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➥ É o conjunto de ideias, que nasceu na luta contra a ditadura, que queria mudanças necessárias na saúde. ➥ Não restringia apenas o setor de saúde, eram médicos e outros profissionais que queriam a melhoria de vida da população, então desenvolveram testes e integraram discussões políticas. Entre os políticos que se dedicaram a essa luta, está o sanitarista Sérgio Arouca., que foi líder e era presidente da Fiocruz. ➥ Esse processo teve como marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986. ➥ As propostas da reforma sanitária resultaram na universalidade do direito da saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) ➥ Em uma reunião na organização Pan- Americana de Saúde (OPAS), em Brasília, esse grupo de pessoas onde estava Sergio Arouca foi chamado de forma pejorativa de “Partido Sanitário” ➥ Aborda o histórico cultural de saúde que aquela população passou e vem passando. Esses debates foram feitos nas próprias universidades e acabou sendo oficializado a saúde sanitária, coletiva, todas as disciplinas no departamento de saúde. ➥ Em 1986 foi criada a 8ª Conferencia Nacional de Saúde e lançaram diretrizes para esse sistema descentralizado e único. ➥ A saúde é vista como dever do Estado. ➥ Foi um dos momentos mais importantes para a definição do SUS e debateu três principais temas: • “A saúde como dever do Estado e direito do cidadão.” • “ A reformulação do Sistema Único de Saúde” • “ O financiamento setorial” ➥ Teve a participação de técnicos, gestores e sociedade. ➥ O relatório destaca a relação da formação do Sistema Único de Saúde, coordenado por um único ministério. ➥ Princípios: • Reconhecimento da saúde como direito de todos e dever do Estado • Ampliação do conceito de saúde • Participação popular ➥ A Constituição Federal de 1988 foi quem criou o sus e foi regulamentado pelas leis 8.080/90 e 8.142/90. ➥ • todas as pessoas passaram a ter direito de acesso as ações e serviço de saúde, serviços esses quais eram restritos aos indivíduos segurados a previdência social ou aquele que era atendido em rede privada. ➥ • tem o objetivo de diminuir as desigualdades sociais. Tratar desigualmente os desiguais, investindo onde a carência é maior. ➥ • as pessoas tem direito de serem atendidas no conjunto de suas necessidades, seja ela individual ou coletiva. O SUS deve promover ações destinadas a promoção de saúde, prevenção de doenças, tratamentos e prevenções. ➥ • Serviços organizados em níveis de VII Conf. Nacional de Saúde Reforma sanitária Princípios doutrinários Princípios organizativos @dicas.demed complexidade e dispostos em área definida com população definida. ➥ • Redistribuição de responsabilidade cabendo ao município assumir a gestão local das ações de saúde ➥ • Participação da sociedade que se concretiza através de Conselhos de Saúde e das Conferências de Saúde. I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e continuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema; 111 - Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; 1V - Igualdade da assistência a saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. V - Direito a informação, as pessoas assistidas sobre sua saúde. V1 - Divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e sua utilização. V11 - Utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática, a alocação de recursos e a orientação programática.; V111 - Participação da comunidade; 1X - Descentralização político administrativa, com direção única em cada esfera de governo: a) Ênfase na descentralização dos serviços para os municípios b) Regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde. X- Integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico. X1 - Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população. X11- Capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência. X111 - Organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos ➥ ( ) • definiu que a saúde é direito de todos e dever do Estado. ➥ ( ) • São as leis que regulamentarizam o SUS: lei 8080/90 e Lei 8.142/90 (Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.) • Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. ➥ ( ) • promove maior equidade na alocação de recursos e no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção. • estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior equidade. ➥ ( ) • propõe a regulamentação da descentralização. • estabelece diferentes níveis de gestão, do Estado (gestão parcial e condição de gestão semiplena), dos municípios (gestão incipiente, parcial e semiplena). ➥ ( ° ) • foi uma alteração na Constituição Federal que teve como objetivo determinar os percentuais aplicados pela União, estados e Municípios. nos serviços de saúde. ➥ • é um conjunto de reformas institucionais do SUS junto com as esferas de gestão (União, Estados e Municípios) com o objetivo de promover inovações nos processos e instrumentos de gestão, visando alcançar maior eficiência e qualidade das respostas do SUS. • Pacto pela vida: ➬ É o compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridades que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população Arcabouço jurídico do SUS Princípios da lei 8.080/90 @dicas.demed brasileira. A definição de prioridades deve ser estabelecida por meio de metas nacionais, estaduais, regionais ou municipais. ➬ Saúde do idoso ➬ Controle do câncer do colo de útero e mama ➬ Redução da mortalidade infantil e materna ➬ Fortalecimento da capacidade de resposta as doenças emergentes e endemias, com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; ➬ Fortalecimento da Atenção Básica • Pacto de gestão do SUS ➬ Estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado de forma a diminuir as competências concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS ➬ Financiamento: Atenção básica, vigilância em saúde, assistência farmacêutica, gestão do sus e atenção de média e alta complexidade. ➬ Promoção da cidadania como estratégia de mobilização social tendo a questão da saúde como direito. ➬ A repotização da saúde, como movimento que retoma a Reforma Sanitária, atualizando as discussões em torno dos desafios atuais do SUS. ➬ Garantia de financiamento de acordo com as necessidades do Sistema. • Pacto de defesa do SUS ➬ Envolve ações concretas e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido de reforçar o SUS como política deEstado mais do que política de governos; e de defender, vigorosamente, os princípios basilares dessa política pública, inscritos na Constituição Federal. ➬ Fortalecimento dos princípios de regionalização ➬ A qualificação do processo de descentralização e ações de planejamento e programação. ➬ Mudanças no financiamento ➬ Definiu com clareza a responsabilidade de cada esfera do governo. ➥ / • Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde (focado na regionalização), a assistência à saúde, articulação Interfederativa (articulação entre os federados, é um acordo de colaboração COAP, é os contratos, e dá outras providências. • Regiões de saúde é o espaço geográfico continuo constituído por agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais de redes de comunicação e infraestrutura de transportes compartilhados, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ação e serviço de saúde. Vão ser referência para as transferências de recursos entre os entes Inter federativos. • Para ser considerada uma região de saúde, tem que ter pelo menos: atenção primária, urgência e emergência, atenção psicossocial e ambulatorial especializada, e hospitalar e vigilância em saúde. Em relação a organização do SUS, esse decreto traz a importância da atenção primaria ser a porta de entrada do serviço de saúde, o serviço de urgência e emergência, psicossocial, serviços especiais de acesso aberto, também podem servir como porta de entrada. • Traz também que o planejamento da saúde é obrigatório para os entes públicos, levando em consideração os aspectos regionais e também tem que ser integrado, levando em consideração o mapa de saúde (é importante para ver quais os recursos humanos e de ações e serviço de saúde são ofertados pelo SUS e pela iniciativa privada) • A assistência à saúde, tem a RENASES é a relação nacional de ação e serviço e saúde que vai trazer todas as ações e serviços que o SUS vai oferecer ao usuário e o RENAME é a relação de medicamentos essenciais que o SUS oferece ➥Pode funcionar como uma saúde suplementar; ➥Mesmo tendo a saúde privada, utiliza os serviços públicos, como o SAMU, transfusão de sangue, transplante, vacinação, serviço de vigilância sanitária. ➥A ANS foi criada em 2000, vai regulamentar e fiscalizar o setor privado, porem está vinculado ao Ministério da Saúde. ➥A saúde suplementar oferecida pelo setor privado, tem em questão: • A medicina em grupo que são empresas médicas e odontológicas que vão trabalhar dentro de uma estrutura própria, e além do serviço administrado, pode associar planos de saúde. • Cooperativas medicas oferecem assistência Setor privado @dicas.demed aos usuários, através de contatos que podem ser coletivos ou individuais e esse lucro vai ser dividido entre os cooperados, como por exemplo, a Unimed. • Autogestão são serviços que vão ser organizados através de empresas públicas ou privadas, por exemplo o CASSI, que vai atender o quadro de funcionários de determinado local. • Seguro saúde são serviços de saúde que vão operar dentro do serviço de reembolso, vai estar aberto a médicos, hospitais, clinicas, etc. ➥Todo esse custo é proveniente das ações tributarias dos cidadãos, como impostos e contribuições pagas pelos brasileiros ao Estado, como IPVA, IPTU, IPI, e as colaborações a seguridade social. ➥Toda essa arrecadação vai compor o orçamento da união do Estado e no município. ➥Com a Constituição Federal (1988), a Lei 8.080/90 e a Lei 8.142/90 (Leis Orgânicas da saúde), em 1990 foram definidos os critérios para a distribuição de recursos de cada região, como aconteceria o repasse de verbas e o investimento de cada esfera, desde então nenhum tipo de padrão de contribuição foi lançado em que cada governo deveria investir. ➥A Emenda Constitucional n°29, do ano 2000 estabeleceu percentuais de contribuição de cada esfera, definindo juntamente com a Lei Complementar n°141 do ano 2012 os valores mínimos a serem aplicados anualmente a União, Estados e municípios em ações nos serviços públicos de saúde. ➥Então, o município contribuiria com 15%, o Estado com 12% e a União o investimento do ano anterior na saúde + a variação do PIB. ➥Esses recursos financeiros para a saúde ficam nos fundos de Saúde, que recebem, organizam e pagam os serviços de saúde • Nacionais (FNS) • Estaduais (FES) • Municipais (FMS) ➥Todos os governos prestaram alguma contribuição para o SUS. • Sarney implantou o SUDS; • Collor sancionou as Leis Orgânicas de saúde; • Itamar criou o Programa Saúde da família (PSF) e extinguiu o INAMPS (previdência social) e avançou a descentralização; • FHC ampliou o PSF, implantou a política dos medicamentos genéricos e organizou a Anvisa e a Agência nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável pelo setor de plano de saúde. • Lula montou o SAMU e implementou as políticas de saúde mental e bucal; • Dilma regulamentou a Lei 8.080/90 e aprovou a lei complementar 141 (o que deve ser considerado gasto em saúde e fixa os percentuais mínimos de investimento na área pela União, Estados e Municípios). ➥ Nenhum deles incorporou a Reforma sanitária brasileira como projeto de governo, nem demostrou compromisso efetivo com o SUS nos termos estabelecidos pelo SUS na Constituição de 1988. ➥ Tinha como objetivo ações no sentido de diminuir as diferenças no desenvolvimento econômico e social dos países, devendo ser estimuladas para que se atingisse a meta de saúde para todos no ano 2000, reduzindo-se a diferença existente entre o estado de saúde dos países em desenvolvimento e desenvolvidos. Naquela ocasião, chegou-se ao consenso de que a promoção e proteção da saúde dos povos é essencial para o contínuo desenvolvimento econômico e social e, consequentemente, condição única para a melhoria da qualidade de vida dos homens e para a paz mundial. O apelo lançado em Alma-Ata foi um marco fundamental e representou o ponto de partida para outras iniciativas. ➥ Elementos essenciais para alcançar saúde para todos: • 1. Educação dos problemas de saúde prevalentes; Prevenção e controle; • 2. Promoção dos suprimentos de alimentos e nutrição adequada; • 3. Abastecimento de água e saneamento básico apropriado; • 4. Atenção materno-infantil, incluindo planejamento familiar; • 5. Imunização contra as principais doenças infecciosas; • 6. Prevenção e controle de doenças endêmicas; • 7. Tratamento Apropriado das doenças comuns e dos acidentes • 8. Distribuição de medicamentos básicos. Financiamento do SUS Declaração Alma-Ata @dicas.demed ➥ Carta de Ottawa de 1986 reafirma a importância da promoção à saúde e aponta a influência dos aspectos sociais sobre a saúde dos indivíduos e da população, caracterizando-se como o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo. ➥ Reforça o conceito ampliado de saúde e seus determinantes para além do setor de saúde, englobando conjuntamente as condições biológicas, sociais, econômicas, culturais educacionais, políticas e ambientais. ➥ Ficaram definidos como condições e recursos fundamentais para saúde: paz, habitação, educação, alimentação, alimentação, renda, ecossistema, estável, recursos sustável, justiça social e equidade. ➥ Promoção a saúde visa promover mudanças nas condições de vida e de trabalho, beneficiando a saúde na população. É uma das estratégias do setor saúde para buscar a melhoria daqualidade de vida da população. ➥ O objetivo é promover uma gestão compartilhada entre usuários, trabalhadores do setor sanitário, de outros setores e movimentos sociais. ➥ As ações devem pautar-se por uma concepção holística de saúde voltada para multicausalidade do processo saúde-doença. ➥ Os princípios da promoção da saúde são: • Equidade (tratar desigual os desiguais) • Intersetorialidade (diversos setores trabalharem juntos para alcançar os objetivos • Participação social (tanto no sentido de ajudar nos processos de saúde como na fiscalização). • Sustentabilidade (é tentar equilibrar o social, o ambiental e o financeiro). ➥ Em 2006 teve a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), que tinha como estratégia de produção de saúde, ou seja, como um modo de pensar e operar articulando as demais políticas e tecnologias desenvolvidos no sistema de saúde brasileiro. ➥ Ações especificas propostas por essa política: • Divulgação e implementação da Política Nacional de Promoção da Saúde; • Alimentação saudável • Prática corporal / Atividade física • Prevenção e controle do tabagismo; • Redução da morbimortalidade (morbidade + mortalidade) em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas; • Redução da morbimortalidade por acidentes em transito • Prevenção da violência e estimulo a cultura de paz • Promoção do desenvolvimento sustentável ➥ Trabalha no sentido de garantir proteção a doenças específicas reduzindo sua incidência e prevalência nas população. ➥ Está dividida em níveis de prevenção: ➥ • A promoção de saúde realizada através de medidas de ordem geral ➬ Exemplo: Palestra sobre o uso do cinto de segurança, AIDS, tabagismo., obesidade, alcoolismo... • A proteção específica: ➬ Imunização (vacina) ➬ Saúde ocupacional ➬ Higiene pessoal e do lar ➬ Proteção contra acidentes ➬ Aconselhamento genético ➬ Controle de vetores ➬ Exemplos: análise das condições de trabalho, exercícios laboratoriais, método de transferência de decúbito..... ➥ • Diagnóstico precoce ➬ Inquérito para descoberta de casos na comunidade ➬ Isolamento para propagação de doenças ➬ Exames periódicos para detecção precoce de casos (citologia, mamografia, exame de próstata) ➬ Tratamento para evitar a propagação da doença • Limitação da incapacidade ➬ Evitar futuras complicações ➬ Evitar sequelas ➬ Exemplo: rastreamento de câncer de colo de útero, orientação de atividade física para diminuir chance de desenvolvimento de obesidade. a Carta de Ottawa Promoção de saúde Prevenção da saúde @dicas.demed reabilitação paciente pós infarto do miocárdio. ➥ ➬ Reabilitações ➬ Terapia ocupacional ➬ Emprego para o reabilitado. ➥ Para a Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDDS), os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de problemas de saúde e seus fatores de risco para a população. ➥ A Organização Mundial de Saúde (OMS) adota uma definição mais curta, segundo a qual os DSS são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham. ➥ Entre os diversos paradigmas explicativos para os problemas de saúde, predominava a teoria miasmática, que conseguia responder as importantes mudanças sociais e práticas de saúde observadas no âmbito dos novos processos de urbanização e industrialização ocorridos naquele momento. Estudos como sobre a contaminação da água e dos alimentos trouxeram importante reforço para esse conceito de miasma e para as ações de saúde pública. ➥ O modelo de Diderichsen e Hallqvist inclui os DSS em diferentes camadas: • O primeiro nível, que estão na base, com suas características individuais de idade, sexo e fatores genéticos que, evidentemente, exercem influência sobre seu potencial e suas condições de saúde • O segundo nível corresponde as comunidades e suas redes de relações. Os laços de coesão social e as relações de solidadariedade e cofiança entre as pessoas dos grupos são fundamentais para a promoção e proteção de saude individual e coletiva. Também tem as politicas que buscam estabelecer redes de apoio e fortalecer a organização e participação das pessoas e da comunidade, especialmente os grupos vulneráveis, em ações coletivas para a melhoria de suas condiçoes de saúde e bem-estar, para que se tornem ativos nas decisões sociais. Portanto, destaca a influência das redes comunitárias e de apoio, cuja maior ou menor riqueza expressa o nível de coesão social que, como vimos, é de fundamental importância para a saúde da sociedade como um todo. • O terceiro nível se refere as condições de vida e de trabalho, buscando assegurar melhor acesso a agúa limpa, esgoto, hablitação adequada, alimentos saudáveis e nutritivos, emprego seguro e realizador, ambientes de trabalho saudáveis, serviço de saúde e educação de qualidade. E, está iindicando que as pessoas em desvantagem social correm um risco diferenciado, criado por condições habitacionais mais humildes, exposição a condições mais perigosas ou estressantes de trabalho e acesso menor aos serviços. • No quarto nível, se refere a atuação dos macrodeterminantes, que também interfere nas outras camadas, através do mercado de trabalho, proteção ambiental e promoção de uma cultura de paz e solidariedade, visando promover um desenvolvimento sustentável, reduzindo as desigualdades sociais e economicas, as violencias e degradação ambiental e também os seus efeitos causados a sociedade ➥ • É um conjunto de regras, princípios ou maneira de pensar e se expressar. • Representa as regras que possibilitam as pessoas conviverem em sociedade e estabelecerem uma relação profissional. • A ética é definida como a explicitação teórica do agir humano na busca do bem comum e da realização individual. • Faz parte da evolução da civilização, desde Sócrates. @dicas.demed Determinantes sociais Ética na APS • Atualmente a ética é muito importante, pois faz parte do dia a dia da sociedade. Ser ético é utilizar valores fundamentais da sociedade em que vive, tais como: agir direito, proceder bem sem prejudicar os outros, ser honesto em qualquer situação, ter coragem de assumir os erros e decisões, ser tolerante e flexível. ➥ • A ética profissional é um conjunto de normas morais pelas quais a pessoa deve orientar o seu comportamento na profissão que exerce. • Na formação, a pessoa faz um juramento, que significa o seu comprometimento profissional, muitas delas são questões morais que se apresentam como problemas éticos. • O código de ética profissional é o instrumento regulador entre as relações de valor e diversos campos da conduta humana, atuando como um contrato de classe. • Cada profissional deve ter sua individualidade respeitada sua forma de realizar seu trabalho, mas deve haver uma norma comportamental para reger. Já que muitos exercem a profissão, é preciso que haja disciplina para a conduta. ➥ • Na área da saúde, a ética utilizada na pesquisa clínica e nas relações com outras pessoas. • Na medicina, ao contrário de outras profissões da área de saúde, o médico não tem um profissional ético para compartilhar o seu trabalho, sendo o único responsável pelas decisões e assumindo o ônus e bônus dessa responsabilidade. ➥ • Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e essas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. • Direito estabelece regras de umasociedade delimitada pelas fronteiras do Estado, e as leis tem uma base territorial, valendo apenas para aquele lugar. ➥ • É possível orientar-se por quatro princípios: ➬ Beneficência (fazer o bem) ➬ Não maleficência (evitar danos) ➬ Autonomia (a pessoa escolhe) ➬ Justiça (priorizar com equidade) ➥ • A ética na APS é diferente daqueles relacionados a sofisticação tecnológica dos hospitais e dos serviços altamente especializados. Essa diferença decorre da banalização que os aspectos éticos podem sofrer em decorrência da proximidade dos profissionais com as pessoas, pela continuidade do contato, do atendimento a família, dos acessos aos domicílios e a participação dos agentes comunitários no cuidado. ➥ • Podem ser agrupados em três categorias: ➬ Problemas éticos na relação dos profissionais com as pessoas e com a família na APS, como a dificuldade de estabelecer os limites de relação entre o profissional-pessoa. ➬ Problemas éticos na relação entre integrantes da equipe da APS, como a falta de companheirismo, desrespeito entre os integrantes, falta de compromisso ➬ Problemas éticos relativos a organização e ao sistema de saúde, como falta de estrutura, falta de condições. . ➥ • Desconhecer os princípios da MFC • Não ter convicção na aplicação pratica dos princípios da especialidade • Negligenciar o trabalho em equipe • Banalizar decisões que envolvem a vida das pessoas, sem medir as consequências. • Acreditar que as decisões sobre a vida dos outros não influenciam a sua própria vida e de sua família. • Esquecer que a prestação de um cuidado qualificado é o principal objetivo em sua atuação junto a pessoas e é um resultado do trabalho em equipe. ➥ São combinações tecnológicas e técnicas estruturadas para resolver problemas de saúde (danos e riscos) que compõem o perfil epidemiológico de uma dada população e que expressam necessidades sociais de saúde historicamente definidos, atendendo necessidade de saúde individual e coletiva. @dicas.demed Modelos assistenciais ➥ São formas de organizações entre os profissionais de saúde e usuários, mediados por tecnologias (materiais e não materiais), utilizadas no processo de trabalho, com o proposito de intervir nos problemas e necessidades historicamente já definidos. ➥ • Modelo médico-assistencial privatista (individualismo, utilizando a tecnologia para o diagnóstico e tratamento das doenças. ➬ Está centrado na figura do médico especialista. ➬ As formas de organização são através de rede de serviço de saúde, como as clinicas médicas e os hospitais, estando focado na patologia. ➬ É predominante o curativo, privilegiando a doença em sua expressão individualizada, como objeto de intervenção. ➬ Está voltado para o atendimento da demanda espontânea, Ênfase na assistência médico-hospitalar e nos serviços de apoio diagnostico e terapêutico ➬ Esse modelo influenciou a formação medica durante muitos anos, traz a hierarquização do trabalho e saúde • Modelo assistencial sanitarista (coletivo) ➬ O sujeito é o médico sanitarista e sua equipe ➬ O objeto de trabalho é o modo de transmissão e os fatores de risco das doenças, sempre trabalhando de acordo com as características epidemiológica. ➬ O meio de trabalho é a tecnologia sanitária, por exemplo, uso de álcool, evitar aglomerar, usar máscara, etc. ➬ Se organiza através de campanhas sanitárias, (campanha de vacinação) programas especiais, trabalhando com o suporte de vigilância epidemiológica e sanitária, como o novembro azul, outubro rosa, setembro amarelo, etc. ➬ Privilegia o controle de certos agravos ou de determinados grupos de risco de adoecer ou morrer. • Modelo assistencial da vigilância da saúde ➬ É o modelo em defesa da vida ➬ Ações programáticas em saúde ➬ Sistema locais de saúde (silos) ➬ O sujeito é a equipe, não apenas o médico, todas as áreas da saúde são importantes, também tem a participação da população. ➬ O objeto são os danos, os riscos, as condições de vida e de trabalho, agentes etiológicos, ➬ Os meios de trabalho vão tomar como base a situação local de saúde. Utilizando tecnologias de comunicação social de planejamento e programação local e situacional. Também utiliza as tecnologias médico-sanitárias. ➬ As formas de organização são por meio das políticas públicas saudáveis, ações intersetoriais, intervenções específicas como (promoção, prevenção e recuperação), e operações sobre problemas e grupos operacionais (pessoas com hipertensão, diabetes, gestantes) ➬ As características são: • Intervenções sobre problemas de saúde (danos, riscos e ou determinantes; • Ênfase em problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos; • Operacionalização do conceito de risco; • Articulações entre ações de promoção, prevenção e curativas; • Articulação intersetorial; • Ações sobre o território; • Intervenção sobre forma de operações. ➥ Apoio matricial é um modelo de cuidados colaborativos em que equipes de serviços diferentes trabalham de forma integrada no cuidado da população. ➥ • O nome apoio matriarcal deriva da concepção de organizações matriciais do campo de administração. • Para operacionalizar as diretrizes de aumento da vinculação, da corresponsabilização, da negociação e da integração na relação entre as equipes de saúde, o apoio matricial busca personalizar os sistemas de referência e contrarreferência, facilitando o contato direto entre o profissional encarregado de um determinado caso e o especialista de apoio. Além disso, propõe a revisão da prática do referenciamento e a construção de um sistema de compartilhamento e corresponsabilização, que Apoio matricial @dicas.demed reforce a coordenação das ações entre os profissionais e garanta a utilização adequada dos recursos especializados. • A decisão deve ser tomada de maneira interativa entre o profissional ou equipe de referência e o apoiador. • Essas diretrizes são coerentes com estudos empíricos que apontam a interferência de fatores não clínicos no percurso das pessoas entre APS e especializada, como características demográficas das pessoas atendidas (gênero e raça/etnia) ou qualidade da relação entre os profissionais. • O apoio matricial é um modelo complementar as estratégias de sistemas hierarquizados de saúde, como formulários de referência e contrarreferências, centrais de regulação e protocolos de acesso, postulado como mais adequado para os problemas crônicos e multidimensionais comuns na APS. • Quando uma pessoa utiliza de uma ação ou serviço ofertado a forma de apoio matricial, deve manter o vínculo com sua equipe de referência na APS, mesmo que a maior parte das intervenções aconteça em outros serviços. Não deve haver referenciamentos com transferência de responsabilidade. • Para o médico de família e comunidade, a transferência de responsabilidade não é total. Ele sempre mantém a responsabilidade pelo acompanhamento de sua população de referência. No planejamento do cuidado, ele tem mais capacidade de selecionar a coordenação as ações apropriadas entre aquelas disponíveis. • No apoio matricial, os gestores devem ter importante papel de sensibilização das equipes, mediando conflitos, garantindo pactos e manejando situações imprevistas, inclusive com oferta de soluções gerenciais e processos formativos. • Os apoiadores institucionais devem ainda colaborar na integração de setores da gestão local, como APS, atenção especializadas programas estratégicos e sistemas de informação, participando da construção de normas, de formas de registroe do monitoramento das atividades dos apoiadores. ➥ ➥ O apoio matricial busca ao mesmo tempo ampliar o acesso à atenção especializada e fortalecer a efetividade da APS. • Os apoiadores matriciais devem oferecer às equipes de referência (no âmbito do SUS, as equipes de saúde da família) uma retaguarda assistencial especializada, na forma de atendimentos específicos e outras intervenções diretas • O sucesso do apoio matricial depende do equilíbrio entre esses componentes, da definição clara de papéis dos profissionais no cuidado compartilhado, do estabelecimento de comunicação efetiva entre as equipes e da constituição de espaços para gestão conjunta das pessoas acompanhada • A composição profissional das equipes de apoio matricial é variável, tendo prevalência local de problemas em áreas específicas e pelas necessidades de apoio das equipes de saúde da família, os atendimentos diretos a população varia de acordo com a demanda das equipes apoiadas, a existência ou não de outros serviços na área temática do apoiador e o núcleo profissional do apoiador. ➥ Atividades iniciais de apoio matricial: ➬ Definição de papéis profissionais no cuidado compartilhado (inclusive papéis dos gestores locais): ➬ Definição conjunta da agenda de reuniões e atividades colaborativas ➬ Definição de formas de acesso aos atendimentos e outras intervenções diretas do apoiador (p. ex., grupos) ➬ Definição de formas de acesso da equipe de referência ao apoiador em situações imprevistas ou urgentes ➬ Manejo de listas de espera nas áreas temáticas dos apoiadores ➬ Definição de fluxos para referenciamento a serviços especializados (p. ex., CAPS, ambulatórios) ➬ Definição de fluxo para casos recebidos de outros serviços e setores (p. ex., hospitais, CRAS) ➬ Discussão de casos e formulação de projetos terapêuticos ➬ Atendimentos específicos do apoiador (consultas, visitas, grupos) ➬ Atendimentos conjuntos (consultas, visitas, grupos) ➬ Atividades de educação permanente @dicas.demed ➬ Construção de formas não presenciais de discussão de casos (e-mail, telessaúde) ➬ Construção de critérios de prioridade para o apoio ➬ Construção de roteiros de consultas e outras ferramentas clínicas e de gestão do cuidado ➥ Problemas comuns na implantação do apoio matricial: ➬ Concentração do apoiador em ações generalistas superpostas com as da equipe de saúde da família com prejuízo da oferta de atendimentos específicos ➬ Concentração do apoiador em atividades de supervisão próprias dos gestores locais com prejuízo à atenção clínica compartilhada com as equipes de saúde da família ➬ Concentração do apoiador em atendimentos específicos organizados como serviço de ambulatório, sem qualificação da filtragem de casos, mecanismos de regulação de acesso ou gestão da demanda ➬ Ênfase excessiva na realização de atividades conjuntas presenciais com as equipes de saúde da família, levando a baixo rendimento do apoio e/ou à sobrecarga das equipes apoiadas ➬ Ênfase excessiva na necessidade de discussão de caso e/ou construção de projetos terapêuticos para todos os casos atendidos pelo apoiador, gerando gargalos no acesso à atenção especializada ➬ Limitação do contato entre apoiadores e equipes de referência às reuniões presenciais, levando à comunicação pouco efetiva e à baixa integração ➬ Suporte ausente ou pouco efetivo da gestão local à definição e gestão das atividades do apoio matricial, levando à indefinição de papéis, ao descrédito da proposta e à tensão por atendimentos em modelo. ➥ • Apesar do tempo de experiência e da ampla penetração da proposta no âmbito do SUS, as evidências sobre efetividade do apoio matricial ainda são inconsistentes. A grande maioria dos estudos publicados sobre apoio matricial é descritiva ou exploratória. Algumas avaliações qualitativas de experiências locais, em geral baseadas em entrevistas com profissionais, apontam benefícios do apoio matricial na detecção de transtornos mentais, no acesso a tratamentos e na capacitação das equipes de APS. • As experiências descritas variam em relação ao serviço de onde é oferecido o apoio, aos profissionais participantes ou ao grau de responsabilidade do apoiador por atendimentos específicos, mas têm em comum o encontro presencial entre os profissionais, com utilização variável de discussão de casos, atendimentos conjuntos e educação permanente, e a regulação do acesso, com definição de prioridades para atendimento especializado. A análise dessas e de outras experiências bem documentadas pode gerar informações sobre barreiras e facilitadores para implantação e sobre efeitos do apoio na APS, apontando caminhos para o desenvolvimento do modelo. ➥ • O apoio matricial agrega elementos de modelos internacionais de integração entre especialistas e profissionais de APS com um conjunto de princípios e diretrizes singulares, podendo ser considerado o principal modelo brasileiro de cuidados colaborativos. • O termo cuidados colaborativos é usado para descrever modelos de integração distintos, que se baseiam nos princípios do manejo de doenças crônicas e agregam elementos de outras estratégias de integração, como a consultoria de ligação. • O objetivo é desenvolver relações de trabalho mais próximas entre APS e especialistas, o que se espera que leve a uma melhor qualidade da atenção. • Um importante ponto em comum entre os cuidados colaborativos e o apoio matricial é a perspectiva de afetar não apenas o comportamento dos profissionais envolvidos, mas também provocar mudanças em nível organizacional ➥ Componentes dos cuidados colaborativos: ➬ Identificação sistemática de pessoas para acompanhamento: Rastreamento, busca ativa. ➬ Oferta de intervenções estruturadas: Tratamentos medicamentosos, terapias, educação em saúde, promoção de autocuidado. ➬ Capacitação profissional: Inclui profissionais a APS e especialistas @dicas.demed ➬ Revisão de papéis profissionais: Mudanças de papeis entre os profissionais ou inclusão de novas tarefas ➬ Trabalho interdisciplinar: Constituição de equipes ou adição de novos profissionais a equipe. ➬ Gestão de casos: Estratégias para coordenação das ações entre profissionais, reforço a adesão ➬ Acompanhamento sistemático: Monitoramento das pessoas acompanhadas Atividades colaborativas diretas: Atendimentos conjuntos, interconsulta, discussão de casos. ➬ Estruturação do cuidado: Uso de protocolos ou diretrizes de atenção. ➬ Sistematização da comunicação: Fortalecimento da comunicação entre profissionais, incluindo critérios de acesso, prontuários comuns e meios eletrônicos. ➬ Atividades colaborativas diretas: Atendimentos conjuntos, interconsulta, discussão de casos. ➬ Estruturação do cuidado: Uso de protocolos ou diretrizes de atenção. ➬ Sistematização da comunicação: Fortalecimento da comunicação entre profissionais, incluindo critérios de acesso, prontuários comuns e meios eletrônicos. ➥ • Ao recomendar a adoção de cuidados colaborativos para uma gama de problemas, a OMS destaca que as experiências mais bem- sucedidas são sempre apoiadas por mudanças nas políticas de saúde. • Esse apoio pode vir de profissionais diversos, de enfermeiros a psiquiatras, integrados na própria APS, ou a partir de ambulatórios e hospitais. • É necessário coordenar mudanças nos aspectos processuais do cuidado, com reformas nos mecanismos de gestão, de monitoramento e de financiamento, inclusive estabelecendo resultados de desempenho que favorecem a integração. • Resistência a mudanças, novas equipes, novos papéise mediação de demandas diferentes são difíceis de manejar sem uma liderança comprometida. • Nesse sentido, a integração de setores gerenciais envolvidos na integração entre as equipes e a definição de apoio direto da gestão para as equipes de saúde por profissionais com bom conhecimento da proposta são estratégias essenciais para o sucesso da implantação do apoio matricial. • A direção do desenvolvimento do apoio matricial deve ser de um modelo de integração capaz de oferecer apoio às equipes de APS e facilitar o acesso à atenção especializada sem substituir os papéis específicos da APS. • Modelos que ampliem o cuidado pelo médico de família e comunidade tem um potencial de diminuir as desigualdades no acesso a atenção especializada e contribuir para maior equidade em saúde. @dicas.demed Essa apostila não pode ser vendida por terceiros e nem plagiada. Plagio é crime de violação aos direitos autorais no Art. 184. Obrigada e bons estudos! Instagram: @dicas.demed
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