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Fazem estimulação química, física ou mecânica dos processos inflamatórios!! Processo inflamatório: • Agudo = curta duração e apresenta sinais cardeais da inflamação – calor, dor, rubor, tumor e perda de função • Crônico = tempo indeterminado, não tem padrão tão característico, variando de acordo com os mediadores celular e humorais envolvidos Origem dos Eicosanoides: Anti-inflamatórios são usados quando o processo inflamatório é exacerbado – oferecendo conforto ao paciente, alívio da dor e controle da febre Mecanismo da febre: Mecanismo da dor: Mecanismos de ação – vias de inibição! • Via das cicloxigenases • Via das lipoxigenases • Ambas (dupla ação) • Agentes removedores (radicais livres) • Agentes antioxidantes (formação de radicais livres) • Inibidores da formação de tromboxanos COX-1 = prostaglandinas relacionadas à reações fisiológicas, renais, gastrointestinais e vasculares – Evento fisiológico! COX-2 = prostaglandinas relacionadas à reações fisiológicas (bem discreta), eventos inflamatórios (principal!!!), álgicos e térmicos COX-3 = prostaglandinas relacionadas à eventos inflamatórios (álgicos e térmicos) restritos ao SNC e medula espinhal Cicloxigenases Fisiológicas: Aumenta TFG e faz vasodilatação da arteríola eferente, ajudando na oxigenação e filtração do néfron; produz prostaglandina 1 e prostaciclina 2 p/ estimular a produção de muco no estômago OBS: Uma inibição forte da COX-1 pode resultar em úlceras gástricas! Cicloxigenase 2: Função fisiológicas = produz Prostaciclinas que afeta a agregação plaquetária Função = participa da inflamação porém possui baixa incidência de efeitos colaterais Ações periféricas = anti-inflamatórias, analgésicas, antitrombóticas e antiendotóxicas Ações no SNC = antipirética e analgésica Meia-vida das substâncias varia entre as espécies Depende da idade do paciente, se ele faz associação com outros medicamentos, se possui doenças renais ou hepáticas Equinos = absorção é mais lenta 96-99% desses medicamentos ficam ligados às proteínas plasmáticas Ácidos fracos = afinidade por locais inflamados (pH baixo) Associação a medicamentos = se associados com diuréticos ou inibidores de ECA, os AINES vão reduzir a eficácia desses fármacos, pois eles estimulam a produção de prostaglandinas p/ aumentar o flux sanguíneo renal Aumento do tempo de sangramento (menor agregação plaquetária) Alterações gastrointestinais Redução do flux sanguíneo renal – insuficiência renal aguda Ulcerações gástricas (inibição da prostaglandina e utilização concomitante de AIE – PROIBIDO!!!) Toxicidade renal (redução do flux sanguíneo renal e redução da TFG) Lembrando que = as prostaglandinas têm ações hemodinâmicas (filtração, fluxo sanguíneo e vasodilatadora) Estas disfunções nos rins levam a efeitos severos principalmente em pacientes idosos, desidratados, hemorrágicos e chocados Cuidado na administração concomitante aos diuréticos e hipotensores!!! Doenças respiratórias agudas Injúrias musculoesqueléticas Cólicas Laminite Pós operatório Neoplasias (expressam COX-2) A maioria dos AINES possui potente atividade anti- inflamatória e, consequentemente, analgésica A diferenciação se dá principalmente pelos efeitos colaterais, inibidores não seletivos devem ser usados no máximo 3 dias Salicilatos: Ácido acetilsalicílico: Inibe COX 1 e 2 – não seletivos Propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas Inibição da agregação plaquetária (COX-1 nas plaquetas) – Baixa dose!! Bem absorvido no TGI Muitos efeitos colaterais Meia vida: • Cães = 8 horas • Equino = 1 hora (baixa potência analgésica) • Gatos = 38 horas Dores leves ou moderadas = lesões ou inflamações da pele, dentes ou sistema musculoesquelético Mais utilizado como anticoagulante (doses baixas) Gatos = possuem deficiência de conjugação de ácido glicurônico – a hemoglobina é susceptível à oxidação (metahemoglobina) – desnaturação de hemoglobina (corpúsculo de Heinz) – há intoxicações nas doses preconizadas p/ cães (formação de corpúsculo de heinz e anemia hemolítica) – causa depressão, anorexia, hemorragia gástrica, sialorreia, vômitos, anemia, hepatite, taquipneia e febre – Dose: 10 mg/kg PO, SC, IM, IV a cada 48h Ácidos acéticos: Diclofenaco Potente ação analgésica, antitérmica e anti- inflamatória – pode usar tópica e oftálmico Forte efeito depressor de COX-1 Pouco utilizado em pequenos animais – mais utilizado em bovinos – pode causar gastroenterite hemorrágica, vômitos e morte por hipovolemia em pequenos animais!! Ácidos Propiônicos: Ibuprofeno Inibe COX-1 e 2 Propriedades farmacológicas melhores que as dos derivados do ácido acético (diclofenaco) Usado em inflamações agudas Baixa margem de segurança em cães e gatos! Bovinos = choque endotóxico e mastites agudas Ácidos Propiônicos: Carprofeno Pode ser usado em todas as espécies = cães e equinos (analgésico); gatos (poucos efeitos colaterais) Mais seletivos COX-2 mas age sobre a COX-1 Propriedades analgésicas, antipiréticas e anti- inflamatórias Ácidos Propiônicos: Cetoprofeno Não é seletivo para COX-2 Ação dupla = inibe as COX e a via de lipoxigenases também – ação vascular e celular Não deve ser usado acima de 5 dias Aumenta o tempo de sangramento Ácidos Aminonicotínicos: Flunixin – Meglumine Potente anti-inflamatório e analgésico, com inibição preferencial da COX-1 Cães = relatos de ocorrência de insuficiência renal aguda, aumento de ALT, úlceras gastrointestinais Grande ação analgésica e anti-inflamatória em equinos Medicamento de escolha nos casos de cólica e distúrbios musculoesqueléticos Tão potente que pode mascarar outros sintomas (cólicas) = choque endotóxico Afecções pulmonares (bezerros) Prazolonas: Fenilbutazona Muito utilizado em equinos – cuidado com úlceras gástricas!!! Ação antioxidante porém pode ser condrodegenerativa Pode causar distúrbios no TGI, discrasias sanguíneas, hepatotoxicidade e nefropatia em cães CUIDADO! = Se Aplicado fora da veia, pode levar à necrose tecidual!!! Oxicans: Meloxicam Potente inibidor de prostaglandinas e tromboxanos, preferencialmente COX-2 Propriedades antipiréticas e analgésicas Tratamento de afecções musculoesqueléticas e no pré-operatório Meia-vida curta em equinos e suínos Muito utilizado em cães e gatos – porém erros na dosagem podem causar efeitos colaterais gastrointestinais Asininos = curto tempo de ação que torna o uso impraticável na clínica Dipirona Baixa potência anti-inflamatória porém com propriedades antipiréticas e analgésicas Inibe a COX-3 Usadas em dores leves a moderadas Usado em dores nas vísceras Possui efeitos de curta duração É um composto fenólico – dependem de conjugação com ácido glicurônico (ou seja, não deve ser utilizado em felinos) Compostos fenólicos não metabolizados = aumentam as quinonas tóxicas, levando a redução da respiração tecidual e aumento da metahemoglobina Usar a cada 24h por 3 dias no máximo!!1 – comum ocorrer salivação!! São um terceiro grupo, coletivamente chamado de Coxibes Possuem menor potencial ulcerogênico e nefrotóxico Possuem efeitos pró-trombóticos em humanos (devido a inibição da prostaglandina) Inibem a PG12 = favorecendo a agregação plaquetária Firocoxib e Robenacoxibe = famoso Previcox – apenas em cães e equinos Mavacoxib = meia vida de até 39 dias – utilizado em caso de dor e inflamação crônicas; possui analgesia perioperatória, usado em casos de osteoartrite e em algumas neoplasias que expressam COX-2 Paracetamol:• Possui poder analgésico e antipirético mas com baixa potência anti-inflamatória • Bloqueia pirógenos endógenos no hipotálamo • Pode provocar intoxicação em cães • NÃO UTILIZAR EM CÃES E GATOS!! • Gatos = pouco metabolizado, aumento de N- acetil-p-benzoquina que gera corpúsculo de Heinz e metahemoglobina • Sinais: mucosas cianóticas, salivação, vômito, edema facial, depressão, anorexia, coma e morte • Intoxicação em cães = necrose hepática, metahemoglobina Cães e gatos = Meloxicam, Carprofeno, Firocoxib e Dipirona Equinos = Fenilbutazona, Flunixina Meglumina, DMSO e Meloxicam Bovinos = Diclofenaco, Ibuprofeno., Flunixina Meglumina e Cetoprofeno Suínos = Diclofenaco, Flunixina Meglumina e Cetoprofeno
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