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Óleos essenciais São encontrados como misturas complexas em diversos vegetais. Origem natural, não sintética. Características: volátil, lipofílica, geralmente odoríferas e líquidas. Normalmente são incolores ou levemente amarelados. O óleo da camomila, por exemplo, é azul por ser rico em azuleno. Possuem alto índice de refração e a maioria é opticamente ativa. Solúveis em solventes orgânicos e alcoólicos. O óleo pode estar presente em diversos órgãos, em concentrações variadas, a depender do vegetal: folhas, flores, casca do caule (ex. canela), sementes, frutos, raízes e rizomas. Chamados de essenciais por apresentar odor agradável, sendo componente de essências. Controle de qualidade: verificar o desvio de luz polarizada (alfaD) no polarímetro. Deve estar dentro do intervalo aceitável. Constituintes: hidrocarbonetos terpênicos, álcoois, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, éteres, ácidos, furanos, lactonas, etc. A maioria das substâncias é derivada de: → Fenilpropanoides (e derivados): eugenol, vanilina. → Terpenóides: limoneno, mentol. (Encontrados em maior proporção nos óleos essenciais do que os fenilpropanoides). Todos os terpenos são constituídos pela união de cinco átomos de carbono, isto é, por estruturas básicas de isoprenos (C5H8), que se polimerizam formando uma variedade de terpenos. A polimerização ocorre pela ligação das moléculas pela ordem “cabeça-a- cauda” (ligação 1-4). Os óleos essenciais devem ser de origem natural pra poder receber esse nome e pra poderem ser utilizados em preparações farmacêuticas. A vanilina é a única exceção. https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/carbono/ https://www.infoescola.com/quimica/reacao-de-polimerizacao/ Como o óleo essencial da baunilha é 99% vanilina, é permitido ser utilizada a vanilina sintética em substituição ao óleo essencial de baunilha. Teste pra diferenciar óleos essenciais de óleos fixos: colocar uma gotinha em um papel. Como o óleo essencial evapora, a manchinha vai sumir. Óleos essenciais são mais comuns em angiospermas e menos em gimnospermas. Aplicações: flavorizante, temperos (pimentas e ervas), perfumaria, aromaterapia. A coleta de plantas ricas em óleos essenciais deve ser feita de manhã, quando o sol está bem fraquinho, ou no final da tarde, porque os tecidos estarão mais abastecidos de óleos essenciais já que não houve sol durante toda a noite. Nos períodos mais quentes o vegetal perde óleo essencial. Técnicas de extração Hidrodestilação ou destilação por arraste de vapor: Aparelho de Cleveger. O vegetal fresco é adicionado com água destilada a um balão de fundo redondo, sob aquecimento, com um condensador acoplado. O material entra em ebulição, vaporizando o óleo essencial junto com água, e esse condensado é armazenado num reservatório lateral. Haverá uma separação de fases: a águia que evaporou junto fica embaixo, e a torneirinha permite separar as fases. Caso o reservatório encha, a água vai voltando ao balão pelo tubo de retorno. Desvantagem: Não garante um óleo com a composição exata do vegetal. Algumas substâncias são facilmente oxidáveis. Além disso, algumas podem sofrer hidrólise. Enfloração: mais usada em perfumaria. Baseia-se na característica de lipofilicidade. Muito utilizada pra flores. O material é distribuído em camadas sobre uma camada de parafina (ou outra substancia lipofilica). As substâncias lipofílicas irão sair do vegetal para se solubilizarem na parafina. As flores são viradas, e permanecem em contato com a parafina durante dias. A parafina é então colocada em álcool, para que as substancias dos óleos essenciais sejam solubilizadas no álcool. Caso se queira recuperar essas substâncias, faz-se uma destilação, porém normalmente se utiliza em solução alcoólica. Vantagens: não usa água, prevenindo a hidrólise. A extração é feita em temperatura ambiente, obtendo um produto de melhor qualidade. A destilação com álcool é em menor temperatura, cerca de 78º. O que sai primeiro são os óleos essenciais. Desvantagens: Técnica mais cara, baixo rendimento, processo demorado. Gera um produto de preço elevado. Extração com solventes orgânicos: o vegetal é colocado em contato direto com um solvente orgânico, como o éter ou hexano. Porém, extrai compostos lipofílicos não voláteis, que não são componentes dos óleos essenciais, como carotenoides, esteroides, terpenoides que não são componentes dos óleos essenciais, pigmentos, lipídeos. Tem que haver um processo de separação posterior. Expressão: aplicadas a frutos produtores de óleos essenciais, como a laranja e o limão. As cascas desses frutos são prensadas, liberando o óleo do pericarpo e água. A água e o óleo podem ser separados por decantação, centrifugação ou destilação. Extração por fluido supercrítico: o CO2 é o mais utilizado por não ser tóxico e não deicar resíduos. O CO2 é armazenado líquido a alta pressão. Ele é aquecido acima de 31° (temperatura supercrítica), e em sistema de fluxo entra em contato com o material, arrastando os óleos essenciais. Ao final do fluxo, a pressão é liberada e a temperatura diminuída à ambiente, fazendo o CO2 voltar ao estado gasoso, permanecendo o óleo essencial como resíduo. Conservação: não pode haver resíduos de água, deve ser protegido da luz e do ar, em recipiente fechado e bem cheio. Pra eliminar resíduos da extração por hidrodestilação, o frasco pode ser congelado. O óleo não vai congelar, e poderá ser transferido para outro recipiente, enquanto a água vai ficar congelada no fundo do recipiente inicial. Ação farmacológica Cânfora e sálvia: ação cardiovascular: aumenta a pressão. Ação antiespasmódica: erva-doce, camomila. Ricas em matricina, relaxam a musculatura lisa intestinal, diminuindo cólicas.
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