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Aula 03 Farmacologia - AINES

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Farmacologia e Toxicologia Veterinária 
ANTI INFLAMATÓRIO NÃO ESTEROIDAL 
INTRODUÇÃO 
O AINEs tem as características e conformação química diferente dos esteroides, porém, tem acaba tendo 
a mesma função servindo como analgésico, tem a capacidade de bloquear o processo inflamatório, ele só 
não traz a carga de imunossupressão que os corticoides acabam fazendo juntos com suas outras 
características farmacológicas. 
• Classes de fármacos mais difundidas em todo mundo; 
• Utilizados no tratamento da dor aguda e crônica (processo inflamatório); 
• Utilizados em doenças cardiovasculares (ação antitrombótica); 
• Possuem propriedades: anti-inflamatória, analgésica e antipirética; 
• Ação decorre da inibição da síntese de prostaglandinas (PG); 
• Inibição das enzimas ciclooxigenases (COX-1) e ciclooxigenase2 (COX-2); 
• Anti-inflamatórios seletivos não seletivos (COX-2), que tem a capacidade especificamente m 
grupo de COX, ou não tem essa característica de seletividade e acaba bloqueando todos os dois 
grupos de uma única vez. 
HISTÓRICOS 
Busca controle da Dor e da Inflamação. 
• 1829 – Salicilina (casca salgueiro/ anti-térmico) - quando se descobriu a primeira família de anti-
inflamatórios através da casca de salgueiro; 
• 1875 – Utilizou-se no tratamento da gota e da febre reumática pensando no Salicilato de sódio; 
• Sucesso produziu-se o Ácido Acetilsalicilico; 
• 1899 – Introduzido na área médica com o nome comercial de Aspirina®; 
• 1950 – Na tentativa reduzir efeitos colaterais sintetizou-se a Fenilbutazona; 
• O primeiro anti-inflamatório não Salicilato; 
• 1963 – Surgiu a Indometacina com intensas ações analgésicas e anti-inflamatórias; 
• Novas drogas para reduzir efeitos colaterais (gastrointestinais) e maior eficácia - AINEs. 
• 171 – Estudando a atividade anti-inflamatória (Sr. JohnVane e Cols) - demonstrou que sua ação 
estaria ligada a capacidade do fármaco de INIBR A PRODUÇÃO DE PROSTAGLANDINA (PGE) 
- são as prostaglandinas sinalizam o processo de inflamação; 
• Junto com brasileiro propôs a presença de isoformas PG – ciclooxigenases COX; 
• 1990 – COX 1 é isoforma com características fisiológicas e por ter essas características ela se 
torna benéfica ao organismo e COX 2 é induzida toda vez que houver um padrão inflamatório, 
ela passa a ser reconhecida como uma isoforma que está associada ao processo inflamatório 
propriamente dito.; 
• COX 1 – presente em grande parte de células e tecidos normais auxiliando na integridade da 
MUCOSA GASTRODUODENAL, tem atuação direta na AGREAÇÃO PLAQUETÁRIA, 
HEMOSTASIA VASCULAR E MODULAÇÃO DO FLUXO RENAL. 
• COX 2 – induzida a partir do início da inflamação e mediador dos sinais. 
INFLAMAÇÃO 
Definida: 
 
 
Alterações vasculares locais: mediadores inflamatórios (prosaglandinas, prosacilinas...); 
 
Aumento da permeabilidade capilar: para que ocorra o extravasamento polimorfonucleares (neutrófilos, 
leucócitos...); 
 
Quimiotaxia: tração ao local 
da lesão - tem tendência a 
sair do vaso e se localizar no 
local lesionado. 
 
Sinais: calor, rubor, dor, 
tumefações, perda da 
função. 
 
Nessa imagem temos uma 
membrana que é rica em 
FOSFOLIÍDIOS e dentro 
dessa membrana temo o 
ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 
na forma inativa. A partir do 
momento que existe uma 
lesão nessa membrana isso é 
sinalizado através das 
citocinas pro inflamatórias 
(IL1) e os leucócitos e as 
plaquetas uma vez ativada, 
começam a liberar fosfolipase 
A2 e vai essa fosfolipase A2 que vai degradar os lipídeos da membrana fazendo com que ocorra a 
liberação do ácido araquidônico que estava inativo. Então uma vez liberado esse ácido araquidônico, ele 
irá participar da formação do processo inflamatório. Então esse ácido araquidônico será responsável pela 
liberação de duas vias no processo inflamatório que são as ciclooxigenase (COX1 e COX2) e a vida do 
lipoxigenase que é a via dos leucotrienos que também está relacionado ao processo inflamatório. Esse 
ácido araquidônico uma vez iniciado o seu processo de liberação, ele vai permitir a liberação das 
prostaglandinas (prostaglandinas, prostacilinas, tromboxanos). 
A COX 1 - isoenzima constitutiva fisiológica está relacionada a proteção de mucosa principalmente a 
mucosa gástrica e a mucosa renal. 
A COX 2 - patológica que vai aumentar a produção das prostaglandinas e sinalizar para o processo 
inflamatório. 
Quando falamos da utilização do anti-inflamatório não esteroidal, o AINES vai bloquear exatamente 
essa via das ciclooxigenase de uma forma completa, tanto o COX 1 como o COX 2 quando não temos um 
anti-inflamatório seletivo, então ele vai bloquear o que é ruim (patológico) e acaba também bloqueando 
o que é constitutivo. Então um AINES quanto mais seletivo for, melhor. 
PROSTAGLANNAS 
Efeitos FISIOLÓGICOS (benéficos): 
• Sangue – essas prostaglandinas são boas por: 
o Estimulação da agregação plaquetária (TXA2) 
• Trato digestório 
o Proteção da mucosa gástrica (PGE1, PGI) 
o Inibição da secreção de HCL 
o Aumento da produção de muco protetor 
• Sistema renal 
o Manutenção do fluxo renal 
o Regulação do metabolismo de Na+ e K+ (PGE1, PI2) 
• Sistema cardiovascular 
o Vasoconstricção (PCF, TXA) 
Efeitos patológicos (ruim): As prostaglandinas estão relacionadas com: 
• Inflamação 
o Hiperalgesia por potencialização dos mediadores da dor 
o Sensibilização das terminações nociceptivas periféricas 
o Hiperemia 
o Eritema e aumento do fluxo sanguíneo local 
o Vasodilatação local 
• Febre 
o Produção de (PGE2) no hipotálamo - as prostaglandinas são liberadas e sinalizam para o 
hipotálamo para aumentar um pouco a temperatura e tentar inibir o processo de lesão 
celular. 
MECANISMO ROCESSO INFLAMATÓRIO 
• Dor periférica - Bradicinina, histamina e PG estão envolvidos nessa dor. 
• Processo febril - leucócitos após fagocitose/ liberação de pirogênios => Ativação das PGs 
(hipotálamo - aumentam o limiar térmico) 
• Fase vascular - vasodilatação (dor, calor e edema) - fase inicial. 
• Fase celular – diapedese/ leucócitos, neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos - 
segunda fase. 
• Fase de reparação -tecido de granulação e cicatrização - última fase. 
• DROGAS NÃO ESTEROIDAIS E DOGAS ESTEROIDAIS estão ligados ao processo de 
modulação do processo inflamatório. 
AINES 
• Fármaco de primeira escolha em casos de dores leves a moderadas 
• Propriedades analgésicas prolongadas 
• Diminuem a temperatura corporal sem causar dependência química 
• Propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, antitérmicas e antitrombóticas 
• Mecanismo de ação: a inibição da síntese de PG e TX mediante inativação das enzimas COX 1 e 
COX 2. 
CICLOXIGENASES 
COX 1 
• Encontrada nas plaquetas, células endoteliais, vasculares, estômago e rins; 
• Essencialmente constitutiva; 
• Manutenção de função fisiológica; 
• Processo homeostásico - estômago e renal 
COX 2 
• Expressa primariamente por células envolvidas no processo inflamatório, como macrófagos, 
monócitos e sinoviócitos - células de defesa relacionado as articulações. 
• Indutiva - presentes no local de inflamação (ativada pela IL1, IL2, TNF); 
• Expressa SNC – dor e febre; 
LOX - leucotrienos 
• Participação nos processos inflamatórios e anafilaxia; 
• Aumentam a secreção de muco 
EFEITOS COLATERAIS DOS AINE’S 
• Toxicidade gastrintestinal 
o Gastrite 
o Vômito 
o Úlceras/ Perfuração da úlcera = peritonite 
o Sangramento 
o Óbito 
• Toxicidade Renal (Insuficiência Renal Aguda)/ hipotensão: PGs mantém o fluxo sanguíneo renal. 
VANTAGENS DOS AINE’S 
• Fácil administração, diversos tipos de formulação; 
• Baixo custo; 
• Fácil aquisição; 
• Ação prolongada; 
• Não provocam dependência; 
• Não tem interferência com a questão imunológica do animal, ao contrário dos anti-inflamatório 
esteroidal. 
INDICAÇÃO DOS AINE’S 
• Dores leves a moderada (como único agenteou associar ela a um outro fármaco que possa 
potencializar seu efeito analgésicoe anti-inflamatório); 
• Dores severas (associados à opióides); 
• Analgesia pré e pós operatória; 
• Redução do edema de natureza inflamatória; 
• Febre associado a um processo inflamatório. 
CLASSIFICAÇÃO 
• AINE’S não seletivos (tem ação tanto em COX1 como COX2) 
o Derivados do ácido carboxílico 
o Ácidos enólicos 
• AINE’S seletivos COX2 > Celecoxibe 
• AINE’S de ação dual > Tepoalina – tem ação não seletiva como ação seletiva, depende da dose a 
se usar. 
DERIVADOS DO ÁCIDO CARBOXÍLICO 
• Salicitatos 
o Ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina Doril, Melhoral) 
▪ Comprimidos de 325 ou 500mg 
o Cães 
▪ 20mg/kg BID (AI) 
▪ 10mg/kg BID (analgésico) 
▪ 5mg/k (antitrombótico) 48h 
o Gatos 
▪ 10mg/kg a cada 48 horas (AI e analgésico) - os gatos tem deficiência de ácido 
glicurônico, pois isso alguns desses fármacos acabam tendo uma indicação de 
utilização mais espaçada por que o metabolismo do gato para esses fármacos que 
dependem dessa transformação (principalmente do ácido glicurônico) acontece de 
forma mais lenta. 
BID – duas vezes ao dia 
DERIVADOS DO ÁCIDO CARBOXÍLICO 
Salicilatos 
• Ácido acetilsalicíico 
o Inibe agregação plaquetária (inibe a síntese TXs) 
o Absorvido TGI - Estômago e porção inicial intestino 
o Fármaco ácido - irritação gástrica 
o Biotransformação por glicuroniltransferase - biotransformação hepática 
▪ Felinos deficiência de glicuroniltransferase 
▫ Conjugação do ácido gliurônico 
▫ INTOXICAÇÃO 
• 50-70% ligam-se proteínas plasmáticas 
• T ½ (tempo de meia vida) cão 8h, equinos 1h e felinos 38 a 48h 
• Indicações: dores leves e moderadas 
• Em casos de intoxicação leva a: 
o Depressão, anorexia, vômitos, hemorragia gástrica, hiperpnéia, febre, convulsões, coma e 
morte 
o Felinos: sialorreia, icterícia, anemia 
• Tratamento da intoxicação 
o Eméticos, carvão ativado e catártico osmótico - fármacos que induzem ao vômito para 
ajudar na liberação do fármaco. 
o Fluidoterapia e correção do desequilíbrio 
o Hipertermia: resfriamento externo – controlar a temperatura do corpo. 
o Anemia: transfusão 
Ácido acético 
• Diclofenaco: Cataflam (potássico), Voltaren (sódico) 
o AI de ação dual (dupla via) 
o Alta potência anti-inflamatória e analgésica 
o Principal causador de intoxicações - o uso para cães e gatos deve ser abolido. 
o Uso em pequenos deve ser abolido 
▪ SANGRAMENTO GÁSTRICO 
Diclofenaco – teste: 
• 4 cães saudáveis (1 comprimido BID) 
o Dia 2: hiporexia, hematemese, melena, sensibilidade abdominal, desidratação e palidez 
de mucosas 
o Dia 7: óbito de 2 cães e os outros 2, eutanásia 
o Úlcera gástrica no 3º dia 
o Necropsia: hemorragia e ulcerações no estômago, congestão hepática, rins com áreas de 
necrose, enterite hemorrágica, edema e congestão pulmonar 
OBS: Em veterinária, tem sido empregado experimentalmente em bovinos no tratamento de miosites e 
artrites não infecciosas na dose de 1mg/kg. 
Ácidos propiônicos 
• Carprofeno (Rimadyl, Carproflan) 
o Menores efeitos colaterais no TGI 
o Seguro para ser usado até 28 dias 
o Aprovado nos EUA para veterinária em cães 
▪ 4,4 mg/kg, 24 horas, cão (uso crônico permitido) 
▪ 4,4 mg/kg em gatos (dose única) 
▪ Injetável e oral 
• O Carprofeno é rapidamente absorvido pós ingestão oral; 
• Amplamente distribuído por todo o organismo; 
• Metabolismo hepático - depende do fígado para fazer o metabolismo e para que seja excretado 
por via renal; 
• Excreção renal; 
• Meia-vida plasmática relativamente longa permite que seja administrado duas vezes ao dia. 
• Carprofeno em cães 
o Ausência de efeitos adversos após administração oral por 2 meses; 
o Não interferiu na hemostasia quando administrado 4 dias antes ou 1 hora antes do 
procedimento cirúrgico - boa indicação para o processo de inibição da inflamação e 
analgesia; 
o Analgésico satisfatório para analgesia pós-operatória em cadelas após OSH; 
o Seguro para uso do período pré-operatório; 
▪ (ausência de efeitos renais mesmo em situações de hipotensão) 
• Carprofeno em gatos 
o Possui também uma ação analgésica fraca e citações de literatura indicam sua segurança 
para gatos em dose única. 
▪ Administração por 5 dia não revelou efeitos adversos 
▫ Renais ou gastrointestinais 
▪ Analgesia considerada superior 
▫ Butorfanol após OSH 
Ketojet 
A droga é primariamente indicada para o tratamento de processos inflamatórios músculo esquelético, 
principalmente em equinos e cães. 
Atualmente tem sido empregada em inúmeras espécies, inclusive exóticas. 
OBS: Aumento de sangramento e hematomas pós-operatórios quando administrado no pré-operatório. 
• Cetoprofeno (Ketofen, Profenid) 
o Inibidor de dupla ação/ Tratamento infeiror a 5 dias 
o Maior potência anti-edematosa 
▪ Cão: 2mg/kg SC, IV, PO 24 horas, 4-5 dias 
▪ Gato: 2mg/kg SC, PO, 24 horas, 4-5 dias 
▪ Cavalo: 2mg/kg IV, IM 
Absorção oral é boa, mas sofre interferência com o conteúdo gástrico - não misturar alimento com o 
fármaco. 
A via subcutânea deve ser evitada, pois com frequência determina reações locais. 
Os níveis plasmáticos determinados pelas diversas vias de administração parecem ser semelhantes. 
Há um metabolismo hepático e eliminação renal. 
Ácidos aminonicotínicos 
• Flunixin meglumine (Banamine, Flunamine) - ter cuidado no uso em equinos com cólicas. Se 
certificar da causa da cólica do animal antes de passar esse fármaco. 
o Aprovada para uso veterinário 
o Ação antiendotóxica : ¼ da dose 
▪ Redução das PGs, prostaciclinas e as TXs 
▪ Alterações metabólicas e cardiovasculares 
o Dose de 1,1mg/g OBS: máximo 3 dias. 
Indicações para o uso do Banamine: 
• Equinos: Diarreias de potros, choque, colite, doença respiratória, inflamações e pré e pós-
operatório oftalmológico. 
• Cães: Discopatias, artrites, colapso cardíaco, diarreia, choque, gastroenterites hemorrágicas e 
alterações inflamatórias oculares; 
• Bovinos: Doença respiratório aguda, mastite por coliformes com choque enterotoxêmico, febre, 
dor e diarreias de bezerros; 
• Suínos: Agalaxia/ hipogalaxia, manqueiras e diarreias de leitões. 
• Absorvida pela via oral; 
• Metabolismo hepático e excreção renal. 
• Potente analgésico e, por isto, pode mascarar a sintomatologia de determinadas condições, 
fazendo com que haja uma falsa impressão de recuperação do animal com posterior agravamento 
do quadro. 
DERIVADOS DOS ÁCIDOS ENÓLICOS 
Pirazolonas 
• Fenilbutazona (Butazolidina, Equipalazone) 
• A droga é primariamente indicada no tratamento de processos inflamatórios 
musculoesqueléticos, sobretudo de equinos e cães. 
o Equinos: inflamação óssea e articulação, cólicas tecidos moles. 
▪ 4 mg/kg I – cuidado na hora de utiliza-lo, principalmente por via IV, porque se fizer 
essa administração errada, fora do vaso, o próprio fármaco causa necrose tecidual. 
• Após administração oral, a fenilbutazona é muito bem absorvida pelo estômago e intestino 
delgado; 
• Amplamente distribuída pelo organismo, aparecendo, inclusive, no leite; 
• Após metabolizada, a droga dá origem a dois metabólitos, oxifenbutazona (ATIVO) e 
hidroxifenilbutazona (INATIVA), sendo que apenas a primeira é farmacologicamente ativa; 
• Metabolismo hepático e a excreção renal; 
• A administração endovenosa pode causar flebites e necroses, se erroneamente injetada no sítio 
perivascular – principalmente em equinos; 
• Injeções SC ou IM devem ser evitadas, pois devem causar irritação local e até mesmo necrose 
muscular. 
• Dentro da família das pirazolonas temos: 
o Metamizol (Dipirona, Novalgina) 
▪ Antipiréticas e analgésicas 
▪ Fraca ação AI 
▪ Potencializa o efeito analgésico do tramadol – eles agem com sinergia, um aumenta 
o efeito do outro. 
Oxicans 
• Meloxicam (Maxicam, Meloxivet, Meloxitabs) 
o Inibidor de TXs e PGs 
o Excelente antipirético e analgésico 
o Inibidor preferencial de COX2/ alta meia-vida plasmática (12-36 horas) - conseguimos 
usar por 5 dias com segurança por ser um inibidor mais seletivo paraCOX2. 
▪ 0,2 a 0,3 mg/kg, seguido de 0,1mg/kg 
▪ Cães: uso prolongado 
▪ Gatos: máximo 4 dias 
▪ VO, IV, IM e SC 
Meloxicam no cão: 
• Analgesia semelhante à do Carprofeno; 
• Sem efeitos adversos na função renal mesmo durante hipotensão; 
• Não interferiu significativamente na hemostasia; 
• Baixa intensidade de efeitos adversos em uso crônico. 
Meloxicam no gato: 
• Analgesia satisfatória após OSH (semelhante à do carprofeno) 
• Analgesia considerada à da buprenorfina após OSH. 
INIBIDORES SELETIVOS DA COX2 
• Celecoxibe (Celebra) 
o 375 vezes mais seletivo para COX2 
o Menos efeitos colaterais 
• Valdecoxib (Bextra) 
• Etoricoxib (Arcoxia) 
INIBIDOR DA CICLOXIGENASE FRACA AÇÃO AI 
Paracetamol ou acetaminofeno (Tylenol) 
• Baixa potência AI 
• Analgésico e antipirético 
o Atua sobre a PG sintetase no cérebro promovendo ação antipirética 
• Gatos sensíveis (glicuroniltransferase) 
o Metemoglobinemia 
▪ Hemoglobina/METAHEMOGLOBINA incapaz de transportar oxigênio - a 
hemoglobina ai ser degradada e se transformar uma metahemoglobina que é 
incapaz de transportar oxigênio e o animal pode vir a óbito devido à falta de 
oxigênio. 
• Medina veterinária uso em cães e equinos 
o Cães toleram does de 15mg/kg VO TIB 
o Gatos (metabolismo) 
▪ Único comprimido pode ser tóxico 
▪ Segundo comprimido em 24 horas é letal 
▪ Machos mais sensíveis que fêmeas 
o Em caso de intoxicação: hemólise, anemia, icterícia, hemoglobinúria, hematúria, cianose, 
edema facial e de patas, depressão SNC. 
• Rapidamente absorvido após ingestão oral; 
• Distribuído por todo organismo; 
• Metabolismo hepático - conjugação ácido glicurônico/ excreção renal. 
• OBS: Ao contrário da aspirina, o acetaminofeno interfere pouco na integridade da mucosa do TGI 
e na coagulação, constituindo uma opção terapêutica para pacientes portadores de úlceras 
gástricas e coagulopatias. 
• OBS: Seu metabolismo é completamente diferente nos cães em relação aos humanos, motivo pelo 
qual nunca se deve utilizar doses humanas para estes animais, pois fatalmente levam a 
intoxicação aguda. 
• Tratamento em casos de intoxicação: 
o Até 2 horas 
▪ Êmese, carvão, cartático 
▪ Oxigenoterapia 
▪ N-acetilcisteína 140mg/kh IV a 20% (4 a 7 vezes) de 4-6 horas de intervalor 
(antioxidante). 
OUTROS AINE’S 
DMSO: Dimesol, Domoso 
• Primariamente indicada como veículo, principalmente para aplicação tópica, pois muito bem 
absorvido pela pele íntegra e carreia consigo outras drogas de pequeno peso molecular. 
• Após a administração tópica ou endovenosa, o DMSO se distribui virtualmente por todos os 
tecidos do corpo; 
• A droga é metabolizada no fígado em dimetilsufito, um metabólito farmacologicamente ativo; 
• Eliminada primariamente pelos rins, embora apareça também na bile, leite e secreções 
respiratórias. 
• A droga é relativamente segura e os poucos efeitos colaterais normalmente se limitam a reações 
locais transitórias de alergia tópica. 
• A aplicação endovenosa em equinos pode determinar hemólise e hemoglobinúria, que podem ser 
evitadas utilizando-se soluções a menos de 20% e aplicação bem lenta. 
• O uso por períodos prolongados em cães pode determinar o desenvolvimento de cataratas. 
• A aplicação tópica deve ser feita com a proteção adequada da pele do aplicador, que pode absorver 
grandes quantidades da droga. 
• Evitar o uso do DMSO em portadores de desidratação e/ou choque, pois pode haver exacerbação 
dos quadros por efeitos diuréticos e vasodilatadores periféricos. 
• Após aplicação tópica é absorvida nos tecidos; 
• Ação AI é do D-metil sulfeto pois remove os radicais livres; • Analgésico: depressão da condução 
dos impulsos nervosos aferentes; 
• Aumenta perfusão tecidual; 
• Penetra barreira HE diminuindo produção de PGs no SNC; 
• Não usar em animais destinados ao consumo; 
• Teratogênico: terço inicial de gestação.

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