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Esteffane Seitz- TXVI 1 • Sinal: o que o médico observa • Sintoma: o que o paciente • Síndrome: conjunto de sintoma + sinal • Sintoma-guia: persiste, a partir dele é possível fazer uma hipótese diagnóstica. O que o médico percebe que é mais comum a um diagnóstico. • História clínica: resultado de uma conversação com objetivo explícito, conduzida pelo examinador • Se apresentar e cumprimentar antes de começar • Anamnese ativa: paciente tem facilidade em descrever o caso • Anamnese passiva: quando o médico ajuda guiando sem sugestão • Sugere-se que seja utilizado as técnicas: apoio, facilitação, reflexão, esclarecimento, confrontação, interpretação, respostas empáticas e silêncio IDENTIFICAÇÃO • Perfil sociodemográfico do paciente • Possibilita a interpretação dos dados do paciente 1. Nome 2. Idade 3. Sexo 4. Cor/etnia 5. Estado civil 6. Profissão 7. Local de trabalho 8. Naturalidade 9. Procedência 10. Residência 11. Nome da mãe 12. Nome do acompanhante/resp 13. Religião 14. Filiação a órgãos/plano de saúde • Motivo que levou o paciente a procurar o médico • É bom repetir as expressões utilizadas por ele se possível • Afirmação breve e espontânea • O medico não deve aceitar diagnóstico do paciente Esteffane Seitz- TXVI 2 Exemplo de HDA: Paciente relata que há 36h começou a apresentar dor lombar à direita, tipo cólica, de forte intensidade com indicação para a fossa ilíaca direita. • Registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a ir ao médico • Desde o inicio até o momento atual • Parte principal da anamnese e costuma ser a chave mestra para chegar ao diagnóstico SINTOMA GUIA • Sintoma ou sinal que permite recompor a história da doença atual com mais facilidade e precisão • Não significa que vai haver sempre só um sintoma • Não é necessariamente o mais antigo • Não é obrigatório que seja a primeira queixa relatada pelo paciente • Não precisa ser o sintoma mais ressaltado • O sintoma-guia deve ser o que tem maior duração ESQUEMA PARA ANÁLISE DE SINTOMA • Elementos para a análise: 1. Inicio 2. Características do sintoma 3. Fatores de melhora ou piora 4. Relação com outras queixas 5. Evolução 6. Situação atual • Complemento da história da doença atual • Documenta a existência ou ausência de sintomas comuns relacionados com cada um dos principais sistemas corporais • É no interrogatório sintomatológico que se origina a suspeita diagnóstica mais importante • É comum o paciente não relatar alguns sintomas, por esquecimento ou medo do diagnóstico • Outra função desse interrogatório é a promoção de saúde. SISTEMATIZAÇÃO DO INTERROGATÓRIO SINTOMATOLÓGICO 1. Sintomas gerais 2. Pele e fâneros 3. Cabeça e pescoço 4. Tórax 5. Abdome 6. Sistema geniturinário 7. Sistema hemolinfopoético 8. Sistema endócrino Esteffane Seitz- TXVI 3 9. Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades 10. Músculos 11. Artérias, veias, linfáticos e microcirculação 12. Sistema nervoso 13. Exame psíquico e avaliação das condições emocionais. Sintomas gerais Febre Aumente da temp Astenia Sensação de fraqueza Alterações de peso Especificar perda ou ganho Sudorese Eliminação abund. De suor Calafrios Sensação momentânea de frio Cãibras Contrações involuntários do músculo ANTECEDENTES PESSOAIS • Considera-se que o estado de saúde passado influencia no processo saúde- doença • Em crianças e pessoas mais jovens, é mais fácil ANTECEDENTES PESSOAIS FISIOLÓGICOS • Inclui: gestação e nascimento, desenvolvimento psicomotor e neural e desenvolvimento sexual • Gestação e nascimento: Como decorreu a gravidez, uso de medicamentos ou radiação, viroses contraídas, estado da criança ao nascer, condições do parto, ordem de nascimento e número de irmãos • Desenvolvimento psicomotor e neural: dentição, engatinhar e andar, fala, desenvolvimento físico, controle de esficteres, aproveitamento escolar • Desenvolvimento sexual: puberdade, menarca, sexarca, menopausa, orientação sexual ANTECENTES PESSOAIS PATOLÓGICOS • Inclui: doenças sofridas, alergia, cirurgias, traumatismo, transfusões sanguíneas, história obstétrica, vacinas e medicamento em uso. • Transfusões sanguíneas: anotar n° de transfusões, quando ocorreu e porque • História obstétrica: anotar n° de gestações, de partos, abortos, prematuros e n° de cesarianas • Vacinas: anotas as vacinas • Medicamentos em uso: anotar qual, posologia, motivo e quem prescreveu ANTECEDENTES FAMILIARES Esteffane Seitz- TXVI 4 • Começa com a menção do estado de saúde dos pais e irmãos • Se for casado, incluir cônjuge e filhos • Não esquecer avós, tios e primos paternos e maternos • Se tiver algum doente na familia, indagar sobre ALIMENTAÇÃO • Avaliar o estado de nutrição do paciente • Deve-se questionar sobre o consumo de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, água e outros líquidos OCUPAÇÃO ATUAL E ANTERIORES • A história ocupacional pode influenciar no diagnóstico e patologias presentes ATIVIDADES FISICAS • Deve-se questionar se o paciente faz exercícios físicos, com qual frequência, duração e tempo de prática Classificação: • Sedentárias • Exercem atividades físicas moderadas • Exercem atividades físicas intensas e constantes • Exercem atividades físicas ocasionais HÁBITOS • Alguns hábitos são ocultados pelo paciente Investigar sobre: • Uso de tabaco: câncer de pulmão e de bexiga, afecções broncopulmonares, afecções cardiovasculares, disfunções sexuais, baixo peso fetal, intoxicação do RN pelo aleitamento materno • Bebidas alcoólicas: possui efeitos deletérios sobre o fígado, cérebro, nervos, pâncreas e coração. Perguntar sobre o tipo de bebida, quantidade, frequência AVALIAÇÃO DO USO DE BEBIDAS 1. pessoas em abstêmias, não usam nenhum tipo de bebida 2. Uso ocasional em quantidades moderadas 3. uso ocasional em grande quantidade 4. uso frequente em quantidades moderadas 5. uso frequente em grande quantidade • Para reconhecer pessoas alcoolatras, tem sido usado o questionário CAGE Esteffane Seitz- TXVI 5 - Necessidade de diminuir o consumo - Sentir-se incomodado com críticas a bebida - Sensação de culpa ao beber - Necessidade de beber no início da manhã para “abrir os olhos” ANABOLIZANTES E ANFETAMINAS • Levam a dependência • Relacionadas a doenças cardíacas , renais, hepáticas, endócrinas e neurológicas USO DE DROGAS ILICITAS • Incluem maconha, cocaína, heroína, LSD, crack, menta, chá de cogumelos, inalantes • Questionar sobre o tipo de droga, quantidade, frequência, duração e abstinência • Envolve: habitação, condições socioeconômicas, condições culturais, vida conjugal e questionamento familiar HABITAÇÃO • Em zonas rurais são mais comuns as infecções parasitárias, como doença de Chagas • Na zona urbana, a falta de saneamento também pode propiciar o aparecimento de doenças infecciosas CONDIÇÕES SOCIOECONOMICAS • Se for preciso, perguntar sobre rendimento mensal, dependência financeira de parentes ou instituições, situação profissional CONDIÇÕES CULTURAIS • Não se restringe a grau de escolaridade • Abrange religiosidade, tradições, crenças, mitos, medicina popular, comportamentos e hábitos alimentares • Importante saber se o paciente é alfabetizado ou analfabeto • Especificar o grau de escolaridade Classificação: • Nível cultural baixo • Nível cultural médio • Nível cultural elevado