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Semiologia Sistema Urinário

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Rebeka Freitas 
 
 
ANAMNESE 
- As perguntas gerais sobre a história urinária incluem: 
• “Você sente dificuldade para urinar?” 
• “Com que frequência você urina?” 
• “Precisa levantar à noite para urinar? Com que frequência?” 
• “Qual é o volume de urina eliminado durante a noite?” 
• “Sente dor ou ardência?” “Alguma vez já teve dificuldade em 
chegar a tempo no banheiro?” 
• “Já houve extravasamento de urina? “Já urinou de forma 
involuntária?” 
• “Percebe quando a bexiga está cheia e quando a micção ocorre”? 
- Eliminação involuntária de urina, ou falta de percepção da micção, 
sugerem déficits cognitivos ou neurossensoriais 
- Pergunte às mulheres se a ocorrência de tosse súbita, espirros 
ou o riso provoca alguma eliminação de urina. 
- Aproximadamente metade das mulheres jovens referem esta 
experiência, antes mesmo de terem filhos. 
- Um extravasamento ocasional não é necessariamente significativo. 
- Pergunte a homens de idade mais avançada: 
• “Tem dificuldade em começar a urinar?” 
• “Precisa ficar próximo ao vaso sanitário para urinar?” 
• “Houve alguma alteração na força ou no tamanho de seu jato 
urinário, ou no esforço que precisa fazer para urinar?” 
• “Hesita ou interrompe a micção no meio?” 
• “Há gotejamento de urina mesmo depois de acabar de urinar?” 
- Incontinência de estresse ocorre por diminuição da pressão 
intrauretral. 
- Esses problemas são mais comuns em homens com obstrução 
parcial do trato de saída vesical por causa de hiperplasia prostática 
benigna; também são observados no estreitamento uretral. 
- Os distúrbios do sistema urinário podem gerar dor no abdome ou 
no dorso; os distúrbios da bexiga causam dor suprapúbica. 
- A dor na região abdominal inferior é tipicamente surda e em 
caráter de compressão nos casos de infecção vesical. 
 
 
 
 
 
- Por outro lado, a dor é, com frequência, excruciante quando 
ocorre distensão excessiva e súbita da bexiga; a distensão vesical 
crônica, entretanto, costuma ser indolor. 
- Dor consequente à distensão súbita e exagerada acompanha a 
retenção urinária aguda. 
- A infecção ou irritação da bexiga ou da uretra costumam 
provocar, geralmente, vários sintomas. 
- Com frequência o paciente refere dor à micção, descrita, em 
geral, como sensação de ardência/queimação 
- Alguns médicos descrevem isso como disúria, enquanto outros 
reservam o termo para a dificuldade de micção. 
- As mulheres podem relatar desconforto na parte interna da 
uretra, descrito, às vezes, como compressão ou queimação 
externa causada pelo fluxo urinário que passa pelos grandes lábios 
do pudendo irritados ou inflamados. 
- Os homens referem, tipicamente, sensação de ardência na região 
proximal à glande peniana. 
- Por outro lado, a dor prostática é percebida no períneo e, 
ocasionalmente, no reto. 
- Micção dolorosa acompanha cistite ou uretrite e infecções 
urinárias. 
- Se houver disúria, considere também cálculos vesicais, corpos 
estranhos, tumores; e prostatite aguda. 
- Em mulheres, a queimação interna ocorre na uretrite e a externa, 
na vulvovaginite. 
- A urgência urinária é um desejo de urinar extremamente intenso 
e imediato, ocasionando às vezes micção involuntária ou 
incontinência por urgência. 
- Pergunte sobre calafrios ou febre correlatos, sangue na urina 
(hematúria) ou dor no abdome, no flanco ou no dorso. 
- Os homens com obstrução parcial do fluxo urinário relatam, com 
frequência, hesitação para iniciar o jato urinário, esforço miccional, 
redução do calibre e da força do jato urinário ou gotejamento ao 
término da micção. 
- Urgência urinária sugere infecção ou irritação vesical. 
- O termo poliúria designa o aumento significativo do volume urinário 
de 24 h, definido, aproximadamente, como superior a 3 l. 
- A poliúria deve ser diferenciada da polaciúria, que pode se associar 
à eliminação de grandes volumes de urina, observada na poliúria, ou 
de pequenos volumes, encontrada nas infecções. 
 
 
Rebeka Freitas 
- O termo noctúria designa o aumento da frequência urinária à 
noite, às vezes definida pelo fato de o paciente acordar mais de 
uma vez para urinar; os volumes urinários podem ser grandes ou 
pequenos. 
- A polaciúria sem poliúria diurna ou noturna sugere distúrbio vesical 
ou obstrução ao fluxo no colo vesical ou abaixo dele. 
- Se o paciente relatar incontinência urinária, pesquise as 
circunstâncias e a frequência com que ela ocorre. 
- Descubra se o paciente elimina pequenos volumes de urina por 
aumento da pressão intra-abdominal (durante tosse, espirro, riso 
ou ao levantamento de objetos pesados) ou tem dificuldade de reter 
a urina uma vez que tenha apresentado a necessidade de urinar. 
- A eliminação é de grande volume de urina? O paciente apresenta 
sensação de plenitude vesical, extravasamento involuntário 
frequente de urina, ou elimina pequenos volumes, porém com 
dificuldade para esvaziar a bexiga? 
- O controle vesical envolve complexos mecanismos 
neurorreguladores e motores. 
- Diversas lesões nervosas centrais ou periféricas podem afetar 
a micção normal. 
- O paciente consegue perceber quando a bexiga está cheia? Que 
a micção está ocorrendo? 
- Embora existam quatro categorias gerais de incontinência, o 
paciente pode apresentar uma combinação de causas. 
- O estado funcional do paciente pode ter um impacto significativo 
no comportamento miccional, mesmo quando o sistema urinário está 
íntegro. 
- O paciente tem mobilidade? Está lúcido? Tem capacidade de 
responder às solicitações miccionais e de ir até o banheiro? A 
lucidez e a micção são influenciadas pelos medicamentos em uso? 
- Hematúria: Um volume menor de sangue pode tingir a urina e 
torná-la rosada ou acastanhada. 
- Nas mulheres, certifique-se de fazer o diagnóstico diferencial 
entre sangue menstrual e hematúria. 
- Se a urina estiver avermelhada, pergunte a respeito da ingestão 
de beterraba ou de medicamentos capazes de alterar a cor da 
urina. 
- Teste a urina com uma fita reagente apropriada ou faça o exame 
microscópico antes de diagnosticar hematúria. 
- Os distúrbios do sistema urinário também podem causar dor renal, 
frequentemente relatada como dor no flanco, no rebordo costal 
posterior ou abaixo dele, próximo ao ângulo costovertebral. 
- A dor pode irradiar-se para frente, na direção do umbigo. A dor 
renal é do tipo visceral, provocada geralmente pela distensão da 
cápsula renal e, tipicamente, é surda, vaga e constante. 
- A dor de origem ureteral é muito diferente. Ela é, em geral, 
intensa e sentida como cólica, e costuma se originar no ângulo 
costovertebral, circundando o tronco até atingir o quadrante 
inferior do abdome ou, às vezes, a região superior da coxa, os 
testículos ou os lábios do pudendo. 
 
 
 
 
 
 
 
- A dor ureteral é secundária à distensão súbita do ureter e 
acompanha distensão da pelve renal. Verifique se há febre, 
calafrios ou hematúria associada. 
- Dor renal, febre e calafrios ocorrem na pielonefrite aguda; cólica 
renal ou ureteral é causada por obstrução súbita do ureter, como 
nos casos de cálculos urinários ou coágulos sanguíneos. 
EXAME FÍSICO 
-A ausculta o abdome deve ser feita antes de efetuar a percussão 
ou a palpação, porque essas manobras modificam a frequência dos 
sons intestinais e outros. 
- Se o paciente for hipertenso, deve-se auscultar o epigástrio e os 
quadrantes superiores do abdome à procura de sopros. 
- Em uma fase posterior do exame, quando o paciente estiver 
sentado, deve-se auscultar também os ângulos costovertebrais. 
- Sopros epigástricos restritos à sístole são normais. 
-Um sopro com componentes sistólicos e diastólicos em uma dessas 
regiões é muito sugestivo de estenose da artéria renal como causa 
da hipertensão arterial. 
- Embora os rins sejam órgãos retroperitoneais e habitualmente 
não sejam palpáveis, o aprendizado das técnicas de exame ajuda a 
diferenciar rins aumentados de tamanho de outros órgãos e de 
massas abdominais. 
 • Palpação do rimesquerdo 
- Passe para o lado esquerdo do paciente. Coloque sua mão direita 
nas costas do paciente, logo abaixo e paralelamente à 12a costela, 
e com as pontas de seus dedos apenas tocando o ângulo 
costovertebral. 
- Eleve a mão, tentando deslocar o rim para frente. Coloque a mão 
esquerda, com cuidado, no quadrante superior esquerdo, lateral e 
paralelamente ao músculo reto do abdome. 
Rebeka Freitas 
- Solicite ao paciente que respire fundo. No pico da inspiração, 
aperte sua mão esquerda firme e profundamente no quadrante 
superior esquerdo, logo abaixo do rebordo costal, e tente 
“capturar” o rim entre as suas duas mãos. 
- Solicite ao paciente que expire e, depois, prenda a respiração por 
um breve período. Libere lentamente a pressão, procurando ao 
mesmo tempo sentir o rim voltando para a sua posição expiratória. 
- Se o rim for palpável, descreva o seu tamanho, contorno e se há 
hipersensibilidade. 
- Uma alternativa consistiria em tentar palpar o rim esquerdo com 
um método semelhante ao usado na palpação do baço. De pé à 
direita do paciente, com a mão esquerda, segure o paciente de 
modo a elevar o flanco esquerdo dele, e, com a mão direita, palpe 
profundamente o quadrante superior esquerdo. Solicite ao paciente 
que respire fundo e pesquise a existência de massas. O rim 
esquerdo normal raramente é palpável. 
 
 
 
 
 
 
• Palpação do rim direito 
- Para capturar o rim direito, retorne para o lado direito do 
paciente. Tente elevar o rim com a mão esquerda por trás das 
costas do paciente e com a mão direita palpe profundamente o 
quadrante superior esquerdo do abdome. Repita as manobras 
anteriores. 
- O rim direito normal pode ser palpável, especialmente em pessoas 
magras e com bom relaxamento muscular. Ele pode ou não ser 
discretamente doloroso à palpação. 
- O paciente costuma, em geral, sentir a sua captura e liberação. 
Ocasionalmente, o rim direito está localizado mais anteriormente 
que o habitual e, nesses casos, precisa ser diferenciado do fígado. 
- A borda hepática, quando palpável, tende a ser mais bem definida 
e a se estender mais medial e lateralmente, não sendo “capturada” 
pela mão do examinador. O polo inferior do rim é arredondado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Pesquisa de punhopercussão dolorosa 
- A dor pode ser detectada durante a palpação abdominal, mas 
deve também ser pesquisada nos dois ângulos costovertebais. 
- A simples compressão da região com as pontas de seus dedos 
pode ser suficiente para desencadear dor, mas, se isso não 
ocorrer, recorra à punhopercussão. 
- Coloque a mão espalmada sobre o ângulo costovertebral e, a 
seguir, desfeche um golpe com a superfície ulnar de seu punho. 
- Use apenas força suficiente para produzir abalo/vibração 
perceptível, porém indolor. 
- Dor à compressão ou à punhopercussão sugere pielonefrite, mas 
também pode ter uma causa musculoesquelética. 
- Para não cansar desnecessariamente o paciente, essa parte da 
avaliação pode ser incluída no exame do dorso ou da parte posterior 
do tórax. 
 
 
 
 
 
 
 
• Bexiga 
- A bexiga normalmente não pode ser examinada, a menos que 
esteja distendida e ultrapasse a sínfise pubiana. 
- A cúpula da bexiga distendida tem um aspecto liso e arredondado 
na palpação. Pesquise a existência de dor à palpação e utilize a 
percussão para identificar macicez e determinar a altura da bexiga 
em relação à sínfise pubiana. 
- O volume vesical tem de ser de 400 a 600 ml para ser detectada 
macicez à percussão.

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