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O Banquete (Platão) - Resumo

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O banquete 
Agatão ganhou um concurso e deu uma festa particular em sua casa, em que foram 
convidados famosos nomes: Fedro, Pausânias, Erixímaco, Aristófanes e Sócrates, que falariam 
sobre o amor (Éros). 
 
Fedro 
“O amor é um grande deus, um dos mais antigos deuses e a sua maior capacidade é tornar 
virtuoso aquele que sente o amor, aquele que ama” 
 
• Amor é um deus; 
 
• O amor torna o amante, bom, belo, justo, uma pessoa decente 
 
Ele defende que quando nos apaixonamos, fazemos de tudo para dar o nosso melhor (nos 
tornamos bons) para chamar a atenção do amado. 
 
• O amante quer mostrar ao amado que é belo. 
 
“O que é uma boa cidade? É aquela em que os cidadãos amam alguém” 
Se todos nos estamos apaixonados, seremos virtuosos e dessa forma, a cidade será virtuosa. 
 
Pausânias 
Começa discordando de Fedro no que diz respeito ao amor ser um deus. 
O amor é na verdade, duas deusas: pandêmica (amor físico) e a urânia (amor pelo intelecto) 
 
• O amor ideal é o pelo intelecto; 
 
• O amor físico acaba; 
 
• Amor entre homem e mulher jovens: eles não aprendem nada um com o outro pois 
ainda são jovens e se importam mais com o corpo; 
 
• Entre sábios: também não aprenderão nada um com o outro, pois os dois sabem; 
 
• Entre homem e mulher: a mulher é inferior, então nada pode ensinar para um homem; 
 
• Entre homens desde que um deles seja velho e virtuoso e o outro um jovem aprendiz 
que deseja aprender: seria um amor belo, pois é o único amor que garante o 
aprendizado entre os dois, é legitimamente intelectual, pois ambos aprendem um com 
o outro – o velho enquanto ensina mantém a virtude do conhecimento e o jovem pelo 
desejo do conhecimento. 
As outras formas de amor se não o belo, não são muito adequadas, pois não duram tanto. São 
perecíveis. 
“Independente do que eu disse, a sociedade é quem intermedia nosso amor. Ela está entre os 
amantes, dizendo se um amor é adequado ou inadequado e isso muda de sociedade para 
sociedade”, ou seja, terão sociedades em que um amor é considerado adequado e outras, não. 
“Uma sociedade que merece ser aplaudida é aquela que aplaude o amor entre um velho sábio 
e um velho aprendiz” 
 
Erixímaco 
Defende o amor saudável, o amor equilibrado. 
“O mundo é feito de opostos” 
No mundo real, os opostos são apresentados de forma harmonizada/equilibrada por Éros. 
• Éros é a energia que atrai os opostos; 
Exemplo: ciúmes – nenhum ciúme é bom, mas ciúme excessivo também é ruim, então o “meio 
termo”, o equilíbrio é o que faz o amor saudável. 
 
Aristófanes 
Para explicar sua ideia, conta o mito do andrógeno: 
Em tempos remotos, os seres humanos não possuíam a forma que tem hoje. Eram de forma 
esférica, possuindo o dobro dos membros que possuímos. Eles não precisavam de nada e eram 
divididos em três classes de acordo com os seus corpos: 
• Macho e macho 
 
• Fêmea e fêmea 
 
• Macho e fêmea 
Certo dia, essas esferas resolveram bisbilhotar os deuses e isso incomodou os deuses. 
Dessa forma, Zeus dividiu todas as esferas ao meio, de forma que ao caírem, se espalharam em 
mais milhares de partes, o que impossibilitou cada uma a encontrar as suas metades. Nesse 
momento, Zeus também colocou o Éros dentro de cada metade, que causava o desejo 
alucinado por encontrar nossa metade. 
Conclui-se que existe apenas uma pessoa que nos completaria e nos causaria felicidade 
suprema. Dessa forma, o ser humano é o eterno desejo pela totalidade, ou seja, o encontro da 
sua metade. 
• Não há felicidade completa enquanto não encontrar a outra metade 
 
Agatão 
“O semelhante busca o semelhante”, ou seja, o justo busca a justiça, o bom busca o bom, o 
belo justa o belo. 
• O amor é belo, por isso, o amor busca a beleza, atrai a beleza 
• O amor é a identificação entre o amante e o amado 
• O amor é o encontro entre parecidos 
 
Sócrates 
Percebera as falhas no discurso de Agatão, cortando-o: 
 
(SÓCRATES) “Que belo discurso, sou tão ingênuo... Jurava que esse discurso tinha como 
objetivo falar as verdades sobre o amor, não apenas coisas belas. [...] Eu que nada sei, 
nunca poderia rebater tais perspectivas tão bonitas sobre o amor. [...] Agatão, seu discurso 
fora brilhante, mas me diga, o Éros é o amor por algo ou amor por nada?” 
(AGATÃO) “Sócrates, o amor é amor por algo” 
(SÓCRATES) “O amor então é um desejo?” 
(AGATÃO) “Sim.” 
(SÓCRATES) “Então, você só deseja algo que lhe falta. Dessa forma, não faria sentido 
desejar algo que já possui.” 
(AGATÃO) “É, faz sentido.” 
(SÓCRATES) “Se o amor é desejo, e desejo é algo que falta, você acaba de dizer que o amor 
atrai o belo, mas se o amor atrai o belo, é porque o deseja, e se ele deseja é porque não 
tem, então o amor não é belo” 
Quebrou, dessa forma, a lógica de amor de Agatão. 
 
• O amor é desejo; 
 
• O amor é pautado na falta; 
 
• Quando tenho, não amo; 
 
• O amor não se encontra com o objeto do amor, pois ao encontra-lo não ama mais; 
 
Esse é o amor platônico, ama-se sempre aquilo que não tem alcance. 
• O amor oscila entra a frustração (desejar e não possuir) e o tédio (após 
conseguir o que quer) - ideia de pêndulo. 
Ele conta o que aprendeu com uma sacerdotisa, uma mulher, Diotina; pois não saberia 
mais dizer sobre o amor. 
Segundo Diotina, o amor não é belo, mas também não é feio. 
O amor não é um deus 
O amor se situa entre o belo e o feio 
O amor se situa entre o mortal e imortal 
• “O amor é o filho de dois deuses: caminho e penúria” 
o Caminho – certeza/busca 
o Penúria – carência de algo 
O amor é o desejo pelo belo e pelo bem, sem possuí-lo. Essa busca só se dá àqueles 
que reconhecem que não são bons o suficiente e se dispõem a caminhar em busca 
disso. 
O filósofo é o amor, pois reconhece que não sabe de nada (“só sei que nada sei”) e 
continua na busca incessante de conhecimento com essa certeza de que nada sabe. 
 O amor tende a se materializar pela busca que entendemos por imortalidade – 
reproduzindo o belo no mundo através das artes, sabendo que isso pode sempre 
melhorar. 
Existem quatro etapas na busca pelo belo: 
• Reconhecer o belo em outrem 
• Encontrar semelhanças entre belos 
• Reconhecer que o belo não está no objeto belo, mas uma ideia 
• Conhecer essa ideia de beleza 
 
Alcibíades 
Faz uma declaração de amor a Sócrates, podendo-se concluir que Sócrates não cede aos 
elogios recebidos, pois percebe que a beleza de Alcibíades não era dele, mas de uma ideia de 
beleza existente que não era verdadeira.

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