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Mdulo_14_-_Terapia_de_Aceitao_e_Compromisso_3d08vxpy7uo0k

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1
Terapia de Aceitação e Compromisso
(ACT)
Felipe Alckmin de Carvalho
Roteiro da Aula
 Capítulo 1. Três ondas das Terapias Cognitivo-Comportamentais;
 Capítulo 2. Terapia de Aceitação e Compromisso: definições e 
conceitos básicos;
 Capítulo 3. Sofrimento a partir da perspectiva ACT;
 Capítulo 4. Modelo de Psicopatologia ACT [Inflexibilidade Psicológica
(Hexaflex)];
 Capítulo 5. Entrevistas Iniciais ACT;
 Capítulo 6. Relação Terapêutica na ACT.
2
Livros utilizados
Primeira onda
Terapia comportamental ou mudança de comportamento
 Primeira metade do século XX.
 Alternativa à psicologia clínica da época, que tinha como 
características
 Subjetividade;
 Pouca eficácia;
 Falta de compromisso com critérios científicos;
 Estudo de Eysenck mostrou falta de efetividade das
“terapias de insight”.
3
APA P » y < N E T ” L AMERICAN ËSYCHOLOGICAL ASSDCIAïION
APA PsycNET Direct
Article Selected
Ps cholo as the behavlDFist views it.
Bi \\ atson. John B
Pe/chological R e'ziey/. Vol 20i 2 i klar 1913
Abstract
The behaviourist vie •'s psychology as a purely directive experiment al brunch of natural
science Its theoretic al goal is the prediction and control of behavior Zo for. human
pst chologj has been unsuccessful due to the mistaken notion that introspection is the
only method available to pst chology. and that it is the study of consciousness. Actually. 
psychology is the study of behavior and therefore need not take recourse to conscious 
phenomena. Hence. animal pst chology is as valid a field of study as human psychology The 
la •'s of behavior of animals must be determined and evaluated in and for themselves. 
regardless of their generaliza to other animals or humans. This 
suggested elimination of states of consciousness as the objects of investigation •'ill remove 
the barrier that exists bet •'een psychology and other natural sciences. •'ithout neglecting 
the essential problems of introspective pst chology. (PsyclNFO Database Record (c› 2012 
APA. all rights reserved›
Looin Lanouaoes 
E art (0) Hell› onta ü Us F eedha »L
$11.95
Primeira onda (Fase 1 -1912-1950)
 Embasada no Behaviorismo Metodológico;
 Abordagem de comportamentos observáveis (e mensuráveis);
 Foco da mudança comportamental;
 Paradigma Respondente (Watson);
 Baixo alcance clínico;
 Descrição dos princípios básicos da Análise do Comportamento em 
animais não humanos e em crianças com desenvolvimento atípico (TEA).
4
Primeira onda (Fase 2-1950)
 Embasada no Behaviorismo Radical;
 Paradigma Operante (Skinner): compreensão da função do
comportamento por meio da análise funcional;
 Aplicação dos princípios básicos do comportamento à clínica;
 Wolpe, Lazarus e Rachman: novas técnicas, como a dessensibilização 
sistemática;
 Ampliação do alcance clínico;
 Crianças e adultos com desenvolvimento típico.
Aspectos clínicos da Primeira Onda
 Modificação do ambiente;
 Utilização de princípios do condicionamento para “readequação” dos
socialmente
pacientes (readequação social);
 Objetivo de extinção de comportamentos considerados 
inadequados (readequação de orientação sexual, por exemplo);
 Nenhuma ênfase na relação terapêutica;
 Aspectos humanísticos desconsiderados.
5
Críticas à primeira onda
 Alcance limitado para o tratamento de problemas de saúde mental 
considerados mais complexos;
 Não conseguiu abordar de forma satisfatória a questão da linguagem
e das cognições;
 Visão extremamente mecanicista do ser humano.
Segunda onda
Terapia cognitiva ou terapia cognitivo-comportamental
Ellis: terapia racional emotiva (1957)
Bandura: teoria da aprendizagem social (1960)
Cognições como foco da terapia
Beck: terapia cognitiva (1976)
6
Paradigma Cognitivista (Beck)
S
(Situação)
O
(Variáveis 
Internas)
R
(Comportamento)
Cognições: crenças, 
pensamentos 
automáticos
Explicação
mediacional
Terapia Cognitiva: Pressupostos Básicos
 A atividade Cognitiva influencia o comportamento;
 A atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada;
 Mudanças nas cognições produzem mudanças
comportamentais.
Mudança
Cognitiva
Mudança
Comportamental
7
Aspectos clínicos
pensamentos mal-adaptativos que contribuíam para os transtornos Mudança de
psicológicos;
 Observação da relação entre pensamentos e comportamentos;
 Modelo ganhou força por mostrar evidências da sua eficácia para diversos tipos de
transtornos;
 Necessidade, por parte dos terapeutas, de lidar com pensamentos e sentimento de uma forma mais
direta;
 Preservou a objetividade da primeira onda;
 Valoriza o ser humano racional.
Crescimento da segunda onda
 TCC: assimilação das técnicas cognitivas pela terapia comportamental;
 1970 e 1980: aceitação e visão como tratamento psicológico de
escolha para problemas médicos;
 1990: expansão por diversos países (inclusive Brasil);
 Atualmente, é força dominante em todo o mundo no tratamento de
problemas de
saúde mental.
8
Críticas à segunda onda
 Intervenções cognitivas não tiveram benefícios observados na depressão;
 Papel de mediadores cognitivos é pouco claro e não demonstrado em
pesquisas de processo;
 Respostas positivas ocorridas na terapia cognitiva podem ocorrer antes
dos aspectos “chave” da terapia serem implementados.
Terceira onda
Terapias Contextuais
 Origem no final do século XX e início do século XXI;
 Muito recente, em termos históricos;
 Retomada do papel do contexto na compreensão do indivíduo e de suas
cognições.
9
Segunda onda e terceira onda
Similaridades
 Exercícios de exposição
 Habilidades
 Solução de problemas
 Role play
 Tarefas de casa
 Objetivos claros e
observáveis
 Mais consciência dos 
pensamentos, sentimentos e 
sensações
 Melhora na qualidade de 
vida
Diferenças
 Terceira onda foca na relação 
com os pensamentos mais 
do que na modificação do 
seu conteúdo
 Terceira onda dá maior 
ênfase ao contexto do 
indivíduo
 Terceira onda tem maior 
ênfase na relação
terapêutica
Diferenças na forma de lidar
com o pensamento
 Foco no conteúdo do pensamento
 Questionamento da verdade ou 
realidade do pensamento
Segunda onda ACT
 Foco na forma do pensamento
 Em vez de travar um diálogo mental,
afastar-se dos pensamentos
10
Características da terceira onda
 Raízes empíricas
 Mudanças contextuais e experienciais
 Função além da forma
 Construção de comportamentos flexíveis
 Além de só resolver comportamentos problemáticos
 Sintetiza gerações prévias
 Lida com questões de outras tradições
 Mindfulness, valores de vida, aceitação
Hayes,2004
Dimensões do contexto
• Meio em que pessoa vive
• Sociedade e cultura
Ambiental
• Contexto da psicoterapia
• Foco no que acontece na própria 
sessão
Relação
terapêutica
• História
• Explicações e avaliações sobre si 
mesmo
Pessoal
11
Críticas à terceira onda
 Ainda não apresenta a mesma quantidade de estudos que a TCC tradicional
 Não vem se mostrando melhor do que a TCC tradicional
 Resultados semelhantes
Qual a “melhor” abordagem?
 Teoria é representação da realidade, não realidade;
 Estudos não preveem o que será melhor para um paciente 
específico;
 Maior arcabouço de técnicas aumenta capacidade do terapeuta em
ajudar cada paciente.
12
Principais terapias de terceira onda
 Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT);
 Terapia Cognitiva Baseada em Mindfulness (MBCT);
 Programa de Redução de Estresse Baseado em 
Mindfulness (MBSR);
 Psicoterapia Analítica Funcional (FAP);
 Terapia Comportamental Dialética (DBT);
 Terapia Metacognitiva.
Terapia de Aceitação e 
Compromisso (ACT)
 Criada por Steven Hayes, Kirk Strosahl e Kelly G. Wilson no fim 
dos anos 1980, nos Estados Unidos;
 Parte da terceira onda de terapias cognitivo-comportamentais;
 Evidências recentes de eficácia em diversos tipos de transtornos 
do humor, abuso de substâncias, ansiedade e transtornos
alimentares;
 Em inglês: Acceptance and CommitmentTherapy (ACT);
 ACT: “agir”.
13
Compreensão de sofrimento na ACT
 Nós, seres humanos, podemos estar aquecidos, bem alimentados, secos,
fisicamente bem, e, ainda assim, nos sentirmos miseráveis (dor
psicológica excruciante);
 Boa aparecia, bons pais, filhos brilhantes, segurança financeira e uma
relação amorosa estável podem não ser o suficiente.
Sobre a nossa condição
14
Sobre a nossa condição
 Estamos todos guardando o mesmo segredo: viver é difícil, todos 
temos problemas de autoestima.
 Desejamos ardentemente sermos aceitos, amados, reconhecidos e 
validados em nossos esforços.
 Desejamos ardentemente a intimidade, e é essa mesma 
intimidade que nos apavora.
Richard Cory, poema de Edwin Arlington
Robinson (1897)
15
Richard Cory, poema de Edwin Arlington Robinson (1897)
Richard Cory, poema de Edwin Arlington Robinson (1897)
16
É muito difícil ser feliz!
Felicidade
Perpetuação da 
espécie
Sobrevivência
Seleção natural: os melhor 
adaptados sobrevivem
17
“Tire isso de mim”
A função do medo e da ansiedade: 
preservação da espécie: fuga/esquiva de 
estímulos que oferecem risco
Ansiedade/medo 
normais 
(adaptativos)
Ansiedade/medo
patológicos
18
Sofrimento em números
 Prevalencia de transtornos mentais (na vida): 50%;
 10% das pessoas vão, em algum momento da vida, tentar contra a 
própria vida;
 20% vão ter ideaçao suicida e desenvolver um plano para concretizar o
suicídio;
 20% vão lutar com ideação suicida, sem um plano;
 Todos os dias um ser humano com todo tipo de privilégio e vantagens, 
apanha uma arma, carrega e dispara o gatilho.
(Chiles & Strosahl, 2004)
Análise das motivações em cartas de despedida
 É difícil estar vivo.
 A vida é uma carga pesada demais.
 Viver é simplesmente muito
sofrido.
Foster, 2003
19
Verdades incômodas
 É difícil ter autocompaixão e compaixao pelos outros;
 Sofrimento psicológico é uma característica básica da condição de
humano;
 A felicidade é mais reconhecida pela sua ausencia (sobre o 
imperativo de felicidade e diversão - caso Henrique);
 A felicidade não é normal.
“ ha um elefante na sala”
 Perdas;
 Incontrolabilidade;
 Conflitos interpessoais;
 Solidão existencial;
 Perspectiva de morte;
 Ansiedade/medo;
 Falta de sentido (sobre inventar um sentido).
(Nao são estados anormais. Sao normais, tem função)
Verdades incômodas
20
Modelos de psicopatologia tradicional
 Os modelos de psicopatologia atuais quase não tratam do
sofrimento como uma condição;
 Eliminar comportamentos inadequados;
 Reeestruturar cognições disfuncionais;
Espécie de miopia (negação) de nossa condição.
Modelo de psicopatologia tradicional
 Modelo de psicopatologia tradicional: pensamentos angustiantes, tristeza, medo,
ansiedade e outros eventos encobertos difíceis de sentir considerados sintomas, a
serem eliminados;
 Um conjunto de sinais (que o clinico ve) e sintomas (reportados pelo paciente)
configuram um diagnóstico em saúde mental.
21
Modelo de psicopatologia tradicional
 Felicidade como estado natural (homeostatico);
 Terapias cognitivo-comportamentais: influencia de um modelo
médico;
 Infelicidade/sofrimento – doença;
 Psicopatologizaçao da vida e dos problemas da vida cotidiana;
 Dificuldade e vergonha em procurar um profissional da área de
saúde mental (voce precisa fazer terapia!!!).
Modelo de Psicopatologia na ACT
22
Modelo de Psicopatologia ACT
Modelo de Psicopatologia ACT
23
Esquiva Experiencial e Aceitação
Esquiva experiencial
 Tentativa de controlar ou alterar a forma, a freqüência ou conteúdo de
experiências internas, como pensamentos, sentimentos, sensações ou memórias.
 A partir da linguagem e cognições, julgamos, avaliamos, evitamos situações de
risco, ou de perigo no mundo. Isso costuma funcionar bem!
 Utilizar esse mesmo recurso com o mundo interno, com objetivo de evitar
sentimentos difíceis, pode ter implicações paradoxais.
 Esquiva (SR-) de eventos aversivos, em longo prazo, aumentam a magnitude da
estimulação aversiva (além de gastar energia que poderia estar sendo empregada
para produção de (SR+))
24
 Por exemplo, tentar controlar a ansiedade freqüentemente produz ainda mais
ansiedade;
 É possível, no entanto, manejar as contingências externas para reduzir 
estímulos ambientais que produzem ansiedade;
 Sociedade ocidental estimula a : “não pensa nisso não”; “não fique 
triste”.
Esquiva experiencial
Esquiva experiencial
Exemplos de maneiras pelas quais as pessoas costumam 
evitam seus pensamentos
 Controlando comida;
 Controlando peso e corpo;
 Usando substâncias psicoativas;
 Fazendo exercícios;
 Fazendo sexo;
 Masturbando-se;
 Comendo;
 Trabalhando;
 Utilizando benzodiazepínicos.
25
Esquiva experiencial
 Todos esses comportamentos podem “funcionar”, em curto prazo, para diminuir a
ansiedade, a angústia, a solidão, entre outros sentimentos que consideramos
desagradáveis.
 No entanto, em longo prazo, podem produzir problemas, como burnout,
transtornos alimentares, problemas financeiros, transtorno obsessivo compulsivo e
dependência química.
Esquiva experiencial não é, 
por si só, um problema!
Todos nós agimos de forma a evitar sofrimento.
26
A esquiva experiencial só é um 
problema na medida em que nos 
impede de viver a vida que 
queremos viver.
Só vamos questionar se vai contra os valores da
pessoa atentida.
Caso clínico
Mariana, 52 anos, gerente de uma equipe de Tecnologia da Informação,
procurou psicoterapia depois de ter sido submetida à cirurgia bariátrica,
relatando angústia e ansiedade. Entendemos juntos, ao longo do processo de
psicoterapia, que Mariana utilizava a comida como estratégia de autorregulação
emocional, para aliviar seus incômodos com o casamento, com a ideia de que
suas filhas estão se desenvolvendo e que logo vão sair de casa e para
“compensar” os sacrifícios de sua vida cotidiana, marcada por uma longa jornada
de trabalho e dificuldades interpessoais.
(Alckmin-Carvalho & Pereira, no prelo)
27
Considerações sobre o caso clínico
No caso de Mariana, ingerir grandes quantidades de comida, além de não alterar
suas questões com um casamento difícil e dificuldade de lidar com o
amadurecimento das filhas e as pressões no trabalho, acabou produzindo um novo
problema: a obesidade mórbida e os problemas de saúde associados a ela.
Constatamos também que a cirurgia bariátrica retirou esse recurso, de lidar com
suas questões existências por meio da comida. Em outras palavras, a cirurgia
inviabilizou o uso-outro da comida que Mariana fazia, para além da função de
alimentação.
(Alckmin-Carvalho & Pereira, no prelo)
Sofrimento “limpo” e 
sofrimento “sujo”
28
Aceitação
O que é
 Postura aberta, receptiva, e 
sem julgamento em relação a 
todos os aspectos da
experiência
 Aceitação de eventos 
internos e externos em prol 
dos valores
O que não é
 Aprovar
 Querer
 Gostar
 Resignar-se
Aceitação
 Paciência
 Tolerância
 Emoção não está no controle
 Possibilita a vida de acordo 
com os valores
Evitação experiencial
 Impulsividade
 Controle
 Comportamento dominado 
pelas emoções ou 
pensamentos aversivos
 Leva a pessoa a afastar-se de 
seus valores
Aceitação
29
Fusão Cognitiva e Desfusão
Fusão Cognitiva
 É estar fundido, fixado, preso aos eventos privados, considerando-os verdadeiros ou reais;
 Quanto maior a fusão cognitiva, mais incapaz a pessoa será de diferenciar esses eventos
privados das contingências ambientais. Para essas pessoas, pensar ou sentir literalmente é
o que está acontecendo no ambiente;
 Considerando a evolução das espécies e a seleção natural, se temos facilidade de estarmos
fundidos cognitivamente, é porque isso funciona e é útil para nossa adaptação e
sobrevivência;
 Chegamos onde estamos também pela habilidade que temos de, entre outras, classificar,
prever, explicar, comparar, preocupar e julgar. Proteção e adaptação parecem ser as funções
da cognição.
30
 O problemaé que a linguagem se desenvolve a partir de relações que são
arbitrariamente definidas e derivadas (não necessariamente provindas) da
experiência vivida;
 É possível que a cognição nos proteja de algo que já aconteceu, nunca aconteceu,
não esteja acontecendo agora ou nem se sabe se vai acontecer (catastrofização);
 “Quando tomamos o pensamento literalmente, estamos à mercê de toda a
experiência da vida” (Hayes & Smith, 2005).
Fusão por parte do terapeuta
 O terapeuta pode fundir-se e, consequentemente, agir em função de 
pensamentos como os seguintes:
 “Eu preciso ser um bom terapeuta.”
 “Eu acho que não conseguirei ajudar esse cliente.”
 “Eu não suporto esse cliente.”
 “Esse cliente é muuuuito chato...”
31
Desfusão
Desfusão
 Relacionar-se com a forma dos 
pensamentos
 Observar pensamentos, sensações e 
emoções a partir de uma perspectiva 
externa
 Deixar o fluxo de pensamentos e 
sensações livre, sem sair do eixo dos 
valores
Fusão
 Relacionar-se com o conteúdo 
dos pensamentos
 Acreditar em tudo que a mente
diz
 Ficar dominado por uma 
ideia, sensação ou emoção
SELF COMO CONCEITO
E
SELF COMO CONTEXTO
32
O que é Self?
 Concepção de si mesmo.
 É o estímulo que acho de “eu”.
 Desenvolvido a partir da interação com a família nuclear, e 
posteriormente, nos grupos sociais.
 Na infância, em última instância, eu sou o que “meus pais” querem 
que eu seja.
 As pessoas nos contam histórias sobre quem somos nós, e, mais
tarde, nós contamos essas histórias para nós mesmos e para os
outros.
O que é Self?
 Construção a partir da interação nos níveis filogênico
(características fenotípicas):
 “Sou” homem (anatomia masculina);
 “Sou” moreno;
 Tenho 1,75m (“sou baixo”).
33
O que é Self?
�Ontogênico/cultural: lugares subjetivos e objetivos.
- “Sou” professor universitário;
- “Sou” psicólogo clínico;
- “Sou” filho de Jack;
- “Sou” pai do Henrique;
- “Sou” nascido em 1960;
- “Sou” nascido no Brasil (momento histórico específico);
- “Sou” tímido;
- “Sou” introvertido;
- “Sou” inteligente;
- “Sou” carismático.
Eu sou Eu estou
O que é Self?
 Determinismo no “eu sou”;
 “Eu sou” minimiza ou dispensa o contexto;
 “Eu sou”: cristalização do meu estado, diminuição do meu potencial de ação.
34
Aceitação
Desfusão
Self como 
contexto
Self Conceitual
 Através de nossa capacidade humana de relacionar estímulos arbitrariamente, nós não só
aprendemos a abstrair, avaliar e categorizar o mundo. Nós aprendemos a fazer isso com nós
mesmos, e com a concepção que temos de quem somos;
 Capacidade autorreflexiva: pensar sobre mim mesmo, sobre meu funcionamento e sobre
meus atributos;
 Ex: Simpática, chata, agressiva, introvertida, desajeitada, inteligente;
 Todas esses atributos são construções verbais de comparação entre estímulos e o estímulo
que chamamos de “eu”.
35
Implicações de Self Conceitual
e essa
 Problema de conceituar o “eu”;
 Contingências mudam, e o “eu” permanece cristalizado, 
conceituação torna o indivíduo pouco sensível às situações;
 Por exemplo: Sou inteligente, entende a matéria, vai bem na prova 
(pré-de-seis);
 Graduação: notas baixas, recuperação. Mas eu não sou inteligente?;
 Limitação do repertório comportamental e a possibilidade de ação.
Implicações de Self Conceitual
Vinheta Clínica: Ronaldo
 Eu sou juiz. Juízes fazem coisas certas. Juízes não faze
coisa errada);
 Eu
 Juiz
 Eu
- Nesse
Juiz.
Fazer coisas de maneira certa. 
Faço coisas certo.
caso é importante investigar: quais foram e como foram
construídas as derivações do paciente com relação à sua profissão. Em
outras palavras: o que ele entende que é um juiz, e qual é a função da
fusão com a profissão.
36
Vinheta Clínica: Ronaldo
 Restrição do repertório comportamental:
- Não posso broxar (não transo);
- Não posso ser gay (não namoro);
- Não posso me atrasar (fico super ansioso em compromissos 
sociais e detesta esperar);
- Não posso me expor, demonstrar vulnerabilidade (não tem 
relações de intimidade - solidão).
Implicações de Self Conceitual
Vinheta Clínica: Thiago
 Eu sou médico. Médicos não ficam doentes e não demonstram
fragilidade
 Eu
 Médico
 Eu
Médico.
Não fica doente. Não demonstra fragilidade.
Não fico doente. Não demonstro fragilidade.
“aqui você não é doutor”
37
Vinheta Clínica: Thiago
 Restrição do repertório comportamental:
- Déficits de repertório de autocuidado: soropositivo, não faz uso de
antirretroviral.
- Déficits de relações interpessoais significativas: “eu não quero que as 
pessoas descubram quem eu sou”.
(E você sabe?)
- Déficits de habilidades interpessoais: não têm amigos: “as pessoas me
acham arrogante”
Self contextual (como contexto)
 Noção de perspectiva, de conceber a si mesmo como observador dos eventos 
internos, mas você não é esses eventos;
 O indivíduo passa pelas experiências e sua essência é justamente a de
expectador dessas experiências;
 Indivíduo mais em contato direto com as contingências, sem precisar adequar 
essas contingencias para fazer sentido ao eu - conceitual.
38
Self contextual (como contexto)
 Sensação de ameaça à existência, ou desintegração (vou ficar louco).
 Seus eventos encobertos não te colocam em risco. Você pode observar a guerra, mas 
não participar dela.
 Não importa o que apareça, durante a sessão de psicoterapia, o “eu” não está
ameaçado.
 Aumenta o potencial de autoexposição e de ação (santuário).
 Na terapia, você pode observar a guerra interna (mas você não está participando
dela).
O Tabuleiro de Xadrez
Saban, M. T. (2015). Terapia de aceitação ecompromisso
(ACT). 2ª Edição. Belo Horizonte: Editora Artesã.
(Página 76)
39
PREDOMINÂNCIA DO PASSADO COMO CONCEITO
CONTATO COM MOMENTO PRESENTE
FUTURO TEMIDO 
E
E
PREDOMINÂNCIA DO PASSADO COMO
CONCEITO E FUTURO TEMIDO
 O presente é tudo que temos.
 Análise do passado como esquiva do presente
 Previsão e “tentativa de controle” do futuro
 Por que é tão difícil ficar aqui (?)
 Do que é que você está fugindo? O que aparece no presente, quando 
você sai do “piloto automático”?
 Férias, natal e recaída de pacientes.
40
Contato com o momento presente
 Capacidade de direcionar a atenção para o que está 
acontecendo agora de uma forma deliberada e focada, mas 
ainda assim flexível.
 O que nos tira do presente.
 Eventos dolorosos.
 Preocupações.
 Tentativas de controle.
 É possível treinar com o cliente o contato com o momento, seja 
ele qual for (aceitação, desfusão).
Momento presente para terapeutas
 Se você não conseguir tolerar situações aversivas com o cliente, será
mais
difícil ajudá-lo.
 Cliente percebe quando o terapeuta se incomoda e pode passar a ser 
menos honesto e falar o que o terapeuta quer ouvir.
 Coragem para passar por momentos dolorosos.
 Não negar a dor.
 Enfrentar perdas em conjunto.
41
FALTA DE CLAREZA SOBRE VALORES / 
PREDOMINÂNCIA DE INFLUENCIABILIDADE E
ESQUIVA E
CLAREZA DE VALORES
Valores
 Direcionam e dignificam o trabalho terapêutico;
 Escolhidos livremente;
 Dinâmicos;
 Estabelecem reforçadores a longo prazo.
42
Valores
Valores de vida são um componente central da ACT. Os valores de
alguém têm relação com o que interessa na vida para essa pessoa.
Por exemplo, que tipo de pessoa quero ser:
 Quero ser um profissional dedicado.
 Quero ter uma relação de proximidade com minha família.
 Quero atuar de forma relevante na minha comunidade.
 Quero me sentir engajado espiritualmente.
Valores são as qualidades que gostaríamos que nossas 
atitudes tivessem:
 Coragem
 Autenticidade
 Empatia
 Honestidade
 Generosidade
 Espiritualidade
 Companheirismo
 Dedicação
43
Valores são construídos
 Influência da história de vida e da cultura (data de nascimento, país
de nascimento, família em que você nasceu, relação com os pares,
etc.
 Dentro desse pacote, o que lhe interessa?
 O que é importante para você?
 Como você quer usar o seu tempo?
Qual é o sentido da sua vida?
 Mais do que metas ou objetivos externos, valores estão ligados ao que 
a pessoa quer ser.
44
Valores mudam ao longo do
tempo 
(e é bom que seja assim)
-Mudança de fase de vida (adolescência 
para idade adulta);
-Adoecimento próprio;
-Adoecimento de outras pessoas;
-Aprendizagem (condicionamento 
direto, aprendizagem vicária);
-Morte na família;
Valores mudam ao longo do
tempo (e é bom que seja assim)
 Nascimento de filho (a);
 Envelhecimento dos filhos;
 Crises naturais do desenvolvimento (revisão de meio de processo);
 Envelhecimento próprio.
45
Valores e ACT
 Direcionam e dignificam o trabalho terapêutico;
 Escolhidos livremente;
 Dinâmicos;
 Estabelecem reforçadores (de alta magnitude) em longo prazo;
 O conceito de valor, então, é uma tentativa de substituir o controle
verbal que descreve reforçamento negativo em curto prazo por um
controle verbal que descreva reforçamento positivo em longo prazo.
Valores e ACT
Para o terapeuta
Estou ajudando meu cliente a viver de acordo com seus valores?
Para o cliente
Estou me aproximando de uma vida de acordo com meus valores?
Valores
Na terapia
46
Valores e ACT
 Os exercícios trabalhados na ACT visam reduzir verbalizações que
resultam em escolhas baseadas em esquiva, em prol de escolhas
baseadas em valores consistentes e na aceitação, ainda que essas
escolhas produzam certo nível de consequências aversivas.
 Na ACT, o objetivo não é remover as sensações negativas, mas levar
a pessoa a buscar uma vida significativa apesar dos desconfortos.
A produção de reforçadores positivos (o 
que nos interessa) tem um preço: 
Eventualmente temos que lidar com a 
ansiedade, medo e vulnerabilidade que 
“vem junto no pacote”
47
Uma resposta produz múltiplas consequências
Antecedente
 Pessoa interessante
 Interesse sexual
 Reciprocidade
 Assuntos/interesses 
em comum
Resposta
 “namorar” (beijar, 
transar, cuidar, 
afeiçoar-se a 
alguém)
Consequências/Efeitos
 Evitar solidão (R-)
 Prazer sexual (R+)
 Sensação de 
vulnerabilidade (P+)
 Intimidade e seus
subprodutos (R+)
apetitivos
 Restrição da 
Liberdade (P-)
O obstáculo é o caminho
V
A
L
O
R
E
S
SENSAÇÕES 
E 
EMOÇÕES 
NEGATIVAS
AÇÃO COMPROMETIDAESQUIVA
Barreiras 
ambientais
48
Como ajudar seu paciente a
identificar seus valores (?)
Questões para levantar valores
 O que é importante para você?
 Que tipo de pessoa você que ser?
 Como você quer viver essa área da sua vida?
 Como você quer sentir que lidou com esse momento depois que ele
passar?
 Que mensagem você quer que sua vida passe?
49
Questões para levantar valores
 Como você gostaria de viver se o medo não fosse um 
problema?
 O que você faria se não tivesse que se preocupar com a 
aprovação de outras pessoas?
 Como você quer se perceber no futuro, ao olhar para trás e 
avaliar a forma como viveu?
Tabela de Valores
Áreas da vida
Como 
desejaria 
ser
importância
Sucesso que 
vem tendo objetivos Ações Barreiras
Relacionamento 
amoroso
Família
Social
Trabalho
Estudo
Lazer
Saúde
Comunidade
50
Exercícios para identificação de valores
 Um exercício para identificar valores, referente ao tema morte, é o da
vida e morte (Harris, 2009). Os passos seguintes são propostos:
 Imagine o seu próprio funeral: imagine o que você gostaria que as
pessoas falassem sobre você.
 Aja como se estivesse no próprio funeral, como uma dramatização.
 Escreva o seu obituário ou o que você gostaria que estivesse na sua
lápide.
 Imagine que você só tem mais 24 horas de vida, mas não pode
dizer a ninguém: quem você visitaria? O que você faria?
Falsos Valores
 Alguns pacientes podem apresentar pressões sociais como valores,
sem ter a habilidade de diferenciá-los.
 Uma estratégia interessante, nesses casos, é tentar isolar os
reforçadores sociais, disponibilizados a partir do contato com outras
pessoas (reforçadores arbitrários), e não da atividade em si
(reforçadores intrínsecos).
 Rever se ainda assim o que foi relatado como valor permanece
importante (Hayes et al., 1999).
51
The top five regrets of the dying:
O livro intitulado “The top five regrets of the dying”, escrito por Bronnie Ware, e
traduzido para o português como “Antes de Partir: Uma vida transformada pelo
convívio com pessoas diante da morte”, retrata as experiências vividas por uma
cuidadora em seu ofício de acompanhar pacientes terminais em seus últimos
dias (Ware, 2009/2012). Bronnie, em conversas honestas sobre vida e morte com
pacientes terminais, percebeu, em uma espécie de “balanço final da vida”, o que
os pacientes gostariam de ter feito diferente. A autora constatou que cinco
arrependimentos se repetiam nas diferentes histórias de vida:
The top five regrets of the dying
 Arrependimento 1. Desejaria ter tido a coragem de viver uma vida
verdadeira para mim mesma, não a vida que os outros esperavam de
mim.
 Arrependimento 2. Desejaria não ter trabalhado tanto.
 Arrependimento 3. Desejaria ter tido a coragem de expressar meus
sentimentos.
 Arrependimento 4. Desejaria ter ficado em contato com meus amigos.
 Arrependimento 5. Desejaria ter-me permitido ser mais feliz.
52
“As artimanhas que usamos para escapar da aflição
nos desviam de nossos objetivos de vida. E é por eles
que vale a pena viver”
(Hayes,Strosahl & Wilson, 2011)
Inércia, impulsividade e Persistência na esquiva
e
Compromisso (ação comprometida)
53
Inércia, impulsividade e Persistência na esquiva
 Impulsividade como mecanismo de esquiva de
desconforto/dúvida;
 Dificuldade de sustentar uma dúvida;
 Respostas difíceis para perguntas difíceis;
(Você não precisa resolver isso agora)
(Essa pergunta é importante – não dá pra responder qualquer coisa)
Compromisso
 Ações que levam na direção dos valores;
 Desvios vão ocorrer;
 Constante escolha e retorno suave ao eixo dos valores;
 Ação compromissada requer enfrentar obstáculos.
54
Ação comprometida
Compromisso
 Ação 
comprometida
Consequência a 
curto prazo
 Incômodos
 Obstáculos
 Conflitos
Consequência a longo
prazo
 Valores
 Satisfação
 Vida plena
Seu plano
55
Realidade
SESSÕES INICIAIS NAACT
56
O que você já tentou? Funcionou?
• Listar estratégias que a pessoa utiliza ou utilizou para 
tentar se livrar de pensamentos, sentimentos e sensações 
negativas. Entender se aquilo funciona a curto e longo 
prazo.
Qual o custo dessas estratégias para você?
• O que a pessoa atendida perde ao utilizar essas 
estratégias? Ela está melhor ou pior ao longo do tempo?
• Sempre validar aquilo que a pessoa já fez e a própria 
tentativa de não sofrer, ao mesmo tempo que se aponta o 
custo.
Você está aberto(a) a algo novo?
Perguntas iniciais
O que você já tentou?
 Possíveis estratégias:
 Distrair-se
 Esquivar-se
 Isolar-se
 Desistir
 Substâncias, comportamentos autodestrutivos
57
Funcionou?
 Como a pessoa se sentiu no momento?
 Resolução a longo prazo?
 Sente-se melhor ou pior a longo prazo?
Qual o custo?
 Entender quais são as perdas relacionadas às
estratégias de esquiva
 Validação: entender que o cliente fez o que podia, que 
acreditava ser o certo
 “Você se esforçou muito para tentar resolver isso”
58
Como é perceber isso para você?
 Como é perceber que tudo que você vem tentando não está
funcionando?
 Adicionar mais validação
Você está aberta a algo diferente?
 Você vem tentando não sentir… Isso tem custado muito para 
você. Você perdeu bastante coisa. Você está disposta a fazer algo 
diferente, que pode funcionar melhor em criar uma vida melhor 
para você?
 É uma forma bem diferente de lidar com… E muito diferente de 
tudo que você já tentou.
59
Desesperança criativa
 Questionar o hábito de querer se livrar dos sentimentos e
pensamentos
desagradáveis
 Com validação
 Mostrar que não funciona e ainda impede uma vida significativa
Metas emocionais x metas comportamentais
 Clientes chegam para a terapia,geralmente, com metas emocionais
 Não quero sentir ansiedade, tristeza, raiva
 Ajudar o cliente a não sentir seria corroborar a esquiva experiencial
 Direcionar cliente para metas comportamentais
60
Como estabelecer metas comportamentais?
todo o seu medo, vergonha, Se pudéssemos remover magicamente 
desconforto, o que você estaria fazendo?
 Que atitudes que você teria na sua vida indicariam que a terapia está 
funcionando?
O obstáculo é o caminho
V
A
L
O
R
E
S
SENSAÇÕES 
E 
EMOÇÕES 
NEGATIVAS
AÇÃO COMPROMETIDAESQUIVA
61
Esquiva x compromisso
Consequências a longo prazo
Insatisfação com a vida, depressão, 
ansiedade
Vida de acordo com os valores, 
satisfação, plenitude
Consequências a curto prazo
Alívio, conforto Desconforto, incômodo
Comportamento
Esquiva Ação comprometida
Disposição para o compromisso
 Padrões de esquiva foram construídos ao longo da vida toda
 Mudança leva tempo
 Mudança significa passar por dificuldades
 Quanto mais importante, mais difícil
 Qual a disposição do cliente em passar pelas dificuldades?
 Qual a disposição do terapeuta em passar pelas dificuldades do cliente junto 
com ele?
62
Avaliação
 Quais ações comprometidas são mais fáceis? E mais difíceis?
 Quais as dificuldades internas a serem enfrentadas?
 Como o ambiente pode reagir às mudanças do cliente?
 Quais os ganhos possíveis a longo prazo?
Identificando ações comprometidas
Se pudéssemos, num passe de mágica, retirar 
todo os medos, preocupações, receios, 
traumas que essa situação traz...
Como você estaria agindo?
63
Relação Terapêutica na ACT
O que é um psicólogo clínico?
 O terapeuta é um ser humano;
 Nós estamos no mesmo barco;
 Estamos todos aprendendo coisas (obrigado, também).
64
O que é a relação terapêutica?
 “As intervenções ACT foram desenvolvidas para desestabilizar padrões
comportamentais que produzem inflexibilidade psicológica, e, por
conseguinte, estreitamento do repertório do cliente. O objetivo é estabelecer
repertórios alternativos que possam ser sustentados por conseqüências que
vão ao encontro dos valores do paciente”.
(tradução livre, Hayes, Strosahl & Wilson, 1999, p. 143)
 A relação terapêutica é a base (contexto) onde essas transformações de
tornam possíveis.
 É o meio pelo qual habilidades de flexibilidade são transmitidas ao cliente.
Dificuldades em comum
 Muitas vezes terapeuta e cliente são confrontados com os mesmos dilemas.
Por exemplo, termino de relação amorosa, perda dos pais, outras mortes da
família, dificuldades financeiras, sentimento de ser uma fraude;
 Acontece porque as mesmas armadilhas da linguagem que fisgam o paciente,
também podem fisgar o terapeuta;
 “Essa sessão eu pagaria”.
65
Relação Terapêutica
 Você não precisa (nem nunca precisará) ter todas as respostas;
 Não se trate como uma máquina de resolver problemas;
 Deixe o cliente trabalhar também;
 Como é fazer silêncio para você, durante a sessão? O que aparece, no
silêncio?;
 Intelectualização como esquiva experiencial do terapeuta;
 A serviço de quem estão as técnicas, exercícios e metáforas?
Relação Terapêutica
 O que é importante para o paciente vs o que é importante 
para o paciente?
 Quais são os componentes responsáveis pela 
mudança em psicoterapia?
 Pesquisas de resultado vs pesquisas de processo em
psicoterapia.
Irvin Yalom (Os desafios da Terapia)
- Modelo de vulnerabilidade (falar da vulnerabilidade vs mostrar vulnerabilidade).
-Autoexposição.
66
ACT e FAP
 Relação Terapêutica positiva: fortemente correlacionada ao
desfecho do tratamento psicoterápico;
 É possível utilizar a relação terapêutica para embasar 
intervenções (FAP);
-Você sente isso comigo também?
-Isso aparece aqui também?
-Como é que isso aparece aqui, entre a gente?.
ACT e FAP: utilizando a relação terapeutica 
como contexto para promover mudanças
� Pacientes com transtornos 
interpessoais severos. Analisar
de personalidade: problemas 
o que a interação produz no
terapeuta, em termos de pensamentos e sentimentos, é muito 
importante.
Paciente PROMUD (Ipq-HC-FMUSP)
Paciente I. tédio, sonolência
67
Relações Terapêuticas poderosas
são inerentemente flexíveis
Relação 
Terapêutica
Flexibilidade 
Psicológica
Modelo de Psicopatologia ACT
68
Modelo de Psicopatologia ACT
Terapeuta da modelo de flexibilidade psicológica
69
Relações Terapêuticas poderosassão inerentemente flexíveis
Relação Terapêutica
Inflexível Flexível
Julgamento e objetivação Percepção de ser aceito do jeito que é
Tenta estar certo, te mostrar o caminho e provar 
que você está equivocado.
Idéias são ouvidas, de fato, com abertura, 
interesse e curiosidade
A pessoa está presa no próprio mundo, 
inacessível
A pessoa está lá com você, acessível
Você sente que é invisível, pouco reconhecido em
suas características, pouso importante, Sente
que a pessoa não te conhece
A pessoa têm a capacidade de ver o mundo com
os seus olhos, às vezes. Você tem a perceção de
que a pessoa te conhece profundamente
Seus valores são desconhecidos, e o que importa 
para você não é aceito/validado
Você se sente apoiado e têm seus valores mais 
profundos reconhecidos e validados
Relação marcada por passividade crônica,
repetição, automatismo ou constante
impulsividade (soa falso).
Na relação aparecem pequenas e grandes ações
significativas, e no timing natural (parece
natural).
Relações Terapêuticas poderosas são
inerentemente flexíveis
Em outras palavras, em relações de intimidade, proximidade aparecem
aceitação, desfusão (o outro existe e é diferente de mim – ele não é o
que eu penso), atenção ao momento presente (eu estou disponível para
o outro, aberto e atento).
70
Relações Terapêuticas poderosas
são inerentemente flexíveis
 Terapeutas com menor flexibilidade psicológica (evitativos, pouco 
presentes, fusionados tendem a ser menos eficázes e parece ser mais 
pesado atender – mais vulneráveis ao burnout (Hayes, Bissett et al., 
2004)
 Não é necessário (nem possível) estar livre de questões existenciais. O 
enfrentamento das questões a motivação de tentar se aprimorar, em 
termos de flexibilidade psicológica, é suficiente para sustentar 
intervençõesACT.
 Autorrevelação: “eu também uso antidepressivo”.
Sobre a importância do clínico
fazer psicoterapia
 Não se aprende a ser um bom terapeuta lendo livros, apenas;
 Supervalorização da teoria e desvalorização da psicoterapia própria;
 Em supervisão, alguns terapeutas me dizem: acho que tenho que 
estudar mais;
 “você não aprende a andar de bicicleta lendo um manual. Você 
aprende a andar de bicicleta andando de bicicleta”.
71
Comprar o peixe primeiro,para
depois vender
 ACT tem approach muito experiencial;
 É altamente desejável que terapeutas ACT experimentem em
si mesmos, os exercícios, técnicas e metáforas ACT, para
então prescrevê-los aos clientes;
 Prescreva aquilo em que você acredita e vive (você precisa
comprar o peixe, antes de vendê-lo.
Comprar o peixe primeiro, para depois vender
“Terapeutas que aprenderam a enfrentar obstáculos aversivos em sua
luta pessoal, direção de seus valores desenvolvem um senso de
vitalidade e sentido que impactam a relação terapeutica
positivamente, e transmitem esse conceito não por instrução, mas
por um approach mais experiencial”.
72
Sobre o humor e a irreverência na relação terapêutica
 Você e o seu problema de estimação;
 O problema aqui não é que você tem um problema... É que eles continuam
sendo os mesmos problemas;
 Fazer graça e tratar de modo irreverente o sistema social que produz as 
armadilhas;
 Rir de si mesmo e da nossa condição;
 O humor é uma habilidade sofisticada.
Matriz e Ponto de Escolha
73
“Excelência nunca é um acidente. É sempre o resultado de alta 
intenção, esforço sincero, inteligência e execução; representa a 
escolha sábia entre muitas alternativas – escolha, não acaso,
determina o seu destino.”
Aristóteles
Matriz da ACT
Act matrix
Kevin Polk,Jerold Hambright, Mark Webster
74
Características
 Matriz é instrumento de formulação de caso para ser feita em 
conjunto com a pessoa atendida
 Pode ser feita em uma ou mais
sessões
 Pode ser feita com perguntas diretas ou a partir do relato 
da pessoa
Desenvolvimento da matriz
 Matriz = diagrama
 Foco da ACT em dois processos
 Diferenciar experiências dos cinco sentidos de processos mentais
 Diferenciar comportamentos de esquiva e de aproximação dos
valores
75
Matriz da ACT
5 sentidos
Esquivas (o que eu lago para evitar ou diminuiro sofrimenta) Campromisso (passos para ir na dire§äo dos meus valores)
Sofrimento (o que eu näo quero sentir ou pensar)
Mente
Valores (a que mais importa pra mim)
AJaplado deKevin &Benjam in
5 sentidos
Esquivas (o que eu lago para evitar ou diminuiro sofrimentaj Campromisso (passos para ir na dire§äo dos meus valores)
5oJrimento (o que eu nüo quero sentir ou pensar)
Mente
Valores (a que mais importa pra mim)
AJaptado deKevin &Benjam in
76
5 sentidos
 Tudo aquilo que pode ser percebido pelos sentidos
 Visão
 Audição
 Paladar
 Tato
 Olfato
 Na matriz, ligado às experiências e comportamentos
Matriz da ACT
5 sentidos
Esquivas (o que eu lago para evitar ou diminuiro sofrimenta) Campromisso (passos para ir na dire§äo dos meus valores)
Sofrimento (o que eu näo quero sentir ou pensar)
Mente
Valores (a que mais importa pra mim)
AJaplado deKevin &Benjam in
77
Mente
 Tudo que não vem diretamente dos cinco sentidos
 Pensamentos
 Emoções
 Impulsos
 Imaginações
 Memórias
 Na matriz, conceitos como valores e regras
78
Comportamentos de aproximação
 Comportamentos que aproximam a pessoa de seus valores
 Bem a longo prazo
 Pode ser desconfortável a curto prazo
79
Comportamentos de afastamento
 Afastamento das experiências internas indesejadas
 Muitas vezes, afastam também dos valores
 Avaliar se agir para se afastar do desconforto tem custo incompatível com 
a vida que a pessoa escolhe
12
3 4
80
ente
Valores (o que mais importa pra mim)
Questões para levantar valores
 O que é importante para você?
 Que tipo de pessoa você que ser?
 Como você quer viver essa área da sua vida?
 Como você quer sentir que lidou com esse momento depois que ele passar?
 Que mensagem você quer que sua vida passe?
81
• Proximidade com Proximidade com Proximidade com Proximidade com a a a a minhaminhaminhaminha filhafilhafilhafilha
• Dedicação aoDedicação aoDedicação aoDedicação ao trabalhotrabalhotrabalhotrabalho
• SobriedadeSobriedadeSobriedadeSobriedade
• HonestidadeHonestidadeHonestidadeHonestidade
• Ser Ser Ser Ser saudável e ativosaudável e ativosaudável e ativosaudável e ativo fisicamentefisicamentefisicamentefisicamente
• Cultivo Cultivo Cultivo Cultivo dadadada espiritualidadeespiritualidadeespiritualidadeespiritualidade
• Manter apenas relaçõesManter apenas relaçõesManter apenas relaçõesManter apenas relações positivaspositivaspositivaspositivas
• Estado Estado Estado Estado dededede pazpazpazpaz
Sofrimento (o que eu näo quero sentir ou pensar)
Mente
82
Questões para identificar sofrimento
 O que é difícil para você sentir?
 Que tipo de pensamentos te incomodam?
 O que você imagina que possa acontecer nessa
situação?
 Que eventos internos são difíceis de aceitar?
• Conflito Conflito Conflito Conflito comcomcomcom exexexex----esposaesposaesposaesposa
• Momento Momento Momento Momento de de de de iniciariniciariniciariniciar trabalhostrabalhostrabalhostrabalhos
• Sensação de Sensação de Sensação de Sensação de ter ter ter ter falhadofalhadofalhadofalhado (perfeccionismo)(perfeccionismo)(perfeccionismo)(perfeccionismo)
• SolidãoSolidãoSolidãoSolidão
• Ser Ser Ser Ser julgado pelosjulgado pelosjulgado pelosjulgado pelos amigosamigosamigosamigos
• Ser Ser Ser Ser visto visto visto visto como como como como fraco fraco fraco fraco ouououou doentedoentedoentedoente
• Medo Medo Medo Medo dededede rótulosrótulosrótulosrótulos
• Medo Medo Medo Medo de entrar de entrar de entrar de entrar emememem conflitoconflitoconflitoconflito
• Medo Medo Medo Medo de desagradar (medo de “estar de desagradar (medo de “estar de desagradar (medo de “estar de desagradar (medo de “estar mal” commal” commal” commal” com alguém)alguém)alguém)alguém)
83
5 senti
Esquivas (o que eu lago para evitar ou diminuir osofrimento)
Questões para identificar esquivas
 O que você faz para evitar esses pontos que lhe causam sofrimento?
 O que você já tentou fazer para resolver esses sofrimentos?
 Em que tipo de coisas você busca alívio?
 Que comportamentos você percebe que trazem alívio momentâneo mas são 
ruins a longo prazo?
84
• Deixo de lutar pela guarda da minhaDeixo de lutar pela guarda da minhaDeixo de lutar pela guarda da minhaDeixo de lutar pela guarda da minha filhafilhafilhafilha
• Não inicio Não inicio Não inicio Não inicio novos projetos / novos projetos / novos projetos / novos projetos / chego tarde nochego tarde nochego tarde nochego tarde no trabalhotrabalhotrabalhotrabalho
• Deixo Deixo Deixo Deixo de fazerde fazerde fazerde fazer exercíciosexercíciosexercíciosexercícios
• Saio Saio Saio Saio com com com com pessoas de pessoas de pessoas de pessoas de quem nãoquem nãoquem nãoquem não gostogostogostogosto
• Faço coisas Faço coisas Faço coisas Faço coisas que não quero que não quero que não quero que não quero só para agradar só para agradar só para agradar só para agradar osososos outrosoutrosoutrosoutros
• BeboBeboBeboBebo
• Tento me convencer de Tento me convencer de Tento me convencer de Tento me convencer de que que que que posso beber só posso beber só posso beber só posso beber só umumumum poucopoucopoucopouco
• Deixo Deixo Deixo Deixo de frequentar ode frequentar ode frequentar ode frequentar o centrocentrocentrocentro
• Medo Medo Medo Medo de entrar de entrar de entrar de entrar emememem conflitoconflitoconflitoconflito
• Não falo Não falo Não falo Não falo o o o o que que que que penso para penso para penso para penso para minhaminhaminhaminha famíliafamíliafamíliafamília
ntidos
Compromisso (passos para ir na diregäo dos meus valores)
Valores (o que mais importa pra mim)
85
Questões para levantar ação comprometida
 Que coisas você poderia fazer que aproximariam você dos seus
valores?
 Em termos práticos, o que significaria agir de acordo com seus 
valores nessa situação?
 O que seria algo oposto à esquiva nessa situação?
 Que tipo de comportamento deixaria você satisfeito consigo 
mesmo(a), independentemente do resultado?
• Batalhar para Batalhar para Batalhar para Batalhar para ter mais tempo com minhater mais tempo com minhater mais tempo com minhater mais tempo com minha filhafilhafilhafilha
• Enfrentar novosEnfrentar novosEnfrentar novosEnfrentar novos projetosprojetosprojetosprojetos
• Chegar cedo Chegar cedo Chegar cedo Chegar cedo aoaoaoao trabalhotrabalhotrabalhotrabalho
• RetomarRetomarRetomarRetomar exercíciosexercíciosexercíciosexercícios
• Dizer não quando não quiserDizer não quando não quiserDizer não quando não quiserDizer não quando não quiser sairsairsairsair
• AfastarAfastarAfastarAfastar----me de amigos me de amigos me de amigos me de amigos que que que que bebem e ambientes bebem e ambientes bebem e ambientes bebem e ambientes com com com com 
bebidabebidabebidabebida
• Aceitar o Aceitar o Aceitar o Aceitar o fato fato fato fato de de de de que não que não que não que não possopossopossoposso beberbeberbeberbeber
• Conviver Conviver Conviver Conviver com a com a com a com a discordância dodiscordância dodiscordância dodiscordância do outrooutrooutrooutro
• Frequentar oFrequentar oFrequentar oFrequentar o centrocentrocentrocentro
• PosicionarPosicionarPosicionarPosicionar----me claramente me claramente me claramente me claramente com com com com minhaminhaminhaminha famíliafamíliafamíliafamília
86
Matriz da ACT
5 sentidos
Esquivas (o que eu lago para evitar ou diminuiro sofrimento) Campromisso (passos para ir na dire§äodos meus valores)
Sofrimento (o que eu näo quero sentir ou pensar)
Mente
Valores (a que mais importa pra mim)
AJaplado deKevin &Benjam in
Pontos para se discutir com a matriz pronta
 Perceber a incompatibilidade entre a esquiva e os valores
 Perceber que a ação comprometida vai inevitavelmente causar 
desconforto e sofrimento
 Perceber que há um sofrimento inútil e um sofrimento útil
87
• BatalharBatalharBatalharBatalhar paraparaparapara terterterter maismaismaismais tempotempotempotempo comcomcomcom minhaminhaminhaminha filhafilhafilhafilha
• Enfrentar Enfrentar Enfrentar Enfrentar novosnovosnovosnovos projetosprojetosprojetosprojetos
• Chegar cedo Chegar cedo Chegar cedo Chegar cedo aoaoaoao trabalhotrabalhotrabalhotrabalho
• RetomarRetomarRetomarRetomar exercíciosexercíciosexercíciosexercícios
• DizerDizerDizerDizer nãonãonãonão quandoquandoquandoquando nãonãonãonão quiserquiserquiserquiser sairsairsairsair
• AfastarAfastarAfastarAfastar----memememe dededede amigosamigosamigosamigos quequequeque bebembebembebembebem eeee ambientesambientesambientesambientes comcomcomcom bebidabebidabebidabebida
• AceitarAceitarAceitarAceitar o fatoo fatoo fatoo fato dededede quequequeque nãonãonãonão possopossopossoposso beberbeberbeberbeber
• Conviver Conviver Conviver Conviver com a com a com a com a discordância discordância discordância discordância dodododo outrooutrooutrooutro
• Frequentar Frequentar Frequentar Frequentar oooo centrocentrocentrocentro
• PosicionarPosicionarPosicionarPosicionar----me claramente me claramente me claramente me claramente com minhacom minhacom minhacom minha famíliafamíliafamíliafamília
• DeixoDeixoDeixoDeixo dededede lutarlutarlutarlutar pelapelapelapela guardaguardaguardaguarda dadadada minhaminhaminhaminha filhafilhafilhafilha
• NãoNãoNãoNão inicioinicioinicioinicio novosnovosnovosnovos projetosprojetosprojetosprojetos / chego/ chego/ chego/ chego tardetardetardetarde nononono trabalhotrabalhotrabalhotrabalho
• Deixo de fazerDeixo de fazerDeixo de fazerDeixo de fazerexercíciosexercíciosexercíciosexercícios
• Saio Saio Saio Saio com pessoas de quem nãocom pessoas de quem nãocom pessoas de quem nãocom pessoas de quem não gostogostogostogosto
• FaçoFaçoFaçoFaço coisascoisascoisascoisas quequequeque nãonãonãonão queroqueroqueroquero sósósósó paraparaparapara agradaragradaragradaragradar osososos outrosoutrosoutrosoutros
• BeboBeboBeboBebo
• TentoTentoTentoTento memememe convencerconvencerconvencerconvencer dededede quequequeque possopossopossoposso beberbeberbeberbeber sósósósó umumumum poucopoucopoucopouco
• Deixo de Deixo de Deixo de Deixo de frequentar frequentar frequentar frequentar oooo centrocentrocentrocentro
• Medo Medo Medo Medo de entrar de entrar de entrar de entrar ememememconflitoconflitoconflitoconflito
• NãoNãoNãoNão falofalofalofalo oooo quequequeque pensopensopensopenso paraparaparapara minhaminhaminhaminha famíliafamíliafamíliafamília
• Conflito Conflito Conflito Conflito comcomcomcom exexexex----esposaesposaesposaesposa
• Momento Momento Momento Momento de iniciarde iniciarde iniciarde iniciar trabalhostrabalhostrabalhostrabalhos
• Sensação de ter falhadoSensação de ter falhadoSensação de ter falhadoSensação de ter falhado(perfeccionismo)(perfeccionismo)(perfeccionismo)(perfeccionismo)
• SolidãoSolidãoSolidãoSolidão
• Ser Ser Ser Ser julgado pelosjulgado pelosjulgado pelosjulgado pelos amigosamigosamigosamigos
• Ser Ser Ser Ser visto como fraco ouvisto como fraco ouvisto como fraco ouvisto como fraco ou doentedoentedoentedoente
• Medo Medo Medo Medo dededede rótulosrótulosrótulosrótulos
• Medo Medo Medo Medo de entrar de entrar de entrar de entrar ememememconflitoconflitoconflitoconflito
• MedoMedoMedoMedo dededede desagradardesagradardesagradardesagradar (medo(medo(medo(medo dededede “estar“estar“estar“estar mal”mal”mal”mal” comcomcomcom alguém)alguém)alguém)alguém)
• Proximidade Proximidade Proximidade Proximidade com a minhacom a minhacom a minhacom a minha filhafilhafilhafilha
• Dedicação Dedicação Dedicação Dedicação aoaoaoao trabalhotrabalhotrabalhotrabalho
• SobriedadeSobriedadeSobriedadeSobriedade
• HonestidadeHonestidadeHonestidadeHonestidade
• SaúdeSaúdeSaúdeSaúde físicafísicafísicafísica
• Cultivo daCultivo daCultivo daCultivo da espiritualidadeespiritualidadeespiritualidadeespiritualidade
• Manter apenas relaçõesManter apenas relaçõesManter apenas relaçõesManter apenas relações positivaspositivaspositivaspositivas
• Estado deEstado deEstado deEstado de pazpazpazpaz
Considerações sobre a matriz
 Matriz é direcionamento tanto para a pessoa atendida 
como para o terapeuta
 Pontos podem ser alterados ao longo da terapia
 Alguns valores podem ser conflitantes; é necessário estabelecer
prioridades
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TRATAMENTO ACT 
ANOREXIANERVOSA
TRATAMENTO ACT ABUSO DE
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
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Componentes cognitivos nos TAG
 Preocupação excessiva com diversos eventos e com relação ao
futuro.
 Preocupação em evitar ou diminuir a probabilidade de eventos ruins;
 Intolerância a situações de ambiguidade, incerteza ou risco;
 Tendência a centralização e controle;
 Percepção do mundo como um lugar perigoso e do futuro como temerário;
 Incapacidade ou fantasia de incapacidade de lidar com crise/frustração;
 Dificuldade de autorregulação emocional.
90
Distorções cognitivas típicas em quadros de TAG
Hipergeneralização
• Todos os homens são perigosos; todas as pessoas traem
Catastrofização
• Se eu for demitido, todo meu futuro está arruinado
Filtro mental
• Absorver apenas informações que confirmam o sistema de crenças – geralmente 
associada ao perigo/fracasso do outro.
Pensamento Irracional
• Sobretudo quanto ao grau de periculosidade da situação temida e dos próprios 
recursos para lidar com ela.
Falácia do Controle
• Tudo depende de mim e tem relação comigo OU “Não tenho nada a ver com isso”/
“não há nada que eu possa fazer”
Falácia da mudança
• Mudar o outro – me mudar: se pelo menos ele fosse mais “X”...
Tratamento dos quadros de TAG
Psicoeducação
Evitação
vs
Valores
Exposição 
Gradual
Treinamento de 
habilidades 
sociais
Aceitação
91
e escuta
Entrevistas Iniciais
 Estabelecimento de vínculo (audiência não
punitiva);
 Validação dos sentimentos do paciente;
 Cuidado com a pressa!;
 Instrumentos de triagem,
instrumentos diagnósticos clínica.
 Investigação da história de evitação;
 Quando se iniciou, períodos mais críticos;
 Estratégias de enfrentamento;
 Consequências;
 Tentativas de tratamento anteriores;
 Hipóteses do paciente sobre os fatores predisponentes e mantenedores do TAG
 Avaliação de distorções cognitivas com foco da reestruturação cognitiva.
Entrevistas Iniciais
92
Psicoeducação e Biblioterapia
A etapa de psicoeducação é muito importante e envolve 
orientar o paciente sobre:
 Etiologia de seu problema;
 As fases do tratamento;
 As questões fisiológicas relacionadas à ansiedade;
 A função da ansiedade;
 Podem ser utilizados recursos como livros, filmes, documentários (biblioterapia);
 Hierarquização de situações de risco e exposição gradual.
Balança Decisória
 Ambivalência entre exposição graduale tolerância dos riscos vs
manter-se em um padrão evitativo;
 O que se ganha e o que se perde com o padrão evitativo?
 Qual é o custo pessoal (objetivo/subjetivo)?
93
Treinamento de Habilidades Sociais
 Autocontrole;
 Autorregulação emocional, com ou sem uso de distração;
 Resolução de problemas;
 Comunicação (assertividade);
 Habilidades Interpessoais;
 Resiliência;
 Habilidades / estratégias de enfrentamento;
 Aceitação das emoções negativas como parte de nossa existência
Aceitação do controle limitado e da “dor”
como fazendo parte da condição humana
Eliminação/distração 
da ansiedade ou falta 
de controle
Aceitação
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Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT)
 No final dos anos de 1980
Desenvolvida por Steven Hayes
 Verdade é aquilo que funciona
Pragmatismo
 O fenômeno só pode ser entendido com seuambiente e sua 
história de aprendizado
Filosofia: Contextualismo Funcional
 Restrição de repertório, indivíduo com uma gama reduzida 
de possibilidades de ações.
Psicopatologia: inflexibilidade psicológica