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@mayaravnutri Macromoléculas formadas por unidades de aminoácidos ligados por ligações peptídicas. O que difere uma proteína da outra é a composição dos aminoácidos presentes. Existem 20 aminoácidos, sendo que 09 são essenciais (precisam ser obtidos da alimentação): isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano, valina e histidina. Estão envolvidas em praticamente todas as funções celulares: Apoio estrutural Contração muscular (actina, miosina) Transporte de substâncias (hemoglobina, albumina, transferrina, etc) Crescimento e formação de hormônios Catalisa reações químicas (enzimas) Defesa do organismo (anticorpos) A recomendação é de 1,2 a no máximo 2g/kgP/dia. Em 100g de frango cozido, tem 31,5g de proteína. Proteínas completas são aquelas que contêm todos os aminoácidos em quantidades e proporções ideais: leite e derivados, ovos e carnes. As proteínas de origem vegetal são consideradas incompletas, pois podem não ter todos os aminoácidos. Porém algumas fontes possuem os essenciais, como: leguminosas, oleaginosas, folhas verdes e outros grãos (quinoa e soja). Excesso de proteína: causa hiperfiltração nos rins pelo excesso de ureia formada (sobrecarga renal). A longo prazo, pode causar problemas como hipertensão, diabetes e inflamação nos rins. Pode também levar à osteoporose (excesso de proteína pode aumentar a excreção de cálcio), pedras nos rins, aumento de peso, problemas hepáticos. Falta de proteína: pode causar fadiga muscular, queda de cabelo e baixa imunidade. As proteínas tem sua digestão iniciada no estômago, por meio da ação do suco gástrico que ativa a pepsina. Do estômago, o bolo alimentar passa para o duodeno, onde terminará a digestão pela ação das enzimas pancreáticas. Os aminoácidos são absorvidos pelas células da “borda em escova” e vão para o fígado e para os outros órgãos pelo sangue. Quando um aminoácido não é utilizado, é degradado, liberando amônia (substância tóxica), que é convertida em ureia (ciclo da ureia) e é excretada pela urina. Por isso, o excesso de proteína pode ser prejudicial. PROTEÍNAS E DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC): Principais causas de DRC: hipertensão arterial (HAS), diabetes e glomerulonefrites. A perda da função renal leva a uma série de distúrbios, resultantes da concentração inadequada de solutos, substâncias tóxicas não eliminadas na urina e da deficiência na produção de hormônios específicos (eritropoetina – pode levar a anemia). COMO CONTROLAR A INGESTÃO? Carnes e ovos não precisam ser abolidos, mas devem ser controlados. O cardápio varia dependendo do grau de restrição de cada paciente. SUGESTÕES: Picar e desfiar a carne – aumenta o volume sem precisar ingerir grande quantidade Preparar carnes misturadas com legumes/cereais Não usar embutidos Para empanar, usar no lugar do ovo a fécula de batata, amido de milho, fubá ou farinha de milho/mandioca @mayaravnutri Moderar o uso de leite e derivados. Em bolos: usar bebidas de arroz, leite de coco, água, suco Creme de leite tem baixo teor proteico. Preferir queijos com menor teor proteico (ricota e minas frescal (DRC: queijos com menor teor de sódio – ricota, cottage) Leguminosas: utilizar mais o caldo, pois o grão tem maior teor proteico o Em saladas: misturar com legumes Optar por sucos naturais, evitando industrializados. São macronutrientes importantes para a promoção de energia, manter a temperatura corporal, compor estruturas de membranas e proteger órgãos vitais e servir de veículo para ácidos graxos essenciais, colesterol e vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K) As dietas com restrição de gorduras são indicadas para pacientes que necessitam de dietas hipocalóricas, hipocolesterolêmica, ou que apresentam distúrbios pancreáticos, biliares, hepáticos, obesidade e dislipidemias. As gorduras podem ser de origem animal ou vegetal. As principais fontes são: Óleos vegetais Margarina e manteiga Maionese Banha, toucinho, gordura das carnes Leite integral e derivados (queijos amarelos, requeijão e creme de leite) Sementes oleaginosas, peixes de água fria e abacate (gorduras mono e poliinsaturadas) A digestão das gorduras acontece quase totalmente no intestino delgado, porém a ação preparatória ocorre nas paredes anteriores do trato gastrintestinal. PATOLOGIAS ASSOCIADAS A DIETAS HIPOLIPÍDICAS: 1. OBESIDADE: acúmulo excessivo de gordura, acima de 20% do peso considerado ideal, de acordo com a estatura. Sempre que a ingestão calórica supera o gasto energético, o organismo acumula as calorias em forma de células de gordura. Excesso de peso: fator de risco para DCV, diabetes, HAS, artrose, varizes e vários tipos de câncer. Principais fatores para o excesso de peso: ingestão calórica elevada, sedentarismo, aspectos emocionais e psíquicos, desequilíbrios hormonais. Tratamento da obesidade: dieta balanceada de baixa caloria (sem grandes restrições), atividade física regular, medicamentos (quando necessário) inibidores de apetite e promotores da saciedade, que aumentam o nível de serotonina. @mayaravnutri 2. DISLIPIDEMIA: doença caracterizada por níveis anormais de lipídios no sangue. Em excesso, pode resultar em “entupimento das artérias” e levar ao infarto ou AVC. Causas da dislipidemia: alimentação rica em gorduras e açúcares, obesidade, estresse, sedentarismo. 3. HEPATOPATIAS: as principais são as hepatites (A, B, C), esteatose hepática, hepatopatia alcoólica e medicamentosa, câncer hepático e cirrose. FATORES DE RISCO: - Predisposição genética - Estilo de vida pouco saudável - Consumo excessivo de álcool e medicamentos - Obesidade e/ou diabetes - Pessoas com hepatite - Pessoas com mais de 40 anos O FÍGADO: órgão central das transformações metabólicas. Principais funções: Formação da bile (atua na digestão de gorduras) Gliconeogênese e síntese de ureia Metabolismo do colesterol Armazenamento de ferro, vitaminas lipossolúveis e vitamina B12 Síntese de proteínas Quando debilitado: Armazenamento dos nutrientes e gordura como fonte de energia fica comprometido, assim como a boa filtragem do sangue (impurezas e toxinas acumulam no corpo) As vitaminas A, B12, D, E, K, ferro e cobre não são sintetizadas adequadamente Os medicamentos não são metabolizados (pode sobrecarregar e ser tóxico) Conversão da amônia em ureia e o armazenamento e liberação de glicose deixam de funcionar com eficácia As doenças hepáticas mais comuns geralmente são silenciosas, não costumam desenvolver sintomas de fácil percepção pelo paciente. Principais sintomas: Urina escurecida Hepatomegalia (aumento do tamanho) Pele e olhos amarelados Dor na região do abdômen Fezes mais claras que o normal. RECOMENDAÇÕES: Recomendar a adoção de estilo de vida saudável com perda de peso gradual e atividade física regular. Consumo de gordura saturada < 10% do VET Recomendação de aproximadamente 6% de ômega-6 e 1% de ômega-3 do VET Ingestão diária entre 25 e 30g de fibras (regulam a absorção de carboidratos e gorduras, aceleram o trânsito intestinal e determinam a composição e quantidade fecal – reduzem a concentração plasmática de ácidos graxos livres após a refeição). Aumentar o consumo de alimentos com propriedades antibióticas (alho, cebola, rabanete, alho-poró, etc) e os que estimulam o sistema imune e com ação alcalina (limão) Incluir alimentos ricos em antioxidantes (vitaminas C, E, carotenoides e flavonoides) O zinco possui papel fundamental no mecanismo antioxidante. É encontrado nas carnes vermelhas e aves, ostras, mariscos, fígado, cereaisintegrais, feijões seco e nozes A linhaça é fonte de fibras e rica em vitamina E e do complxo B, contém potássio, fósforo, ferro, zinco e manganês, além de ser ótima fonte de ômega-3 Aveia é uma boa fonte de betaglucana (fibra), que tem ação hipocolesterolemiante (indicado para pacientes com dislipidemia) Grelhar as carnes com água (selar primeiro a carne e depois acrescentar a água), podendo usar alho e cebola para dourar Usar leite desnatado e queijos light Alimentos fontes de gorduras saturadas: bacon, toucinho, banho, pele de frango → substituir por óleos insaturados. Substituir carnes mais gordas por carnes magras
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