário de empresa privada com interesse exclusivamente particular, incide em erro sobre a pessoa.
(2014 - VUNESP - TJ-SP - Juiz) Ocorre erro sobre a execução quando há representação equivocada da realidade, pois o agente acredita tratar-se a vítima de outra pessoa. Trata-se de vício de elemento psicológico da ação. Não isenta de pena e se consideram as condições ou qualidades da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.
(2014 - FCC - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Com uma velha espingarda, o exímio atirador Caio matou seu próprio e amado pai Mélvio. Confundiu-o de longe ao vê-lo sair sozinho da casa de seu odiado desafeto Tício, a quem Caio realmente queria matar. Ao morrer, Mélvio vestia o peculiar blusão escarlate que, de inopino, tomara emprestado de Tício, naquela tão gélida quanto límpida manhã de inverno. O instituto normativo mais precisamente aplicável ao caso é, doutrinariamente, conhecido como error in personan (Código Penal, art. 20, par. 3º)
(2015 - FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa - adaptada) Maria, a fim de cuidar do machucado de seu filho que acabou de cair da bicicleta, aplica sobre o ferimento da criança ácido corrosivo, pensando tratar-se de uma pomada cicatrizante, vindo a agravar o ferimento. A situação descrita retrata hipótese tratada no Código Penal como erro de tipo acidental.
Crimes contra a administração pública.
Funcionário público (para fins penais)
 Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.
 § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
 § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)
(2016 - FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Administrativa) O conceito de funcionário público para fins penais não se confunde com o conceito para outros ramos do Direito. Em sendo crime próprio praticado por funcionário público contra a Administração, aplica-se o artigo 327 do Código Penal, que apresenta um conceito amplo de funcionário público para efeitos penais. Por outro lado, o artigo respeita o princípio da legalidade, disciplinando expressamente em que ocasiões determinado indivíduo será considerado funcionário público para fins de definição do sujeito ativo de crimes próprios. Sobre o tema ora tratado e de acordo com o dispositivo acima mencionado, é correto afirmar que:
 a) exige-se o requisito da permanência para que seja reconhecida a condição de funcionário público no campo penal;
 b) somente pode ser considerado funcionário público aquele que recebe qualquer tipo de remuneração no exercício de cargo, emprego ou função pública;
 c) aquele que exerce cargo em autarquias, entidades paraestatais ou fundações públicas, não é considerado funcionário público para efeitos penais; 
 d) o perito judicial não é considerado funcionário público para efeitos penais, já que apenas exercea função transitoriamente;
 e) é equiparado a funcionário público, para efeitos penais, aquele que trabalha para empresa contratada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
(2016 - CESPE - PC-PE - Agente de Polícia) A circunstância de funcionário público é comunicável a particular que cometa o crime sabendo dessa condição especial do funcionário.
(2015 - CESPE - AGUP - Advogado da União) João, empregado de uma empresa terceirizada que presta serviço de vigilância a órgão da administração pública direta, subtraiu aparelho celular de propriedade de José, servidor público que trabalha nesse órgão. João é funcionário público por equiparação, devendo ser a ele aplicado o procedimento especial previsto no CP, o que possibilita a apresentação de defesa preliminar antes do recebimento da denúncia.
Peculato
 Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
 Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
 § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
(2016 - CESPE - PC-PE - Escrivão de Polícia) O crime de peculato-furto ocorre quando o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, do valor ou do bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
(2016 - FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Lucius, funcionário público, escrevente de cartório de secretaria de Vara Criminal, apropriou-se de um relógio valioso que foi remetido ao Fórum juntamente com os autos do inquérito policial no qual foi objeto de apreensão. Lucius cometeu crime de peculato. 
(2015 - CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário - Administrativa) Comete o crime de peculato de uso o funcionário público que se apropria, para uso momentâneo, de objeto material de que tem a posse em razão do cargo e, após a sua utilização, o devolve intacto.
(2015 - FCC - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública) Felipe, Oficial da Defensoria Pública estadual, no exercício de suas funções recebeu, de um assistido, um HD externo que continha arquivos digitais solicitados para utilização em seu processo. Após a cópia dos arquivos deveria devolvê-lo no dia seguinte, entretanto, como Felipe passaria a partir daquele dia a atuar em outra unidade da Defensoria, decidiu levar o aparelho eletrônico para sua casa utilizando-o como se fosse seu, sem qualquer intenção de devolvê-lo ao proprietário. Felipe cometeu o crime de 
 a) peculato mediante erro de outrem, por ter se apropriado de bem móvel particular, de que tem a posse em razão do cargo, mediante erro do assistido. 
 b) peculato culposo, por ter concorrido com culpa na apropriação do aparelho eletrônico. 
 c) corrupção passiva, por ter recebido o aparelho eletrônico como vantagem indevida para si. 
 d) prevaricação, por ter, indevidamente, deixado de praticar ato que estava obrigado, que neste caso seria a devolução do aparelho eletrônico. 
 e) peculato, por ter se apropriado de bem móvel particular, de que tem a posse em razão do cargo. 
(2016 - CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária) O agente que não é funcionário público não pode figurar como sujeito ativo do crime de peculato.
(2013 - CESPE - PC-BA - Delegado de Polícia) Constitui pressuposto material dos crimes de peculato-apropriação e peculato-desvio, em suas formas dolosas, a anterior posse do dinheiro, do valor ou de qualquer outro bem móvel, público ou particular, em razão do cargo ou função.
(2014 - CESPE - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) Servidor público que utilizar papel, tinta e impressora pertencentes à repartição pública onde trabalha para imprimir arquivos particulares praticará o crime de peculato.
Peculato culposo
 § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:
 Pena - detenção, de três meses a um ano.
 § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.
 Peculato mediante erro de outrem
 Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
(2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) Tratando-se de crime de peculato culposo, a reparação do dano após o trânsito em julgado de sentença penal condenatória ocasiona a extinção da punibilidade do autor.
(2014 - CESPE - TJ-DFT - Juiz) Servidor público que se apropriar de dinheiro ou qualquer utilidade que tiver recebido, no exercício do cargo, por erro de outrem responderá pela prática do crime de 
 a) concussão.
 b) corrupção passiva.
 c) peculato-estelionato.
 d) peculato-apropriação.
 e) peculato-próprio.
Concussão
 Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
 Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
(2016 - CESPE - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Área Fiscalização - Direito) João, policial civil, exigiu vantagem indevida de particular para não prendê-lo em flagrante. A vítima não realizou o pagamento e prontamente comunicou o fato a policiais civis. Nessa situação, como o delito de concussão é formal, o crime consumou-se com a exigência da vantagem indevida, devendo João por ele responder.
(2016 - CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária) Para a caracterização do crime de concussão, a conduta do servidor público deve consistir na exigência de vantagem indevida, necessariamente em dinheiro, para si ou para outrem, em razão da função que o servidor exerce.
(2015 - VUNESP - SAEG - Advogado) Jeremias foi aprovado no concurso para Delegado de Polícia Estadual. Um mês antes de tomar posse do cargo, exigiu quantia em dinheiro de alguns traficantes da região, com o pretexto de fazer “vista grossa" quanto a eventuais inquéritos policiais por tráfico de drogas. Pode- -se afirmar que Jeremias praticou o crime de
 a) prevaricação.
 b) corrupção ativa.
 c) corrupção passiva.
 d) concussão.
 e) condescendência criminosa.
(2014 - CESPE - TJ-CE - Analista Judiciário - Área Judiciária) Comete o crime de concussão o empregado de empresa pública que, utilizando-se de grave ameaça, exige para si vantagem econômica.
Corrupção passiva
 Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
 § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
 § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
(2015 - FGV - Prefeitura de Paulínia - SP - Guarda Municipal) Funcionário público, responsável pelo controle de trânsito em movimentada avenida de São Paulo, constata que determinado motorista está dirigindo e falando ao celular. Considerando incorreta a sua conduta, determina a parada do veículo. Após verificar toda a documentação do carro, o funcionário explica que não poderia o condutor dirigir falando ao celular. Acrescentaque, para evitar uma multa, poderia o particular “pagar um cafezinho, ficando tudo certo". Revoltado, o motorista chama a Polícia Militar e narra o ocorrido. Diante da situação exposta, é correto afirmar que a conduta do funcionário público:
 a) configura crime de corrupção ativa consumado;
 b) configura crime de corrupção passiva consumado;
 c) configura crime de corrupção ativa tentado;
 d) é atípica, pois não houve solicitação direta de vantagem patrimonial;
 e) configura crime de corrupção passiva tentado.
(2016 - CESPE - TRE-PI - Analista Judiciário - Judiciária) Não configura crime o fato de o funcionário deixar de praticar ato de ofício a pedido de outrem se, com isso, ele não obtiver vantagem patrimonial.
 Prevaricação
 Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:
 Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
(2015 - FCC - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública) Suzana, Oficial da Defensoria Pública estadual, é responsável pelo registro, movimentação e tramitação de processos em determinada unidade da Defensoria. Sua inimiga, Zulmira, solicitou assistência da Defensoria nesta unidade, e por vingança Suzana deixou de registrar esta solicitação. É correto afirmar que Suzana cometeu o crime de Prevaricação porque deixou de praticar, indevidamente, ato de ofício para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. 
 
Condescendência criminosa
 Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:
 Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
(2016 - CESPE - TCE-PR - Auditor) Situação hipotética: João, chefe de determinada repartição pública, deixou de instaurar o devido procedimento administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade por falta funcional de Pedro, que, além de ser seu subordinado, era seu amigo de longa data, fato que o fez atuar com um grau de tolerância maior. Assertiva: Nessa situação, João cometeu o crime capitulado no CP como condescendência criminosa.
(2013 - CESPE - PC-BA - Escrivão de Polícia) Incorrem na prática de condescendência criminosa tanto o servidor público hierarquicamente superior que deixe, por indulgência, de responsabilizar subordinado que tenha cometido infração no exercício do cargo quanto os funcionários públicos de mesma hierarquia que não levem o fato ao conhecimento da autoridade competente para sancionar o agente faltoso.
Resistência
 Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
 Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
 § 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
 Pena - reclusão, de um a três anos.
 § 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
(2016 - VUNESP - Câmara de Marília - SP - Procurador Jurídico) Funcionários públicos estão executando um ato legal. Mediante violência, um indivíduo opõe-se à execução do ato, e acaba causando lesão corporal leve em um particular que prestava auxílio aos funcionários públicos. Em que pese a oposição o ato se executa. O indivíduo comete crime de resistência e também responderá pela violência (lesão corporal).
(2015 - CESPE - TRE-RS - Analista Judiciário - Administrativa) As ofensas proferidas, ou a negativa em acompanhar o policial, ou em abrir a porta, não são suficientes para a tipificação do delito de resistência.
Desobediência
 Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público:
 Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.
(2016 - VUNESP - IPSMIP - Procurador) O crime de desobediência (artigo 330 do Código Penal) somente se caracteriza se do não atendimento à ordem resultar prejuízo à Administração Pública.
(2015 - CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Judiciária) Devido à previsão legal de outras sanções para a hipótese, segundo o entendimento do STJ, não pratica o crime de desobediência o indivíduo que livre e conscientemente, descumprindo medida protetiva de urgência deferida em favor de sua ex-companheira, aproxima-se dela e com ela mantém contato.
Desacato
 Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
(2016 – FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) O ato de desferir um tapa no rosto de funcionário público, em razão da sua função, sem causar lesão, pode caracterizar o crime de desacato. 
(2016 - FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Biblioteconomia) Não configura desacato a ofensa dirigida a funcionário público em razão de suas funções se não estiver no exercício dessas funções no momento da ofensa.
(2011 - CESPE - PC-ES - Escrivão de Polícia) No crime de desacato, o sujeito passivo é o funcionário público ofendido, e o bem jurídico tutelado é a honra do funcionário público.

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