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Saúde pública (SUS)

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➥ É o conjunto de ideias, que nasceu na luta 
contra a ditadura, que queria mudanças necessárias 
na saúde. 
 ➥ Não restringia apenas o setor de saúde, eram 
médicos e outros profissionais que queriam a 
melhoria de vida da população, então desenvolveram 
testes e integraram discussões políticas. Entre os 
políticos que se dedicaram a essa luta, está o 
sanitarista Sérgio Arouca., que foi líder e era 
presidente da Fiocruz. 
 ➥ Esse processo teve como marco institucional a 
8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. 
 ➥ As propostas da reforma sanitária resultaram 
na universalidade do direito da saúde, oficializado com 
a Constituição Federal de 1988 e a criação do 
Sistema Único de Saúde (SUS) 
 ➥ Em uma reunião na organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS), em Brasília, esse 
grupo de pessoas onde estava Sergio Arouca foi 
chamado de forma pejorativa de “Partido Sanitário” 
 ➥ Aborda o histórico cultural de saúde que 
aquela população passou e vem passando. Esses 
debates foram feitos nas próprias universidades e 
acabou sendo oficializado a saúde sanitária, coletiva, 
todas as disciplinas no departamento de saúde. 
 
 ➥ Em 1986 foi criada a 8ª Conferencia Nacional 
de Saúde e lançaram diretrizes para esse sistema 
descentralizado e único. 
 ➥ A saúde é vista como dever do Estado. 
 ➥ Foi um dos momentos mais importantes para 
a definição do SUS e debateu três principais temas: 
 • “A saúde como dever do Estado e direito do 
cidadão.” 
 • “ A reformulação do Sistema Único de 
Saúde” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 • “ O financiamento setorial” 
 ➥ Teve a participação de técnicos, gestores e 
sociedade. 
 ➥ O relatório destaca a relação da formação do 
Sistema Único de Saúde, coordenado por um único 
ministério. 
 ➥ Princípios: 
 • Reconhecimento da saúde como direito de 
todos e dever do Estado 
 • Ampliação do conceito de saúde 
 • Participação popular 
 
 ➥ A Constituição Federal de 1988 foi quem criou 
o sus e foi regulamentado pelas leis 8.080/90 e 
8.142/90. 
 ➥ 
 • todas as pessoas passaram a ter direito de 
acesso as ações e serviço de saúde, serviços esses 
quais eram restritos aos indivíduos segurados a 
previdência social ou aquele que era atendido em 
rede privada. 
 ➥ 
 • tem o objetivo de diminuir as desigualdades 
sociais. Tratar desigualmente os desiguais, investindo 
onde a carência é maior. 
 ➥ 
 • as pessoas tem direito de serem atendidas no 
conjunto de suas necessidades, seja ela individual ou 
coletiva. O SUS deve promover ações destinadas a 
promoção de saúde, prevenção de doenças, 
tratamentos e prevenções. 
 
 
➥ 
 • Serviços organizados em níveis de 
VII Conf. Nacional de Saúde 
 Reforma sanitária 
 Princípios doutrinários 
 Princípios organizativos 
@dicas.demed 
complexidade e dispostos em área definida com 
população definida. 
➥ 
 • Redistribuição de responsabilidade cabendo ao 
município assumir a gestão local das ações de saúde 
➥ 
 • Participação da sociedade que se concretiza 
através de Conselhos de Saúde e das Conferências 
de Saúde. 
 
I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde 
em todos os níveis de assistência; 
II - Integralidade de assistência, entendida como 
conjunto articulado e continuo das ações e serviços 
preventivos e curativos, individuais e coletivos, 
exigidos para cada caso em todos os níveis de 
complexidade do sistema; 
111 - Preservação da autonomia das pessoas na 
defesa de sua integridade física e moral; 
1V - Igualdade da assistência a saúde, sem 
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. 
V - Direito a informação, as pessoas assistidas sobre 
sua saúde. 
V1 - Divulgação de informações quanto ao potencial 
dos serviços de saúde e sua utilização. 
V11 - Utilização da epidemiologia para o 
estabelecimento de prioridades, a alocação de 
recursos e a orientação programática, a alocação de 
recursos e a orientação programática.; 
V111 - Participação da comunidade; 
1X - Descentralização político administrativa, com 
direção única em cada esfera de governo: 
a) Ênfase na descentralização dos serviços para os 
municípios 
b) Regionalização e hierarquização da rede de 
serviços de saúde. 
X- Integração em nível executivo das ações de 
saúde, meio ambiente e saneamento básico. 
X1 - Conjugação dos recursos financeiros, 
tecnológicos, materiais e humanos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na 
prestação de serviços de assistência à saúde da 
população. 
X11- Capacidade de resolução dos serviços em todos 
os níveis de assistência. 
X111 - Organização dos serviços públicos de modo a 
evitar duplicidade de meios para fins idênticos 
 
 
 
 
➥ ( ) 
 • definiu que a saúde é direito de todos e 
dever do Estado. 
➥ ( ) 
 • São as leis que regulamentarizam o SUS: lei 
8080/90 e Lei 8.142/90 (Dispõe sobre a participação 
da comunidade na gestão do Sistema Único de 
Saúde (SUS) e sobre as transferências 
intergovernamentais de recursos financeiros na área 
da saúde e dá outras providências.) 
 • Dispõe sobre as condições para a promoção, 
proteção e recuperação da saúde, a organização e 
o funcionamento dos serviços correspondentes e dá 
outras providências. 
➥ 
( ) 
 • promove maior equidade na alocação de 
recursos e no acesso da população às ações e 
serviços de saúde em todos os níveis de atenção. 
 • estabelece o processo de regionalização 
como estratégia de hierarquização dos serviços de 
saúde e de busca de maior equidade. 
 ➥ ( ) 
 • propõe a regulamentação da 
descentralização. 
 • estabelece diferentes níveis de gestão, do 
Estado (gestão parcial e condição de gestão 
semiplena), dos municípios (gestão incipiente, parcial 
e semiplena). 
➥ ( ° ) 
 • foi uma alteração na Constituição Federal 
que teve como objetivo determinar os percentuais 
aplicados pela União, estados e Municípios. nos 
serviços de saúde. 
➥ 
 • é um conjunto de reformas institucionais do 
SUS junto com as esferas de gestão (União, Estados 
e Municípios) com o objetivo de promover 
inovações nos processos e instrumentos de gestão, 
visando alcançar maior eficiência e qualidade das 
respostas do SUS. 
 • Pacto pela vida: 
 ➬ É o compromisso entre os gestores do 
SUS em torno de prioridades que apresentam 
impacto sobre a situação de saúde da população 
 Arcabouço jurídico do SUS 
 Princípios da lei 8.080/90 
@dicas.demed 
brasileira. A definição de prioridades deve ser 
estabelecida por meio de metas nacionais, estaduais, 
regionais ou municipais. 
 ➬ Saúde do idoso 
 ➬ Controle do câncer do colo de útero e 
mama 
 ➬ Redução da mortalidade infantil e materna 
 ➬ Fortalecimento da capacidade de resposta 
as doenças emergentes e endemias, com ênfase na 
dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; 
 ➬ Fortalecimento da Atenção Básica 
 • Pacto de gestão do SUS 
 ➬ Estabelece as responsabilidades claras de 
cada ente federado de forma a diminuir as 
competências concorrentes e a tornar mais claro 
quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o 
fortalecimento da gestão compartilhada e solidária 
do SUS 
 ➬ Financiamento: Atenção básica, vigilância 
em saúde, assistência farmacêutica, gestão do sus e 
atenção de média e alta complexidade. 
 ➬ Promoção da cidadania como estratégia de 
mobilização social tendo a questão da saúde como 
direito. 
 ➬ A repotização da saúde, como movimento 
que retoma a Reforma Sanitária, atualizando as 
discussões em torno dos desafios atuais do SUS. 
 ➬ Garantia de financiamento de acordo com 
as necessidades do Sistema. 
 • Pacto de defesa do SUS 
 ➬ Envolve ações concretas e articuladas pelas 
três instâncias federativas no sentido de reforçar 
o SUS como política deEstado mais do que política 
de governos; e de defender, vigorosamente, os 
princípios basilares dessa política pública, inscritos na 
Constituição Federal. 
 ➬ Fortalecimento dos princípios de 
regionalização 
 ➬ A qualificação do processo de 
descentralização e ações de planejamento e 
programação. 
 ➬ Mudanças no financiamento 
 ➬ Definiu com clareza a responsabilidade de 
cada esfera do governo. 
➥ / 
 • Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de 
setembro de 1990, para dispor sobre a organização 
do SUS, o planejamento da saúde (focado na 
regionalização), a assistência à saúde, articulação 
Interfederativa (articulação entre os federados, é um 
acordo de colaboração COAP, é os contratos, e dá 
outras providências. 
 • Regiões de saúde é o espaço geográfico 
continuo constituído por agrupamentos de 
municípios limítrofes, delimitado a partir de 
identidades culturais, econômicas e sociais de redes 
de comunicação e infraestrutura de transportes 
compartilhados, com a finalidade de integrar a 
organização, o planejamento e a execução de ação 
e serviço de saúde. Vão ser referência para as 
transferências de recursos entre os entes Inter 
federativos. 
 • Para ser considerada uma região de saúde, 
tem que ter pelo menos: atenção primária, urgência 
e emergência, atenção psicossocial e ambulatorial 
especializada, e hospitalar e vigilância em saúde. 
Em relação a organização do SUS, esse decreto 
traz a importância da atenção primaria ser a porta 
de entrada do serviço de saúde, o serviço de 
urgência e emergência, psicossocial, serviços 
especiais de acesso aberto, também podem servir 
como porta de entrada. 
 • Traz também que o planejamento da saúde 
é obrigatório para os entes públicos, levando em 
consideração os aspectos regionais e também tem 
que ser integrado, levando em consideração o mapa 
de saúde (é importante para ver quais os recursos 
humanos e de ações e serviço de saúde são 
ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada) 
 • A assistência à saúde, tem a RENASES é a 
relação nacional de ação e serviço e saúde que vai 
trazer todas as ações e serviços que o SUS vai 
oferecer ao usuário e o RENAME é a relação de 
medicamentos essenciais que o SUS oferece 
 
 
 
 
➥Pode funcionar como uma saúde suplementar; 
➥Mesmo tendo a saúde privada, utiliza os serviços 
públicos, como o SAMU, transfusão de sangue, 
transplante, vacinação, serviço de vigilância sanitária. 
➥A ANS foi criada em 2000, vai regulamentar e 
fiscalizar o setor privado, porem está vinculado ao 
Ministério da Saúde. 
➥A saúde suplementar oferecida pelo setor 
privado, tem em questão: 
 • A medicina em grupo que são empresas 
médicas e odontológicas que vão trabalhar dentro de 
uma estrutura própria, e além do serviço 
administrado, pode associar planos de saúde. 
 • Cooperativas medicas oferecem assistência 
 Setor privado 
@dicas.demed 
aos usuários, através de contatos que podem ser 
coletivos ou individuais e esse lucro vai ser dividido 
entre os cooperados, como por exemplo, a Unimed. 
 • Autogestão são serviços que vão ser 
organizados através de empresas públicas ou 
privadas, por exemplo o CASSI, que vai atender o 
quadro de funcionários de determinado local. 
 • Seguro saúde são serviços de saúde que 
vão operar dentro do serviço de reembolso, vai 
estar aberto a médicos, hospitais, clinicas, etc. 
 
 
 
 
➥Todo esse custo é proveniente das ações 
tributarias dos cidadãos, como impostos e 
contribuições pagas pelos brasileiros ao Estado, 
como IPVA, IPTU, IPI, e as colaborações a seguridade 
social. 
➥Toda essa arrecadação vai compor o orçamento 
da união do Estado e no município. 
➥Com a Constituição Federal (1988), a Lei 8.080/90 
e a Lei 8.142/90 (Leis Orgânicas da saúde), em 1990 
foram definidos os critérios para a distribuição de 
recursos de cada região, como aconteceria o 
repasse de verbas e o investimento de cada esfera, 
desde então nenhum tipo de padrão de contribuição 
foi lançado em que cada governo deveria investir. 
➥A Emenda Constitucional n°29, do ano 
2000 estabeleceu percentuais de contribuição de 
cada esfera, definindo juntamente com a Lei 
Complementar n°141 do ano 2012 os valores mínimos 
a serem aplicados anualmente a União, Estados e 
municípios em ações nos serviços públicos de saúde. 
➥Então, o município contribuiria com 15%, o Estado 
com 12% e a União o investimento do ano anterior 
na saúde + a variação do PIB. 
➥Esses recursos financeiros para a saúde ficam nos 
fundos de Saúde, que recebem, organizam e pagam 
os serviços de saúde 
 • Nacionais (FNS) 
 • Estaduais (FES) 
 • Municipais (FMS) 
➥Todos os governos prestaram alguma 
contribuição para o SUS. 
 • Sarney implantou o SUDS; 
 • Collor sancionou as Leis Orgânicas de saúde; 
 • Itamar criou o Programa Saúde da família 
(PSF) e extinguiu o INAMPS (previdência social) e 
avançou a descentralização; 
 • FHC ampliou o PSF, implantou a política dos 
medicamentos genéricos e organizou a Anvisa e a 
Agência nacional de Saúde Suplementar (ANS), 
responsável pelo setor de plano de saúde. 
 • Lula montou o SAMU e implementou as 
políticas de saúde mental e bucal; 
 • Dilma regulamentou a Lei 8.080/90 e aprovou 
a lei complementar 141 (o que deve ser considerado 
gasto em saúde e fixa os percentuais mínimos de 
investimento na área pela União, Estados e 
Municípios). 
➥ Nenhum deles incorporou a Reforma sanitária 
brasileira como projeto de governo, nem demostrou 
compromisso efetivo com o SUS nos termos 
estabelecidos pelo SUS na Constituição de 1988. 
 
 
 
 
➥ Tinha como objetivo ações no sentido de 
diminuir as diferenças no desenvolvimento 
econômico e social dos países, devendo ser 
estimuladas para que se atingisse a meta de saúde 
para todos no ano 2000, reduzindo-se a diferença 
existente entre o estado de saúde dos países em 
desenvolvimento e desenvolvidos. Naquela ocasião, 
chegou-se ao consenso de que a promoção e 
proteção da saúde dos povos é essencial para o 
contínuo desenvolvimento econômico e social e, 
consequentemente, condição única para a melhoria 
da qualidade de vida dos homens e para a paz 
mundial. O apelo lançado em Alma-Ata foi um marco 
fundamental e representou o ponto de partida para 
outras iniciativas. 
➥ Elementos essenciais para alcançar saúde para 
todos: 
 • 1. Educação dos problemas de saúde 
prevalentes; Prevenção e controle; 
 • 2. Promoção dos suprimentos de alimentos e 
nutrição adequada; 
 • 3. Abastecimento de água e saneamento 
básico apropriado; 
 • 4. Atenção materno-infantil, incluindo 
planejamento familiar; 
 • 5. Imunização contra as principais doenças 
infecciosas; 
 • 6. Prevenção e controle de doenças 
endêmicas; 
 • 7. Tratamento Apropriado das doenças 
comuns e dos acidentes 
 • 8. Distribuição de medicamentos básicos. 
 
 
 
 Financiamento do SUS 
 Declaração Alma-Ata 
@dicas.demed 
 
 
 
➥ Carta de Ottawa de 1986 reafirma a importância 
da promoção à saúde e aponta a influência dos 
aspectos sociais sobre a saúde dos indivíduos e da 
população, caracterizando-se como o processo de 
capacitação da comunidade para atuar na melhoria 
de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma 
maior participação no controle deste processo. 
➥ Reforça o conceito ampliado de saúde e seus 
determinantes para além do setor de saúde, 
englobando conjuntamente as condições biológicas, 
sociais, econômicas, culturais educacionais, políticas e 
ambientais. 
➥ Ficaram definidos como condições e recursos 
fundamentais para saúde: paz, habitação, educação, 
alimentação, alimentação, renda, ecossistema, 
estável, recursos sustável, justiça social e equidade. 
 
 
 
 
➥ Promoção a saúde visa promover mudanças nas 
condições de vida e de trabalho, beneficiando a 
saúde na população. É uma das estratégias do 
setor saúde para buscar a melhoria daqualidade de 
vida da população. 
➥ O objetivo é promover uma gestão 
compartilhada entre usuários, trabalhadores do setor 
sanitário, de outros setores e movimentos sociais. 
➥ As ações devem pautar-se por uma concepção 
holística de saúde voltada para multicausalidade do 
processo saúde-doença. 
➥ Os princípios da promoção da saúde são: 
 • Equidade (tratar desigual os desiguais) 
 • Intersetorialidade (diversos setores 
trabalharem juntos para alcançar os objetivos 
 • Participação social (tanto no sentido de ajudar 
nos processos de saúde como na fiscalização). 
 • Sustentabilidade (é tentar equilibrar o social, o 
ambiental e o financeiro). 
➥ Em 2006 teve a Política Nacional de Promoção 
da Saúde (PNPS), que tinha como estratégia de 
produção de saúde, ou seja, como um modo de 
pensar e operar articulando as demais políticas e 
tecnologias desenvolvidos no sistema de saúde 
brasileiro. 
➥ Ações especificas propostas por essa política: 
 • Divulgação e implementação da Política 
Nacional de Promoção da Saúde; 
 • Alimentação saudável 
 • Prática corporal / Atividade física 
 • Prevenção e controle do tabagismo; 
 • Redução da morbimortalidade (morbidade + 
mortalidade) em decorrência do uso abusivo de 
álcool e outras drogas; 
 • Redução da morbimortalidade por acidentes 
em transito 
 • Prevenção da violência e estimulo a cultura 
de paz 
 • Promoção do desenvolvimento sustentável 
 
 
 
 
➥ Trabalha no sentido de garantir proteção a 
doenças específicas reduzindo sua incidência e 
prevalência nas população. 
➥ Está dividida em níveis de prevenção: 
➥ 
 • A promoção de saúde 
 realizada através de medidas de ordem geral 
 ➬ Exemplo: Palestra sobre o uso do cinto de 
segurança, AIDS, tabagismo., obesidade, alcoolismo... 
 • A proteção específica: 
 ➬ Imunização (vacina) 
 ➬ Saúde ocupacional 
 ➬ Higiene pessoal e do lar 
 ➬ Proteção contra acidentes 
 ➬ Aconselhamento genético 
 ➬ Controle de vetores 
 ➬ Exemplos: análise das condições de trabalho, 
exercícios laboratoriais, método de transferência de 
decúbito..... 
➥ 
 • Diagnóstico precoce 
 ➬ Inquérito para descoberta de casos na 
comunidade 
 ➬ Isolamento para propagação de doenças 
 ➬ Exames periódicos para detecção precoce 
de casos (citologia, mamografia, exame de próstata) 
 ➬ Tratamento para evitar a propagação da 
doença 
 • Limitação da incapacidade 
 ➬ Evitar futuras complicações 
 ➬ Evitar sequelas 
 ➬ Exemplo: rastreamento de câncer de colo 
de útero, orientação de atividade física para diminuir 
chance de desenvolvimento de obesidade. a 
 Carta de Ottawa 
 Promoção de saúde 
 Prevenção da saúde 
@dicas.demed 
reabilitação paciente pós infarto do miocárdio. 
➥ 
 ➬ Reabilitações 
 ➬ Terapia ocupacional 
 ➬ Emprego para o reabilitado. 
 
 
 
 
➥ Para a Comissão Nacional sobre os 
Determinantes Sociais da Saúde (CNDDS), os DSS 
são os fatores sociais, econômicos, culturais, 
étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que 
influenciam a ocorrência de problemas de saúde e 
seus fatores de risco para a população. 
➥ A Organização Mundial de Saúde (OMS) adota 
uma definição mais curta, segundo a qual os DSS 
são as condições sociais em que as pessoas vivem e 
trabalham. 
➥ Entre os diversos paradigmas explicativos para os 
problemas de saúde, predominava a teoria 
miasmática, que conseguia responder as importantes 
mudanças sociais e práticas de saúde observadas no 
âmbito dos novos processos de urbanização e 
industrialização ocorridos naquele momento. Estudos 
como sobre a contaminação da água e dos 
alimentos trouxeram importante reforço para esse 
conceito de miasma e para as ações de saúde 
pública. 
➥ O modelo de Diderichsen e Hallqvist inclui os DSS 
em diferentes camadas: 
 • O primeiro nível, que estão na base, com 
suas características individuais de idade, sexo e 
fatores genéticos que, evidentemente, exercem 
influência sobre seu potencial e suas condições de 
saúde 
 • O segundo nível corresponde as 
comunidades e suas redes de relações. Os laços de 
coesão social e as relações de solidadariedade e 
cofiança entre as pessoas dos grupos são 
fundamentais para a promoção e proteção de 
saude individual e coletiva. Também tem as politicas 
que buscam estabelecer redes de apoio e fortalecer 
a organização e participação das pessoas e da 
comunidade, especialmente os grupos vulneráveis, 
em ações coletivas para a melhoria de suas 
condiçoes de saúde e bem-estar, para que se 
tornem ativos nas decisões sociais. Portanto, destaca 
a influência das redes comunitárias e de apoio, cuja 
maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão 
social que, como vimos, é de fundamental 
importância para a saúde da sociedade como um 
todo. 
 • O terceiro nível se refere as condições de 
vida e de trabalho, buscando assegurar melhor 
acesso a agúa limpa, esgoto, hablitação adequada, 
alimentos saudáveis e nutritivos, emprego seguro e 
realizador, ambientes de trabalho saudáveis, serviço 
de saúde e educação de qualidade. E, está iindicando 
que as pessoas em desvantagem social correm um 
risco diferenciado, criado por condições habitacionais 
mais humildes, exposição a condições mais perigosas 
ou estressantes de trabalho e acesso menor aos 
serviços. 
 • No quarto nível, se refere a atuação dos 
macrodeterminantes, que também interfere nas 
outras camadas, através do mercado de trabalho, 
proteção ambiental e promoção de uma cultura de 
paz e solidariedade, visando promover um 
desenvolvimento sustentável, reduzindo as 
desigualdades sociais e economicas, as violencias e 
degradação ambiental e também os seus efeitos 
causados a sociedade
 
 
 
 
➥ 
 • É um conjunto de regras, princípios ou 
maneira de pensar e se expressar. 
 • Representa as regras que possibilitam as 
pessoas conviverem em sociedade e estabelecerem 
uma relação profissional. 
 • A ética é definida como a explicitação teórica 
do agir humano na busca do bem comum e da 
realização individual. 
 • Faz parte da evolução da civilização, desde 
Sócrates. 
@dicas.demed 
 Determinantes sociais 
 Ética na APS 
 • Atualmente a ética é muito importante, pois 
faz parte do dia a dia da sociedade. Ser ético é 
utilizar valores fundamentais da sociedade em que 
vive, tais como: agir direito, proceder bem sem 
prejudicar os outros, ser honesto em qualquer 
situação, ter coragem de assumir os erros e 
decisões, ser tolerante e flexível. 
➥
 • A ética profissional é um conjunto de normas 
morais pelas quais a pessoa deve orientar o seu 
comportamento na profissão que exerce. 
 • Na formação, a pessoa faz um juramento, 
que significa o seu comprometimento profissional, 
muitas delas são questões morais que se 
apresentam como problemas éticos. 
 • O código de ética profissional é o 
instrumento regulador entre as relações de valor e 
diversos campos da conduta humana, atuando como 
um contrato de classe. 
 • Cada profissional deve ter sua individualidade 
respeitada sua forma de realizar seu trabalho, mas 
deve haver uma norma comportamental para reger. 
Já que muitos exercem a profissão, é preciso que 
haja disciplina para a conduta. 
➥ 
 • Na área da saúde, a ética utilizada na pesquisa 
clínica e nas relações com outras pessoas. 
 • Na medicina, ao contrário de outras 
profissões da área de saúde, o médico não tem um 
profissional ético para compartilhar o seu trabalho, 
sendo o único responsável pelas decisões e 
assumindo o ônus e bônus dessa responsabilidade. 
➥
 • Moral é um conjunto de normas que 
regulam o comportamento do homem em 
sociedade, e essas normas são adquiridas pela 
educação, pela tradição e pelo cotidiano. 
 • Direito estabelece regras de umasociedade 
delimitada pelas fronteiras do Estado, e as leis tem 
uma base territorial, valendo apenas para aquele 
lugar. 
➥
 • É possível orientar-se por quatro princípios: 
 ➬ Beneficência (fazer o bem) 
 ➬ Não maleficência (evitar danos) 
 ➬ Autonomia (a pessoa escolhe) 
 ➬ Justiça (priorizar com equidade)
➥
 • A ética na APS é diferente daqueles 
relacionados a sofisticação tecnológica dos 
hospitais e dos serviços altamente especializados. 
Essa diferença decorre da banalização que os 
aspectos éticos podem sofrer em decorrência da 
proximidade dos profissionais com as pessoas, 
pela continuidade do contato, do atendimento a 
família, dos acessos aos domicílios e a 
participação dos agentes comunitários no 
cuidado.
➥
 • Podem ser agrupados em três categorias: 
 ➬ Problemas éticos na relação dos 
profissionais com as pessoas e com a família na 
APS, como a dificuldade de estabelecer os limites 
de relação entre o profissional-pessoa. 
 ➬ Problemas éticos na relação entre 
integrantes da equipe da APS, como a falta de 
companheirismo, desrespeito entre os 
integrantes, falta de compromisso 
 ➬ Problemas éticos relativos a organização 
e ao sistema de saúde, como falta de estrutura, 
falta de condições. . 
➥
 • Desconhecer os princípios da MFC 
 • Não ter convicção na aplicação pratica 
dos princípios da especialidade 
 • Negligenciar o trabalho em equipe 
 • Banalizar decisões que envolvem a vida 
das pessoas, sem medir as consequências. 
 • Acreditar que as decisões sobre a vida 
dos outros não influenciam a sua própria vida e 
de sua família. 
 • Esquecer que a prestação de um cuidado 
qualificado é o principal objetivo em sua atuação 
junto a pessoas e é um resultado do trabalho em 
equipe. 
 
 
 
 
➥ São combinações tecnológicas e técnicas 
estruturadas para resolver problemas de saúde 
(danos e riscos) que compõem o perfil 
epidemiológico de uma dada população e que 
expressam necessidades sociais de saúde 
historicamente definidos, atendendo necessidade 
de saúde individual e coletiva. 
 
@dicas.demed 
 Modelos assistenciais 
 
➥ São formas de organizações entre os 
profissionais de saúde e usuários, mediados por 
tecnologias (materiais e não materiais), utilizadas 
no processo de trabalho, com o proposito de 
intervir nos problemas e necessidades 
historicamente já definidos. 
➥ 
 • Modelo médico-assistencial privatista 
(individualismo, utilizando a tecnologia para o 
diagnóstico e tratamento das doenças. 
 ➬ Está centrado na figura do médico 
especialista. 
 ➬ As formas de organização são através 
de rede de serviço de saúde, como as clinicas 
médicas e os hospitais, estando focado na 
patologia. 
 ➬ É predominante o curativo, privilegiando 
a doença em sua expressão individualizada, como 
objeto de intervenção. 
 ➬ Está voltado para o atendimento da 
demanda espontânea, Ênfase na assistência 
médico-hospitalar e nos serviços de apoio 
diagnostico e terapêutico 
 ➬ Esse modelo influenciou a formação 
medica durante muitos anos, traz a 
hierarquização do trabalho e saúde 
 • Modelo assistencial sanitarista (coletivo) 
 ➬ O sujeito é o médico sanitarista e sua 
equipe 
 ➬ O objeto de trabalho é o modo de 
transmissão e os fatores de risco das doenças, 
sempre trabalhando de acordo com as 
características epidemiológica. 
 ➬ O meio de trabalho é a tecnologia 
sanitária, por exemplo, uso de álcool, evitar 
aglomerar, usar máscara, etc. 
 ➬ Se organiza através de campanhas 
sanitárias, (campanha de vacinação) programas 
especiais, trabalhando com o suporte de vigilância 
epidemiológica e sanitária, como o novembro 
azul, outubro rosa, setembro amarelo, etc. 
 ➬ Privilegia o controle de certos agravos 
ou de determinados grupos de risco de adoecer 
ou morrer. 
• Modelo assistencial da vigilância da saúde 
 ➬ É o modelo em defesa da vida 
 ➬ Ações programáticas em saúde 
 ➬ Sistema locais de saúde (silos) 
 ➬ O sujeito é a equipe, não apenas o 
médico, todas as áreas da saúde são importantes, 
também tem a participação da população. 
 ➬ O objeto são os danos, os riscos, as 
condições de vida e de trabalho, agentes 
etiológicos, 
 ➬ Os meios de trabalho vão tomar como 
base a situação local de saúde. Utilizando 
tecnologias de comunicação social de 
planejamento e programação local e situacional. 
Também utiliza as tecnologias médico-sanitárias. 
 ➬ As formas de organização são por meio 
das políticas públicas saudáveis, ações 
intersetoriais, intervenções específicas como 
(promoção, prevenção e recuperação), e 
operações sobre problemas e grupos 
operacionais (pessoas com hipertensão, diabetes, 
gestantes) 
 ➬ As características são: 
• Intervenções sobre problemas de saúde (danos, 
riscos e ou determinantes; 
• Ênfase em problemas que requerem atenção 
e acompanhamento contínuos; 
• Operacionalização do conceito de risco; 
• Articulações entre ações de promoção, 
prevenção e curativas; 
• Articulação intersetorial; 
• Ações sobre o território; 
• Intervenção sobre forma de operações. 
 
 
 
 
➥ Apoio matricial é um modelo de cuidados 
colaborativos em que equipes de serviços 
diferentes trabalham de forma integrada no 
cuidado da população. 
➥ 
 • O nome apoio matriarcal deriva da 
concepção de organizações matriciais do campo 
de administração. 
 • Para operacionalizar as diretrizes de 
aumento da vinculação, da corresponsabilização, 
da negociação e da integração na relação entre 
as equipes de saúde, o apoio matricial busca 
personalizar os sistemas de referência e 
contrarreferência, facilitando o contato direto 
entre o profissional encarregado de um 
determinado caso e o especialista de apoio. Além 
disso, propõe a revisão da prática do 
referenciamento e a construção de um sistema 
de compartilhamento e corresponsabilização, que 
Apoio matricial 
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reforce a coordenação das ações entre os 
profissionais e garanta a utilização adequada dos 
recursos especializados. 
 • A decisão deve ser tomada de maneira 
interativa entre o profissional ou equipe de 
referência e o apoiador. 
 • Essas diretrizes são coerentes com 
estudos empíricos que apontam a interferência 
de fatores não clínicos no percurso das pessoas 
entre APS e especializada, como características 
demográficas das pessoas atendidas (gênero e 
raça/etnia) ou qualidade da relação entre os 
profissionais. 
 • O apoio matricial é um modelo 
complementar as estratégias de sistemas 
hierarquizados de saúde, como formulários de 
referência e contrarreferências, centrais de 
regulação e protocolos de acesso, postulado 
como mais adequado para os problemas crônicos 
e multidimensionais comuns na APS. 
 • Quando uma pessoa utiliza de uma ação 
ou serviço ofertado a forma de apoio matricial, 
deve manter o vínculo com sua equipe de 
referência na APS, mesmo que a maior parte 
das intervenções aconteça em outros serviços. 
Não deve haver referenciamentos com 
transferência de responsabilidade. 
 • Para o médico de família e comunidade, a 
transferência de responsabilidade não é total. Ele 
sempre mantém a responsabilidade pelo 
acompanhamento de sua população de 
referência. No planejamento do cuidado, ele tem 
mais capacidade de selecionar a coordenação as 
ações apropriadas entre aquelas disponíveis. 
 • No apoio matricial, os gestores devem ter 
importante papel de sensibilização das equipes, 
mediando conflitos, garantindo pactos e 
manejando situações imprevistas, inclusive com 
oferta de soluções gerenciais e processos 
formativos. 
 • Os apoiadores institucionais devem ainda 
colaborar na integração de setores da gestão 
local, como APS, atenção especializadas 
programas estratégicos e sistemas de 
informação, participando da construção de 
normas, de formas de registroe do 
monitoramento das atividades dos apoiadores. 
➥ 
➥ O apoio matricial busca ao mesmo tempo 
ampliar o acesso à atenção especializada e 
fortalecer a efetividade da APS. 
 • Os apoiadores matriciais devem oferecer 
às equipes de referência (no âmbito do SUS, as 
equipes de saúde da família) uma retaguarda 
assistencial especializada, na forma de 
atendimentos específicos e outras intervenções 
diretas 
 • O sucesso do apoio matricial depende do 
equilíbrio entre esses componentes, da definição 
clara de papéis dos profissionais no cuidado 
compartilhado, do estabelecimento de 
comunicação efetiva entre as equipes e da 
constituição de espaços para gestão conjunta 
das pessoas acompanhada 
 • A composição profissional das equipes de 
apoio matricial é variável, tendo prevalência local 
de problemas em áreas específicas e pelas 
necessidades de apoio das equipes de saúde da 
família, os atendimentos diretos a população varia 
de acordo com a demanda das equipes apoiadas, 
a existência ou não de outros serviços na área 
temática do apoiador e o núcleo profissional do 
apoiador. 
➥ Atividades iniciais de apoio matricial: 
 ➬ Definição de papéis profissionais no cuidado 
compartilhado (inclusive papéis dos gestores 
locais): 
 ➬ Definição conjunta da agenda de reuniões e 
atividades colaborativas 
 ➬ Definição de formas de acesso aos 
atendimentos e outras intervenções diretas do 
apoiador (p. ex., grupos) 
 ➬ Definição de formas de acesso da equipe 
de referência ao apoiador em situações 
imprevistas ou urgentes 
 ➬ Manejo de listas de espera nas áreas 
temáticas dos apoiadores 
 ➬ Definição de fluxos para referenciamento a 
serviços especializados (p. ex., CAPS, 
ambulatórios) 
 ➬ Definição de fluxo para casos recebidos de 
outros serviços e setores (p. ex., hospitais, CRAS) 
 ➬ Discussão de casos e formulação de 
projetos terapêuticos 
 ➬ Atendimentos específicos do apoiador 
(consultas, visitas, grupos) 
 ➬ Atendimentos conjuntos (consultas, visitas, 
grupos) 
 ➬ Atividades de educação permanente 
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 ➬ Construção de formas não presenciais de 
discussão de casos (e-mail, telessaúde) 
 ➬ Construção de critérios de prioridade para o 
apoio 
 ➬ Construção de roteiros de consultas e 
outras ferramentas clínicas e de gestão do 
cuidado 
➥ Problemas comuns na implantação do apoio 
matricial: 
 ➬ Concentração do apoiador em ações 
generalistas superpostas com as da equipe de 
saúde da família com prejuízo da oferta de 
atendimentos específicos 
 ➬ Concentração do apoiador em atividades de 
supervisão próprias dos gestores locais com 
prejuízo à atenção clínica compartilhada com as 
equipes de saúde da família 
 ➬ Concentração do apoiador em 
atendimentos específicos organizados como 
serviço de ambulatório, sem qualificação da 
filtragem de casos, mecanismos de regulação de 
acesso ou gestão da demanda 
 ➬ Ênfase excessiva na realização de atividades 
conjuntas presenciais com as equipes de saúde 
da família, levando a baixo rendimento do apoio 
e/ou à sobrecarga das equipes apoiadas 
 ➬ Ênfase excessiva na necessidade de 
discussão de caso e/ou construção de projetos 
terapêuticos para todos os casos atendidos pelo 
apoiador, gerando gargalos no acesso à atenção 
especializada 
 ➬ Limitação do contato entre apoiadores e 
equipes de referência às reuniões presenciais, 
levando à comunicação pouco efetiva e à baixa 
integração 
 ➬ Suporte ausente ou pouco efetivo da 
gestão local à definição e gestão das atividades 
do apoio matricial, levando à indefinição de 
papéis, ao descrédito da proposta e à tensão por 
atendimentos em modelo. 
➥ 
 • Apesar do tempo de experiência e da 
ampla penetração da proposta no âmbito do 
SUS, as evidências sobre efetividade do apoio 
matricial ainda são inconsistentes. A grande 
maioria dos estudos publicados sobre apoio 
matricial é descritiva ou exploratória. Algumas 
avaliações qualitativas de experiências locais, em 
geral baseadas em entrevistas com profissionais, 
apontam benefícios do apoio matricial na 
detecção de transtornos mentais, no acesso a 
tratamentos e na capacitação das equipes de 
APS. 
 • As experiências descritas variam em 
relação ao serviço de onde é oferecido o apoio, 
aos profissionais participantes ou ao grau de 
responsabilidade do apoiador por atendimentos 
específicos, mas têm em comum o encontro 
presencial entre os profissionais, com utilização 
variável de discussão de casos, atendimentos 
conjuntos e educação permanente, e a 
regulação do acesso, com definição de 
prioridades para atendimento especializado. A 
análise dessas e de outras experiências bem 
documentadas pode gerar informações sobre 
barreiras e facilitadores para implantação e sobre 
efeitos do apoio na APS, apontando caminhos 
para o desenvolvimento do modelo. 
➥
 • O apoio matricial agrega elementos de 
modelos internacionais de integração entre 
especialistas e profissionais de APS com um 
conjunto de princípios e diretrizes singulares, 
podendo ser considerado o principal modelo 
brasileiro de cuidados colaborativos. 
 • O termo cuidados colaborativos é usado 
para descrever modelos de integração distintos, 
que se baseiam nos princípios do manejo de 
doenças crônicas e agregam elementos de 
outras estratégias de integração, como a 
consultoria de ligação. 
 • O objetivo é desenvolver relações de 
trabalho mais próximas entre APS e especialistas, 
o que se espera que leve a uma melhor 
qualidade da atenção. 
 • Um importante ponto em comum entre 
os cuidados colaborativos e o apoio matricial é a 
perspectiva de afetar não apenas o 
comportamento dos profissionais envolvidos, mas 
também provocar mudanças em nível 
organizacional 
➥ Componentes dos cuidados colaborativos: 
 ➬ Identificação sistemática de pessoas para 
acompanhamento: Rastreamento, busca ativa. 
 ➬ Oferta de intervenções estruturadas: 
Tratamentos medicamentosos, terapias, 
educação em saúde, promoção de autocuidado. 
 ➬ Capacitação profissional: Inclui 
profissionais a APS e especialistas 
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 ➬ Revisão de papéis profissionais: 
Mudanças de papeis entre os profissionais ou 
inclusão de novas tarefas 
 ➬ Trabalho interdisciplinar: Constituição de 
equipes ou adição de novos profissionais a 
equipe. 
 ➬ Gestão de casos: Estratégias para 
coordenação das ações entre profissionais, 
reforço a adesão 
 ➬ Acompanhamento sistemático: 
Monitoramento das pessoas acompanhadas 
Atividades colaborativas diretas: Atendimentos 
conjuntos, interconsulta, discussão de casos. 
 ➬ Estruturação do cuidado: Uso de 
protocolos ou diretrizes de atenção. 
 ➬ Sistematização da comunicação: 
Fortalecimento da comunicação entre 
profissionais, incluindo critérios de acesso, 
prontuários comuns e meios eletrônicos. 
 ➬ Atividades colaborativas diretas: 
Atendimentos conjuntos, interconsulta, discussão 
de casos. 
 ➬ Estruturação do cuidado: Uso de 
protocolos ou diretrizes de atenção. 
 ➬ Sistematização da comunicação: 
Fortalecimento da comunicação entre 
profissionais, incluindo critérios de acesso, 
prontuários comuns e meios eletrônicos. 
➥
 • Ao recomendar a adoção de cuidados 
colaborativos para uma gama de problemas, a 
OMS destaca que as experiências mais bem-
sucedidas são sempre apoiadas por mudanças 
nas políticas de saúde. 
 • Esse apoio pode vir de profissionais 
diversos, de enfermeiros a psiquiatras, integrados 
na própria APS, ou a partir de ambulatórios e 
hospitais. 
 • É necessário coordenar mudanças nos 
aspectos processuais do cuidado, com reformas 
nos mecanismos de gestão, de monitoramento e 
de financiamento, inclusive estabelecendo 
resultados de desempenho que favorecem a 
integração. 
 • Resistência a mudanças, novas equipes, 
novos papéise mediação de demandas 
diferentes são difíceis de manejar sem uma 
liderança comprometida. 
 • Nesse sentido, a integração de setores 
gerenciais envolvidos na integração entre as 
equipes e a definição de apoio direto da gestão 
para as equipes de saúde por profissionais com 
bom conhecimento da proposta são estratégias 
essenciais para o sucesso da implantação do 
apoio matricial. 
 • A direção do desenvolvimento do apoio 
matricial deve ser de um modelo de integração 
capaz de oferecer apoio às equipes de APS e 
facilitar o acesso à atenção especializada sem 
substituir os papéis específicos da APS. 
 • Modelos que ampliem o cuidado pelo 
médico de família e comunidade tem um 
potencial de diminuir as desigualdades no acesso 
a atenção especializada e contribuir para maior 
equidade em saúde. 
 
 
 
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autorais no Art. 184. 
 
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