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Interação Medicamentosa

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1 Emanuel Antonio Lopes Domingos Turma 103 – Medicina UFES 
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA – FARMACOLOGIA 
Interação medicamentosa é o evento clínico em que os efeitos de um fármaco 
são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum 
agente químico ambiental. Tal evento constitui causa comum de efeitos 
adversos. 
CLASSIFICAÇÃO DAS INTERAÇÕES 
MEDICAMENTOSAS 
 
OBS: É importante ressaltar que nem sempre uma interação 
medicamentosa será ruim. Existem interações, inclusive, que são usadas em 
prol da terapia. 
INTERAÇÕES NA FARMACOCINÉTICA: 
- Na absorção:
- Alteração do pH gastrointestinal: existem medicamentos que
fazem essa alteração, e comprometem a absorção de diversas drogas
que dependem de um pH ácido para serem absorvidas. Ou até facilitam
a absorção de drogas, em um pH mais elevado, por exemplo.
- Adsorção, quelação e outros mecanismos de complexação;
- Alteração na motilidade gastrointestinal;
- Má absorção causada por fármacos: quando alguns medicamentos
interferem em carreadores de outras drogas, prejudicando a sua
absorção.
- Na distribuição:
- Competição na ligação a proteínas plasmáticas: Por exemplo, se
duas drogas que tem boa taxa de ligação à albumina forem
administradas juntas, elas competirão entre si. A que tiver uma maior
afinidade, se ligará mais, e, portanto, terá um efeito maior se
comparado à outra, que terá uma porção maior da sua fração livre se
comparado à primeira. Ambas terão efeito reduzido e fração livre
2 Emanuel Antonio Lopes Domingos Turma 103 – Medicina UFES 
aumentada se comparadas com suas respectivas administrações 
isoladas. 
- Hemodiluição com diminuição de proteínas plasmáticas: Por
exemplo, uma grande administração de soro ao paciente ou uma
anemia importante.
- Na biotransformação: São interações que agem na:
- Indução enzimática: Ocorrerá uma metabolização mais rápida de
uma droga.
- Inibição enzimática: Ocorrerá um aumento da meia-vida da droga.
- Na excreção:
- Alteração no pH urinário.
- Alteração na excreção ativa tubular renal.
- Alteração no fluxo sanguíneo renal.
- Alteração na excreção biliar e ciclo êntero-hepático.
INTERAÇÕES NA FARMACODINÂMICA: 
Ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, envolvendo os mecanismos pelos 
quais os efeitos desejados e indesejados se processam. O efeito resulta da 
ação dos fármacos envolvidos no mesmo receptor ou enzima. Em 
outras palavras, o alvo de dois ou mais medicamentos é o mesmo. 
Exemplo: O alvo do benzodiazepínico é o mesmo do receptor GABA do 
fenobarbital. A interação dos dois juntos leva a um aumento da depressão 
neuronal. Portanto, deve-se tomar muito cuidado ao se associar essas duas 
drogas pois há o risco de ocasionar uma depressão respiratória no paciente. 
INTERAÇÕES DE EFEITO: 
Ocorre quando dois ou mais fármacos em concomitante têm ações 
farmacológicas similares ou opostas. Dessa forma, podem produzir 
sinergias ou antagonismos sem modificar a farmacocinética ou o 
mecanismo de ação dos fármacos envolvidos. 
 
3 Emanuel Antonio Lopes Domingos Turma 103 – Medicina UFES 
Exemplo 1: Quando se associa dois antibióticos, que atuam com mecanismo 
de ação diferente, mas com o mesmo objetivo de conter uma infecção. Aqui 
essa interação desenvolveria um efeito sinérgico. 
Exemplo 2: Em um paciente que se intoxicou com benzodiazepínicos, 
existem drogas que vão ter um efeito antagônico. Ou seja, vão ser capaz de 
frear o efeito tóxico desencadeado pela primeira droga. 
 
INTERAÇÕES FARMACÊUTICAS: 
Também chamadas de incompatibilidade medicamentosa. Ocorrem in vitro, 
isto é, antes da administração dos fármacos no organismo, quando se 
misturam dois ou mais deles numa mesma seringa, equipo de soro ou outro 
recipiente. Devem-se a reações físico-químicas. 
 
OBSERVAÇÕES: 
É frequentemente difícil detectar uma interação medicamentosa, sobretudo 
pela variabilidade observada entre pacientes. Muitas interações são 
dependentes de dose, nesses casos, a dose do medicamento indutor da 
interação poderá ser reduzida para que o efeito sobre o outro medicamento 
seja minimizado. 
Em muitas situações, em que são administrados medicamentos que 
interagem entre si os pacientes necessitam apenas serem monitorados com o 
conhecimento dos potenciais problemas causados pela interação. O médico 
deve antecipar combinações potencialmente perigosas de medicamentos 
(clinicamente significativas) e o paciente pode ser alertado para observar 
sinais e sintomas que denotem um efeito adverso. 
Os medicamentos mais associados à ocorrência de efeitos perigosos quando 
sua ação é significativamente alterada são aqueles com baixo índice 
terapêutico (ex.: digoxina, fenitoína, carbamazepna, aminoglicosídeos, 
varfarina, teroifilina, lítio e ciclosporina) e os que requerem controle 
cuidadose de dose (ex.: anticoagulantes, anti-hipertensivos ou 
antidiabéticos). 
Pacientes com múltiplas doenças, com disfunção renal ou hepática, e aqueles 
que fazem uso de muitos medicamentos são os mais suscetíveis. A população 
idosa frequentemente se enquadra nesta descrição. Uma interação conhecida 
não necessariamente ocorrerá na mesma intensidade em todos pacientes. 
4 Emanuel Antonio Lopes Domingos Turma 103 – Medicina UFES 
Os profissionais de saúde devem estar atentos às informações sobre 
interações medicamentosas e devem ser capazes de descrever o resultado da 
potencial interação e sugerir intervenções apropriadas. Porém, é quase 
impossível lembrar de todas as interações medicamentosas conhecidas e de 
como elas ocorrem. 
EXEMPLOS DE INTERAÇÕES COMUNS: 
- Ácido Acetilsalicico (AAS) X Omeprazol: ocorre uma dissolução mais
rápida do revestimento entérico dos salicilatos revestidos, potencializando
os efeitos secundários gástricos dos salicilatos.
- Ácido Acetilsalicico (AAS) X Ibuprofeno: ocorre uma redução dos efeitos
terapêuticos de ambos. Trata-se de uma interação farmacodinâmica
antagônica. Há inibição competitiva pelo sítio de ligação com a
cicloxigenase.
OBS: Os sites e programas usados para testar interações medicamentosas 
são desenvolvidos nos EUA. Nesse país, não há uso de dipirona e, 
portanto, não é possível ver as interações com essa droga. Nesses casos, 
o que deve ser feito é utilizar o ibuprofeno para simular as interações, já 
que este possui características um tanto semelhante com a dipirona. 
- Ácido fólico x Fenitoína: há uma diminuição da eficácia da fenitoína. 
O mecanismo é ainda desconhecido.
- Amitriptilina x Carbamazepina: ocorre inibição da ação da amitriptlina 
e potencialização da carbamazapina. Essa interação se dá por competição por 
vias de metabolização (Interação farmacocinética na depuração) e indução 
enzimática por parte da carbamazepina.
- Antimicrobianos x ACO: diminuição da eficácia contraceptiva. Todo 
aquele ciclo de anticoncepcionais está com a eficácia comprometida e não 
apenas durante o uso dos antimicrobianos. O mecanismo de ação se dá pela 
redução de enzimas hidrolíticas produzidas pela flora, importantes na 
recirculação entero-hepática dos ACO.
- Fluconazol x Estatinas: aumento do risco de miopatia. O mecanismo de 
ação se dá por aumento dos níveis plasmáticos de sinvastatina por inibição 
de sua metabolização. (Interação farmacocinética na biotransformação). 
 
5 Emanuel Antonio Lopes Domingos Turma 103 – Medicina UFES 
- Glibenclamida x Hidroclorotiazida: Diminuição da eficácia da 
glibenclamida e hiponatremia. MA: Hidroclorotiazida diminui a 
sensibilidade dos receptores teciduais de insulina. A glibenclamida 
potencializa o efeito de perda de potássio. (Interação de efeito). 
 
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