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Esteffane Seitz- TXVI 
Compartimentos intracelulares e 
endereçamento de proteínas
- A célula bacteriana consiste 
em um único compartimento 
intracelular envolto por 
membrana, já a célula 
eucariótica é subdividida em 
compartimentos 
funcionalmente distintos 
envoltos por membrana 
(Organelas). Cada organela 
possui proteínas específicas, 
sendo a maioria delas 
sintetizadas no citosol e depois 
entregue à organela específica 
Compartimentalização 
das Células 
 
• Todas as células 
eucarióticas têm o mesmo 
conjunto básico de organelas 
envoltas por membrana: 
• - Processos Bioquímicos vitais 
ocorrem dentro ou na superfície das 
membranas. Dessa forma, os 
sistemas de membranas 
intracelulares (organelas), além de 
proporcionar o aumento da área de 
membranas disponíveis para reações 
bioquímicas, formam 
compartimentos fechados separados 
do citosol funcionalmente 
especializados por conter proteínas 
e íons específicos que otimizam as 
reações bioquímicas que participam. 
Como a bicamada lipídica das 
membranas das organelas são 
impermeáveis a moléculas 
hidrofílicas, a membrana de cada 
organela necessita de proteínas de 
transporte e mecanismo que 
corroborem com a importação, 
incorporação e exportação de 
proteínas e metabólicos específicos. 
- As células eucariontes possuem 
compartimentos intracelulares comuns: 
1. Núcleo: Contém o genoma e é o 
local principal de síntese de DNA e 
RNA, o qual está embebido no 
citoplasma (Citosol + Organelas) 
2. Citosol: Sítio de síntese e 
degradação de proteínas 
3. Retículo Endoplasmático (RE): 
Produz maioria dos lipídeos, reserva 
de íons Ca2+. É dividido em RE 
rugoso (Possui ribossomos na 
superfície, as quais são organelas 
não envoltas por membrana que 
sintetizam proteínas) e RE liso (Sem 
ribossomos). Por fim, envia proteínas 
e lipídeos ao Complexo de Golgi 
4. Complexo de Golgi: Recebe 
lipídeos e proteínas do RE, 
modificando-os por realizar 
glicosilação e os destinam à locais 
específicos 
Esteffane Seitz- TXVI 
5. Mitocôndrias: Produz o ATP 
(Respiração Intracelular) 
6. Lisossomos: Contém enzimas 
digestivas responsável na 
degradação intracelular 
7. Endossomos: Organela 
membranosa formada pelo processo 
de endocitose de algum material, o 
qual o transporta até os lisossomos 
8. Peroxissomos: Contém enzimas 
usadas em reações oxidativas 
Obs 1: A abundância e forma das 
organelas envoltas por membrana 
são reguladas em função da 
necessidade da célula. As organelas 
são encontradas em posições 
específicas no citoplasma, essa 
distribuição depende da sua 
interação com o citoesqueleto 
• A origem evolutiva pode 
ajudar a explicar a relação 
topológica das organelas: 
 
- As células eucarióticas derivam de 
células muito simples. Nessas 
células, a membrana plasmática 
realiza todas as funções 
dependentes de membrana. As 
células eucarióticas atuas são muito 
maiores, logo o surgimento de 
membranas internas é um 
adaptação da célula a esse grande 
aumento de tamanho e ao mesmo 
tempo garantir mais superfície de 
membrana para sustentar funções 
vitais dependentes de membrana 
- As organelas derivam da invaginação e 
dobramento da membrana plasmática da 
célula ancestral, criando organelas 
delimitadas por membranas com o lúmen 
equivalente ao exterior da célula. Exceto 
as mitocôndrias, pois elas possuem 
próprio genoma e proteínas semelhantes 
aos das bactérias, o que sugere que 
evoluíram de bactérias engolfadas por 
outras células com quem realizava 
simbiose. Dessa forma, originando uma 
organela com uma membrana interna 
derivada da membrana plasmática da 
bactéria e um lúmen derivado do citosol 
bacteriano e uma membrana externa 
circundante como as bactérias que as 
originaram também possuíam, o que isola 
a mitocôndria do enorme tráfego 
vesicular 
• As proteínas podem mover-se entra 
os compartimentos de diferentes 
maneiras: 
• - Todas as proteínas são sintetizadas 
inicialmente nos ribossomos livres no 
citosol, exceto as proteínas 
sintetizadas nos ribossomos das 
mitocôndrias. Posteriormente, o seu 
destino depende da sua sequência 
de aminoácidos, a qual pode conter 
sinais de endereçamento que os 
direcionam a organelas ou para fora 
do citosol ou não tem sinais de 
endereçamento e permanecem no 
citosol como residentes 
• - 3 caminhos diferentes feitos pelas 
proteínas de um compartimento a 
outro: 
1. Transporte controlado por comportas: 
Proteínas e moléculas de RNA 
Esteffane Seitz- TXVI 
movimentam entre citosol e o núcleo 
através de complexos do poro nuclear no 
envelope nuclear, os quais atuam como 
canais seletivos que medeia o transporte 
ativo de macromoléculas específicas e 
difusão livre de pequenas moléculas 
2. Translocação de proteínas: 
Translocadores de proteínas 
transmembrana transportam proteínas 
específicas do citosol para lúmen do 
compartimento –alvo, mas antes disso a 
proteínas transportada precisa se desdobra 
para passar pelo translocador. Proteínas 
integrais da membrana usa os 
translocadores, mas são deslocados 
parcialmente através da membrana e 
incorporados a membrana plasmática 
3. Transporte Vesicular: Intermediário 
de transporte entre compartimentos 
envolto por membrana 
IMPORTANTE: AMBAS AS FORMAS 
DE TRANSPORTE DE PROTEÍNAS É 
GUIADA POR SINAIS DE 
ENDERAÇAMENTOS NA PROTEÍNA 
TRANSPORTADA QUE SÃO 
RECONHECIDOS PELOS 
RECECPTORES DE 
ENCEREÇAMENTO 
COMPLEMENTARES 
AS SEQUÊNCIAS-SINAL E OS 
RECEPTORES DE 
ENDEREÇAMENTO DIRECIONAM 
PROTEÍNAS AOS DESTINOS 
CELULARES CORRETOS: 
- As sequências-sinal são 
frequentemente encontradas na 
porção N-terminal da cadeia 
polipeptídica e consiste em uma 
sequência de aminoácidos que 
especifica seu destino na célula. 
Essas sequências- sinal são 
reconhecidas pelos receptores de 
endereçamento complementares que 
guiam proteínas ao seu destino 
correto e permite descarregamento 
da carga transportada. Os 
rececptores atuam cataliticamente – 
depois de completar um ciclo, retorna 
à origem para ser reutilizado. Alguns 
receptores de endereçamento 
reconhecem várias classes de 
proteínas 
Obs: Em muitos casos, a peptidase-
sinal removem a sequência-sinal da 
proteína quando a mesma está 
finalizada e o processo de 
endereçamento está completado 
A maioria das organelas não pode 
ser construída de novo: elas 
necessitam de informações presentes 
na própria organela: 
- Quando a célula vai se dividir, ela precisa 
duplicar as organelas, além dos seus 
cromossomos e dividir entre as células- filhas 
 
• Dessa forma, cada célula-filha herda 
um conjunto de membranas 
celulares especializadas, já que a 
célula não as produzem do zero, 
pois elas contém informações 
necessárias para sua montagem, 
logo a sua ausência impediria que 
elas sejam formadas novamente 
Esteffane Seitz- TXVI 
Transporte de proteínas 
para mitocôndrias e 
cloroplastos 
• As mitocôndrias e os cloroplastos 
são organelas de dupla membrana 
responsáveis pela síntese do ATP. 
Apesar de possuir o próprio DNA, 
ribossomos e componentes 
necessários à síntese de proteínas, 
a maioria de suas proteínas não 
codificadas no núcleo celular e 
importada do citosol a um 
subcompartimento organelar 
específico onde exercerá sua 
função. A mitocôndria possui 
diferentes subcompartimentos: 
Espaço da matriz, Espaço 
intermembrana que é contínuo 
com o Espaço das Cristas, os quais 
são delimitados pela membrana 
interna e externa. Cada 
subcompartimento nas 
mitocôndrias contém um conjunto 
distinto de proteínas. Novas 
mitocôndrias são produzidas pelo 
crescimento e fissão de uma 
preexistente, esse crescimento 
decorre da importação de 
proteínas do citosol que são 
translocadas por proteínas e como 
isso ocorre é o foco desse tópico 
A Translocação para dentro da 
mitocôndria depende de sequências-
sinal e de translocadoresde 
proteína: 
- As proteínas mitocondriais são 
sintetizadas inicialmente como 
proteínas precursoreas mitocondriais 
no citosol, as quais são translocadas 
para um subcompartimento 
mitocondrial específico a partir do 
direcionamento proporcionado pela 
presença de sequências-sinal . 
Proteínas com sequência-sinal na 
região N-terminal é removida por 
uma peptidase após importação, 
porém as proteínas com sequência-
sinal interna não são removidas. 
Proteínas receptoras específicas, que 
consiste em um complexo proteico, 
reconhecem a sequência específica 
de aminoácidos da sequência-sinal e 
atuam como translocadores de 
proteínas 
Obs: Os complexos TOM e TIM tem 
componentes que atuam como 
receptores e outros que formam o 
canal de translocação 
1. Complexo TOM: Transfere 
proteínas através da membrana 
externa 
2. Complexo TIM (TIM23 e TIM22): 
Transfere proteínas através da membrana 
interna 
3. Complexo SAM: Incorpora proteínas 
PORINAS na membrana mitocondrial 
externa 
4. Complexo OXA: Medeia inserção 
de proteínas da membrana interna 
que são importadas ou sintetizadas 
no interior das mitocôndrias 
Esteffane Seitz- TXVI 
As proteínas precursoras 
mitocondriais são importadas como 
cadeias polipeptídicas desenoveladas: 
- As proteínas precursoras 
mitocondriais não se enovelam 
depois de serem sintetizadas, elas 
continuam desenoveladas por meio 
de interações com outras proteínas 
no citosol, principalmente, as 
proteínas chaperonas conhecidas 
como proteínas de interação que 
impedem a agregação ou 
enovelamento espontâneo de 
proteínas precursoras antes de sua 
interação com o complexo TOM. As 
proteínas precursoras podem 
atravessam as membranas 
mitocondriais de uma só vez para 
entrar na matriz por meio da ação 
acoplada dos Complexos TOM e TIM, 
entretanto, cada um desse 
translocador pode atuar 
independemente 
* Cascatinha do Lelê: Sequências-
sinal de proteínas precursoras 
mitocondriais se ligam aos receptores 
de importação do complexo TOM. 
Concomitantemente, as proteínas de 
interação são removidas e a proteína 
desenovelada é translocada pelo 
canal de translocação do complexo 
TOM e pelo TIM23 até a matriz 
mitocondrial onde a sequência-sinal é 
clivada por uma peptidase-sinal e 
degradada e a proteína mitocondrial 
madura é formada 
 
 
A hidrólise de ATP e um potencial de 
membrana dirigem a importação de 
proteínas para o espaço da matriz: 
- A importação de proteínas para a 
mitocôndria depende da hidrólise de 2 
moléculas de ATP, um fora da mitocôndria 
e um no espaço da matriz. Além disso, 
depende do potencial de membrana da 
membrana mitocondrial interna 
* Cascatinha do Lelê: O reconhecimento 
das sequências-sinais da proteínas 
precursoras mitocondriais ocasiona a 
liberação das proteínas de interação, a 
qual necessita da hidrólise do ATP. A 
sequência-sinal passa pelo complexo TOM 
e liga ao complexo TIM e é translocado 
por intermédio dele devido o potencial de 
membrana que garante a existência de 
um gradiente eletroquímico que fornece 
energia para síntese do ATP e 
translocação da sequência-sinal. Tal 
potencial é originado pelo bombeamento 
de H+ da matriz para espaço 
intermembrana. As hsp70mitocondriais se 
ligam ao complexo TIM2 pelo lado da 
matriz e age como um motor que puxa as 
proteínas precursoras para o espaço da 
matriz, a mesma sofre uma modificação 
conformacional e libera a cadeia proteica 
por meio da hidrólise do ATP. Essa ligação 
e liberação fornece força motriz 
necessária para completar a importação 
de proteínas inicialmente inseridas no 
complexo TIM23 
Bactérias e mitocôndrias usam mecanismo 
similares para inserir PORINAs em suas 
membranas externas: 
Esteffane Seitz- TXVI 
- A membrana mitocondrial externa e 
membrana externa das bactérias possuem 
muitas proteínas barril Beta denominadas 
porinas - permeáveis a íons inorgânicos e 
metabólicos (mas não a maioria das 
proteínas). 
* Cascatinha do Lelê: O Complexo TOM 
não pode integrar PORINAS na bicamada 
lipídica, mas elas translocam as porinas 
desenoveladas para o espaço 
intermembrana onde se liga 
temporariamente a proteínas chaperonas 
que impedem sua agregação. Ambas se 
ligam ao Complexo SAM na membrana 
externa, a qual a insere na 
membrana externa e auxilia seu 
enovelamento apropriado 
O transporte para a membrana 
mitocondrial interna e para o espaço 
intermembrana ocorre por meio de 
diversas vias: 
1. Na via de translocação mais 
comum, apenas a sequência-sinal na 
região N-terminal entra no espaço da 
matriz, pois uma sequência 
hidrofóbica de aminoácidos colocada 
estrategicamente após a sequência-
sinal atua como uma sequência de 
parada de transferência que impede 
sua translocação através da 
membrana interna. O restante da 
proteína atravessa a membrana 
externa pelo Complexo TOM para 
espaço intermembrana, sequência-
sinal é clivada na matriz e sequência 
hidrofóbica libera a TIM23 e 
permanece ancorada a membrana 
interna 
2. Complexo TIM23 transloca a 
proteína inteira para a matriz onde a 
sequência-sinal na extremidade N-
terminal é removida pela peptidase 
na matriz, expondo a sequência 
hidrofóbica que atua como uma 
segunda sequência-sinal que guia a 
proteína ao Complexo OXA que a 
insere na membrana interna 
3. Muitas proteínas permanecem 
ancoradas por meio de suas 
sequências-sinais hidrofóbicas, mas 
algumas são liberadas no espaço 
intermembrana por uma protease 
4. Proteínas do espaço 
intermembrana que contêm resíduos 
de cisteína são importados pela 
formação de ponte dissulfeto 
covalente com a proteína Mia40, as 
quais quando importadas são 
liberadas em uma forma oxidade com 
pontes dissulfeto intracadeia. A 
Mia40 é reduzida e reoxidada ao 
transferir elétrons para cadeia 
transportadora de elétrons na 
membrana mitocondrial interna. 
5. A mitocôndria é meio de reações 
bioquímicas, logo necessitam de 
enzimas metabólicas. Na membrana 
externa elas conseguem atravessa 
pelas porinas. Porém, a membrana 
interna não 
Existem esse tipo de proteína, o seu 
transporte é mediado por uma família de 
proteínas transmembrana de passagem 
múltipla que possuem sequências-sinal 
internas. Cascatinha do Lelê – Essa 
proteínas atravessam o Complexo TOM e 
Esteffane Seitz- TXVI 
são guiadas pelas chaperonas do espaço 
intermembrana ao Complexo TIM22 que a 
insere na membrana interna por meio de 
um processo dependente de um potencial 
de membrana 
Transporte de 
Moléculas entre o 
Núcleo e o Citosol 
- O Envelope Nuclear delimita o 
compartimento nuclear e encerra o DNA e 
consiste em 2 membranas penetradas 
pelos complexos do poro nuclear. Embora 
a membrana nuclear interna e externa 
sejam contínuas, possuem composição 
proteica distinta, a interna possui 
proteínas que atuam como sítios de 
ligação para cromossomos e lâmina 
nuclear e a externa (contínua com a 
membrana do RE) possui ribossomos que 
sintetizam proteínas, as quais vão para o 
espaço entre as membranas nucleares 
(espaço perinuclear), o qual é contínuo 
com o lúmen do RE.. O tráfego 
bidirecional entre citosol e núcleo ocorre 
continuamente, o qual depende de um 
transporte seletivo através do envelope 
nuclear 
Os complexos do poro nuclear perfuram o 
envelope nuclear: 
- Os complexos do poro nuclear (NPCs) 
perfuram o envelope nuclear em todas as 
células eucarióticas e é formada por 30 
diferentes proteínas denominadas de 
nucleoporinas. O NPC pode transporta mil 
macromoléculas por segunda em 
diferentes direções ao mesmo tempo, não 
se sabe como não existe 
congestionamento e colisão. Cada NPC 
contém canais aquosos através dos quais 
pequenas moléculas solúveis em água 
podem difundir-se passivamente, já as 
grandes proteínas solúveis demoram 
muito passa atravessar ou nem 
conseguem atravessa, o que mantém 
diferença de composiçãode proteínas 
entre compartimento nuclear e citosol. O 
tamanho limite da proteína para passar 
depende da estrutura do NCP 
 
Sinais de localização nuclear 
direcionam as proteínas nucleares ao 
núcleo: 
- Proteínas nucleares como proteínas 
que entram transitoriamente no 
núcleo possuem sinais de localização 
nuclear (NLSs)- lisina e arginina, os 
sinais de endereçamento em outras 
proteínas nucleares não foram 
caracterizados. A localização exata 
do sinal na proteína nuclear não é 
importante e basta a exposição de 
um sinal de localização nuclear que 
um proteína ou um complexo inteiro 
é importado para núcleo. As 
partículas ligam-se as fibrilas 
(“tentáculos”) que se estendem das 
nucleoporinas de suporte para o 
citosol e atravessam o centro do 
NPC. As regiões não estruturadas 
das nucleoporinas que forma a 
barreira de difusão para grandes 
moléculas 
Esteffane Seitz- TXVI 
- O transporte macromolecular pelos 
NCPs e por proteínas de 
transmembrana são diferentes, pois 
por o transporte de NPCs ocorre 
através de um grande poro em vez 
de uma proteína transportadora 
específica associada a uma bicamada 
lipídica, desse modo como a abertura 
é maior, as proteínas nucleares 
podem ser transportadas para o 
núcleo enovelada, diferente do 
transporte que ocorre nas organelas 
em que a proteína precisa ser 
desenovelada 
Os receptores de importação nuclear 
ligam-se tanto a sinais de localização 
nuclear quanto a proteínas NPC: 
- O reconhecimento de sinais de 
localização acontece pelos 
receptores de importação nuclear 
(importinas), as quais se ligam e 
transportam proteínas-carga 
contendo sinal de localização nuclear 
específico, as vezes os sinais de 
localização nuclear das proteínas 
nucleares se ligam a esses 
receptores por intermédio de 
proteínas adaptadoras. Além de se 
ligar aos sinais de localização 
nuclear, os receptores de importação 
nuclear ligam-se a sequências FG nos 
domínios não estruturas do canal de 
nucleoportinas,também encontradas 
nas fibrilas citoplasmáticas e 
nucleares, 
Essa interação, porém, é fraca e permite 
que esses receptores se movimentem ao 
longo do poro nuclear pela associação e 
dissociação das sequências de FG nesse 
porto até chegar no núcleo, onde os 
receptores de importação se dissocia da 
sua carga e retorna ao citosol. Dissociação 
só ocorre no lado nuclear do NPC para 
garantir direcionalidade do processo de 
importação 
A exportação nuclear funciona como a 
importação nuclear, mas de modo inverso: 
- O sistema de exportação funcionam de 
forma similar em direções opostas. A 
exportação de moléculas do núcleo ocorre 
por meio de NPCs e baseiam nos sinais de 
exportação nuclear que são reconhecidas 
pelos receptores de exportação nuclear 
(exportinas) , as quais se ligam tanto ao 
sinal de exportação quanto às proteínas 
NPC e assim guiar sua carga através do 
NPC ao citosol onde ela é liberada 
A GTPase Ran impõe a direcionalidade no 
transporte através dos NPCs: 
- A importação e exportação nuclear 
depende da energia armazenada em 
gradientes de concentração das GTPase 
Ran . A GTPase Ran pode existir em 2 
estados conformacionais, depende se ela 
está ligada ao GDP ou GTP, a conversão 
em sua forma ativa (Ran-GTP) depende da 
Ran-GEF – troca de GDP por GTP e em 
sua forma inativa (Ran-GDP) depende da 
Ran-GAP – induz hidrólise do GTP. Citosol 
possui mais Ran-GAP e , 
consequentemente, Ran-GDP e o núcleo 
possui mais Ran-GEF e , consequemente, 
Ran-GTP. Então, o gradiente dessas 
GTPases Ran é essencial para o transporte 
nuclear na direção apropriada. Continua no 
Papel 
Esteffane Seitz- TXVI 
O transporte através de NPCs pode ser 
regulado pelo controle do acesso à 
maquinaria de transporte: 
- Algumas proteínas possuem tanto sinal 
de localização quanto de exportação 
nuclear, logo trafegam continuamente 
entre núcleo e citosol (Proteínas vaivém) e 
através da regulação da taxa de 
importação e exportação a localização e 
ação de uma proteína pode mudar. Formas 
de regular: 
1. Célula controla o transporte por 
meio da regulação dos sinais de 
importação e exportação – ligando e 
desligando-os por fosforilação e 
desfororilação de aminoácidos perto 
das sequências-sinal 
2. Reguladores de transcrição estão 
ancorados no citosol pela ligação 
com proteínas citosólicas inibitórias 
ou com sinais de importação 
mascarados que impedem sua 
associação com receptores de 
importação nuclear até a chegada de 
um estímulo 
Exemplo do Item 2 – Colesterol: A 
proteína que regula os genes 
envolvidos no metabolismo do 
colesterol, uma vez que essa 
proteína é sintetizada e armazenada 
de forma inativa como uma proteína 
transmembrana no RE, até a falta de 
colesterol induzir o seu transporte do 
RE para o Aparelho de Golgi onde o 
seu domínio citosólico é clivado por 
proteases específicas e essa proteína 
é liberada no citosol e é importado 
ao núcleo e ativa a transcrição de 
genes para a síntese e captação do 
colesterol 
Obs: Exceto a mRNAs não são 
exportadas pelo sistema de GTPases. 
Embora, a Ran-GTP atua 
indiretamento na sua exportação 
(pois ele importa proteínas que se 
ligam a molécula de mRNA), a sua 
translocação através do NPC 
depende da hidrólise de ATP. 
Acredita-se que a direcionalidade 
depende de proteínas acessórias 
presas aos NPCs nucleares e fibrilas 
citoplasmáticas 
Durante a mitose, o envelope nuclear 
é desmontado: 
- A lâmina nuclear se localiza no lado 
nuclear da membrana interno do 
núcleo e consiste em uma classe de 
filamentos intermediários que dá 
forma e estabilidade ao envelope 
nuclear e medeia ligações estruturais 
do envelope com o DNA 
- Durante a mitose, o núcleo se 
desmonta e os NPCs e a lâmina 
nuclear se fragmenta, resultado da 
fosforilação de nucleoporinas pela 
Cdk ativada 
no início da mitose e pela ação da 
proteína motora dineína quebrando a 
barreira que separa o núcleo e o citosol. 
As proteínas nucleares que não estão 
aderidas a membranas ou cromossomos 
se mistura com as proteínas do citosol, 
as proteínas de membrana do envelope 
nuclear se difunde pela membrana do RE 
e as proteínas NPCs se ligam a 
Esteffane Seitz- TXVI 
receptores de importação nuclear que 
contribuem na montagem de NPCs no 
fim da mitose. Posteriormente na mitose, 
o envelope nuclear se reagrega na 
superfície dos cromossomos-filhos. A 
Ran-GTPase atua como marcador de 
posição da cromatina durante divisão 
celular, visto que a Ran-GEF permanece 
ligada à cromatina, de modo que as Rans 
próximas são ligadas a GTP, ao contrária 
das outras moléculas Rans que estão 
distribuídas no citosol que encontram-se 
na forma de Ran-GDP pela alta 
probabilidade de encontrar a Ran-GAP. As 
Ran-GTP libera NPC que se anexam a 
superfície cromossômica onde são 
incorporadas em novos NPCs. 
Concomitantemente, proteínas da 
membrana nuclear interna e laminas se 
desfoforilam e se ligam à cromatina e, 
por fim, as membrans do RE envolve os 
cromossomos até formam um firma 
envelope nuclear. Inicialmente, o núcleo 
recém-formado exclui basicamente todas 
as proteínas, mas os NPCs iniciam a 
reimportação de proteínas com sinais de 
localização 
Retículo 
Endoplasmático: 
- Encontrado em todos as células 
eucarióticas, os quais tem papel na 
biossíntese de lipídeos e proteínas, 
armazenamento de Ca2+ e é importante 
pois todos as proteínas que serão 
excretadas, inicialmente, são enviados ao 
RE 
O RE é estrutural e funcionalmente 
diverso: 
- Para satisfazer demandas diferentes da 
célula, o RE se especializa, sendo uma 
dela o RE rugoso. O RE é capaz de 
importar proteínas antes dela concluir sua 
síntese por os ribossomos que produzem 
tal proteína encontram-se na sua parede, 
de modo que transloca um ponta da 
proteína para o RE enquanto o resto da 
cadeia é sintetizada (Cotraducional), já 
asoutras organelas só importam as 
proteínas quando as mesmas estão 
produzidas (Pós-traducional) 
- RE rugoso ou RE liso (A partir dele 
que se desprendem vesículas que 
transportam proteínas recém-
sintetizadas e lipídeos para o 
Complexo de Golgi). O RE atua no 
sequestro e armazenamento de 
Ca2+ do citosol (áreas do RE 
especializadas em determinadas 
funções) 
As sequências-sinal foram 
descobertas primeiro em proteínas 
importadas para o RE rugoso: 
- O RE captura proteínas 
selecionadas do citosol assim que 
elas são sintetizadas – Proteínas 
transmembrana e Proteínas solúveis 
em água. Algumas dessas proteínas 
ficam no RE, mas muitas são 
destinadas a outros compartimentos. 
Porém, o que todas tem em comum 
é a presença da sequência-sinal do 
RE que induz o seu transporte até o 
RE onde vai ser destinado ao 
compartimento-alvo 
Esteffane Seitz- TXVI 
Uma partícula de reconhecimento de 
sinal (SRP) direciona a sequência-
sinal do RE para um receptor 
específico na membrana do RE 
rugoso: 
- A sequência-sinal do RE é guiado à 
membrana do RE pela SRP, a qual se 
liga ao receptor SRP na membrana 
do RE. Ela é capaz de se ligar a 
diferentes sequências-sinais por seu 
sítio de ligação ser uma grande 
cavidade coberta por metioninas 
*Cascatinha do Lelê: Uma das pontas 
da SRP se liga à sequência-sinal do 
RE que emerge do ribossomo, a 
outra ponta se bloqueia o sítio de 
ligação do fator de elongamento 
ocasionando a pausa na síntese 
proteica, o que vai da tempo 
suficiente para o ribossomo se ligar a 
membrana do RE antes da síntese 
proteica ser completada, garantido 
que a proteína não seja liberada no 
citosol. A ligação da sequência-sinal 
com o SRP induz que o SRP exponha 
um sítio de ligação para o receptor 
SRP. O SRP se liga ao receptor que 
transfere complexo ribossomo-SRP a 
um translocador proteico não 
ocupado na mesma membrana. SRP 
e o receptor SRP são liberados e o 
translocador transfere cadeia 
polipeptídica através da membrana 
Obs: A cadeia polipeptídica atravessa um 
canal aquoso no translocador conhecido 
como Complexo Sec61 – Translócon 
(Conjunto desses translocadores)

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