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Histologia da ATM

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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA BUCAL – BÁRBARA ALBUQUERQUE AZEVEDO 
ATM 
INTRODUÇÃO 
o Articulação bilateral do tipo diartrose 
(sinovial, móvel). 
o Realiza movimentos complexos. 
→ Abertura e fechamento. 
→ Lateralidade. 
→ Anteroposterior. 
o Componentes: 
→ Cabeça e colo do côndilo da 
mandíbula. 
→ Fossa glenoide e a eminência 
articular da porção escamosa do osso 
temporal. 
→ Disco articular. 
→ Espaços supra e infra discais. 
→ Membrana sinovial. 
→ Cápsula articular. 
→ Ligamentos associados. 
DESENVOLVIMENTO 
o 8 semana: condensação ectomesenquimal 
a partir da qual se origina uma cartilagem hialina, 
que constituirá o côndilo. 
→ Formação da fossa glenoide e da 
eminência articular por ossificação 
intramembranosa. 
o 12 semana: mioblastos iniciam a formação 
dos músculos pterigoideos laterais. 
o 13 semana: diferenciação das células em 
fibroblastos na cabeça do côndilo. 
→ Surgimento dos espaços supra e 
infra discais. 
→ Fibroblastos formam colágeno, que 
constitui o disco articular. 
o 14 semana: ossificação endocondral na 
cartilagem do côndilo. 
→ Condensação dos fibroblastos: 
cápsula articular. 
o Entre a 18 e 20 semana: fossa glenoide e 
eminência articular do temporal adquirem um 
contorno semelhante ao definitivo, após o qual a 
membrana sinovial aparece. 
→ 20 semana: funcional. 
o Crescimento dos componentes da 
articulação depende dos movimentos leves 
realizados na vida intrauterina. 
ESTRUTURA 
ELEMENTOS ÓSSEOS 
o A ossificação endocondral persiste no 
côndilo durante o crescimento do indivíduo. 
o Articulação de um jovem até 20 anos: 
→ Tecido conjuntivo denso: avascular, 
fibras colágenas e escassos fibroblastos. 
→ Camada de células indiferenciadas: 
diferenciação em fibroblastos ou 
condroblastos. 
→ Cartilagem hialina: ossificação 
endocondral para o crescimento do 
ramo da mandíbula e do côndilo. 
→ Osso. 
o No côndilo, os condrócitos em multiplicação 
se apresentam desordenados, sem adotar a típica 
aparência de pilhas de moedas observada nas 
zonas de cartilagem seriada dos discos epifisários 
dos ossos longos. 
o Articulação de indivíduos adultos: 
→ Tecido conjuntivo denso: avascular, 
fibras colágenas e escassos fibroblastos. 
→ Camada de células indiferenciadas: 
diferenciação em fibroblastos ou 
condroblastos. 
→ Fibrocartilagem: origina-se após o 
término da ossificação endocondral. 
→ Osso. 
o O revestimento articular do osso temporal 
é semelhante ao do côndilo de adulto. 
o Enquanto as demais articulações têm suas 
estruturas ósseas recobertas apenas por 
cartilagem hialina, na ATM, a superfície é recoberta 
por uma camada de células indiferenciadas e por 
outra de tecido conjuntivo muito denso. 
o O osso do côndilo apresenta uma 
organização lamelar característica, com áreas 
esponjosas e compactas. 
DISCO ARTICULAR 
o A região funcional do disco tem estrutura 
semelhante ao revestimento articular do côndilo e 
do osso temporal. 
o Dividido em porção anterior e posterior. 
o Porção anterior: constituída por tecido 
conjuntivo denso, avascular, com fibroblastos e 
algumas células indiferenciadas. 
o Porção posterior: tecido conjuntivo menos 
denso, avascular. 
o Funde-se com a cápsula nas suas 
extremidades medial e lateral. 
o Porção anterior se insere na borda da 
eminência articular do temporal e no côndilo, e tem 
a presença do músculo pterigoideo lateral. 
o Acompanha os movimentos do côndilo 
durante os movimentos mandibulares. 
o Porção posterior é mais espessa e continua 
na região mais posterior com um tecido conjuntivo 
frouxo muito vascularizado e inervado, 
denominado zona bilaminar. 
→ Lâmina inferior: mais delgada e se 
insere no colo do côndilo. 
→ Lâmina superior: mais espessa e 
muito inervada e se insere nas fissuras 
escamosotimpânica e petroescamosa 
do osso temporal. 
o Por ser a região bilaminar muito 
vascularizada e inervada, o paciente pode sentir 
dor quando, em alguma alteração patológica da 
articulação, a mandíbula é posicionada mais 
posteriormente. 
MEMBRANA SINOVIAL 
o Reveste a superfície interna da capsula 
articular. 
o Relaciona-se com as duas cavidades da 
articulação, supra e infradiscais. 
o Camada intima (superficial): células F, 
semelhantes a fibroblastos, que sintetizam 
proteínas, glicoproteínas e proteoglicanos, e células 
M, semelhantes a macrófagos, que fagocitam. 
o Camada subíntima: numerosos vasos 
sanguíneos e linfáticos e quase nenhuma célula. 
o Líquido sinovial: o plasma se dirige da 
camada subíntima para o espaço articular e, ao 
passar pela camada íntima, as células F juntam 
suas substâncias secretadas. 
o O líquido sinovial é responsável pela 
nutrição dos revestimentos articulares do côndilo e 
do temporal e do disco articular (elementos intra-
articulares). 
CÁPSULA ARTICULAR 
o Tecido conjuntivo denso vascularizado que 
envolve as estruturas da articulação descritas. 
o Reforçada lateralmente pelo ligamento 
temporomandibular e se une ao osso temporal. 
LIGAMENTOS ASSOCIADOS 
o Muito resistentes e inextensíveis. 
o Tecido conjuntivo denso modelado, fibras 
colágenas compactamente dispostas, alguns 
fibroblastos e poucas fibras elásticas. 
o Apenas o temporomandibular estabelece 
associação direta com a articulação. 
o Ligamento temporomandibular: origina-se 
no tubérculo articular da raiz do arco zigomático 
do osso temporal e se insere no colo do côndilo. 
o Ligamento estilomandibular: insere-se no 
processo estiloide e se dirige para o ângulo da 
mandíbula. 
o Ligamento esfenomandibular: origina-se na 
espinha do esfenoide e se insere na língula do 
forame mandibular. 
SUPRIMENTO VASCULAR E NERVOSO 
o Suprimento sanguíneo arterial: ramo 
auricular profundo da artéria maxilar interna. 
o Retorno venoso: plexo pterigoideo. 
o Inervação sensorial: ramos do nervo 
mandibular. 
→ Maior parte: ramo 
auriculotemporal. 
→ Regiões anteriores: ramo temporal 
profundo posterior, massetérico e 
pterigoideo lateral. 
o Receptores sensoriais e terminações 
nervosas livres em todos os elementos articulares. 
o Mecanorreceptores: cápsula articular. 
o A inervação autonômica simpática provém 
de neurônios localizados no gânglio cervical 
superior, e a inervação parassimpática da 
articulação provém do gânglio ótico.

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