Ação Penal Pública e Privada - resumo

Prévia do material em texto

Prisão temporária depois da denúncia é ilegal.
Crime contra ação penal privada -> queixa-crime
A denúncia é a peça acusatória da ação penal pública.
Quando temos a citação, a única peça cabível é a resposta à acusação. -> 3ª 
peça que mais caiu
conteúdo: preliminares (nulidades, tese de incompetência...) e mérito 
(absolvição sumária; causa de ilicitude, excludente de culpabilidade, tipicidade, 
extinção da punibilidade).
Audiência de instrução: memoriais -> 2ª peça que mais caiu / alegações finais 
por memoriais.
Conteúdo: preliminares (nulidade, incompetência) e mérito. (MATICS, art. 386, 
CPP: materialidade, autoria, tipicidade, ilicitude, culpabilidade, 
subsidiariedade).
Sentença: apelação -> a peça que mais caiu. Art. 593, prazo de 5 dias. Buscar o 
mesmo que em memoriais, preliminares e mérito. (a apelação é o que o juiz 
não acolheu nos memoriais).
Processo findo, ou seja, sentença transitada em julgado -> revisão criminal
RESE art. 581, CPP.
AÇÃO PENAL PÚBLICA
O titular é o Ministério Público.
A incondicionada é a regra, ou seja, a maioria das denúncias é feita de ofício 
(independentemente da manifestação da vítima).
Ação Penal Pública condicionada à representação (manifestação de vontade do 
ofendido ou de seu representante legal). A manifestação de vontade é 
condição para que haja denúncia ou que seja instaurado inquérito.
"somente se procede mediante representação" -> art. 130, CP | art. 147, CP | 
art. 171, § 5, CP.
Se não tem o trecho acima no artigo é porque se trata de ação penal pública 
incondicionada.
O titular da ação penal é o MP. Porém, o titular da representação é o ofendido 
ou seu representante legal (se a vítima for menor de 18 anos ou se for 
mentalmente enfermo).
No caso de morte do ofendido, CADI (cônjuge, ascendente, descendente ou 
irmão) o direito de representação passa a eles - artigo 24, § 1º, CP.
O prazo para representação é de 6 meses, contados a partir da ciência da 
autoria do fato. (prazo conforme o artigo 10, CP) - conta 6 meses menos um 
dia.
Obs.: Se a vítima for menor de idade, e seu representante legal não manifestar 
a vontade, a vítima, ao completar a maioridade, pode manifestá-la.
Retratação é possível (voltar atrás), desde que seja manifestado o desejo antes 
Ação Penal
sexta-feira, 2 de julho de 2021 16:33
 Página 1 de Nova Seção 1 
Retratação é possível (voltar atrás), desde que seja manifestado o desejo antes 
do oferecimento da denúncia -> artigo 25, CPP.
Exceção1: artigo 16 da Lei n.º 11.340 (violência doméstica e familiar). Essa 
retratação poderá ser possível apenas será possível diante de uma audiência 
em face do juiz e do MP. Até o recebimento da denúncia.
renúncia à representação = retratação
Exceção2: em decorrência de lesão corporal leve ou lesão corporal culposa, de 
marido/ex-marido/namorado/companheiro contra a esposa/ex-esposa/ 
companheira/namorada, não pode ser aplicado o disposto no artigo 88 da Lei 
n.º 9.099/95, pois crimes relacionados à violência doméstica e familiar contra 
a mulher (Lei n.º 11.340), deve ter fulcro nesta última lei. Desse 
modo, qualquer lesão corporal relacionada à violência doméstica/familiar 
contra a mulher será ação penal pública incondicionada. -> súmula 242 do STJ.
Consequências
Em se tratando de ação de ação penal pública condicionada à representação, e 
o MP oferecer denúncia sem a manifestação de vontade do ofendido, o juiz 
deverá não recebê-la, ou rejeitá-la, por faltar uma condição da ação. Nulidade: 
artigo 564, II, "a" do CPP.
Decadência: artigo 38, CPP. Será extinta a punibilidade do agente, com fulcro 
no artigo 107, IV, do CPP.
AÇÃO PENAL PRIVADA
Identificação: "somente se procede mediante queixa"
Em regra os crimes contra honra e dano são de ação penal privada.
A peça queixa-crime pode ser interposta pelo ofendido ou por seu 
representante legal.
Ação penal privada personalíssima encontra-se no artigo 236, CP 
(cônjuge enganado), é o único caso. O prazo para o oferecimento da 
queixa-crime, nesse caso, segue a regra dos artigos 38, CPP e 103, 
CP.
O prazo penal é improrrogável. Assim, se o prazo penal termina em um 
sábado/domingo/feriado, não prorrogará no primeiro dia útil seguinte.
Extrapolar prazo, a consequência é a decadência do direito da 
queixa (extinção da punibilidade, artigo 107, IV, CP).
QUEIXA-CRIME
(estrutura em folha apartada)
 Página 2 de Nova Seção 1