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Semiologia Cardiovascular

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Esteffane Seitz- TXVI 
Semiologia 
 
1. Nó sinusal emite um estimulo eu excita os 
átrios 
2. átrios se contraem 
3. Como consequência da contração, há 
redução do volume interno do átrio 
esquerdo e elevação do nível pressórico 
dessa cavidade, que causará impulsão do 
sangue para o ventrículo esquerdo 
4. o estimulo passa para a junção 
atrioventricular e se distibiu para o feixe de 
his e rede de purkinje (excita os ventrículos) 
➢ Inicia com os átrios e ventrículos em 
repouso. 
➢ ECG: depolarização atrial – contração atrial – 
contração ventricular – repolarização 
ventricular. 
➢ Volume sistólico: quantidade de sangue 
bombeado por um ventrículo durante a 
contração 
➢ Diástole: relaxamento 
➢ Sístole: contração 
5 FASES 
1. Diástole atrial e ventricular, as valvas AV se 
abrem, o sangue flui dos átrios para os 
ventrículos. Os ventrículos expandem. 
2. Sístole atrial: término do enchimento 
ventricular. 
3. Contração ventricular e primeira bulha 
(TUM-tá fechamento das valvas AV): ocorre 
a contração ventricular isovolumétrica. 
4. Ejeção ventricular: as valvas permanecem 
fechadas e os átrios se enchendo. 
5. Relaxamento ventricular e segunda bulha 
(tum-TÁ fechamento das semilunares). 
Ocorre relaxamento ventricular 
isovolumétrico. 
 
DISPNEIA 
• Cansaço, canseira, falta de ar, fôlego curto, 
fadiga ou respiração difícil 
• Dispneia aos médios esforços: surge na 
realização de exercicios medianos, subir 
degraus 
• Dispneia a pequenos esforços: tomar banho, 
mudar de posição, trocar de roupa 
• Insuficiência ventricular esquerda: a dispneia 
tem rápida progressão 
• Dispneia de decúbito: surge quando o 
paciente se põe na posição deitada 
• Dispneia paroxística: mais frequência à noite, 
paciente acorda com intensa dispneia, que 
acompanha de sufocação, tosse seca e 
opressão torácica. Pode haver 
broncospasmo, responsável pelo 
aparecimento de sibilos. No exame físico há 
pele fria e pálida, às vezes cianótica, tórax 
expandido, sudorese e taquicardia 
Esteffane Seitz- TXVI 
• Crises graves de dispneia: tosse com 
expectoração espumosa - branca ou rosada 
-, cianose, respiração ruidosa pela ocorrência 
de sibilos e estertores 
• Dispneia de cheyne-stokes: períodos de 
apneia, seguidos de movimentos 
respiratórios, superficiais. As pausas de 
apneia são de 15 a 30s 
DOR PRECORDIAL 
• Dor precordial não é sinônimo de dor 
cardiaca 
• Pode ter origem no coração e em outros 
órgãos ou estruturas como pleura, esôfago, 
aorta, mediastino, estômago e na própria 
parede torácica 
DOR NA ISQUEMIA MIOCÁRDICA 
• Em razão de hipoxia celular 
• Localização: retroesternal esquerda e mais 
raramente a direita. Pode ser restrita a uma 
pequena parte ou grande 
• Irradiação: quanto mais intensa, maior a 
probabilidade de irradiar-se. Costuma 
irradiar para nuca, pavilhão auricular, 
ombros, cervical e etc 
• Qualidade: aperto, opressão, peso, 
queimação 
• Duração: dor da angina de peito tem 
duração curta, em geral de 2 a 3 min, 
raramente ultrapassando 1 O min. Na angina 
instável, a dor é mais prolongada, chegando 
a durar 20 min. No infarto agudo do 
miocárdio, quando ocorrem alterações 
necróticas, a dor dura mais de 20 min, 
podendo chegar a algumas horas. 
• Intensidade: varia de acordo com o grau 
• Fatores agravantes: esforço físico, emoções, 
taquicardia, frio ou após refeição copiosa 
• Fatores atenuantes: repouso e uso de 
vasodilatadores coronários também faz a 
dor desaparecer 
• Outros sintomas: Precordialgia intensa, 
acompanhada de náuseas, vômitos e 
sudorese fria, sugere infarto agudo do 
miocárdio. Dor precordial durante crise de 
palpitações pode decorrer de isquemia 
provocada por taquiarritmia 
DOR DE ORIGEM PERICÁRDICA 
• Mais aguda 
• Localiza-se na região retroesternal junto ao 
rebordo esternal esquerdo 
• Irradia para pescoço e costas 
• Tipos: constritiva, peso, opressão, queimação 
• costuma ser contínua 
• sem relação com exercicios 
• se agrava com a respiração, decúbito dorsal, 
deglutição, movimentos na cama, 
movimentação do tronco 
• O paciente tem algum alívio quando inclina 
o tórax para frente ou ao se colocar na 
posição genupeitoral 
• Mecanismo: atrito entre as membranas ou 
uma grande e rápida distensão do saco 
pericárdico por líquido 
DOR DE ORIGEM AÓRTICA 
• Aneurismas da aorta geralmente não 
provocam dor 
• Dissecção aguda da aorta determina quadro 
doloroso importante 
• Inicio súbito 
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• Muito intensa, do tipo lancinante, de 
localização retroesternal ou face anterior do 
tórax 
• Irradiação para o pescoço, região 
interescapular e ombros 
• Paciente fica inquieto tentando obter alivio 
 
DOR DE ORIGEM PSICOGÊNICA 
• Aparece em indivíduos com ansiedade e/ou 
depressão, podendo fazer parte da 
síndrome de astenia neurocirculatória 
• Limita-se à região da ponta do coração, 
costuma ser surda, persistindo por horas ou 
semanas e acentuando-se quando o 
paciente sofre contrariedades ou emoções 
desagradáveis 
• Nas crises de dor, ocorrem também 
palpitações, dispneia suspirosa, dormências, 
astenia, instabilidade emocional e depressão 
• Alivia-se parcialmente com repouso, 
analgésicos, tranquilizantes e placebos 
- Desmaio (síncope x lipotimia) 
PALPITAÇÃO 
• Percepção incômoda dos batimentos 
cardíacos 
• São contrações cardíacas mais fortes e mais 
intensas, lentas ou rápidas, rítmicas ou 
arrítmicas, decorrentes de transtornos do 
ritmo ou da frequência cardíaca 
• Aparecem também após exercício físico ou 
emoções 
• Deve-se avaliar a ingestão de café, chá, 
refrigerantes, drogas 
• Tipos: palpitações de esforço, alteração de 
ritmo cardíaco e de transtornos emocionais 
• Início e fim súbitos: costumam ser indicativas 
de taquicardia paroxística 
 
EDEMA 
• “Inchaço” 
• Resultado do aumento do líquido intersticial, 
proveniente do plasma sanguíneo 
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• Peso corporal pode aumentar até 10% do 
peso total 
• Aumento brusco de peso levanta a suspeita 
de retenção líquida 
• Localizado: acontece no edema 
angioneurótico ou inflamatório e na 
compressão de vasos linfáticos e venosos 
• Generalizado: resultante de afecções 
cardíacas, renais, hepáticas, carenciais e do 
uso de medicamentos 
• O generalizado pode se acumular em 
cavidades serosas (abdome, tórax, 
pericárdio, bolsa escrotal) 
• Edema recente: pele brilhosa e lisa 
• Edema de longa duração: aspecto de "casca 
de laranja” 
• Causa do edema cardíaco: insuficiência 
ventricular direita por aumento da pressão 
hidrostática associado à retenção de sódio 
• Se a origem for cardíaca tem outros sinais 
como o ingurgitamento das jugulares, 
refluxo hepatojugular e hepatomegalia 
CIANOSE 
• Coloração azulada da pele e das mucosas, 
pelo aumento da hemoglobina reduzida no 
sangue capilar 
• Sinal importante de enfermidade cardíaca 
• Exame do paciente deve ser feito à luz do 
dia, observando lábios, ponta do nariz, 
região malar (bochechas), lóbulos das 
orelhas, língua, palato, faringe e 
extremidades das mãos e dos pés 
• A inspeção deve ser feita nos lugares em 
que a pele é mais fina e em áreas ricas de 
capilares sanguíneos 
• Cianose intensa: todo o tegumento cutâneo 
adquire tonalidade azulada ou mesmo 
arroxeada 
• Discreta: restringe-se a determinadas regiões 
• Outros sintomas da cianose: irritabilidade, 
sonolência, torpor, crises convulsivas, dor 
anginosa, hipocratismo digital, nanismo ou 
infantilismo. 
• classificada em leve, moderada e grave 
• tem importância a duração da cianose. 
• Se estiver presente desde o nascimento, 
talvez seja uma doença cardíaca congênita 
• Baqueteamento sem cianose é frequente em 
pacientes com endocardite infecciosa 
subaguda 
• cianose com baqueteamento: cardiopatias 
congênitas e em doenças pulmonares 
• cianose central: mais frequente 
- Diminuição da tensão de 0 2 no arinspirado, como ocorre nas grandes altitudes 
- Transtorno da ventilação pulmonar, 
incluindo obstrução das vias respiratórias, 
paralisia dos músculos respiratórios 
- Transtornos na perfusão em consequência 
de cardiopatias congênitas 
• Cianose periférica: perda exagerada de 
oxigênio ao nível da rede capilar 
- Se apresenta em áreas distais como 
membros inferiores e acompanha pele fria 
- Causa + comum: vasoconstrição 
generalizada em consequência da exposição 
ao ar ou à água fria. 
• Cianose mista: cianose central + periférica 
- Exemplo: típico é a cianose da insuficiência 
cardíaca congestiva grave 
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- Teste da água quente e a elevação do 
membro cianótico podem fazer desaparecer 
a cianose periférica 
- cianose central diminui ou desaparece com 
a inalação de O2 
• Cianose por alteração da hemoglobina: 
alterações bioquímicas que impedem a 
fixação do oxigênio pelo pigmento 
 
 
 
HEMOPTISE 
• Expectoração ou eliminação de sangue pelas 
vias respiratórias 
• É considerada hemoptise se for acima de 
2ml 
• “escarrar sangue” 
• Pode ser precedida de sintomas 
prodrômicos: calor retroesternal, prurido na 
laringe e sensação de gosto de sangue na 
boca 
• Presença de sangue vermelho vivo, rutilante, 
arejado, sem restos alimentares, eliminação 
acompanha-se de tosse 
• Causas: tuberculose, bronquites, 
bronquiectasias pneumonias, micoses 
pulmonares, abcesso pulmonar, câncer de 
pulmão, embolia, infarto pulmonar e etc 
• Hemoptise acompanhada de expetoração 
espumosa e rósea: edema pulmonar agudo 
por insuficiência ventricular esquerda 
• Expectoração cor de tijolo: indica pneumonia 
pneumocócica 
• Raias de sangue recobrindo grumos de 
muco: bronquites e nas hemorragias das 
neoplasias brônquicas 
• Sangue escuro com expectoração mucosa, 
com o aspecto de "geleia de framboesa~ é 
observado no infarto pulmonar e na 
pneumonia necrosante 
• Hemoptise volumosa com sangue vivo, 
brilhante: ruptura de vasos bronquiais 
ASTENIA 
• sensação de fraqueza generalizada 
• presente na maioria dos pacientes com 
insuficiência cardíaca e infarto agudo do 
miocárdio 
• Pacientes com insuficiência cardíaca: 
relaciona-se com a diminuição do débito 
cardíaco e com oxigenação insuficiente dos 
músculos esqueléticos 
• A astenia dos cardiopatas pode estar 
relacionada também com atrofia muscular 
 
 
3) Conhecer a sistemática da semiologia 
cardiovascular: 
a) Inspeção e palpação do tórax, da região 
precordial, do 
pescoço e do abdome. 
Ictus cordis (conceito e classificação). 
b) Ausculta da região precordial: focos, ruídos, 
sopros, cliques, 
estalidos. 
c) Análise auscultatória do ritmo cardíaco. 
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d) Exame físico do sistema arterial e venoso. 
e) O que é o índice cardiotorácico? 
f) Análise da perfusão periférica 
 
4) Conhecer as principais patologias que incidem no 
aparelho 
cardiovascular: 
IC, IAM, Aterosclerose, Cardiopatias congênitas (CIV, 
CIA, 
Tetralogia de Fallot e transposição de grandes 
vasos), HAS, 
Hipotensão, Doença arterial crônica, Síndrome 
metabólica, 
Endocardite, Pericardite, Estenose mitral, Prolapso 
valva mitral, 
 
Arritmias cardíacas (Taquicardia sinusal, Bradicardia 
sinusal, 
Taquicardia paroxística, Arritmia sinusal, Fibrilação 
atrial, 
Extrassístoles). 
5) Conhecer os principais exames complementares 
para 
identificação das patologias cardiovasculares: 
Raio X de tórax, TC, Eletrocardiografia (ECG), teste 
ergométrico, 
Holter (eletrocardiografia dinâmica), Ecocardiografia, 
Cateterismo, Angiografia, MAPA, MRPA. Exames 
laboratoriais: 
enzimas cardíacas, perfil lipídico, glicemia. 
 
6) Conhecer a classificação de NYHA 
 
7) Compreender a semiotécnica do exame clínico 
cardiovascular. 
a) Manobras de Azulay 
b) Manobra de Pachon 
c) Manobra de Valsalva 
d) Manobra de Rivero- Carvallo 
e) Sinal de Oliver-Cardarelli 
f) Sinal de Musset 
g) Manobra de Handgrip 
h) Manobra de Allen 
i) Manobra de Osler 
j) Posição de cócoras 
 
• O número de batimentos cardíacos é maior 
que o número das pulsações da artéria radial 
• Decorre do fato de algumas contrações 
ventriculares serem ineficazes, não 
impulsionarem sangue para a aorta, não 
determinarem onda de pulso 
 
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• pulsações observadas na base do pescoço 
são chamadas pulso venoso 
• O pulso venoso reflete a dinâmica do 
coração direito 
• Antes do exame, examinador deve avaliar o 
estado de turgência das jugulares externas e 
a ocorrência de frêmito ou sopro nos vasos 
do pescoço 
• Em condições normais, as veias jugulares 
tornam-se túrgidas apenas quando o 
paciente se acha em decúbito 
• Na posição semissentada e em pé ou 
sentado, as veias jugulares colabam, fica 
visível o pulso venoso na raiz do pescoço 
• Ingurgitamento jugular: se as veias jugulares 
permanecem túrgidas em posição sentada e 
semissentada 
• Traduz hipertensão venosa no sistema da 
veia cava superior 
• Aparece quando há compressão da veia, 
insuficiência ventricular direita ou pericardite 
constritiva 
SEMIOTÉCNICA 
1. paciente deve permanecer deitado em uma 
posição que propicie máximas pulsações 
venosas 
2. Quando a pressão venosa for normal, o 
paciente deve ficar em posição quase 
horizontal com relação à cama 
3. se houver hipertensão venosa, ele deve estar 
recostado no leito, em um ângulo mais ou 
menos de 45° 
4. Cada lado do pescoço é inspecionado com a 
cabeça ligeiramente voltada para o lado 
oposto 
5. Cada lado do pescoço é inspecionado com a 
cabeça ligeiramente voltada para o lado 
oposto 
6. As pulsações são procuradas na parte mais 
inferior do pescoço 
7. às vezes, são mais notadas entre as 2 
inserções do esternocleidomastóideo 
PULSO VENOSO X ARTERIAL 
VENOSO ARTERIAL 
Aspecto ondulante (3 
ondas e duas 
depleções) 
Aspecto pulsátil (1 
onda) 
Mais visível do que 
palpável 
Mais palpável que 
visível 
Mais evidente em 
posição horizontal 
Visível em posição 
deitada e sentada 
Varia com a respiração 
(colaba na inspiração) 
- 
Desaparece quando se 
comprimem as veias 
jugulares na base do 
pescoço 
- 
 
 
11) O que é turgência de jugular? Qual a manobra 
que se utiliza 
para constatá-la? 
 
12) Cite 5 diferenças entre a análise semiotécnica 
entre o pulso 
venoso e o pulso carotídeo.

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