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Apostila mitologia

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ – IFCE
CAMPUS JAGUARIBE 
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO – ENEM
FILOSOFIA
Prof. Segundo Azevedo
TEMA: MITOLOGIA GREGA
1. (2012) Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e
Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma
profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com
a mãe. Para evitá- la, ordenaram a um criado que
matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de
Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que
morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube
da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da
casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que,
perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se
com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou
que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os
integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava
seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar a
Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o
enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se
com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia.
[Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso
em: 28 ago. 2010 (adaptado)].
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas
do destino e do determinismo. Ambos são
características do mito grego e abordam a relação entre
liberdade humana e providência divina. A expressão
filosófica que toma como pressuposta a tese do
determinismo é:
a) “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu
tinha de mim mesmo.” Jean Paul Sartre
b) “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que
Deus nela escreva o que quiser.” Santo Agostinho.
c) “Quem não tem medo da vida também não tem
medo da morte.” Arthur Schopenhauer
d) “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para
permanecer o mesmo.” Michel Foucault
e) “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua
imagem e semelhança”. Friedrich Nietzsche.
2. (2016)
(…) O SERVIDOR – Diziam ser filho do rei…
ÉDIPO – Foi ela quem te entregou a criança?
O SERVIDOR – Foi ela, Senhor.
ÉDIPO – Com que intenção?
O SERVIDOR – Para que eu a matasse.
ÉDIPO – Uma mãe! Mulher desgraçada!
O SERVIDOR – Ela tinha medo de um oráculo dos
deuses.
ÉDIPO – O que ele anunciava?
O SERVIDOR – Que essa criança um dia mataria seu
pai.
ÉDIPO – Mas por que tu a entregaste a este homem?
O SERVIDOR – Tive piedade dela, mestre. Acreditei
que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te salvou a
vida, mas para os piores males! Se és realmente aquele
de quem ele fala, saibas que nasceste marcado pela
infelicidade.
ÉDIPO – Oh! Ai de mim! Então no final tudo seria
verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja aqui pela
última vez, já que hoje me revelo o filho de quem não
devia nascer, o esposo de quem não devia ser, o
assassino de quem não deveria matar!
SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L &PM, 2011.
O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da
tragédia grega, revela o(a):
a) condenação eterna dos homens pela prática
injustificada do incesto.
b) legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o
crime de parricídio.
c) busca pela explicação racional sobre os fatos até
então desconhecidos.
d) caráter antropomórfico dos deuses na medida em
que imitavam os homens.
e) impossibilidade de o homem fugir do destino
predeterminado pelos deuses.
3. (Modelo) O mito de Narciso 
Narciso era um belo rapaz, filho do deus Céfiso e da
ninfa Liríope. Por ocasião de seu nascimento, seus pais
consultaram o oráculo Tirésias para saber qual seria o
destino do menino. A resposta foi que ele teria uma
longa vida, se nunca visse a própria face.
Muitas moças e ninfas apaixonaram-se por Narciso,
quando ele chegou à idade adulta. Porém, o belo
jovem não se interessava por nenhuma delas. A ninfa
Eco, uma das mais apaixonadas, não se conformou
com a indiferença de Narciso e afastou-se amargurada
para um lugar deserto, onde definhou até que somente
restaram dela os gemidos. As moças desprezadas
pediram aos deuses para vingá-las.
Nêmesis apiedou-se delas e induziu Narciso, depois de
uma caçada num dia muito quente, a debruçar-se numa
fonte para beber água. Descuidando-se de tudo o mais,
ele permaneceu imóvel na contemplação ininterrupta
de sua face refletida e assim morreu. No próprio Hades
ele tentava ver nas águas do Estige as feições pelas
quais se apaixonara.
(http://tempo-de-ler.blogspot.com)
Toda narrativa mítica veicula uma espécie de lição de
ordem moral, comportamental, podendo mesmo
estabelecer algum tipo de censura ou coerção, no
âmbito das relações de convívio interpessoal, familiar
ou social. Concorre para a dimensão trágica do mito
narcísico a ocorrência descomedida do traço de sua
personalidade literária, identificado como
a) Egoísmo, por não querer ver a beleza de mais
ninguém.
b) Vaidade, já que não conseguia parar de se admirar.
c) Orgulho, pois todos o consideravam muito bonito.
d) Parcialidade, porque não conseguia admitir os
próprios defeitos.
e) Altruísmo, visto que usava sua beleza para ajudar as
mulheres.
4. “Há, porém, algo de fundamentalmente novo na
maneira como os Gregos puseram a serviço do seu
problema último – da origem e essência das coisas – as
observações empíricas que receberam do Oriente e
enriqueceram com as suas próprias, bem como no
modo de submeter ao pensamento teórico e casual o
reino dos mitos, fundado na observação das realidades
aparentes do mundo sensível: os mitos sobre o
nascimento do mundo.” Fonte: JAEGER, W. Paidéia.
Tradução de Artur M. Parreira. 3.ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1995, p. 197.
 Com base no texto e nos conhecimentos sobre a
relação entre mito e filosofia na Grécia, é correto
afirmar:
a) Apesar de ser pensamento racional, a filosofia se
desvincula dos mitos de forma gradual.
b) Filosofia e mito sempre mantiveram uma relação de
interdependência, uma vez que o pensamento
filosófico necessita do mito para se expressar.
c) O mito já era filosofia, uma vez que buscava
respostas para problemas que até hoje são objeto da
pesquisa filosófica.
d) Em que pese ser considerada como criação dos
gregos, a filosofia se origina no Oriente sob o influxo
da religião e apenas posteriormente chega à Grécia.
e) A filosofia representa uma ruptura radical em
relação aos mitos, representando uma nova forma de
pensamento plenamente racional desde as suas
origens.
5. “Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo
está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns
triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi
expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra,
entre os mortais. E os homens, o que acontece com
eles? Quem são eles?”
(VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os deuses, os
homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo:
Companhia das Letras, 2000. p. 56.)
O texto acima é parte de uma narrativa mítica.
Considerando que o mito pode ser uma forma de
conhecimento, assinale a alternativa correta.
a) A verdade do mito obedece a critérios empíricos e
científicos de comprovação.
b) O conhecimento mítico segue um rigoroso
procedimento lógico-analítico para estabelecer suas
verdades.
c) As explicações míticas constroem-se, de maneira
argumentativa e autocrítica.
d) O mito busca explicações definitivas acerca do
homem e do mundo, e sua verdade independe de
provas.
e) A verdade do mito obedece a regras universais do
pensamento racional, tais como a lei de não-
contradição.
Gabarito
1 b
2 e
3 b
4 a
5 d
“E quem procura com força e energia
Realizar sonhos e fantasias em algum lugar da terra
logo vai brilhar!
Vamos amigos é hora de lutar
E feras terríveis vamos derrotar” Dragon Ball

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